Educação



CURSO PARA PROFESSORES DE HISTÓRIA SOBRE A CULTURA AFRICANA - AFRICANIDADES

05/06/2012

Aconteceu hoje um curso de formação para professores de Historia da Rede Municipal de Pentecoste, do 6º ao 9º ano. Seria um curso normal se não fosse dada por um professor Africano. Trata-se do curso História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena.

O facilitador do Curso trata-se Cércil Policarpo Cabral d`Almada. Natural de Guiné Bissau (áfrica).  Este, por sua esta no Brasil fazendo cursos por meio do intercâmbio que acontece normalmente entre Brasil e África.

Durante todo dia pudemos entender um pouco mais de um continente imenso e culturalmente diversificado por natureza. Continente cheio de contrastes e realidades diversas.

Uma das primeiras perguntas que nos foi feita pelo professor foi sobre o que sabíamos de seu continente. E muitos foram fazendo suas colocações de como viam a questão da África em si. A partir daí pudemos ouvir alguém que conhece de perto toda a realidade, pois falava de sua historia, de sua vida, seu povo, seus sofrimentos, mas que também nos fez ver toda a beleza de sua gente, sua terra, seus costumes, seus valores e seu modo de ver o mundo. Fez-nos ver que nem tudo que sabemos ou lemos sobre seu continente é verdade. Lembrou que a grande culpada por sabermos muitas vezes só o que é ruim é a mídia que mostra somente as mazelas da África. Pois, segundo ele, não interessa a grande mídia mostrar o que é bom na África, pois isso não gera dinheiro. As imagens mostradas somente do que é ruim gera muitos benefícios em nome do sofrimento de seu povo. As ONGs se aproveitam das imagens para arrecadarem milhões de dólares em nome daqueles que sofrem nos países africanos para benefício próprio. Fez uma comparação do nosso Nordeste nos tempos das grandes secas.

Ele comentou da grande desconfiança das pessoas em relação aos negros aqui no Brasil e que os próprios negros tem preconceito contra sua própria cor. Que muitos têm vergonha de ser negro. Isso tudo porque negro é visto como alguém sem capacidade, sem inteligência.

Falou-nos ainda da importância da família, do cuidado de uns para com os outros. Contou-nos que pra ele é um choque muito grande ver pessoas não defenderem seus direitos. Disse que na África, eles lutam com todas as forças pelo que é seu. Disse que seu povo é espontâneo. Que de tudo faz festa e que eles são muito movidos pela alegria. Mas, é claro, como em todo o mundo existem os que se aproveitam dos outros para tirar proveito e enriquecer a custa de outros.

Muitos professores, movidos pela grande curiosidade, faziam perguntas o tempo todo ao professor sobre o continente africano. Afinal de contas não é todo dia que podemos ter perto de nós alguém tão comum a nós quanto à África, da qual somos descendentes em muitas coisas.  

Foi realmente enriquecedor esse dia de hoje. Eu, que já gostava de tratar do tema sobre África, agora posso falar sobre o tema com maior segurança a respeito do que é a África e falar do quanto ela contribuiu para a nossa formação como gente com suas riquezas culturais que continuam tão enraizadas na vida de nosso povo de norte a sul do país.

Portanto, o curso foi sensacional.

Valeu professor Cércil. Você deu uma grande contribuição todos nós para que tenhamos outra postura quando nos atrevermos a falar de vosso continente que você demonstrou amar tanto.

Artigo escrito pelo professor Valdeni Cruz



EDUCAÇÃO DE PENTECOSTE EM PAUTA

01 DE JUNHO 2012


Imagem da Quadra em contrução
Imagem: Professor Valdeni Cruz
As construções públicas estão indo de vento e popa em nossa cidade. Algumas escolas foram construídas, outras reformadas, quadras de esporte sendo construídas e prestes a serem entregues à comunidade. Na Escola Vicente Feijó de Melo, alem da Quadra de Esportes, também estão sendo construídos um refeitório, mais três salas de aula e um auditório. Obras estas que com certeza vai melhorar ainda mais a qualidade da educação da Área de Santa Inês.

Interior da Quadra. Foto: Valdeni Cruz
Por outro lado, a educação não espera só por prédios, como já tenho dito várias vezes. Não estou fazendo críticas de oposição, como gostam de dizer. Mas, enquanto algo grandioso está sendo construída, temos coisas bem menores que não estão sendo observados e que talvez tenha a mesma importância que as obras grandes, dentro do contexto educacional, visto que dentro da educação tudo tem que estar coligados. Tudo tem que funcionar de forma orquestrada.

Já falei aqui do problema de da Escola de Santa Inês. É o caso da internet. A mesma está sem funcionar desde o inicio do ano. O motivo já repeti várias vezes: é somente o ROTEADOR para distribuir o sinal dentro da escola e dentro da própria sala de informática para os outros computadores. Tudo isso para que os meninos possam fazer pesquisas e simulados.

É por causa dessas coisas que pergunto: será que isso também não é importante? E se é importante, porque não se toma providencias, se já foram feitos diversos pedidos a Secretaria de Educação?
Quando fazemos observações como estas é que nos perguntamos: será que somente os prédios resolvem os problemas da educação?  E os profissionais? Estão sendo bem pagos? E porque não estão pagando os QUINQUÊNIOS, OU AINDA, CONDENDO A LICENÇA PREMIO A QUEM DE DIREITO? São perguntas que precisam de reposta e não de justificativas vazias, que são dadas para aqueles que vão  a procura de seus direitos.

Este é o ROTEADOR Que tanto falo
que está queimado.
A nova agora é que, alguns professores que já estão há mais de 10 anos na educação como concursados e que estavam na referencia 3, mas por não terem uma área especifica, estava na Básica  II, de acordo com o PCC (PLANO DE CARGOS E CARREIRA). O que é então que esta acontecendo? Está acontecendo o seguinte: Se eu estava na referência III (tempo de serviço) e na Básica II (quem ainda não tem uma habilitação numa área especifica, ou seja, só tem a Pedagogia), viria no meu contracheque assim: Referência II - Básica II. Mas, agora alguns professores perceberam que quem estava na referência III E que tem área específica, continuou na Básica III, mas desceu de referência, ou seja, desceu para a referência I. Ao procurarem a Secretaria de Educação para saberem o porque, receberam como resposta a seguinte colocação: Ora, se alguém está na Referência III e na Básica III, o salário vai passar de 2000 reais. Ora, e daí. As pessoas não se formam e fazem Pós – graduação para receberem menos, ou é?. É pra isso que as pessoas passam vários  anos estudando? Acontece que é como se a pessoa tivesse entrado no serviço público naquele ano. Já pensou como está sendo terrível esta colocação. Pois é o que está acontecendo em nosso município e prejudicando como, sempre o tão sofrido Professor.
É por situações como estas que não concordamos com o que dizem por ai. Não temos o direito de dizer que Pentecoste é um verdadeiro paraíso, como alguns querem fazer outros engolirem, simplesmente por receber um pedaço de bronze nas mãos, dizendo que educação de Pentecoste melhorou um cadinho de nada.

Nós devemos repreender esse tipo de demagogia sob pena de pagarmos o preço amargo por não nos revoltarmos com situações como estas.
É hora de não nos calarmos diante dos desmandos que acontece dentro do setor público, onde aqueles que estão a frente sempre querem fazer dos outros bobos e tolos. Tentam passar uma imagem desprovida da realidade e, pior, muitos acabem sendo ludibriados apenas pelo que vêm aos olhos sem aprofundar-se sobre a realidade dos fatos, que nem sempre faz jus aquilo que está sendo dito.



Professor Valdeni Cruz


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Educação de Pentecoste e suas contradições


29 DE MAIO DE 2012

dia_desafio_2012_7A educação de Pentecoste está de parabéns. é um momento realmente muito importante para o município pois gradativamente estamos melhorando a educação de nossas crianças e alcançando os objetivos e as metas a que nos propomos. A prova disso foi a conquista do troféu "Escola Nota 10" concedido pela CREDE 2 ao nosso município e entregue pela Secretária de Educação, Sra. Lucilene Menezes e a nossa Coordenadora Helena ao prefeito Bosco. Um troféu de honra ao mérito que nos deixa bastante orgulhosos como reconhecimento por nossa educação municipal ter alcançado o Prêmio Escola Nota 10 do Governo do Estado do Ceará. -"E não vamos parar por aquí, este prêmio aumentou ainda mais a nossa responsabilidade e a vontade de continuarmos trabalhando ainda mais para que nossa educação seja uma das melhores do estado do Ceará", disse a Secretária enfatizando ainda: "este troféu é dedicado a todos os coordenadores pedagógicos, professores, gestores e funcionários da Secretaria de Educação, pelo empenho de cada um em prol da educação do nosso município e em especial ao Prefeito João Bosco pelo apoio que nos tem dado", finalizou.

Fonte: Prefeitura de Pentecoste



COMENTÁRIO/ PROFESSOR VALDENI

1- Eu ficaria imensamente orgulhoso com esta notícia se não fosse o outro lado da história. Alguns ficam apenas com a casca. Este resultado é claro que é bom e eu não seria hipócrita de dizer que não fico Feliz. Entretanto, não sou alienado nem tenho problema de amnésia em achar que por causa desses resultados tudo na educação de Pentecoste é uma maravilha.
Como é do conhecimento de alguns, há alguns dias atrás, notifiquei aqui mesmo neste blog, um problema refente a ESCOLA VICENTE FEIJÓ DE MELO, onde trabalho desde 2002. Notifiquei sobre o problema com a internet da Escola que desde o começo do ano não funciona. Agora você imagine o porque.Simplesmente um roteador de sinal para poder distribuir o sinal para os outros computadores. Eu perturbei a Direção até eles conseguirem falar com o pessoal da Secretaria de Educação. Esta por sua vez, mandou o técnico ir olhar e constatando o problema. Constatando-o, relatou não sei pra quem. O resultado é que até agora nada aconteceu. Sabemos todos que o problema atinge direitamente aos nosso alunos que não podem fazer pesquisas e simulados e etc. A internet é perfeita, mas impossibilitada de ser usada pelos alunos por causa se um simples ROTEADOR.

2- Outra situação é os nossos direitos, que mesmo sendo reconhecido como direito, fazem de conta que não é nada. O Quinquênio   e Licença Prêmio, por exemplo, direito garantido desde muito tempo, e estando na Lei Orgânica do Município, resolvem simplesmente fazer descaso para com estes profissionais, não cumprindo com o que a Lei pede. Estes, que como já citei em outra oportunidade, são desrespeitados. Estes, que para receber o que é seu é preciso que a justiça obrigue a pagar por meio de acordo, como é o caso do RATEIO, no fim do ano de 2011.
Sei que muitos ao lerem isto aqui, dirão que sou um bobo. Talvez eu seja realmente um bobo, mas prefiro ser um bobo que tem consciência da realidade, do que ser considerado alguém que tenta defender coisas que não existem somente para manter alguns míseros privilégios. Posso correr o risco de ser considerado bobo, mas não corro o risco de ser desapontado um dia desses por concordar com falta de respeito contra si próprio.
Não ganharei dinheiro algum por escrever a verdade, mas com certeza o que está impresso aqui precisa ser muito atrevido para dizer que isso não é verdade ou dizer que eu não tenho razão no que digo agora.   
A educação de Pentecoste não é a pior do Ceará e, como educador, sinto-me responsável pelo avanço que alcançamos, embora pequeno, mas seria uma tremenda ignorância minha querer reconhecer outra pessoa responsável por esta vitória que não unicamente aos profissionais da educação. Estes sim, merecem nossos aplausos, pois mesmo em meio a tantos dessabores, estão lá dando a vida para que esses efeitos positivos venham a acontecer.  Digo dessabores pelo já comentei antes. Somos desvalorizados. Dizem por ai que já ganhamos horrores, que não trabalhamos, que só queremos ganhar dinheiro... Engraçado! Agente trabalha e quem trabalha merece ganhar dignamente. Pior é quem não sabe de nada, querer dizer quanto deve ganhar um professor, como se estes houvessem estudado para saber o quanto custa estudar e, além disso ter que pagar para estudar, pois quem deveria ajudar estes educadores a se formarem, viram as costas e criticam. 
Mas uma coisa é certa: a arvore com raízes superficiais logo ruirá e cairá pelo tronco. É uma questão de tempo. Quem pensa que prejudica os outros por maldade ficará impune, engana-se completamente, pois logo receberá o que merece.

Uns são obrigados a dizer o que não querem por causa das circunstâncias, outros são obrigados a dizer o que pensam pela consciência que não lhes deixa calar. 
Mas tenho certeza que melhor seria se tivéssemos coragem de combater a injustiça com veemência, pois sendo assim poderíamos ver um mundo mais sensato, menos egoísta e  menos injusto. 

Professor Valdeni Cruz


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Avaliar professores: tarefa tão difícil quanto fundamental

 ENTREVISTA COM ALEXANDRE VENTURA

Pesquisador português, que participa nesta semana de congresso em São Paulo, fala da importância da avaliação de docentes para a qualidade do ensino

Nathalia Goulart
Alexandre Ventura: 'A avaliação precisa ter como foco o desenvolvimento do professor'Alexandre Ventura: 'A avaliação precisa ter como foco o desenvolvimento do professor' (Divulgação / Educar) 

Diversos estudos comprovam que um bom professor é a variável mais importante na melhoria do desempenho dos estudantes. Avaliar os docentes deveria, portanto, ser prioridade para governos e gestores. No Brasil, contudo, um sistema efetivo de avaliação ainda engatinha e uma prova nacional de seleção de professores, anunciada em 2009, nem sequer saiu do papel. Uma das maiores barreiras à criação de tal sistema de qualidade são justamente os professores. "As pessoas não gostam de ser avaliadas. Nós, por natureza, gostamos de avaliar os outros, mas quando somos o objeto dessa avaliação reagimos mal e resistimos", diz Alexandre Ventura, pesquisador português responsável pela implementação do sistema de avaliação de docentes em Portugal. Ventura, que está no Brasil para participar do maior evento de educação da América Latina, o Educar/Educador, que será aberto nesta quarta-feira, em São Paulo, concedeu a seguinte entrevista ao site de VEJA.

Existe resistência por parte dos docentes a avaliações? As resistências dos professores a sua avaliação não são muito diferentes da resistência de outros profissionais. As pessoas não gostam de ser avaliadas. Nós, por natureza, gostamos de avaliar os outros, mas quando somos o objeto dessa avaliação reagimos mal e resistimos. Procuramos frear essa tentativa de controle que é a avaliação. Também não costumamos ter muita confiança no resultado dessas avaliações. Temos medo das consequências: hierarquização, redução da remuneração ou demissão. Não acreditamos que os resultados correspondam àquilo que desejamos. Todos nós temos uma autoimagem e ela geralmente é positiva. Então, de forma ostensiva ou dissumulada, as pessoas reagem às avaliações. Na teoria, todos são favoráveis a avaliar, mas quando ela se concretiza – ou tem chances de se contretizar –, existe uma reação contrária. Quando falamos de organizações sindicais, as coisas se potencializam.

É muito difícil avaliar o professor? Sim. Estamos falando da atuação de um profissional extremamente complexo, que precisa ter domínio científico do conteúdo que leciona, deter ferramentas pedagógicas para transmitir esse conhecimento e ainda manter um bom relacionamento com os estudantes. As pesquisas ao longo dos últimos 40 anos nos mostram que medir tudo isso em uma avaliação é trabalhoso e delicado. É preciso tempo, dinheiro e planejamento para levar a cabo uma análise competente. 

A corrente que defende a avaliação dos docentes é recente? Esse é um assunto que vem sendo discutido há muito tempo, principalmente nos Estados Unidos. Essa corrente nasce quando pesquisas mostram que o professor é a variável mais significativa no sucesso ou insucesso dos alunos. Há pelos três décadas, sabe-se que um professor bom ou muito bom influencia de forma significativa o aprendizado. A partir daí, compreende-se que a avaliação do professor é de extrema importância. Com a globalização e a circulação mais rápida de conhecimento, essa ideia se espalha com mais rapidez. As avaliações internacionais praticadas nos últimos anos também contribuíram para a disseminação da ideia de que é preciso avaliar o professor. Nenhum país gosta de ficar mal na fotografia e muitos perceberam que investir no professor é a chave para o progresso.

Como são feitas as avaliações ao redor do mundo? Ainda existe uma heterogeneidade entre os modelos. Na França, a avaliação é feita pela equipe pedagógica da escola. Na Inglaterra, o responsável é o diretor da escola, e avaliadores externos também são treinados para a avaliação. Em Portugual, são os próprios professores que avaliam uns aos outros. Não existe um consenso sobre qual modelo funciona melhor. Eu diria que um modelo bastante eficaz seria o que misturasse avaliadores externos e internos. Mas trata-se de uma alternativa onerosa e pouco utilizada.

Como desenvolver uma avaliação eficaz? O aspecto essencial é que ela seja justa e eficaz. É preciso transparência nos objetivos para que isso desperte confiança por parte dos professores. É preciso também que ela não se baseie em um único aspecto do desempenho do professor. Isso costuma ser tentador para muitas escolas: avaliar apenas o plano de aula dos docentes ou apenas a maneira como eles se portam na sala de aula. Isso só não basta. Por outro lado, corre-se o risco de avaliar muitas coisas e, ao final das contas, não se avaliar nada. É preciso ter a medida certa ou o caldo desanda. Por fim, é preciso treinar bem os avaliadores, sejam eles agentes externos ou internos da escola.

O que fazer com os resultados dessas avaliações? Em primeiro lugar, só faz sentido levar a cabo a avaliação de desempenho dos professores se ela vier para enriquecer a prática docente e, consequentemente, a educação. Fazer da avaliação um fim em si mesma é prejudicial. Neste caso, é melhor não ter avaliação alguma. O objetivo essencial é encorajar a melhoria de professores e escolas. Aqueles que são bons, precisam ser ainda melhores; aqueles que estão aquém do desejado, precisam encontrar suporte para melhorar suas práticas. Em última instância, defendo o afastamento de alguns profissionais que, por uma série de fatores, não podem ser professores. Insistir em ter essas pessoas na sala de aula é prejudicar o desenvolvimento do país.

Uma prática comum nas escolas é a autoavaliação. Ela é eficaz? A autoavaliação é indispensável. Fazer com que escolas e professores se olhem no espelho e reflitam sobre suas práticas é um ótimo exercício. Ela ajuda também a desenvolver uma cultura de avaliação, e isso ajuda na hora da realização de uma avaliação externa. Isso não quer dizer, porém, que apenas a autoavaliação baste.

É possível afirmar que se os estudantes de um país vão mal em avaliações nacionais ou internacionais seus professores são ruins? É extremamente perigoso estabelecer uma relação direta entre o resultado dos alunos e a qualidade dos professores. A competência dos docentes certamente é um fator que propicia um melhor aprendizado, mas ele precisa estar orquestrado com outras variáveis. Não é possível reduzir o sucesso ou insucesso de um sistema a apenas um fator de uma engrenagem bastante complexa.

http://veja.abril.com.b



Professora Amanda Gurgel desmascara a educação do bBrasil.

Essa menina vai longe. O que um monte de engravatado sem vergonha na cara, sem compromisso com o país não faz, essa professora que parece pequena no tamanho, mas que se torna grande diante dos leões que tentam mascarar a realidade, vai lá e dá o recado. Enquanto que esses bandidos de colarinho branco tentam fazer média  nos púlpitos das assembléias não faz nenhum efeito, vai essa cidadã de verdade, e faz o papel deles. Estamos com essa mulher que não tem medo dos covardes, dos que ficam querendo dizer que ela foi atrás de fama. Na realidade ele já é famosa. Tem coragem de ir pra luta e não fica rastejando aos pés daqueles que pensam que são donos do mundo. A secretária de educação do Estado de Natal deve ter se arrependido amargamente pela oportunidade dada a professora naquela ocasião. 
Estamos com Você Amanda Gurgel. Seja a nossa voz pelo Brasil. Quem sabe agora os nosso Deputados e os nosso Senadores não tomam vergonha não sei onde, porque na cara acho que é quase impossível, e  façam alguma coisa de fato pela educação. Se existe alguem que deveria tomar vergonha era os nossos políticos que gastam o dinheiro do povo esnobando e tentando convencer a opnião pública. Agora irão volta o foco para o caso do Ministro da Casa Cicil, Paloce, que aumentou seu patrimônio 5 vezes, mas não porque queiram acabar com a corrupção no país,  pois a maioria se encontram no mesmo patamar de corrupção, mas para mais um vez tirar de foco as questões sérias pelo qual esse país passa. Sem deixar de ressaltar, a educação é uma delas.

Assista aos vídeos e tire suas conclusões.
Professor Valdeni Cruz

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EDUCAÇÃO

19 DE MAIO DE 2012


Esses dias na escola onde trabalho, está acontecendo o recadastramento dos professores. Este recadastramento acontece todos os anos, a pedido da crede 2 de Itapipoca, para renovar a autorização dos professes à poderem ensinar nas disciplinas para as quais os mesmos não tem formação.

Isso seria fabuloso se não fosse à realidade existente em todo o Brasil e no nosso município. Sabemos que um professor formado faz toda a diferença numa sala de aula. Acontece que, muitos dos professores de nosso município, são formados apenas em pedagogia, que lhes dá direito de ensinar apenas as séries iniciais do Ensino fundamental. Entretanto, a maiorias desses professores lecionam em várias disciplinas, incluindo as séries do Ensino Fundamental II.

Para sermos sinceros, por mais esforçado que seja um educador, vai ficar a lacuna e o prejuízo para o educando quando não tem professores formados para lhes ensinar com a formação adequada na área a qual se propôs.

Mas, seria uma injustiça querer punir professores por não terem formação adequada para ensinar tais disciplinas, pois não há por parte dos governos políticas voltadas para sanar esta realidade negativa. Se a maioria dos professores ainda continuam com a formação deficiente, deve-se a despreocupação do poder público para resolver o problema. Pois, para estes professores terem a mínima formação, no caso a pedagogia, foi necessário muito sacrifício. Uma vez que os salários são baixíssimos e tiveram que pagar pela graduação que fizeram. Logo quando passou a ser exigida a formação mínima, estes profissionais se deslocavam para outras cidades para poderem concluir o curso de Pedagogia. Nos anos finais da década de 90, os professores de minha cidade tinham que se deslocar até 70 quilômetros para poder fazer o curso. As dificuldades eram enormes. Muitos tinham dificuldades para pagar os boletos, para se alimentar. Os salários não dava chance de eles poderem fazer uma formação melhor.

Compreendemos a preocupação do Estado para que a educação brasileira dê resultados, pois o Brasil só poderá ter o crescimento que se espera, com resultados na educação, mas não é com cobranças em cima dos professores que as coisas vão mudar.  Se existe alguém responsável pela decadência educacional do Brasil, certamente não é o professor.

O Estado teria todo direito de cobrar dos professores se viesse fazendo sua parte. Oferecendo possibilidades para que estes educadores tivessem condições de se formarem gratuitamente. O Governo Federal até que quer melhorar situação, mas em contrapartida, os gestores municipais não estão nenhum pouco preocupado com isso. Prova disso é luta para implantarem o piso que é o mínimo para um professor ganhar pelo trabalho árduo que faz. Outra realidade é que, não há uma política que prime pela formação desses professores. Não oferecem bolsas, não oferecem ônibus para que estes, por sua vez, possam se deslocar as universidades e assim poderem adquirir sua formação.

Há que se considerar que no caso de nosso município, muitos professores já estão habilitados em algumas áreas. Mas, o mérito e o esforço é todo do professor, que mesmo não tendo condições financeiras, resolveu fazer uma habilitação. Para muitos é um esforço grande, pois tem que tirar muitas vezes das necessidades básicas para pagar as mensalidades.

Cobrar é fácil, quero ver é sentir na pele a realidade do que acontece. Dizer que só aceita professores formados para lecionar nas áreas afins, é uma coisa, agora ter como realizar essa façanha ai já não é a mesma coisa.

Enquanto o governo fica querendo arrancar o couro dos professores por resultados, esses mesmos professores tem que brigar para receber um piso salarial miserável, pois muitos desses governantes e prefeitos não querem pagar.

Creio que o governo deveria responsabilizar os culpados pelo caos na educação do país, que com certeza não são os professores e só depois de ter feito o que tem que ser feito exigir que estes profissionais cumpram sua parte. Que ofereça melhores salários, melhores condições de trabalho e lhes proporcione uma formação gratuita e de qualidade.

O Brasil tem tudo pra dar certo, mas quem poderia provocar esta revolução, não está nenhum pouco interessado senão em manter seus privilégios. Enquanto isso, vamos vivendo uma farsa, como diz o velho ditado: os alunos fingem que aprende e os professores fingem que ensinam.

A educação é o caminho mais seguro para provocar mudanças e projetar um futuro de gloria para uma nação. Mas, se ela não acontece, somos obrigados a amargar os desmandos de toda ordem. Pois um país em não tem como prioridade a educação, está fadado ao fracasso de seu povo.

Professor Valdeni Cruz





EDUCAÇÃO EM PENTECOSTE - RECLAMAÇÃO


Trabalho numa das Escolas do município há dez anos. Posso dizer que a escola em que eu trabalho é, de fato, uma das mais estruturadas do município. Também temos ótimos professores, uma ótima diretora e a harmonia entre os profissionais, é uma das melhores.  É fato que desde que esta unidade escolar foi instalada naquele bairro, houve uma mudança social na comunidade e em seus entornos. Tudo isso deve-se ao poder transformador da educação.
Este ano fomos beneficiados com um desses Projetos Federais. Foi a construção de uma Quadra de Esportes. Vai ser muito importante para a comunidade escolar e para a comunidade local como um todo.
Mas, quero usar este espaço para fazer também uma crítica. Já falei dos benefícios e agora vou ao assunto. Fiz esta introdução anterior  para que não digam por ai que eu não vejo as coisas boas que são feitas. Pelo contrário, é o que mais tenho feito. Porém, nem só de elogios vive uma sociedade.
A escola que me refiro aqui é tão querida Escola Vicente Feijó de Melo. Esta escola além de contar com a toda estrutura muito boa, também tem uma sala de informática. Esta, por vez, é de suma importância para os nossos educandos. Desde sua implantação a mais ou menos três anos, tem sido muita utilizada, tanto pelos alunos como pelos professores. São em torno de 10 computadores conectados a internet, o que é um privilégio. Diga-se de passagem, velocidade de 1 Mbps. Sempre foram usados para pesquisas, simulados e outros fins de ordem educativa.
Este ano portanto, tivemos um pequeno problema. O sinal estava caindo o tempo todo e não mais permitia que pudéssemos acessar a internet. Entraram em contato com um dos rapazes, que é responsável pela manutenção desses computadores. Ao fazer a inspeção dos mesmos, constatou-se que o problema nada mais era do que o roteador, aparelho que distribui o sinal da internet para os outros computadores e também espalha o sinal Wireless para Notebooks e outros dispositivos dentro do espaço escolar  
Sendo assim, procuramos saber da coordenação da escola o que deveria ser feito. Fomos informados que o roteador apropriado para resolver o problema custava em torno 500 a 600 reais. A partir dai, levou-se a questão até a secretaria de educação. A Secretaria de educação tomando ciência do caso, disse que estavam fazendo um levantamento do que precisava ser comprado, pois em outras escolas também havia surgido problemas e portanto, seria feito a compra de uma só vez.
Até ai tudo bem. Acontece que esse problema foi constatado logo no início do ano letivo, ou seja, em fevereiro. Já estamos em maio e até agora não foi tomada nenhuma providência.
Gostaria de, em nome da escola Vicente Feijó de Melo, perguntar a Secretaria de Educação, os motivos pelos quais esta situação ainda não foi resolvida. Fala-se tanto em adquirir isso e aquilo para educação,  e problemas tão simples como é o caso desta escola, que como já relatei, é apenas um roteador de distribuição de sinal, não é resolvido.
Lembrem-se que quem está perdendo são nossos alunos, que todos os dias reclamam e perguntam pra que que serve uma sala de informática se não podem fazer uso dela. Nós lhes informamos prontamente que nessas condições ela realmente não serve de nada e também dizemos os motivos pelos quais não funciona. Eles ficam sem entender, visto que é realmente algo simples.
É isso. Se tiverem alguma resposta, me envie por E-mail.

inedlav@hotmail.com 


Professor Valdeni Cruz 

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