Por volta de março de
1950, deu-se inicio ao desmatamento para a construção do Açude. O DNOCS
(Departamento Nacional de Obras Contra as Secas) logo providenciou um lugar
para abrigar todos aqueles funcionários que vinham de vários lugares do País. O
Sr. Sebastião de Abreu era o Engenheiro responsável e a construção foi iniciada
em 1951. Sua inauguração ocorreu no dia 14 de janeiro de 1957 com a presença do
então Presidente da República Juscelino Kubitschek e demais autoridades. Tinha
como nome “Açude Pentecostes”, mas em 1966 passou a ser chamado de “Açude
Público Pereira de Miranda”, em homenagem ao Chefe do 1º Distrito do DNOCS.
Destaca-se entre os
seis maiores Açudes do Estado do Ceará. No início da década de 1970, houve um
forte inverno e o nível da água ficou a poucos centímetros de transbordar pela
Barragem. Pentecoste ficou em pânico, pois tinha um grande risco da Represa
romper e inundar a cidade. Muitas pessoas se refugiaram no Alto do Cruzeiro
(Parte mais elevada da cidade). O DNOCS, tomando as devidas providências,
cogitou cobrir toda a Barragem com lonas extensas, a fim de evitar danos.
Somente com a ampliação do Sangradouro o escoamento maior da água tornou-se
possível e o problema foi solucionado.
No inicio da década de
1980, caiu no nosso Açude um pequeno Avião T-25 Universal de treinamento da
Aeronáutica, conduzido pelo Tenente Aviador Rolim, que faleceu no impacto, e o
seu companheiro de voo Clodoaldo, que foi socorrido por um pescador de
pseudônimo Pinguim. Os destroços do avião foram retirados um ano após o
incidente.
Em 2009, houve outro
forte inverno. O Açude não teve risco de romper, mas o escoamento da água foi
tão grande que muitas localidades ficaram alagadas. As chuvas intensas deixaram
parte da ponte do Sangradouro do Açude da Serrota destruída, inclusive levando
na correnteza um caminhão caçamba. Tivemos também o rompimento de um trecho da
estrada que liga Pentecoste a Croatá, próxima a Fazenda Mastruz com Leite.
Nesse período, muitas estradas rurais ficaram totalmente impossibilitadas de
trafegar veículo. Literalmente nossa cidade ficou ilhada.
Antonio Romário de
Sousa Braga.