Filosofia



SÓCRATES

Imagens retirada do 
Google

        Existe uma lenda que afirma que Sócrates começou a tornar-se naquilo que foi ao aperceber-se que não era nada. Eis o que Sócrates conta no decurso do seu processo:

     « O seu amigo Querofonte, um dos intímos do pequeno grupo, tinha ido consultar o oráculo de Delfos para saber se havia alguém mais sábio do que Sócrates, ao que a Pítia respondera pela negativa. Vejamos o que significa a resposta do Deus, interroga Sócrates. Qual será o seu significado oculto? Tenho a consciência de que não sou nem muito nem pouco sábio. Que quererá ele dizer quando afirma que sou o mais sábio?
        Foi desta perplexidade que nasceu simultaneamente a investigação e a missão de Sócrates. A investigação anuncia-se assim:
    « Foi procurar um desses homens que passam por sábios, certo de que poderia pôr à prova o oráculo e dizer-lhe claramente em seguida: eis um homem mais sábio do que eu e tu declaraste-me o mais sábio. Examinei então atentamente esse homem e, há medida que foi dialogando com ele, a impressão com que fiquei foi que esse indivíduo parecia sábio para muita gente, sobretudo para ele próprio, mas que de modo nenhum o era. Retirei-me pensando, afinal sou um pouco mais sábio do que ele. Com efeito, é possível que nenhum de nós saiba nada de importante; só que ele pensa que sabe, embora não saiba; ao passo que eu, se nada sei, também não considero que sei. Em suma, parece-me que sou um pouco mais sábio do que ele, quanto mais não seja pelo facto de não considerar saber aquilo que não sei.» ( in Wolff, página 38) 
      A investigação continua, de desventura em desventura em relação ao saber dos outros, para grande surpresa de Sócrates. É neste ponto que Sócrates, concluindo a sua investigação, inicia a sua missão, aproximando-se do antigo preceito «conhece-te a ti próprio». É desta tomada de consciência que vão surgir um ensinamento, um método e uma atitude. 
        Sócrates queria que o homem atuasse em função de valores, o que equivale a dizer que a sua tarefa, a sua «missão», à qual, de resto, ele atribuía uma origem divina, era a de educador na Cidade. Pois ao longo de dezenas de anos, ele não quis senão tornar os seus concidadãos melhores.
 Método Socrático
        Sócrates adotava sempre pelo diálogo, costumava iniciar uma conversação fazendo perguntas e obtendo dessa forma opiniões do interlocutor, que ele aparentemente aceitava. Depois, por meio de um interrogatório hábil, desenvolvia as opiniões originais da pessoa arguida, mostrando a tolice e os absurdos das opiniões superficiais e levando e presumido possuidor da sabedoria a se desconcertar em face das consequências contraditórias ou absurdas das suas opiniões originais e a confessar o seu erro ou a sua incapacidade para alcançar uma conclusão satisfatória. Esta primeira parte do método de Sócrates, destinada a levar o indivíduo à convicção do erro, é a ironia. Depois, continuando a sua argumentação e partindo da opinião primitiva do interlocutor  desenvolvia a verdade completa. Sócrates deu a esta última parte a designação de maiêutica - a arte de fazer nascer as ideias. É este o método que encontramos amplamente desenvolvido nos diálogos socráticos de Platão.

Diálogo

Sócrates não viveu senão pelo diálogo, senão em e pelo contacto com o discípulo, sentia que qualquer obra escrita era incapaz de nos trazer aquilo que nos dá a palavra e o diálogo, em que dois seres vivos comunicam no seio dessa verdade que as suas presenças implicam. Pois é verdadeiramente na presença que o homem se encontra e pode aprender a conhecer-se, na presença, ou mais precisamente nesta com presença que o mestre e o discípulo descobrem aprofundando a mensagem que, através da sua linguagem e pelo seu diálogo, se apresenta pouco a pouco como uma reminiscência de uma verdade original no interior do qual eles se encontram os dois.
       Assim a personagem de Sócrates precisa-se aos nossos olhos não «tal como ele foi» mas tal como ele é, não como alguém a reencontrar através dos documentos múltiplos e sempre demasiadamente ou não suficientemente eloquentes, mas como uma pessoa a descobrir em nós próprios. E é esta «existência» de Sócrates que deve permitir  compreender o sentido da mensagem que Sócrates traz em si mesmo e em nós próprios, o sentido da relação entre o mestre e o discípulo.

        Dialogar com Sócrates era submeter-se a uma lavagem da alma e a uma prestação de contas da sua própria vida, existem alguns testemunhos que reforçam a ideia que quem que esteja próximo a Sócrates e, em contacto com ele, põe-se a raciocinar, qualquer que seja o assunto tratado, é arrastado pelas espirais do diálogo e inevitavelmente é forçado a seguir adiante, até que, surpreendentemente, ver-se a prestar contas de si mesmo e do modo como vive, pensa e viveu.

       Sócrates dialogava com quem o quisesse ouvir, principalmente onde se concentravam um maior número de pessoas, como era o caso da Ágora. 
   Se quiser consultar mais detalhadamente informação sobre a Ágora, clique em: Ágora.
Ironia

        «O filósofo ironiza», dizia Sócrates; quase todos os diálogos de Platão refletem em algumas passagem esta ironia que, para Sócrates, acompanhava toda a reflexão séria, a tal ponto que imensas discussões filosóficas se nos apresentam  como verdadeiras cenas de comédia.
      Torna-se importante observar que a ironia socrática  não se tratava de um talento satírico ou da expressão de um desejo de difamação. Conforme a observação de Romano Guardini:
    « A ironia de Sócrates [...] não visa desqualificar o outro, mas ajudá-lo. Ela quer libertá-lo e abri-lo à verdade [...]. A sua ironia procura criar um mal-estar e uma tensão no centro do homem, para que aí proceda o movimento esperado, no próprio interlocutor, se este não puder ser socorrido, no auditor.» ( in Jean Brun, página 83) 

      Sócrates encontrava-se frequentemente face a temíveis profissionais do saber e da eloquência que nunca se sentiam apanhados desprevenidos, eram mestres que tinham resposta para tudo e que ignoraram a hesitação do escrúpulo e da interrogação da reflexão. Sócrates, ao contrário, era o homem das interrogações, aquele que nunca se deixava enclausurar em nenhum sistema, aquele que se recusava a ter ponto certo o que não era, ou a estiar como problemática aquilo que era perfeitamente certo.

      Os interlocutores de Sócrates, como Hípias que sabia fazer tudo, como Protágoras que se dava ares de um professor de virtude, Cálices ou Trasímaco que pensavam puder fundar uma moral e uma política sobre o «direito» do mais forte, não eram irônicos, eram pelo contrário personagens sérias, isto é, personagens que levavam a sério esses assuntos. Mas a sua seriedade era uma falsa seriedade. Era a essa seriedade é que se opunha à ironia socrática. Assim, era a seriedade dos interlocutores de Sócrates que nos devia fazer sorrir, ao passo que a ironia do filósofo devia ser,  ela, levada a sério, pela simples razão de que ela era a verdadeira consciência. 

        A ironia de Sócrates consistia em apanhar o homem sério na sua própria armadilha, mostrando-lhe que essa seriedade repousa na ignorância que se ignora. Como diz Bergson:

    «A ironia que ele passeia com ele é destinada a afastar as opiniões que não sofreram a prova da reflexão e a envergonhá-las, por assim dizer, pondo-as em contradição consigo mesmas.» ( in Jean Brun, página 84)    

        É por isso que o procedimento de Sócrates era frequentemente o seguinte: O diálogo que começava pela procura de uma definição, o verdadeiro, o justo, o belo, a piedade, um interlocutor seguro de si que dava imediatamente uma definição. Sócrates ficava maravilhado, aceitava a definição do interlocutor que se impertigava, e tirava dela, com o seu consentimento, deduções cada vez mais precisas. O interlocutor não deixava de seguir Sócrates e de o aprovar, extremamente satisfeito por ver que a sua definição ainda era mais rica do que ele próprio tinha julgado. Depois, subitamente, Sócrates estacava e mostrava que o ponto de chegada estava em contradição formal com o ponto de partida. Se o interlocutor estivesse de boa fé ele concluía daí que a definição de nada valia e que era necessário propor uma outra. Sócrates retomava então a discussão e passava ao crivo as definições sucessivas que lhe propunham. Muitas vezes o diálogo concluía-se e Sócrates deixava o seu interlocutor confundido dizendo-lhe que talvez numa outra altura pudessem examinar de novo o problema. Mas podia acontecer que o interlocutor estivesse de má-fé e que então se recusasse a participar na conversa e a admitir a sua ignorância.  Se a pessoa se entregava ao orgulho ferido, tornava-se um inimigo feroz, e foi esta a razão que lhe custou a vida.

    Sócrates foi comparado ora a uma tremelga ora a um moscardo. Justamente como a tremelga paralisa a sua presa, do mesmo modo Sócrates paralisava o interlocutor seguro de si próprio e que não via que o seu saber não era senão um pseudo-saber, uma ignorância que se ignora.   

         Em suma, a ironia socrática reconduzia as pseudocertezas às justas proporções e, denunciava as suas pretensões usurpadoras, apanhava o interlocutor nas suas próprias redes. A ironia opunha-se a tudo o que desse conta da existência em termos de conceitos e de sistemas fechados, a tudo que pretendesse congelar a existência encerrando-a nos limites muito estreitos do pensamento objetivo: ela denunciava a impotência dos falsos poderes. Sócrates não se preocupava em ser professor de hebreu, nem escultor, nem primeiro dançarino, preocupava-se em ensinar aos outros o que todos sabiam, ou mais exatamente deveriam saber; a intenção de Sócrates era pois essencialmente irônica uma vez que se propunha fazer que encontrássemos o que possuímos, fazer que descobríssemos o que temos, que nos colocássemos em presença da proximidade, e que nos conduzíssemos em direcção ao caminho do simples e do imediato. Como diz Kierkegaard,  a ironia não é a verdade mas o caminho, pois a ironia impede todo o homem de ter a última palavra pois no fundo não há palavra que possa ser dada como última.       

             Kierkegaard foi um Filósofo, que nasceu em 1813 e morreu em 1855.

Maiêutica

        Sendo filho de uma parteira, Sócrates costumava comparar a sua atividade com a de trazer ao mundo a verdade que há dentro de cada um.

    « Ora, a minha arte de maiêutico é em tudo semelhante à das parteiras, mas difere nisto, em que a ajuda a fazer dar à luz homens e não mulheres e provê às almas geradoras e não aos corpos. E não só, pois o significado maior desta minha arte é que consigo, mediante ela, distinguir, com maior segurança, se a mente do jovem dá à luz quimeras e mentiras, ou coisas vitais e verdadeiras. E tenho em comum com as parteiras precisamente isto: também sou estéril, estéril em sabedoria; e a censura que já muitos me fizeram de que eu interrogo os outros, mas nunca manifesto o meu pensamento acerca de nada, é uma censura muito verdadeira.[...] Por conseguinte, eu próprio não sou de modo nenhum sábio nem se gerou em mim qualquer descoberta que seja fruto da minha alma.» ( in Adorno, página 79) 


         O universalismo  socrático não era a negação do valor dos indivíduos, era o reconhecimento de que o valor do indivíduo só pode ser compreendido e realizado nas relações entre os indivíduos. Mas a relação entre os indivíduos se é tal que garanta a cada um a liberdade da pesquisa de si próprios, é uma relação fundada na virtude e na justiça. E é aqui, portanto, o interesse de Sócrates, na medida em que se entende promover em cada homem a investigação de próprio, se volta   naturalmente para o problema da virtude e da justiça.    

        A maiêutica mais não era, na realidade, que a arte da pesquisa em comum. O homem não podia ver claro por si só. A investigação de que se ocupa não pode começar e acabar no recinto fechado da sua individualidade, pelo contrário, só pode ser fruto de um dialogar contínuo com os outros, como consigo mesmo. O método socrático tinha como característica levar cada indivíduo a refletir acerca dos seus deveres. Sócrates começava  por chamar a atenção de cada um para os seus interesses  pessoais, interesses domésticos ou pessoais, educação dos filhos, problemas da vida da cidade, questões relativas ao saber. Levava em seguida os seus interlocutores quaisquer que eles fossem, a extrair do caso  particular o pensamento universal. Começando por suscitar a desconfiança em relação aos preconceitos que cada um aceitou sem exame prévio, conseguia convencer o seu interlocutor a procurar em si próprio o que era.  Conduzia-lo assim, por um lado, a extrair o universal do caso concreto e a expor plenamente à luz aquilo que se esconde em qualquer consciência; e, por outro lado, obriga-o a destruir as generalidades aceites de imediato pela consciência.

        Não tendo conseguido formular uma filosofia de maneira sistemática, o processo principal de Sócrates consistia em interrogar, em ajudar cada um a tomar consciência dos seus próprios pensamentos, ou melhor, em despertar dentro de cada indivíduo a consciência do universal, a qual existe no foro íntimo de todos como essência imediata. Tal como escreveu Hegel, Sócrates opõe à interioridade acidental e particular a universal e verdadeira  interioridade do pensamento. A introspecção é o característico da filosofia de Sócrates, e exprime-se na famosa frase, Conhece-te a ti próprio. Isto é torna-te consciente da tua ignorância.  

   "Conhece-te a ti próprio”

        O templo de Delfos trazia inscritas no seu frontispício diferentes fórmulas de sabedoria entre as quais a célebre: «Conhece-te a ti próprio», de que Sócrates fez a trave mestre do seu pensamento. Este conselho de Deus foi para Sócrates simultaneamente uma arma de combate contra os sofistas, e uma mensagem ao aprofundamento da qual ele convidou os seus discípulos a consagrarem-se. Como podemos constatar  no seguinte excerto: 

« Sócrates  Agora, qual será a arte pela qual poderíamos - nos preocupar conosco?

Alcibíades  Isto eu ignoro.

Sócrates  Em todo caso, estamos de acordo num ponto: não é pela arte que nos melhorar algo que nos pertence, mas pela que faculte uma melhoria em nós mesmos.

Alcibíades  Tens razão.

Sócrates  Por outro lado, acaso poderíamos reconhecer a arte que aperfeiçoa  os calçados, se não soubéssemos em que consiste o calçado?

Alcibíades  Impossível.

Sócrates  Ou a arte que melhora os anéis, se não soubéssemos o que é um anel?

Alcibíades  De facto, não!

Sócrates  Então, por ventura podemos conhecer a arte de nos tornarmos  melhores, sem saber o que somos?

Alcibíades  Não, isto não é possível.

Sócrates  Entretanto, será fácil conhecer-se a si mesmo? E teria sido um homem ordinário aquele que colocou este preceito no templo de Pytho? Ou trata-se pelo contrário de uma tarefa ingrata que não está ao alcance de todos?

Alcibíades  Quanto a mim, Sócrates, julguei muitas vezes que estivéssemos ao alcance de todos, mas algumas vezes também que ela é muito difícil.

Sócrates  Que seja fácil ou não, Alcibíades estamos sempre em presença do facto seguinte: Somente conhecendo-nos é que podemos preocupar conosco, sem isto não podemos.

Alcibíades  É muito justo. » ( in Sauvage, página 131) 
        Concluímos que os ensinamentos de Sócrates tinham dois propósitos. O primeiro era de demonstrar que o conhecimento era a base de toda a acção virtuosa; o segundo, indicar o conhecimento devia ser desenvolvido pelo próprio indivíduo, de sua própria existência, por meio do método dialético. O conhecimento, sustentava ele, era o requisito prévio da livre ação em todas as artes. Isto é sobretudo verdadeiro no caso da mais elevada das artes, a arte de bem viver. Esse conhecimento sustentava Sócrates não podia ser adquirido pela simples aceitação de opiniões individuais, mas somente pela procura daquilo que é comum a todos e que constitui a verdade universalmente válida. Mas o indivíduo era incapaz, sem instrução, de descobrir em sua experiência essa verdade de validez universal. Tal verdade só podia ser adquirida mediante o processo da dialética. Em consequência, o alvo do trabalho de Sócrates, assim como o seu ponto de vista sobre o objetivo geral da educação, era o de desenvolver em cada indivíduo o poder de formular verdades universais. 
 Demônio de Sócrates
        Sócrates costumava dizer que um «demônio» interior, que qualquer coisa de divino, lhe prodigalizava advertências nas circunstâncias difíceis da sua vida. É assim que, na Apologia, Sócrates disse aos seus juízes,
     Vós tendes frequentemente e em todo o lado ouvido dizer que um signo divino e demoníaco se manifesta em mim, aquilo que Meleto fez escárnio um dos seus objetivos principais de acusação. Isso começou desde a minha infância; é uma espécie de voz que, quando se faz ouvir, me desvia sempre do que me proponho fazer, mas nunca me incita a isso. É ela que se opõe a que eu me ocupe da política, e creio que é de uma extrema felicidade para mim que ela me desvie disso.  (in Jean Brun, página 71) 

        O demônio de Sócrates era algo de muito específico que dizia respeito muito particularmente à excepcional personalidade de Sócrates, colocando no mesmo plano de um tipo de mediunismo que se fazia presente em certos momentos de concentração muito intensa e em momentos de reflexão bastante próximos aos arrebatamentos de êxtase em que Sócrates  mergulhava algumas vezes e que duravam longamente. 

        O demônio era o bem que ligava Sócrates ao divino, mas ele detinha-o mais do que o incitava, mais do que conselhos positivos ele formulava interdições, deixando, por conseguinte a Sócrates toda a liberdade e toda a responsabilidade para descobrir por si próprio a via a seguir. Como observa G. Bastide o estudo dos textos conduz a três constatações essenciais:  Primeiro que tudo, Sócrates explica a sua conduta por recurso a um deus interior, a uma advertência íntima, a uma voz demoníaca que nunca o abandona. Em seguida, com uma ou duas exceções talvez esta voz interior tome a forma proibitiva, quando se trata de desviar Sócrates deste ou aquele ato ou deste ou aquele compromisso preciso. Enfim o deus é uma força imperiosa que determina de uma forma total a vocação espiritual de Sócrates. Assim pode-se dizer que ele é simultaneamente um inspirado e um espírito crítico.

      Nietzsche, por sua vez,  sublinha que o demônio de Sócrates o advertia sempre que se abstenha mas que ele nunca o incitava a ir para a frente; assim enquanto que em todos os homens produtivos o instinto é uma força crítica e negativa, em Sócrates o instinto torna-se crítico e a consciência criadora, o que para Nietzsche constitui uma «monstruosidade por carência».

 Aplicação do método socrático à educação

        Segundo Sócrates, ele nada ensinava, apenas ajudava as pessoas a tirarem de si mesmas opiniões próprias e limpas de falsos valores, pois o verdadeiro conhecimento tem de vir de dentro, de acordo com a consciência. Até mesmo na actividade de aprender uma disciplina qualquer, o professor nada mais pode fazer que orientar e esclarecer dúvidas, como o lapidador tira o excesso de entulho do diamante, não fazendo o próprio diamante. O processo de aprender é um processo interno, e tanto mais eficaz  quanto maior for o interesse de aprender. Só o conhecimento que vem de dentro é capaz de revelar o verdadeiro discernimento.

        A influência imediata do ensino de Sócrates sobre a educação foi dupla. Em relação ao conteúdo constitui uma exaltação, sem precedentes, do conhecimento. Isto coincidiu com idêntica influência dos sofistas, que proclamam dar conhecimento exigido pelas novas condições da época. Mas, justamente porque o conhecimento, para Sócrates, continha uma inevitável projeção moral, encerrava, também uma concepção muito mais ampla do que o conhecimento dos filósofos primitivos, do que a informação dos sofistas é  mesmo do que a concepção moderna do conhecimento. Tal distinção, porém, era dificilmente percebida pelo povo em geral.
        Para ambos, Sócrates e Platão, pouco progresso mental se obtinha do simples facto de ministrar conhecimentos. Aos métodos populares dos sofistas, que almejavam disseminar informações por meio de prestações formais, estes dois filósofos opuseram o método dialético ou de conversação. O objetivo desse método era gerar o poder de pensar. O seu alvo era formar espíritos capazes de tirar conclusões corretas, de formular a verdade por si mesmos, em vez de dar-lhes conclusões já elaboradas. 

As contribuições permanentes e imediatas de Sócrates para a educação são estas:

        Sócrates

1)     o conhecimento possui um valor prático ou moral, isto é, um valor funcional, e consequentemente é de natureza universal e não individualista;

2)     processo objetivo para obter-se conhecimento é o de conservação; o sub - objetivo é de reflexão e da organização da própria experiência;

3)     a educação tem por objetivo imediato o desenvolvimento da capacidade de pensar, não apenas ministrar conhecimentos. 

  Nesses aspectos sua influência tem sido tão ampla e é ainda tão poderosa quanto foi a influência das suas práticas nas escolas gregas daquele período.       

 Limitações do método socrático

        Este método é adequado, quando se aplica à formulação de verdades éticas. Ele ajuda a determinar que um acto é justo, que uma conduta é recta, que é honroso, etc., já que a respeito de tudo isso, todos os indivíduos têm experiência concreta. As limitações do método surgem quando aplicado a matérias como a ciência, a história e a literatura, em que o conteúdo não é dado pela experiência do indivíduo, mas é social. O método socrático pode definir, classificar, interpretar cientificamente, mas não pode dar conteúdo. 





Ninguem consegue viver sem objetivos


Comece cada dia com um novo objetivo: Filme: Conselheiro amoroso

Esta frase eu vi num filme, mas que tem sentido para muitas coisas. Ninguém consegue viver sem objetivos. Aqueles que deixaram de sonhar ou que não traçam planos metas a alcançar, já não tem motivos para viver. Se não tem motivos para viver, porque então lutar por alguma coisa?
Não sei se você conhece alguém assim. Eu já conheci várias e conheço outras tantas que não tem expectativas, vivem no mundo como se não vivesse. Não estudam, não trabalham e quando não, fazem coisas que prejudica a si próprio e para justificar sua derrota.
Não faltam teorias para justificar que a pobreza do Brasil é devido ao descaso das autoridades. Em grande parte eu concordo. Porem, não posso deixar de dizer que muita gente se apóia nesta tese para justificar a preguiça, a miséria e a falta de coragem para enfrentar os desafios...Todos nós já ouvimos falar de casos em que pessoas pobres mudaram seu destino, sua condição de vida pelo fato de acreditar que as coisas são possíveis, ou seja, podem ser diferente, desde que seja encarada com coragem, acreditando no próprio potencial. Isso não é magia. As coisas não caem do céu, mas quando as pessoas se determinam por algo, seja o que for, ruim ou bom, com certeza algo acontece. Tudo depende da decisão que tomamos diante dos fatos, porque o céu sempre esteve disposto a ajudar.
Deus reservou o melhor para todos. Se ainda não alcançamos nossa parte, podemos estar certos de que a culpa não é de Deus, pois Ele não tem prazer de ver seus filhos lamentarem na miséria, nos problemas e nem as enrascadas da vida.
Dizendo isso não estou querendo encobrir a safadeza dos políticos corruptos, da imoralidade que existe no cenário político. Todos nós estamos cientes de que esses infelizes, em muitos casos são responsáveis por um número grande de problemas no Brasil. Em muitos casos tenho certeza de que você tem vergonha de ser brasileiro.
Uma coisa eu sei: queremos um país melhor, uma melhor educação, melhor saúde, melhor salário. Qualquer pessoa de bom senso diria a mesma coisa. Mas, não podemos dizer que tudo é culpa dos governos, pois afinal fomos nós que os colocamos lá no poder. A culpa é nossa quando vendemos o voto. Quando você vende o voto está automaticamente financiando e dando passe livre para o maldito corruptor continuar fazendo o mal.
Portanto, assumamos nossa culpa, nossa responsabilidade e deixemos de ser o Maria vai com as outras. É preciso assumir nossos erros, fazer o certo e o que tem que ser feito. Saber que as coisas estão ruins não basta, é mais importante lutar para mudar a realidade.
Precisamos ser melhor; ser grande, mas ser grande não no sentido de sentir-se o Maximo. Isso não seria grandeza, mas pequinês total. Falo no ser grande como gente de bem. Procurar por meio das atitudes, ser um estímulo para o outro, para que luta lado a lado com você. Ser grande é quando tivermos a capacidade esquecer mágoas perdoar o que te feriu, não revidar a uma calúnia. Entendeu não é?
É isso. Quando temos atitudes de grandeza vamos ganhando a luta, vamos vivendo melhor. Não existe maior ensinamento se não o ensinamento de Jesus. Ele é de fato o maior exemplo para que possamos seguir. Desse modo a felicidade estará a cada momento rondando e tomando conta de nossa vida.


Artigo escrito pelo Professor VALDENI CRUZ 






FILOSOFIA




O Mito da Caverna
Platão



Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas para a frente, não podendo girar a cabeça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semi-obscuridade, enxergar o que se passa no interior.
A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ela e os prisioneiros - no exterior, portanto - há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte fronteira de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.
Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela, os prisioneiros enxergam na parede do fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam.
Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podem saber que enxergam porque há a fogueira e a luz no exterior e imaginam que toda a luminosidade possível é a que reina na caverna.
Que aconteceria, indaga Platão, se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando com o caminho ascendente, nele adentraria.
Num primeiro momento, ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade é a luz do sol, e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda sua vida, não vira senão sombras de imagens (as sombras das estatuetas projetadas no fundo da caverna) e que somente agora está contemplando a própria realidade.
Libertado e conhecedor do mundo, o priosioneiro regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los.
Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros zombariam dele, não acreditariam em suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com suas caçoadas, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por matá-lo.
Extraído do livro "Convite à Filosofia" de Marilena Chaui.



O Mito da Caverna
Comentário de diversas pessoas a respeito do mito da caverna escrito por Platão
Por Guilherme Orion
Platão quis dizer que a realidade está dividida em duas partes: A primeira é o nosso mundo irreal; cheio de idéias imperfeitas(forma, cor, leis). Todas cópias da matriz, aquele mundo que domina todos de forma arrogante, usando os nossos sentidos(visão) para nos enganar, nós estamos presos em um mundo sensível(porque nunca vemos, ouvimos, cheiramos e andamos) mas não sabemos disso.
         Já o outro é onde tem o sol que projeta a luz para o outro mundo, onde tem a matriz das idéias perfeitas, a realidade, os objetos são 3D(profundidade, altura e largura).
         Os primeiros se parecem conosco, se analisarmos bem, veremos que o nosso conhecimento é sombrio, sem plena certeza de nada, não sabemos quem somos de onde viemos, se estamos sozinhos no universo, onde o universo acaba, muitos acreditam naquilo que vê, sem contestar nada.
         Já se fossemos soltos negaríamos isso e resistiríamos em acreditar no que sobemos desde pequenos, já se nós fossemos obrigados a olhar para trás, nós teríamos dois tipos de reações: as cadeias(violência física, material), e a ilusão(cadeia invisível que aprisiona a mente). Nós provavelmente não agüentaríamos o choque e gostaríamos de voltar para a caverna(mesmo sabendo que aquilo não é real), e ignoraríamos o que vimos, achando que era só um sonho. Preferindo continuar a sua vida, olhando só as sombras, sem sentir cheiros e ouvirmos nada, seguindo o cotidiano da vida.
         Mas se nós estivermos com a mente aberta para novos conhecimentos, talvez acreditássemos naquilo em que víamos, com um choque é claro. Seria tão bom como desagradável, bem porque veríamos coisas novas(reais), sentiríamos novas sensações,  conhecer o infinito, e desagradável porque veríamos que tudo o que nós vivemos(não no sentido próprio da palavra) até agora não era nada, era irreal, e veríamos que não sabem de nada (como um bebê), teríamos que aprender tudo de forma certa (andar, ver, cheirar, ouvir, se movimentar,...) desde o começo, aprendendo que algumas leis que nós conhecíamos não eram reais e outras que não conhecíamos. Nós ao invés de Ter a opinião teríamos o conceito, prazer por realização, corpos belos por beleza,  espontaneidade, teríamos a educação.
         Enfim, veríamos o mundo da Matriz(superior), tiraríamos todas as nossas dúvidas.
         A Mídia tenta fazer com que nós fiquemos presos, no mundo irreal, querem que nós acreditemos em tudo o que eles falam, tirando nós do mundo REAL.
Sem Título
Por Alexandre Ferreira Prodi

INSATISFAÇÃO HUMANA



Às vezes me pergunto: porque será que o ser humano é tão insatisfeito? Porque serão os tantos contratempos? O ser humano é tão pequeno, tão limitado... Porém, precisamos entender que ele é tão grande que precede a todos outros seres criados por Deus.
Um sentimento me passou pela mente. Se Deus é incompreensível, para as pessoas que não o buscam, assim também é o ser humano. Pois foi criado a imagem e a semelhança de Deus. Daí a capacidade e inteligência da qual o homem tem posse.
Muitas vezes fico me perguntando: porque será que somos tão inconstantes, tão dependentes, tão desconfiados?
Às vezes amamos muito, outras odiamos e outras vezes nenhuma nem outra. Está tudo bem e só. Não é verdade. Ou o ser humano está bem ou está mal. Parece uma coisa, procuramos motivos para tudo. Achamos umas coisas feias e outras bonitas; o sol está muito quente ou estão muito frio; as pessoas são chatas etc. Muitas vezes nos maldizemos porque não temos trabalho, não temos dinheiro, não temos carro, casa boa, comida roupa etc. Se temos tudo nos cansamos também. Somos levados pelo consumismo. Compramos, jogamos fora e compramos novamente e o ciclo se repete. Não dá pra entender.
Ainda há muitas pessoas que se queixam porque se dizem feias, falta algo aqui ou ali. Outras são estrelas de cinema e mesmo assim sentem-se desprezadas o que será que realmente acontece com o ser humano?
Como bom observador tenho visto que as pessoas procuram estar bem para os outros, nunca estar bem para si mesmas, para alegrar a si próprias. Esse tipo de pessoa tende a passar por algumas insatisfações durante sua vida, pois cada vez que não tiver ao agrado dos outros sentir-se-a decepcionada.
Não podemos viver pelos outros. Devemos estar bem para sermos nós mesmos. Defender nossos gostos, nossas idéias. Temos que compreender que as pessoas podem nos elogiar, mas também nos discriminar, fingir ou ainda nos matar dependendo de quem possa ser. Não devemos nos revelar para os outros completamente. Precisamos ser discretos e inteligentes. A vida é muito importante. Não podemos desperdiçar as oportunidades de crescermos como pessoas, como cidadãos, como filhos de Deus.
Não deve ser pretensão do homem se tornar grande. Ele precisa fazer o que tem que ser feito desde que ele não passe por cima dos outros e não seja desonesto. Deus deu a todos os seres a graça de ser feliz, de encontrar a felicidade. Porém, nós muitas vezes frustramos esse plano, por incompetência ou por desleixo.
Aprendi algo que não me esqueço: o que Deus reservou para cada um de nós pode estar certo, a nós virá. Cabe a nós descobrir onde está. Descobrindo fazer valer a conquista. Uma vez conquistado, não perder de vista. Deus é fiel. Ele não falha nunca. Somos nós que falhamos. Precisamos trilhar o caminho da luz, verdade e sabedoria. Ele nos mostra os segredos de uma vida plena, cheia de bênçãos e de alegria. Do contrário, se nos deixarmos levar pelas trevas do ódio, do desamor, do preconceito, seremos incapazes de perceber a beleza de Deus, manifestada na própria vida.
Particularmente, nada me encanta mais do que ver o sorriso de uma criança. Nela percebo a singeleza de Deus, a pureza, o amor, indefesa e os cuidados que o cercam. Assim é quando nos deixamos levar pelos cuidados do pai do céu. Ele é demais! Nem nos damos conta de quanto somos amados. Não podemos lavar em consideração o mal das pessoas, o que pensam de nós. Deus não dá à mínima. Ele apenas sorrir e nos vê como crianças. Não é o máximo? Eu acho.
A vida não pode ser encarada de qualquer jeito. Tem gente que tem o prazer de dizer que está arrasado. É um infeliz. Não devemos fazer do dia-a-dia um pesadelo. É vedade, tem dia que agente tem maiores preocupações, mas esses mesmos dias estão repletos de significados que nos fazem ver as coisas de outra forma, nos ensina, nos encoraja... .
Há dias que não encontro motivos pra me alegrar. Assisto televisão, leio a Bíblia, leio qualquer outra coisa e não me sinto bem. Daqui a pouco me vem à vontade de ir a algum lugar. Então dou uma saidinha. Vou ao açude, ou apenas dar uma volta sem qualquer importância, ou quase sem importância. Porque basta sair de onde estou para tudo mudar de figura. O que era já não é. É alguém que encontro que nunca mais havia visto, é o por do sol que contemplo de forma reflexiva é a lua que está nascendo antes do sol se pôr...  .Quer dizer, os problemas se não se foram, mas perderam o sentido. E o que não sabemos é que muitas vezes é ali que vamos encontrar a solução. Sacou? Pois é, Deus não nos dá uma cruz que não possamos carregar, nem tão pouco um problema que não possamos resolver. A questão é: somos imediatistas, inseguros de nós mesmos, desanimados, aborrecentes e mal agradecidos. Se olharmos por outro lado, compreenderemos direitinho que somos molengas, preguiçosos e covardes. Se fizermos diferente, sentiremos imediatamente o quanto somos capazes de descobrir o novo, de sermos melhores.
Jesus, quando veio a essa terra foi um fenômeno. Milhares de pessoas queriam ver quem era ele, porque era tão feliz, tão convincente, tão cheio de amor... .Ora Jesus era simplesmente o Deus vivo. A vida era aquela. Por isso se manifestava daquela forma. Poucas pessoas viviam daquele jeito. Por isso poucas pessoas entendiam o que Jesus vivia. Quando ele começou a ensinar, povo começou a sentir que poderia viver novamente ou na maioria das vezes começarem a viver. Jesus ensinou como viver, como ser feliz. Logo eles começaram a entender e diziam: Eu estava morto e revivi. Exclamação profunda, não? Pois é! Jesus dizia: olhai para os lírios do campo... Porque que ele dizia isso? Hoje, quase todos olham para os bens, os prédios, os carros, o dinheiro... Trás felicidade? Talvez! Não! Claro que não! Fosse assim, muita gente seria gente. O que se vê é doenças, morte, depressão e coisas semelhantes... .Precisamos ouvir o conselho de Jesus. Ele sim tem a vida de verdade.
Quando diz: venham vós todos que estais cansados, é porque sabe das misérias do homem, que mesmo que tenha tudo não tem nada. Está fora dele então! Pobre ser humano, que pensa ser e se sentir alguma coisa. Quanto mais nos conhecemos, mais reconhecemos nossa fragilidade e incapacidade de fazermos alguma coisa por nós mesmos. Pode-se perceber a luta da medicina para curar determinadas doenças. Quando consegue a cura para algum tipo de doença outra já tem surgido.
Nas últimas décadas temos sido testemunha do progresso tecnológico e da ciência que muda o mundo de forma violenta. Entretanto, não conseguimos avançar no amor aos irmãos, na caridade etc. Pense comigo: do que adianta tanta novidade, se a mais importante das novidades que é o ser humano e está morrendo nas calçadas, nas drogas, de fome, sem moradia. Será que estamos tendo progresso realmente?
Os grandes homens da história, ou seja, aqueles que são considerados santos ou profetas diziam: enquanto os homens não se amarem e não reconhecerem a fonte de todo bem, tudo será em vão. E estamos constatando com os nossos próprios olhos. O egoísmo humano tem dominado o mundo. Ninguém está preocupado com ninguém. Parece que estamos vivendo aquele velho ditado: cada um por si e Deus por todos, ou seja, salvem-se quem puder.
Depois de questionar as coisas e situações, é quase impossível alguém não entender que a razão de todos os males é o endurecimento do coração do homem, em não querer ceder espaço no seu coração para que Deus possa ser a razão de sua existência. Quanta ignorância de nossa parte. Até quando queremos sofrer? Basta! É hora de soltarmos as armas e deixar Deus fazer tudo novo em nós. Só temos a ganhar: DEUS.

 Professor Valdeni Cruz






Questionamentos sobre si mesmo



Falando de si mesmo
Valdeni Cruz
O homem é aquilo que pensa
Às vezes me pergunto: porque será que o ser humano é tão insatisfeito? Porque serão os tantos contratempos? O ser humano é tão pequeno, tão limitado... Porém, precisamos entender que ele é tão grande que precede a todos outros seres criados por Deus.
Um sentimento me passou pela mente. Se Deus é incompreensível, para as pessoas que não o buscam, assim também é o ser humano. Pois foi criado a imagem e a semelhança de Deus. Daí a capacidade e inteligência da qual o homem tem posse.
Muitas vezes fico me perguntando: porque será que somos tão inconstantes, tão dependentes, tão desconfiados?
Às vezes amamos muito, outras odiamos e outras vezes nenhuma nem outra. Está tudo bem e só. Não é verdade. Ou o ser humano está bem ou está mal. Parece uma coisa, procuramos motivos para tudo. Achamos umas coisas feias e outras bonitas; o sol está muito quente ou estão muito frio; as pessoas são chatas etc. Muitas vezes nos maldizemos porque não temos trabalho, não temos dinheiro, não temos carro, casa boa, comida roupa etc. Se temos tudo nos cansamos também. Somos levados pelo consumismo. Compramos, jogamos fora e compramos novamente e o ciclo se repete. Não dá pra entender.
Ainda há muitas pessoas que se queixam porque se dizem feias, falta algo aqui ou ali. Outras são estrelas de cinema e mesmo assim sentem-se desprezadas o que será que realmente acontece com o ser humano?
Como bom observador tenho visto que as pessoas procuram estar bem para os outros, nunca estar bem para si mesmas, para alegrar a si próprias. Esse tipo de pessoa tende a passar por algumas insatisfações durante sua vida, pois cada vez que não tiver ao agrado dos outros sentir-se-a decepcionada.
Não podemos viver pelos outros. Devemos estar bem para sermos nós mesmos. Defender nossos gostos, nossas idéias. Temos que compreender que as pessoas podem nos elogiar, mas também nos discriminar, fingir ou ainda nos matar dependendo de quem possa ser. Não devemos nos revelar para os outros completamente. Precisamos ser discretos e inteligentes. A vida é muito importante. Não podemos desperdiçar as oportunidades de crescermos como pessoas, como cidadãos, como filhos de Deus.
Não deve ser pretensão do homem se tornar grande. Ele precisa fazer o que tem que ser feito desde que ele não passe por cima dos outros e não seja desonesto. Deus deu a todos os seres a graça de ser feliz, de encontrar a felicidade. Porém, nós muitas vezes frustramos esse plano, por incompetência ou por desleixo.
Aprendi algo que não me esqueço: o que Deus reservou para cada um de nós pode estar certo, a nós virá. Cabe a nós descobrir onde está. Descobrindo fazer valer a conquista. Uma vez conquistado, não perder de vista. Deus é fiel. Ele não falha nunca. Somos nós que falhamos. Precisamos trilhar o caminho da luz, verdade e sabedoria. Ele nos mostra os segredos de uma vida plena, cheia de bênçãos e de alegria. Do contrário, se nos deixarmos levar pelas trevas do ódio, do desamor, do preconceito, seremos incapazes de perceber a beleza de Deus, manifestada na própria vida.
Particularmente, nada me encanta mais do que ver o sorriso de uma criança. Nela percebo a singeleza de Deus, a pureza, o amor, indefesa e os cuidados que o cercam. Assim é quando nos deixamos levar pelos cuidados do pai do céu. Ele é demais! Nem nos damos conta de quanto somos amados. Não podemos lavar em consideração o mal das pessoas, o que pensam de nós. Deus não dá à mínima. Ele apenas sorrir e nos vê como crianças. Não é o máximo? Eu acho.
A vida não pode ser encarada de qualquer jeito. Tem gente que tem o prazer de dizer que está arrasado. É um infeliz. Não devemos fazer do dia-a-dia um pesadelo. É vedade, tem dia que agente tem maiores preocupações, mas esses mesmos dias estão repletos de significados que nos fazem ver as coisas de outra forma, nos ensina, nos encoraja... .
Há dias que não encontro motivos pra me alegrar. Assisto televisão, leio a Bíblia, leio qualquer outra coisa e não me sinto bem. Daqui a pouco me vem à vontade de ir a algum lugar. Então dou uma saidinha. Vou ao açude, ou apenas dar uma volta sem qualquer importância, ou quase sem importância. Porque basta sair de onde estou para tudo mudar de figura. O que era já não é. É alguém que encontro que nunca mais havia visto, é o por do sol que contemplo de forma reflexiva é a lua que está nascendo antes do sol se pôr...  .Quer dizer, os problemas se não se foram, mas perderam o sentido. E o que não sabemos é que muitas vezes é ali que vamos encontrar a solução. Sacou? Pois é, Deus não nos dá uma cruz que não possamos carregar, nem tão pouco um problema que não possamos resolver. A questão é: somos imediatistas, inseguros de nós mesmos, desanimados, aborrecentes e mal agradecidos. Se olharmos por outro lado, compreenderemos direitinho que somos molengas, preguiçosos e covardes. Se fizermos diferente, sentiremos imediatamente o quanto somos capazes de descobrir o novo, de sermos melhores.
Jesus, quando veio a essa terra foi um fenômeno. Milhares de pessoas queriam ver quem era ele, porque era tão feliz, tão convincente, tão cheio de amor... .Ora Jesus era simplesmente o Deus vivo. A vida era aquela. Por isso se manifestava daquela forma. Poucas pessoas viviam daquele jeito. Por isso poucas pessoas entendiam o que Jesus vivia. Quando ele começou a ensinar, povo começou a sentir que poderia viver novamente ou na maioria das vezes começarem a viver. Jesus ensinou como viver, como ser feliz. Logo eles começaram a entender e diziam: Eu estava morto e revivi. Exclamação profunda, não? Pois é! Jesus dizia: olhai para os lírios do campo... Porque que ele dizia isso? Hoje, quase todos olham para os bens, os prédios, os carros, o dinheiro... Trás felicidade? Talvez! Não! Claro que não! Fosse assim, muita gente seria gente. O que se vê é doenças, morte, depressão e coisas semelhantes... .Precisamos ouvir o conselho de Jesus. Ele sim tem a vida de verdade.
Quando diz: venham vós todos que estais cansados, é porque sabe das misérias do homem, que mesmo que tenha tudo não tem nada. Está fora dele então! Pobre ser humano, que pensa ser e se sentir alguma coisa. Quanto mais nos conhecemos, mais reconhecemos nossa fragilidade e incapacidade de fazermos alguma coisa por nós mesmos. Pode-se perceber a luta da medicina para curar determinadas doenças. Quando consegue a cura para algum tipo de doença outra já tem surgido.
Nas últimas décadas temos sido testemunha do progresso tecnológico e da ciência que muda o mundo de forma violenta. Entretanto, não conseguimos avançar no amor aos irmãos, na caridade etc. Pense comigo: do que adianta tanta novidade, se a mais importante das novidades que é o ser humano e está morrendo nas calçadas, nas drogas, de fome, sem moradia. Será que estamos tendo progresso realmente?
Os grandes homens da história, ou seja, aqueles que são considerados santos ou profetas diziam: enquanto os homens não se amarem e não reconhecerem a fonte de todo bem, tudo será em vão. E estamos constatando com os nossos próprios olhos. O egoísmo humano tem dominado o mundo. Ninguém está preocupado com ninguém. Parece que estamos vivendo aquele velho ditado: cada um por si e Deus por todos, ou seja, salvem-se quem puder.
Depois de questionar as coisas e situações, é quase impossível alguém não entender que a razão de todos os males é o endurecimento do coração do homem, em não querer ceder espaço no seu coração para que Deus possa ser a razão de sua existência. Quanta ignorância de nossa parte. Até quando queremos sofrer? Basta! É hora de soltarmos as armas e deixar Deus fazer tudo novo em nós. Só temos a ganhar: DEUS.
Professor Valdeni Cruz



Aristóteles



384 a.C., Estagira, Macedônia
322 a.C., Cálcis, Grécia
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
[creditofoto]
Nasceu em Estagira, na península macedônica da Calcídica (por isso é também chamado de o Estagirita). Era filho de Nicômaco, amigo e médico pessoal do rei Amintas 2o, pai de Filipe e avô de Alexandre, o Grande.


Aos 16 ou 17 anos, Aristóteles mudou-se para Atenas, então o centro intelectual e artístico daGrécia, e estudou na Academia dePlatão até a morte do mestre, no ano 347 a.C.



Depois disso, passou algum tempo em Assos, no litoral da Ásia Menor (atual Turquia), onde casou-se com Pítias, a sobrinha do tirano local. Sendo este assassinado, o filósofo fugiu para Mitilene, na ilha de Lesbos. Foi depois convidado para a Corte da Macedônia onde, durante três anos, exerceu o cargo de tutor de Alexandre, mais tarde "o Grande".



Em 355 a.C. voltou a Atenas e fundou uma escola próxima ao templo de Apolo Lício, de onde recebeu seu nome: Liceu. O caminho coberto ("peripatos") por onde costumava caminhar enquanto ensinava deu à escola um outro nome: Peripatética. A escola se tornaria a rival e ao mesmo tempo a verdadeira herdeira da Academia platônica.



Com a morte de Alexandre, em 323 a.C., o imenso império por ele erguido esfacelou-se. Em Atenas eclodiu um movimento que visava a restaurar a independência da cidade-Estado. Malvisto pelos atenienses por sua origem macedônica, foi acusado de "ateísmo" ou "impiedade". Para não ter o mesmo fim de Sócrates, condenado ao suicídio, exilou-se voluntariamente em Cálcida, na ilha da Eubéia, onde morreu um ano depois.



Aristóteles é considerado um dos mais fecundos pensadores de todos os tempos. Suas investigações filosóficas deram origem a diversas áreas do conhecimento. Entre outras, podem-se citar a biologia, a zoologia, a física, a história natural, a poética, a psicologia, sem falar em disciplinas propriamente filosóficas como a ética, a teoria política, a estética e a metafísica.



Cada uma dessas áreas é discutida minuciosamente pelo filósofo. Suas investigações, muitas vezes de caráter exploratório, não chegavam a conclusões definitivas. De modo geral, Aristóteles fazia uma lista das hipóteses já enunciadas sobre determinado assunto e demonstrava sua inconsistência para, a seguir, buscar respostas que preservassem o melhor das hipóteses analisadas.



As obras de Aristóteles que sobreviveram ao tempo foram obtidas a partir de anotações do próprio autor para suas aulas, de textos didáticos, de anotações dos discípulos, ou ainda de uma mistura de várias fontes. De suas obras destacam-se "Organon", dedicada à lógica formal; "Ética a Nicômaco" (cujo título indica o tema; Nicômaco era também o nome de seu filho); "Poética" e "Política".



Nenhum comentário:

Piso salarial do professor: saiba quem tem direito ao reajuste nacional

  Presidente Jair Bolsonaro divulgou na tarde de hoje (27) um reajuste de cerca de 33% no piso salarial do professor de educação básica; con...