sábado, 10 de setembro de 2011

VOZ DO SINDSEP

É daqui a pouco teremos o programa a VOZ DO SINDSEP pela FM 98,7. Será logo mais ao meio dia.


Discutiremos assuntos pertinentes a nossa realidade pentecostense.
Entre esses assuntos estão a educação, saúde, servidores, leis trablahistas etc.
Portanto, não perca!
Eu, professor Valdeni estarei comandando esse programa mais uma vez.  

Crise de fé, crise de moral



Um dos grandes desafios da Igreja atualmente é a questão ética: manipulação de embriões, aborto, casamento homossexual e canonização do comportamento gay, aviltamento da família, culto do consumismo e do bem-estar, eutanásia, etc.
Para o Papa Bento XVI, a crise ética atual nasce da crise de fé. Nossa civilização nasceu da fé cristã; nela e a partir dela seus valores desenvolveram-se. Sendo assim, a questão fundamental é a fé em Jesus Cristo, o encontro com a sua Pessoa – daí a preocupação do Papa em publicar um livro sobre Jesus. Ora, a fé no Salvador é um dom, uma graça, mas deve tornar-se um constante permanecer no Senhor, viver nele, até transformar-se num modo de ser, de viver e de compreender a realidade.
Como Bento XVI tantas vezes tem recordado, a fé nos faz ver e avaliar a partir de Deus – de Deus como se revelou em Jesus Cristo e é anunciado pela Igreja. Assim sendo, crer nos dá uma nova percepção da realidade e da vida, uma percepção mais global, mais profunda, mais verdadeira que qualquer outra percepção, gerada por qualquer outro ponto de vista, por válido e positivo que seja. O conhecimento provindo da fé nos ajuda a compreender Deus, nós mesmos e o próprio mundo. Tem-se, então, um conhecimento mais profundo que aquele filosófico e científico. Não que esses três modos de perceber a realidade se contraponham, mas, certamente, a fé abre novas possibilidades à ciência e à filosofia, pois, sem em nada forçar ou desfigurar os métodos dessas áreas de saber, no entanto, oferece-lhes uma possibilidade mais profunda para interpretar a realidade.
É somente como resposta do homem livre a Deus que se nos revelou e se nos deu em Jesus Cristo que se pode compreender a moral cristã. Não se trata de algo imposto de fora, mas das conseqüências de um sim livre, responsável e amoroso dado a Deus em Cristo. É importante recordar que todo amor é conseqüente, é exigente! É daqui que brota uma ética da fé: um modo de viver inspirado, fundado e alimentado pela fé em Cristo, que nasce do encontro vivo com ele. Bento XVI quis exprimir isso de modo muito belo na sua EncíclicaDeus caritas est. Tal encontro, no entanto, porquanto seja pessoal, dá-se sempre no “nós” da Igreja. É na Comunidade dos crentes que ouve a Palavra, celebra os sacramentos e procura viver no Senhor, que o encontro pessoal com Cristo torna-se sempre objetivo, real e não fruto de uma ilusão ou de um delírio subjetivo. Um Jesus que não seja o Jesus da Igreja e presente na Igreja é um Jesus ilusório, fruto de nossos preconceitos.
Por isso, a moral tal como a Igreja apresenta, não é algo que nos vem de fora para impor, mas, na experiência de fé, torna-se expressão exigente de um amor radical: o de Deus que tanto amou a ponto de entregar o Filho, obediente em amor por nós até a morte de cruz, por um lado; e, por outro lado, o nosso amor, que deve concretizar-se na resposta concreta de dizer “sim” aos apelos do Senhor com um modo de pensar, julgar e agir próprios do Evangelho.
O pensamento do Santo Padre nos ajuda a perceber que a espiritualidade e a moral devem caminhar juntas. Uma moral sem espiritualidade seria um moralismo asfixiante e desumanizador. Se o mundo percebe a moral cristã assim, é exatamente porque falta a experiência viva e pessoal do encontro espiritual com Jesus Cristo! Por outro lado a espiritualidade verdadeira exige a moral: seguir a Cristo compreende não somente a intimidade com ele, mas também a resposta concreta aos seus apelos. Daqui nasce a moral cristã! Assim, o Papa nos quer fazer compreender que o liame que garante a nossa liberdade, por um lado, e a verdade cristã, por outro, é a fé-adesão-amor a Jesus Cristo, que, naturalmente, inclui a espiritualidade e a moral, dando um verdadeiro e global sentido à vida e à realidade.
A crise atual é gerada, sem dúvida, pela falta de tal experiência viva de Jesus! A solução? Reevangelizar a nossa cultura e a nossa sociedade. Mas, atenção: sem discursos ideológico, sem projetos pastorais mirabolantes, mas com a força e o entusiasmo simples, nascidos do amor provocado pela experiência de ter encontrado Jesus e por ele se encantado apaixonadamente!

 


 Escrito por Dom Henrique 

A Igreja e o mundo atual: entrevista com o Cônego Henrique



Ola, caros leitores do meu blog, Tenho postado muitos assuntos sobre a igreja. Como todos podem perceber tenho um fé enraizada, e fé católica. Portanto, antes de mais nada, não fique achando estranho. Esse sou eu. Sou católico e assumo de fato a minha fé e defendo os valores da minha igreja na integra. Tenho essa liberdade e por isso mesmo uso esse espaço virtual para expressar abertamente a minha fé em Jesus Cristo salvador e Senhor da história. Professor Valdeni Cruz


Entrevista

Caro(a) Internauta, ofereço-lhe na íntegra uma entrevista por mim concedida ao jornalista Romero Vieira Belo, de O Jornal. Esta entrevista, em forma mais condensada, foi publicada na edição de 20 de março de 2005. 
Em razão da idade avançada e de seu estado de saúde, o Papa João Paulo II deve renunciar? 
Não. O Papa não é um simples governante; sua primeira missão não é fazer coisas ou escrever documentos, mas é conservar o testemunho da fé apostólica, que consiste em afirmar que Jesus é o Cristo, o Enviado de Deus, o Salvador do mundo. Esse testemunho, o Papa dá também com a vida. João Paulo II já o deu com suas viagens, com sua pregação, com seu ardor. Agora dá-lo com sua fragilidade e suas dores. Além do mais, o Papa está perfeitamente lúcido... 
O que acontecerá se o papa perder a capacidade de comandar as ações? Quem dirigirá a Igreja? 
Se ficasse constatado que o Papa perdera a lucidez, a sanidade mental, o Colégio dos Cardeais, mediante um público e transparente parecer de médicos, poderia declarar a absoluta incapacidade do Papa e eleger um novo Papa. Enquanto um Papa estiver de posse de suas faculdades mentais, ninguém, absolutamente, pode removê-lo do seu ministério. Um Papa só deixa de ser Papa morrendo ou renunciando livremente. 
O cardeal D. Paulo Evaristo Arns agiu corretamente ao defender a renúncia do papa? 
Não. O Cardeal errou feio! Não compreendo como pôde afirmar coisas tão desastradas. A Igreja não é uma grande empresa, com um diretor-geral, o Papa. A Igreja vive em cada Igreja local (a diocese), governada por um Sucessor dos Apóstolos (o Bispo). A Igreja não pára se o Papa é idoso ou menos capaz fisicamente. Como o Cardeal expressou-se, até parece que a Igreja tem que estar falando ou mudando de opinião ou inventando novidade o tempo todo. Errou feio, o Dom Paulo... 
Existe a possibilidade de um “golpe de estado” no Vaticano? Uma corrente da Igreja poderia destituir o papa e nomear um sucessor? 
Nenhuma. É necessário compreender que o Papa não é o governante do Vaticano, mas o Bispo de Roma, sucessor do Apóstolo Pedro. Todo católico acredita firmemente nisso – também os cardeais! Se um papa fosse deposto, o sucessor não seria Papa, seria anti-papa. Não gozaria da assistência que o Senhor prometeu a Pedro e a seus sucessores. Os cardeais não são políticos inescrupulosos com sede de poder. São Bispos, homens que crêem e amam o Senhor e sua Igreja. E sabem, eles também, que o inferno existe! Pensar que o Vaticano é um antro de politicagem e jogos escusos é uma coisa totalmente fora da realidade. Só nesses filmes que detratam a Igreja e fazem a delícia dos que não gostam dela... 
Com suas viagens, João Paulo II ajudou a globalizar a Igreja católica. Mas, sua visão conservadora, nas questões familiares e sexuais, não constitui um retrocesso? 
A missão da Igreja não é dançar conforme a música ou correr atrás dos modismos do mundo, mas ser fiel a Cristo e ao seu Evangelho. João Paulo II não fez mais que reafirmar a fé e a moral católicas. E não poderia fazer diferente. Jesus preveniu que seus discípulos não podem ser do mundo, como Ele também não é do mundo. São Paulo, nos previne: “Não vos conformeis com este mundo!” Uma Igreja que procure ser agradável ao mundo não serve para mais nada, a não ser para ser jogada fora e pisada pelos homens, como o sal insosso! 
Baseada em quê a Igreja condena o homossexualismo?  
Primeiro, é necessário distinguir homossexualidade e homossexuais. A Igreja, fundada na Escritura, sempre ensinou que o plano de Deus para a sexualidade humana é a complementaridade homem-mulher: “Homem e mulher ele os criou!” A relação homoerótica não é de acordo com o plano de Deus. No entanto, a Igreja também ensina que nenhum de nós é mais aquele ser humano que Deus pensara desde o início: somos todos meio desfigurados pelo pecado do mundo; todos temos tendências que nos desfiguram. Ora, na visão cristã, o homoerotismo é uma deturpação do projeto de Deus para a sexualidade. No entanto, as pessoas homossexuais não têm culpa de terem essa tendência e devem ser tratadas com respeito e caridade. No entanto, jamais a Igreja poderá dizer que a relação homossexual é um ideal ou que tanto faz uma relação homo ou heterossexual. Realmente, a Escritura fecha essa possibilidade! Dizer o contrário seria ser fiel à onda atual, mas infiel ao Cristo e ao seu Evangelho. 
Ao pregar que o sexo é só para procriação, a Igreja não se distancia da realidade, já que a sociedade hoje vê a relação sexual até como diversão? 
A Igreja não prega isso! O ato sexual é, primeiramente, uma celebração do amor entre um homem e uma mulher que se amam e se deram na construção de uma vida, “na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-se e respeitando-se todos os dias” dessa vida comum... A procriação é somente a segunda finalidade do ato sexual, mas não é essencial. Um casal que já não possa ter filhos, pode e deve continuar tendo uma vida sexual ativa, e uma vida prazerosa, onde o amor é vivido como mistério de carinho, intimidade e sedução. Ao contrário do que muitos pensam, a Igreja não tem horror à sexualidade! Quem duvidar, compre um manual de moral católica e leia! O que a Igreja não pode é concordar com a banalização da sexualidade instaurada no mundo de hoje. Aliás, ninguém sério e que tenha um pouco de profundidade existencial pode concordar com isso que está aí... 
Faz sentido, a essa altura, desestimular o uso da camisinha, expondo os jovens ao contágio da aids e outras DSTs?  
A pergunta é simplista demais; é falaciosa. Primeiro: o que a Igreja recrimina é um programa de educação sexual que se fundamenta simplesmente no “use camisinha”. Isso não é sério! No fundo, a mensagem termina sendo: “Chegou o Carnaval, chegou o Natal, chegou o São João, faça sexo! Tudo é permitido, desde que você use camisinha!” É o programa de banalização sexual do governo. Ora, isso não é admissível! É preciso falar de sexo e dizer a essa juventude que sexo tem a ver com amor, com responsabilidade, com doação, com valores, com um projeto de vida! Nesse contexto é admissível falar de preservativo, pois nem todos são cristãos e nem todos são castos. Em segundo lugar: para um cristão, o ideal continua sendo a castidade, isto é, a vida sexual somente no casamento. O sexo fora do casamento foi, é e continuará sendo pecado – esse é o ensinamento do Evangelho e nem a Igreja nem ninguém pode mudar isso! Um discípulo de Cristo que lhe queira ser fiel deve evitar relações fora do matrimônio, com ou sem camisinha. Fora do casamento, usar camisinha ou não, não faz diferença nenhuma do ponto de vista da fé: é pecado do mesmo jeito. E aí, é melhor usar o famoso preservativo. Fora do casamento, ter relação com camisinha é pecado; ter sem camisinha é pecado e burrice... 
A crise sacerdotal não poderia ser superada ou atenuada com o fim do celibato? 
Primeiro, graças a Deus, o Brasil nunca teve tantos seminaristas como agora. Só no ano passado tivemos sete ordenações diaconais de uma só vez. Isso só ocorreu aqui em Maceió em 1941. Temos poucos padres porque no Brasil sempre foi assim. Agora é que estamos melhorando. Em segundo lugar, no Oriente, onde os padres católicos podem casar-se, há também crise de vocações. A questão não é de facilidades, mas fidelidade e amor a Jesus, que nos tornam capaz de dar a vida a ele e por ele! 
Por que a Igreja defende tanto o celibato, se a Bíblia não contém nenhuma objeção ao casamento de padres?
Realmente, o celibato é apenas um conselho. No entanto, desde o princípio, a Igreja viu nele um valor, um sinal de que não temos aqui na terra morada permanente e também um sinal de entrega indivisa e total a Cristo e à sua missão. É bom recordar que o Cristo foi celibatário, São Paulo também o foi e o recomenda. Já no Novo Testamento, os ministros ordenados podiam casar-se, mas, ficando viúvos, não poderiam se casar uma segunda vez: deviam ser esposos de uma só mulher. No entanto, a Igreja no Ocidente pode, um dia, mudar a obrigatoriedade do celibato. Como já disse, no Oriente, ele só é obrigatório para os Bispos... 
A clonagem viola as leis da natureza, mesmo se o emprego da técnica ficar restrito a animais? 
De modo algum. A clonagem de animais ou plantas, com fins científicos justificáveis, é perfeitamente aceitável. O que é imoral é a clonagem humana. 
Em casos extremos, como os de crianças nascidas sem cérebro, deve-se recorrer à eutanásia? 
Não. Não compete a nós decidir quem deve viver e morrer. Não somos Deus! Uma coisa é a morte como decorrência natural de uma condição deficiente de saúde e outra, bem diferente, é a morte provocada por antecipação em decorrência de convicções ideológicas. Para Hitler, os judeus deveriam morrer porque eram uma raça maligna, os deficientes mentais também. Agora, na Holanda, já se começa a assassinar recém-nascidos com doenças graves. É uma barbárie assassina! Ou a vida humana é sempre humana e deve ser preservada ou estamos abrindo as portas do inferno! Imaginem quando se decidir matar crianças pobres porque não darão lucro ao sistema ou matar velhinhos porque dão prejuízo à previdência! É este o pecado original do homem: querer ser o seu Deus, querer decidir de modo contrário a Deus o que é bem e o que é mal... Sempre terminamos quebrando a cara! 
Para a Igreja, quando começa a vida?  
No momento da concepção. 
A Igreja teria como definir a vida, do ponto de vista material? 
Essa é uma discussão que envolve também cientistas e filósofos. Um erro grave da sociedade atual é achar que a ciência sabe tudo e pode tudo. Definir o que é a vida nunca será tarefa somente da ciência enquanto técnica, mas também da religião e da filosofia. No caso da vida humana, ela é aquela situação que nos constitui como um ser que possui um dinamismo vital autônomo e um patrimônio genético próprio. É uma definição bem precária, essa que estou dando, mas que serve bem para ilustrar por que não se pode brincar com a vida humana, mesmo no ventre materno: o embrião é já uma vida autônoma, não é um órgão da mãe; e já tem suas características genéticas próprias. 
O uso de células-tronco pode salvar vidas, curar enfermos. Por que a Igreja é contra? 
A pergunta não reflete a realidade. A Igreja é a favor da pesquisa com células-tronco e aplaude tais pesquisas. Ela é contra a pesquisa com células-tronco de embriões humanos, porque os mata. Os embriões já são seres humanos! Assassinar seres humanos é imoral, é crime sempre e em qualquer fase da existência. Salvar vidas de uns matando outros é imoral! Eu posso dar minha vida por outra pessoa, mas ninguém pode me matar, tirar minha vida contra minha vontade, para salvar outro alguém! A experiência com células-tronco embrionárias é a vitória da razão assassina, da razão atéia, da razão imoral! 
Como reagiria a comunidade católica se o papa fosse curado com o uso de células-tronco? 
Com o uso de células-tronco adultas, ficaríamos muito contentes e agradecidos a Deus pelo bom uso que o homem faz de sua inteligência. Com o uso de células-tronco embrionárias, seria inaceitável. Não se pode querer ser feliz a qualquer preço! O fim não justifica os meios! O Papa é um homem de princípios, uma verdadeira testemunha do Evangelho da vida! 
A Igreja mantém sua posição contrária ao aborto, mesmo em casos de estupro? 
Sim. É muito fácil resolver o problema matando o mais fraco. Sabemos que a experiência de estupro é traumática. Mas, isso não justifica moralmente matar a criança. A atitude correta seria ajudar a mãe a ter seu filhinho e, se ela não quer criá-lo, providenciar imediatamente uma adoção. Mas, agora, o Governo Lula, continua com seu programa de aprovar o aborto: além do projeto de matar embriões em nome da ciência, o Ministério da Saúde autorizou o aborto por estupro sem ser mais preciso apresentar o boletim de ocorrência policial. Qualquer mulher agora pode abortar; é só inventar que foi estuprada! Viva o Governo Lula! Nunca votarei nele para nada! 
A Igreja parece se opor aos avanços da ciência. Deus impôs limites ao homem? Isso está escrito em algum trecho da Bíblia? 
De modo algum a Igreja se opõe à ciência. Esta é uma percepção totalmente equivocada! O que a Igreja defende é que a pesquisa científica seja regida por critérios éticos. Aliás, vários cientistas atuais gritam por isso! Sugiro a leitura do site www.nep.org.br: é de cientistas preocupados com a ética na pesquisa científica. Nem tudo que é tecnicamente possível é moralmente aceitável. Seria aceitável eticamente a bomba atômica? É aceitável escolher uma criança programando até os mínimos detalhes de seus caracteres físicos? É eticamente aceitável uma bomba que mate, mas não destrua nada de material? Quem impõe limites à tecnologia? Com quais critérios? A ciência e a tecnologia são neutras ou, ao invés, servem também a interesses econômicos e ideológicos? São questões seríssimas! A Escritura toda – não é só um trecho não! – insiste que o homem deve ser feliz, deve usar sua inteligência, mas sem cair na ilusão de ser senhor do bem e do mal, de ser Deus! O homem deve usar plenamente sua razão, mas uma razão que seja aberta ao Mistério de Deus 
João Paulo II reconheceu que a Igreja errou ao perseguir cientistas como Galileu Galilei. Ao se contrapor à evolução científica atual, no futuro a Igreja não poderá ter que pedir perdão de novo? 
A Igreja não se contrapõe à evolução científica; vê-la como algo essencialmente positivo. Ela simplesmente grita por critérios éticos para a ciência. É o que chamamos de filosofia das ciências ou epistemologia. A ONU, recentemente, fez a mesma coisa quando limitou a possibilidade de clonagem humana. Isso não é ser contra a ciência. A Igreja também não pretende impor a visão cristã de ciência; deseja somente uma discussão séria, que dê origem a uma ética civil sobre esses temas. No caso de Galileu a Igreja errou porque quis negar o resultado de uma pesquisa científica. Desde então, não fez mais isso. Repito: a questão agora não é técnico-científica; é moral! É uma falácia monumental misturar as duas coisas. É como perguntar qual é a cor de uma janela e alguém responder que a janela é grande! 
Por que o comando da Igreja católica se mantém indiferente ao avanço das seitas evangélicas? 
A Igreja não se mantém indiferente não. Apenas não ficamos paranóicos com isso. O problema é complexo. Estamos atravessando uma fase de transição cultural fortíssima: nada mais é certo, nada mais é duradouro, joga-se fora com a maior facilidade os valores dos antepassados, não se está preocupado com a verdade, mas em como conseguir se dar bem e se sentir bem imediatamente. É nesse contexto que se explica o crescimento das várias denominações vindas do protestantismo. É interessante observar que os católicos realmente praticantes não deixam a sua fé. O problema é que o Brasil tem católicos “de nome” demais e católicos verdadeiros de menos... Isso também se deve a erros no processo de evangelização. Nunca foi uma boa coisa batizar massivamente, sem uma preparação acurada. Particularmente, eu prefiro poucos que se digam católicos, mas que o sejam de fato. Aí sim, seremos sal e luz, como Cristo espera de nós, membros da sua Igreja! 
A família tradicional está se decompondo? Há como salvá-la? 
Sim, está. A família hoje é um pequeno núcleo de um homem, uma mulher e duas ou três crianças, meio perdidos num mundo que o pressiona por todos os lados. É triste, porque não há esperança para a família – nem para nenhuma sociedade sadia – sem espírito de renúncia, sem ideais, sem a capacidade de ser feliz na felicidade dos outros. Os valores da sociedade moderna - que absolutiza o sucesso o bem-estar e o lucro -, privam os filhos da presença dos pais, sobretudo da mãe e deixam a educação por conta dos meios de comunicação e da escola, que já não educa, mas simplesmente transmite conhecimentos. Ou se muda o paradigma de sociedade e de valores, ou as conseqüências serão muito ruins. Quem achar que estou sendo negativo, olhe um pouquinho em volta e veja o que está acontecendo com nossos jovens e crianças, que educação estão tendo, que valores estão assimilando... É assustador... A salvação da família está na redescoberta de alguns valores fundamentais, como a convivência, o diálogo, a sobriedade de vida, a solidariedade e, não por último, a prática religiosa, o lugar de Deus na nossa vida... 
E o casamento? É instituição ultrapassada? 
Para o mundo atual, sim. Para os cristãos, jamais! O problema é que a liberdade descompromissada e o “faça-você-mesmo” que tem substituído os valores cristãos, não realizam as pessoas. É uma falsa liberdade, porque motivada por um egocentrismo de dar pena. Não se encontrará a realização, a plena humanização por um caminho como esse... Os cristãos são convidados a testemunhar os valores do Evangelho também na vida familiar, matrimonial e sexual. Mas, isso só é possível quando a gente descobre o Cristo de verdade. Caso contrário, as exigências do Evangelho não passarão de moralismo castrador. 
Com que olhos a Igreja vê figuras como o jogador Ronaldo, o Fenômeno, que todo ano se junta a uma nova mulher? 
São figuras descartáveis, fabricadas pela mídia. Aparecem e, logo depois, somem. Triste de um povo que tem como maiores heróis jogadores, cantores pop e atores de televisão. Os verdadeiros heróis são aqueles que constroem a alma de uma sociedade seja pelo pensamento, seja pelo testemunho de valores, pela produção cultural, seja pela santidade de vida. Pena que os heróis da garotada e dos jovens já não sejam um Francisco de Assis, um Vicente de Paulo, um Luís Gonzaga, um Tiradentes, um Zumbi... A futilidade é a marca registrada da nossa cultura globalizada. 
A liberação da mulher é um avanço ou um retrocesso social? 
Um avanço. No entanto, se sob o manto dessa liberdade coloca-se a libertinagem sexual, o falta de tempo para estar com os filhos e a masculinização das mulheres, aí não há avanço, mas distorção. A Igreja defende que a mulher possa ganhar o mesmo que os homens tendo, no entanto, o direito de ter mais tempo com seus filhos. Sua presença junto a eles é indispensável. Muitas feministas dirão que isso é ideologia machista. Não é verdade! É apenas respeito pelas diferenças. A igual dignidade do homem e da mulher exige tratamento diferenciado, exatamente porque os dois são diferentes – e tal diferença não é só produto cultural, mas é também biológica e psicológica, inclusive na educação dos filhos. O resto é pura ideologia, essa coisa insossa, chata e hipócrita chamada “politicamente correto”. 
Como explicar que, em um País como o Brasil, de tradição católica, as pessoas troquem um homem da estatura moral de João Paulo II por um Edir Macedo? 
Primeiro pelo nível de alienação e ignorância do nosso povo. Mas, também pela crise de valores na qual essa civilização do consumo nos jogou. Repito: estamos numa profunda crise cultural. A sociedade ocidental está numa encruzilhada e não se sabe bem aonde isso vai levar... O importante hoje é quem grita mais, quem vende melhor seu produto, quem promete satisfação imediata. Também Deus e a religião viraram produtos de supermercado. Mas isso não é religião; é uma triste caricatura. Nem é fé; é somente crendice e superstição alienante. 
O catolicismo precisa mudar, se abrir, para acompanhar as transformações que marcam os tempos hodiernos? 
O catolicismo não deve se preocupar em “acompanhar as transformações”, mas em ser fiel ao Evangelho. Claro que a Igreja tem sempre o dever de ser atenta ao melhor modo de se comunicar com a humanidade em cada época e cultura. O Concílio Vaticano II, na década de 60, fez isso, preparando a Igreja para o mundo atual. Mas, isso não quer dizer que a Igreja deva ou possa trair a Verdade do Evangelho ou esconder as exigências morais que Cristo coloca para os seus discípulos. Como dizia a Bem-aventurada Teresa de Calcutá, “nós não somos chamados a fazer sucesso, mas a ser fiéis!” A Igreja, como um organismo vivificado pelo Espírito Santo, estará sempre mudando para ser fiel à sua missão. Mas, sua referência não são as modas do momento, mas unicamente o Cristo, e Cristo crucificado e ressuscitado! 
Com tudo que a ciência ensina e pratica atualmente, faz sentido ensinar na missa que Deus fez o homem do barro? 
Quem pensa que a Igreja ensina que os primeiros onze capítulos do Gênesis são para ser tomados ao pé da letra, está totalmente enganado. A Igreja não ensina isso e nenhum padre diz isso no sermão! Afirmar que Deus criou o homem do barro é dizer que, por nós mesmos, somos pó e ao pó voltaremos – todos nós: o Bush, o Lula, o Bill Gates, o professor universitário que não crê em Deus, o Papa, eu e você... É uma pena que muitos vejam a Igreja como uma coisa totalmente boba, tão distante daquilo que ela realmente é! É interessante: desde os anos cinqüenta, com o Papa Pio XII, que a Igreja insiste que as narrativas do Gênesis não são uma reportagem histórica ou científica, mas uma narrativa simbólica, como as parábolas de Jesus. Já tive oportunidade de fazer palestra sobre isso para o Curso de Letras da UFAL. Foi uma experiência interessante: abordar a questão dos gêneros literários na Escritura... A Igreja tem intelectuais profundos, filósofos muito sérios e teólogos brilhantes. Não somos um exército de tolos... Há muitos cientistas que são cristãos e há muitos padres e religiosos que se dedicam às ciências... Muitas vezes, as pessoas têm uma visão totalmente infantil do que a Igreja crê, ensina, vive e celebra... Aí não é a Igreja, mas uma triste e ridícula caricatura dela! 
Será possível que o cristianismo, daqui a alguns milênios, venha a perder sua essência histórica e transformar-se em algo como uma lenda? 
Isso aconteceria se, para agradar o mundo, a Igreja entrasse na onda. Mas, não ocorrerá. Cristo prometeu que, na força do seu Espírito Santo, estará sempre com sua Igreja. Ela já enfrentou as perseguições do Império Romano, a tragédia das invasões bárbaras, as lutas contra os tiranos do Sacro Império e dos monarcas absolutos, déspotas esclarecidos ou não. A Igreja já enfrentou o cativeiro dos papas em Avinhão durante quase setenta anos; sobreviveu à terrível experiência da dilaceração com a Reforma protestante, suportou dez péssimos papas consecutivos na época do Renascimento; já enfrentou a crítica do racionalismo, do iluminismo e do humanismo ateu do século XIX; sobreviveu à perseguição terrível dos regimes pagãos do século XX: o fascismo, o marxismo e o nazismo. Agora luta contra novos gigantes: a secularização, o consumismo, o ateísmo prático, a onda anti-cristã dos meios de comunicação de massa... E vencerá, mais uma vez. Ela perderá sempre mais poder político, poder de barganha, prestígio e até número de fiéis. Mas, isso, ela nunca deveria ter tido; a sua força não consiste nisso. Sua glória, sua força, seu arrimo é unicamente Cristo, loucura, escândalo e fraqueza para o mundo, sabedoria e poder de Deus para os que crêem... “As portas do inferno não prevalecerão” – a promessa do Senhor a Pedro continua de pé!


Dom Henrique

Evangelho de Lucas 6,43-49


Sábado, 10 de setembro de 2011

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 43“Não existe árvore boa que dê frutos ruins, nem árvore ruim que dê frutos bons. 44Toda árvore é reconhecida pelos seus frutos. Não se colhem figos de espinheiros, nem uvas de plantas espinhosas.
45O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração. Mas o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro, pois sua boca fala do que o coração está cheio. 46Por que me chamais: ‘Senhor! Senhor!’, mas não fazeis o que eu digo?
47Vou mostrar-vos com quem se parece todo aquele que vem a mim, ouve as minhas palavras e as põe em prática. 48É semelhante a um homem que construiu uma casa: cavou fundo e colocou o alicerce sobre a rocha. Veio a enchente, a torrente deu contra a casa, mas não conseguiu derrubá-la, porque estava bem construída.
49Aquele, porém, que ouve e não põe em prática, é semelhante a um homem que construiu uma casa no chão, sem alicerce. A torrente deu contra a casa, e ela imediatamente desabou; e foi grande a ruína dessa casa”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Após Senado, presidente do TRF libera supersalários para Câmara


Depois de liberar o pagamento de salários acima do teto constitucional no Senado Federal, o presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, desembargador Olindo Menezes, autorizou também o pagamento acima do limite de R$ 26,7 mil para servidores da Câmara dos Deputados.
A decisão, publicada nesta sexta-feira, foi dada em uma ação de suspensão de liminar concedida no início de julho pela 9ª Vara Federal do Distrito Federal que determinava a suspensão do pagamento do salário, e não é definitiva.
O pedido para que o salário fosse retomado na íntegra é da União, sob alegação que os servidores da Câmara não podiam ser tratados em disparidade em relação ao Senado. A União também sustenta que o corte estava gerando lesão à ordem pública. O teto equivale ao salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
"Estão em risco a continuidade e a eficiência dos serviços públicos prestados na Câmara Baixa, afora a ofensa às garantias do contraditório e do devido processo legal relativamente às situações consolidadas dos servidores do Parlamento".
Para o presidente do tribunal, a decisão da primeira instância foi "apressada". "O magistrado, substituindo-se à atribuição legislativa de uma das casas do Congresso Nacional, impõe regras remuneratórias gravosas aos servidores e membros da Câmara dos Deputados, na sua avaliação pessoal do que deve e não deve integrar o cômputo do chamado teto constitucional, o que, na visão deste momento, atenta claramente contra a ordem pública", disse o desembargador.
Olindo Menezes declarou ainda que não está julgando nem revendo em definitivo a decisão da 9ª Vara Federal do DF e que seu entendimento só deve vigorar até a avaliação definitiva da questão pelo juiz do primeiro grau.
Agência Brasil
Agência BrasilCarolina Pimentel

O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, informou hoje (9), em nota, que os envolvidos nas irregularidades do Ministério dos Transportes serão responsabilizados individualmente nos respectivos processos disciplinares. A nota é uma resposta aos parlamentares que criticaram o fato de a auditoria da CGU que identificou as irregularidades não ter apontado responsáveis.
A CGU encontrou 66 irregularidades em 17 contratos da pasta, que somaram R$ 5,1 bilhões, com prejuízo potencial de R$ 682 milhões para os cofres públicos. A divulgação do relatório motivou reclamações do Partido da República (PR), presidido pelo senador Alfredo Nascimento, que deixou o cargo de ministro dos Transportes após a divulgação de denúncias de corrupção no setor.
O líder do PR na Câmara, deputado Lincoln Portela (MG), disse ontem (8) que não se pode atribuir a um partido político como um todo possíveis falhas individuais. “Eu quero CNPJ e CPF de quem teria cometido irregularidades no ministério”, disse.
No nota, a CGU alega que os envolvidos não aparecem na auditoria para que seja garantido amplo direito de defesa. De acordo com a controladoria, já foram abertos processos disciplinares condenatórios envolvendo 31 ex-dirigentes e servidores do ministério, do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) quanto na Valec, a estatal do setor ferroviário. Do total, 17 pessoas foram convocadas para apresentar a defesa.
“É o caso de perguntar se gostariam que a CGU suprimisse o direito de defesa dos acusados, pois é exatamente isso que estamos preservando, ao não individualizar antecipadamente as responsabilidades. Se apontássemos responsáveis antes de ouvir um por um, em processos disciplinares específicos, essas mesmas pessoas iriam gritar, e aí, com razão”, disse Jorge Hage na nota divulgada hoje.
O ministro-chefe da CGU não pretende descumprir os prazos legais para concluir os processos. “A nossa corregedoria está orientada por mim para dar prioridade a esses processos, mas não vai atropelar os prazos legais e o direito ao contraditório. Esses processos punitivos, diferentemente das auditorias, que concluímos em 60 dias, vão demorar ainda alguns meses, e não adianta reclamar”.
Por determinação da presidenta Dilma Rousseff, a CGU iniciou em 6 de julho as investigações, depois de denúncias de desvio de verbas e superfaturamento de contratos na pasta.

A loucura de querer ser Deus, Senhor do bem e do mal


Seg, 25 de Janeiro de 2010 15:13
Durmam com um barulho desses! Em 18 de janeiro deste 2006, com 468 votos a favor, 149 contra e 41 abstenções, o Parlamento Europeu aprovou uma Resolução que condena como homofóbicos os países que se opõem ao reconhecimento das uniões entre pessoas do mesmo sexo. Para esses ilustres deputados, união civil homossexual é direito humano! Já o direito à vida dos embriões não é direito humano! É evidente que os direitos humanos converteram-se em um pretexto para afirmar uma ideologia atéia e anti-cristã, que não só não tem nada a ver com o bem da pessoa, mas que inclusive é fonte de violência contra pessoas, comunidades e povos. Muitos dos deputados criticaram duramente a Igreja católica e o Santo Padre Bento XVI como sendo homofóbicos e preconceituosos porque, fiéis à lei de Cristo, não engolem a lei dos nobres e sábios parlamentares europeus...
 
Que ninguém se iluda! O mundo ocidental não aceita o cristianismo; tornou-se uma civilização atéia, que julga a religião como fonte de alienação e atraso. Para os bem-pensantes da atualidade, é inaceitável que o homem precise de Deus para organizar sua vida e discernir o que é certo ou errado, bem ou mal. Valem, para esse pessoal, as palavra de Nietzsche: “Deus morreu! Deus está morto! E nós é que o matamos! Tudo o que havia de mais sagrado e de mais poderoso no mundo esvai-se em sangue sob o peso do nosso punhal... Não vos parece grande demais essa ação? Não deveríamos nós mesmos nos tornar deuses, para pelo menos nos tornar dignos dela?”
Eis: a Europa, nascida no regaço da Mãe católica, alimentada com o leite do cristianismo, agora renega o Cristo e sua Igreja. Pagará caro: o desprezo por sua matriz levará o Velho Continente à velhice cultural e à falta de identidade. A Europa está se matando na loucura do imanentismo que renega toda Transcendência e na hipocrisia do politicamente correto, a serviço de uma ideologia sem Deus. Mas, quando o homem mata Deus, ele se mata também!
Os cristãos não devem ter medo de professar sua fé, de proclamar a moral e as exigências do Evangelho. Não devemos ter medo da pecha de obscurantistas, intolerantes ou anacrônicos... Nosso critério é Cristo, nossa Verdade é Cristo, nossa Certeza é Cristo... e Cristo tal qual é crido, adorado, anunciado e testemunhado pela Igreja católica. Não reconhecemos outro e de outro não queremos saber! O diálogo com o mundo tem um só nome: amor! Amar é dizer a verdade, anunciar a verdade, sem meios termos nem meias medidas. A Verdade é Cristo e Cristo total, que nos convida à conversão. “Se não vos converterdes, perecereis todos!” (Lc 13,3.5). Não podemos converter Cristo ao homem. É o homem quem deve converter-se ao Senhor. Que se convertam os deputados europeus!

Desfile Cívico de Pentecoste



Hoje, 09 de Setembro, aconteceu o tradicional Desfile Cívico pelas ruas de Pentecoste. Todas escolas da sede se fizeram presentes com uma grande participação de alunos e de professores.
Pelas ruas era possível ver um grande número de transeuntes e expectadores que acompanhavam o desfile tirando fotos e apreciando-o
O percurso do desfile fez o seguinte trajeto: as escolas concentraram-se em frente a Escola Tabelião e seguiam em direção a Praça do CSU, onde estavam concentradas as autoridades para assistirem ao desfile.
A realidade é que o Desfile Cívico nos lembra a INDEPENDÊNCIA 

DO BRASIL. É verdade que ninguém sabe muito bem o que isso significa, mais é interessante 




fazer esse resgate patriótico. Isso
resgata a história. Um país sem história é um país sem alma.
Creio que nesses últimos anos estejamos de fato comemorando o dia da Independência, pois há alguns anos atrás os desfiles mais pareciam com as escolas de samba. Hoje, a coisa está a menas, exceto algumas pessoas desavisadas ou abestalhadas que ainda vai fazer merchandising para os políticos. Alem desses inconvenientes e dessas bobagens o resto dá pra ir.
A verdade é que a Avenida Talião, emendando com a José de Borba, o que se via era o mar de gente. Todos caracterizados com o próprio uniforme escolar coloriram essas duas avenidas.


Ao som das Bandas de Musica, que se distribuíam por todo o percurso iam tentando marchar os que, em filas seguiam em caminhada patriótica.        







Professor Valdeni Cruz

A Bíblia: nas palavras, a Palavra




Para os católicos do Brasil, este é o mês da Bíblia. A razão é simples: 30 de setembro é memória litúrgica de São Jerônimo, grande estudioso da Sagrada Escritura, que, no século IV, traduziu toda a Bíblia do hebraico e do grego para o latim, popularizando a Palavra de Deus. Essa tradução tornou-se tão difundida que recebeu o apelativo de “vulgata”, isto é “popular”.
A Bíblia não é um livro único; é uma coleção de 72 escritos, produzidos num arco de cerca de 1.300 anos. Neles está contida a Palavra de Deus, porque foi o próprio Espírito do Senhor que, misteriosamente, como só ele sabe fazer, inspirou tudo quanto os autores sagrados escreveram. É um incrível e admirável mistério: por trás das palavras humanas dos autores daqueles textos está a Palavra única do próprio Deus. As palavras da Sagrada Escritura são tão humanas: há erros gramaticais, erros de história, erros de ciência; há o modo de escrever próprio de cada autor humano e até mesmo seu modo de pensar pode ser descoberto naqueles dizeres tão humanos... Na grande maioria dos casos, nem mesmo os autores sagrados imaginavam que o que estavam escrevendo eram textos inspirados pelo Senhor... Foi o povo de Israel no tempo da antiga aliança e, depois, nestes tempos da nova e eterna aliança, foi a Igreja católica, inspirada pelo Espírito que permanece nela e a conduz sempre mais à verdade plena, quem foi discernindo quais escritos eram inspirados por Deus e quais não eram... Só a Igreja tem a autoridade de fazer esse discernimento; e ela o fez, com a autoridade que o Senhor lhe concedeu e a assistência divina do Espírito Santo que Cristo Jesus lhe garantiu.
Mas, que se esteja bem atento: Deus não se revelou na Bíblia! Revelou-se na história do povo de Israel e, na plenitude dos tempos, revelou-se de modo pleno na Pessoa de Jesus Cristo, o próprio Filho eterno feito carne, feito homem. A Palavra de Deus por excelência não é a Bíblia; é Jesus Cristo, o Verbo, a Palavra que se fez carne e habitou entre nós! A Bíblia nos traz o testemunho dessa revelação: ela é palavra de Deus porque nos traz a Palavra que é Jesus; de modo que nas palavras da Bíblia, encontramos a Palavra de Deus e esta Palavra é o nosso bendito Salvador, Jesus Cristo! Do Gênesis ao Apocalipse a mensagem última das Escrituras Sagradas é sempre Jesus: Jesus prometido, preparado e anunciado no Antigo Testamento; Jesus aparecido, entregue, contemplado, aprofundado, adorado e proclamado no Novo Testamento. São João da Cruz, num de seus escritos, assim imagina o Pai nos falando: “Já te disse todas as coisas em minha Palavra; põe os olhos unicamente nele; porque nele tenho dito e revelado tudo, e nele encontrarás ainda mais do que desejas saber. Este é o meu Filho amado: escutai-o”.
Assim sendo, não cremos na Bíblia; cremos em Jesus e só a ele adoramos! Não amamos Jesus por causa da Bíblia; amamos a Bíblia por causa de Jesus! É ele o centro, é ele a Palavra única do Pai! Quando escutamos, quando lemos as Escrituras e nelas meditamos, em última análise é Jesus mesmo que encontramos, com sua salvação, sua vida, sua plenitude, aquela da qual recebemos graça sobre graça! Por isso, no caminho de Emaús, em cada Missa e até mesmo em cada vez que entramos em contado com a Sagrada Escritura, Jesus mesmo nos fala dele e nos revela no texto sagrado tudo quanto diz respeito a ele e ao plano de salvação do Pai que ele, o Filho amado, veio realizar.
Assim é que a Igreja, escutando as Escrituras, escuta o próprio Deus que nos fala em Jesus e tudo quanto ali está escrito torna-se uma palavra viva para nós, tudo quanto Deus revelou na história do seu povo e maximamente em Jesus Cristo, torna-se presente na vida da Igreja e na nossa, que somos membros do seu Corpo. Pensando bem, é impressionante pensar que Deus nos fala: fala à sua Igreja, fala a cada um de nós, na sua Palavra que é Jesus!
Mas, a Escritura somente revela o rosto do Senhor e desvela seu amor divino a quem a escuta com um coração fiel e humilde. O curioso, o soberbo, o descuidado, nada encontrará a não ser uma coleção de textos antigos, do passado... No entanto, quando escutamos e lemos essas santas palavras - que trazem a Palavra que é Jesus - em docilidade ao Santo Espírito e em comunhão com a santa Igreja, então, a Escritura torna-se doce como o mel, luminosa como o sol do meio-dia, profunda como o céu e cortante como espada de dois gumes. Mas, atenção: a Escritura não foi dada a cada pessoa de modo privado, individual... A Sagrada Escritura foi dada à Igreja e somente é Palavra viva na vida da Igreja Povo de Deus! Ouvir ou ler a Escritura fora da mente e do coração da Igreja é ser condenado a não colher seu sentido unitário e profundo. Ela é como um álbum e família, o álbum da nossa família. Alguém estranho à família pode pegar as mesmas fotos, olhá-las, saber os lugares e as situações documentados nas fotografias... Mas, somente quem é da família sentirá o coração vibrar, somente quem vivenciou aquelas histórias, com aquelas tonalidades e acentuações pode realmente compreender o sentido das fotos... É assim com a Bíblia: nascida na Igreja, confiada à Igreja para guardá-la, ouvi-la, meditá-la, amá-la, celebrá-la na Eucaristia (Palavra feita carne na carne de Cristo) e levá-la ao mundo como anúncio e testemunho de Jesus Salvador, somente na Igreja pode ser colhida em todo o seu sentido e verdade. Fora da Igreja, a Escritura é palavra feita pedaços, feita confusão, é texto submetido ao capricho de mil pretextos, que o desvirtua e faz esconder mais que revelar o verdadeiro rosto de Jesus.
Experimente: tome a Escritura (pode ser a leitura da Missa de cada dia), escute-a com o coração, medite-a com amor e procure escutar o que o Senhor diz à Igreja e a você. Sua vida encher-se-á de nova luz – aquela luz que é o próprio Cristo, Palavra do Pai!




 Escrito por Dom Henrique



http://costa_hs.blog.uol.com.br/

Evangelho de Lucas 6, 39-42


Sexta-feira, 9 de setembro de 2011

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 39Jesus contou uma parábola aos discípulos: “Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois num buraco? 40Um discípulo não é maior do que o mestre; todo discípulo bem formado será como o mestre. 41Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão, e não percebes a trave que há no teu próprio olho?
42Como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho, quando tu não vês a trave no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho, e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Dilma dá ultimato a governadores: ou é nova CPMF, ou não é nada

Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR 
09/09/2011 | 08h15 | Emenda 29

Diante do racha dos governadores, com grande parcela deles relutante em assumir a defesa de um novo tributo para a Saúde por causa do desgaste político, a presidente Dilma Rousseff fez chegar a eles o seguinte recado: ou defendem a criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS) ou não terão outra fonte de financiamento para o setor. Os governadores querem mais recursos para bancar as despesas com Saúde de acordo com os novos critérios da chamada Emenda 29, que terá sua regulamentação votada pela Câmara no dia 28.
"Ou é a CSS ou é nada", resumiu nesta quinta-feira um auxiliar direto da presidente Dilma.
A maioria dos governadores apoia o pleito de fonte específica de financiamento para o setor, mas estão divididos sobre a recriação de um tributo nos moldes da CPMF, e vários já criticam o aumento da carga tributária.
De forma reservada, Dilma não tem simpatia por outras alternativas apresentadas até agora, como destinação de parcela do pré-sal ou mesmo tributação de cigarros, bebidas alcoólicas e uso de parte do seguro de acidente de trânsito (Dpvat).
E muito menos por legalizar os bingos para engrossar o orçamento do setor. Ela já desautorizou a proposta, quando defendida pelo líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP). A ideia também é defendida por parte de PT, PTB e PDT, e nesta quinta-feira ganhou o apoio do governador Sergio Cabral (PMDB-RJ).
"O jogo no Brasil, se aberto e legalizado, poderia ser uma fonte de financiamento importante para vários setores, inclusive Saúde, Cultura e área social, como em grande parte do mundo. Bastaria criar instrumentos para coibir a lavagem de dinheiro, fazendo com que os recursos pudessem entrar formalmente no Tesouro", disse Cabral.
Dilma tem dito, segundo ministros, que o governo federal está com sua situação resolvida dentro da proposta de regulamentação da Emenda 29, ou seja, a União não terá que aumentar os gastos. O texto prevê a manutenção do atual investimento, que é o chamado Piso Nacional de Saúde: o orçamento do ano anterior mais a variação do PIB nominal (inflação mais o crescimento da economia), o que tem dado em média 7% das receitas da União - em 2011, o piso é de R$ 71,5 bilhões.
O problema na Câmara é dos governadores, que terão dois desafios: cumprir efetivamente o que prevê a Constituição, 12% de suas receitas, e ainda retirar gastos que hoje eles embutem no setor, maquiando as contas. Pela avaliação do Planalto, os governadores não podem ficar divididos nessa questão e precisam assumir a responsabilidade nesse debate, defendendo o novo tributo, porque não há de onde tirar recursos.
O grande temor do governo é com a votação futura no Senado, onde o texto poderia retornar à proposta original do ex-senador Tião Viana (PT-AC), que fixava as despesas em Saúde em 10% da receita. A expectativa do governo é encontrar uma solução antes da votação no Senado. Enquanto não tiver essa solução, o governo vai trabalhar para deixar a regulamentação engavetada por lá.
Mas, apesar da pressão dos governadores, os líderes dos partidos na Câmara não estão dispostos a assumir o desgaste de recriar a CPMF. O acordo até agora, chancelado inclusive pelo PMDB, é aprovar a regulamentação da Emenda 29 sem a criação da CSS. Para isso vão aprovar o destaque do DEM, que retira a base de cálculo da CSS, inviabilizando, de fato, sua cobrança.
Nesta quinta-feira, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), repetiu que entende a preocupação dos governadores, mas que a Câmara está convencida de que não é o momento de se criar imposto. Alguns petistas, como Vaccarezza, defendem recriar a CSS no futuro, quando o governo enviaria um projeto criando a base de cálculo (a alíquota).
Mas nem o relator da regulamentação da Emenda 29, deputado Pepe Vargas (PT-RS), concorda com essa tese. O gaúcho disse que a criação da CSS em 2008 estava dentro do contexto da reforma tributária e que agora a situação é outra, e defende a taxação do grande patrimônio:
"Como relator, vou encaminhar a favor do destaque do DEM (que derruba a CSS). Mas, se não é a CSS, o que é? Precisamos é discutir seriamente o financiamento da Saúde. Querem votar por votar e não resolver o problema. Querem tirar (acabar) o problema político. Quem disse que a regulamentação vai resolver é irresponsável".
Da Agência O Globo

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O dia em que a Rede Globo teve que falar mal de sí mesma


Por Mídia Interessante

Alguns momentos marcaram a televisão brasileira, entretanto, este foi um dos mais abrasivos. Você já imaginou a Rede Globo de Televisão das Organizações Roberto Marinho, infrigindo o padrão Globo de jornalismo, a terceira maior rede de comunicação do mundo, falando mal dela mesma publicamente no ar em directo. Isso mesmo caro leitor, foi o que aconteceu na noite de 15 de março de 1994. Ficou conhecido em: O dia em que a Globo falou mal da Globo. Foi no Jornal Nacional, mais de 68% dos televisores  brasileiros ligados. Com uma voz firme e deslumbrante como sempre Cid Moreira  no ar ao vivo para todo o Brasil, dizia a seguinte frase:

"Em Complemento a setença do juiz de direito ... Nota do senhor Leonel de Moura Brizola... - ...Tudo na Globo é tendencioso e manipulado. Não reconheço à Globo autoridade em matéria de liberdade de imprensa, e basta para isso olhar a sua longa e cordial convivência com os regimes autoritários e com a ditadura de 20 anos que dominou o nosso país..."


Sim leitor ele disse isso! Não era um pedido de demissão do Cid Moreira, ou ele se revoltou e queria fazer uma revolução midiática. Era um direito de resposta obrigatório para ser declamado no ar.
O âncora do JN (Jornal Nacional) transmitia um direito de resposta concedido pela Justiça ao ex-governador Leonel Brizola, que redigiu o texto a próprio punho, após ser a acusado, no próprio Jornal Nacional, de "declínio da saúde mental e mente senil" e "deprimente inaptidão administrativa" por tentar proibir a transmissão do Carnaval no Brasil. Alguns jornais na época diziam que milhares de brasileiros deveriam ter se espantados com o texto de Brizola, lido no programa jornalístico mais assistido no mundo falando mal de sí mesmo. Foram os mais 3 longos e interminantes minutos para a Rede Globo. Assista:



ESG
fonte: http://www.dihitt.com.br/barra/o-dia-em-que-a-rede-globo-teve-que-falar-mal-de-si-mesma

Piso salarial do professor: saiba quem tem direito ao reajuste nacional

  Presidente Jair Bolsonaro divulgou na tarde de hoje (27) um reajuste de cerca de 33% no piso salarial do professor de educação básica; con...