Religião


Carta Apostólica Porta Fidei, de Bento XVI, sobre o Ano da Fé


vatican.va





Carta Apostólica sob forma de Motu Proprio
Porta Fidei 

com a qual se proclama o Ano da Fé (out/2012 - out/2013)

1. A PORTA DA FÉ (cf. Act 14, 27), que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar, quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma. Atravessar aquela porta implica embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira. Este caminho tem início com o Baptismo (cf. Rm 6, 4), pelo qual podemos dirigir-nos a Deus com o nome de Pai, e está concluído com a passagem através da morte para a vida eterna, fruto da ressurreição do Senhor Jesus, que, com o dom do Espírito Santo, quis fazer participantes da sua própria glória quantos crêem n’Ele (cf. Jo17, 22). Professar a fé na Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo – equivale a crer num só Deus que é Amor (cf. 1 Jo 4, 8): o Pai, que na plenitude dos tempos enviou seu Filho para a nossa salvação; Jesus Cristo, que redimiu o mundo no mistério da sua morte e ressurreição; o Espírito Santo, que guia a Igreja através dos séculos enquanto aguarda o regresso glorioso do Senhor.

2. Desde o princípio do meu ministério como Sucessor de Pedro, lembrei a necessidade de redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo. Durante a homilia da Santa Missa no início do pontificado, disse: «A Igreja no seu conjunto, e os Pastores nela, como Cristo devem pôr-se a caminho para conduzir os homens fora do deserto, para lugares da vida, da amizade com o Filho de Deus, para Aquele que dá a vida, a vida em plenitude» (Homilia no início do ministério petrino do Bispo de Roma, (24 de Abril de 2005): AAS 97 (2005), 710). Sucede não poucas vezes que os cristãos sintam maior preocupação com as consequências sociais, culturais e políticas da fé do que com a própria fé, considerando esta como um pressuposto óbvio da sua vida diária. Ora um tal pressuposto não só deixou de existir, mas frequentemente acaba até negado (Cf. Bento XVI, Homilia da Santa Missa no Terreiro do Paço (Lisboa – 11 de Maio de 2010): L’Osservatore Romano (ed. port. de 15/V/2010), 3.). Enquanto, no passado, era possível reconhecer um tecido cultural unitário, amplamente compartilhado no seu apelo aos conteúdos da fé e aos valores por ela inspirados, hoje parece que já não é assim em grandes sectores da sociedade devido a uma profunda crise de fé que atingiu muitas pessoas.3. Não podemos aceitar que o sal se torne insípido e a luz fique escondida (cf. Mt 5, 13-16). Também o homem contemporâneo pode sentir de novo a necessidade de ir como a samaritana ao poço, para ouvir Jesus que convida a crer n’Ele e a beber na sua fonte, donde jorra água viva (cf. Jo 4, 14). Devemos readquirir o gosto de nos alimentarmos da Palavra de Deus, transmitida fielmente pela Igreja, e do Pão da vida, oferecidos como sustento de quantos são seus discípulos (cf. Jo 6, 51). De facto, em nossos dias ressoa ainda, com a mesma força, este ensinamento de Jesus: «Trabalhai, não pelo alimento que desaparece, mas pelo alimento que perdura e dá a vida eterna» (Jo 6, 27). E a questão, então posta por aqueles que O escutavam, é a mesma que colocamos nós também hoje: «Que havemos nós de fazer para realizar as obras de Deus?» (Jo 6, 28). Conhecemos a resposta de Jesus: «A obra de Deus é esta: crer n’Aquele que Ele enviou» (Jo 6, 29). Por isso, crer em Jesus Cristo é o caminho para se poder chegar definitivamente à salvação.
4. À luz de tudo isto, decidi proclamar um Ano da Fé. Este terá início a 11 de Outubro de 2012, no cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II, e terminará na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, a 24 de Novembro de 2013. Na referida data de 11 de Outubro de 2012, completar-se-ão também vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, texto promulgado pelo meu Predecessor, o Beato Papa João Paulo II, (Cf. João Paulo II, Const. ap. Fidei depositum (11 de Outubro de 1992): AAS 86 (1994), 113-118) com o objetivo de ilustrar a todos os fiéis a força e a beleza da fé. Esta obra, verdadeiro fruto do Concílio Vaticano II, foi desejada pelo Sínodo Extraordinário dos Bispos de 1985 como instrumento ao serviço da catequese (Cf. Relação final do Sínodo Extraordinário dos Bispos (7 de Dezembro de 1985), II, B, a, 4: L’Osservatore Romano (ed. port. de 22/XII/1985), 650) e foi realizado com a colaboração de todo o episcopado da Igreja Católica. E uma Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos foi convocada por mim, precisamente para o mês de Outubro de 2012, tendo por tema A nova evangelização para a transmissão da fé cristã. Será uma ocasião propícia para introduzir o complexo eclesial inteiro num tempo de particular reflexão e redescoberta da fé. Não é a primeira vez que a Igreja é chamada a celebrar um Ano da Fé. O meu venerado Predecessor, o Servo de Deus Paulo VI, proclamou um semelhante, em 1967, para comemorar o martírio dos apóstolos Pedro e Paulo no décimo nono centenário do seu supremo testemunho. Idealizou-o como um momento solene, para que houvesse, em toda a Igreja, «uma autêntica e sincera profissão da mesma fé»; quis ainda que esta fosse confirmada de maneira «individual e colectiva, livre e consciente, interior e exterior, humilde e franca» (Paulo VI, Exort. ap. Petrum et Paulum Apostolos, no XIX centenário do martírio dos Apóstolos São Pedro e São Paulo (22 de Fevereiro de 1967): AAS 59 (1967), 196). Pensava que a Igreja poderia assim retomar «exacta consciência da sua fé para a reavivar, purificar, confirmar, confessar» (Ibid.o.c., 198.). As grandes convulsões, que se verificaram naquele Ano, tornaram ainda mais evidente a necessidade duma tal celebração. Esta terminou com aProfissão de Fé do Povo de Deus, (Paulo VI, Profissão Solene de FéHomilia durante a Concelebração por ocasião do XIX centenário do martírio dos Apóstolos São Pedro e São Paulo, no encerramento do «Ano da Fé» (30 de Junho de 1968): AAS 60 (1968), 433-445) para atestar como os conteúdos essenciais, que há séculos constituem o património de todos os crentes, necessitam de ser confirmados, compreendidos e aprofundados de maneira sempre nova para se dar testemunho coerente deles em condições históricas diversas das do passado.
5. Sob alguns aspectos, o meu venerado Predecessor viu este Ano como uma «consequência e exigência pós-conciliar» (Paulo VI, Audiência Geral (14 de Junho de 1967): Insegnamenti V (1967), 801), bem ciente das graves dificuldades daquele tempo sobretudo no que se referia à profissão da verdadeira fé e da sua recta interpretação. Pareceu-me que fazer coincidir o início do Ano da Fé com o cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II poderia ser uma ocasião propícia para compreender que os textos deixados em herança pelos Padres Conciliares, segundo as palavras do Beato João Paulo II, «não perdem o seu valor nem a sua beleza. É necessário fazê-los ler de forma tal que possam ser conhecidos e assimilados como textos qualificados e normativos do Magistério, no âmbito da Tradição da Igreja. Sinto hoje ainda mais intensamente o dever de indicar o Concílio como a grande graça de que beneficiou a Igreja no século XX: nele se encontra uma bússola segura para nos orientar no caminho do século que começa» (João Paulo II, Carta ap. Novo millennio ineunte (6 de Janeiro de 2001), 57: AAS 93 (2001), 308). Quero aqui repetir com veemência as palavras que disse a propósito do Concílio poucos meses depois da minha eleição para Sucessor de Pedro: «Se o lermos e recebermos guiados por uma justa hermenêutica, o Concílio pode ser e tornar-se cada vez mais uma grande força para a renovação sempre necessária da Igreja» (Discurso à Cúria Romana, (22 de Dezembro de 2005): AAS 98 (2006), 52).

6. A renovação da Igreja realiza-se também através do testemunho prestado pela vida dos crentes: de facto, os cristãos são chamados a fazer brilhar, com a sua própria vida no mundo, a Palavra de verdade que o Senhor Jesus nos deixou. O próprio Concílio, na Constituição dogmática Lumen Gentium, afirma: «Enquanto Cristo “santo, inocente, imaculado” (Heb 7, 26), não conheceu o pecado (cf. 2 Cor 5, 21), mas veio apenas expiar os pecados do povo (cf. Heb 2, 17), a Igreja, contendo pecadores no seu próprio seio, simultaneamente santa e sempre necessitada de purificação, exercita continuamente a penitência e a renovação. A Igreja “prossegue a sua peregrinação no meio das perseguições do mundo e das consolações de Deus”, anunciando a cruz e a morte do Senhor até que Ele venha (cf. 1 Cor 11, 26). Mas é robustecida pela força do Senhor ressuscitado, de modo a vencer, pela paciência e pela caridade, as suas aflições e dificuldades tanto internas como externas, e a revelar, velada mas fielmente, o seu mistério, até que por fim se manifeste em plena luz» (Conc. Ecum. Vat. II, Const. dogm. sobre a Igreja Lumen Gentium, 8).
Nesta perspectiva, o Ano da Fé é convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo. No mistério da sua morte e ressurreição, Deus revelou plenamente o Amor que salva e chama os homens à conversão de vida por meio da remissão dos pecados (cf. Act 5, 31). Para o apóstolo Paulo, este amor introduz o homem numa vida nova: «Pelo Baptismo fomos sepultados com Ele na morte, para que, tal como Cristo foi ressuscitado de entre os mortos pela glória do Pai, também nós caminhemos numa vida nova» (Rm 6, 4). Em virtude da fé, esta vida nova plasma toda a existência humana segundo a novidade radical da ressurreição. Na medida da sua livre disponibilidade, os pensamentos e os afectos, a mentalidade e o comportamento do homem vão sendo pouco a pouco purificados e transformados, ao longo de um itinerário jamais completamente terminado nesta vida. A «fé, que actua pelo amor» (Gl 5, 6), torna-se um novo critério de entendimento e de acção, que muda toda a vida do homem (cf. Rm 12, 2; Cl 3, 9-10; Ef 4, 20-29; 2 Cor 5, 17).
7. «Caritas Christi urget nos – o amor de Cristo nos impele» (2 Cor 5, 14): é o amor de Cristo que enche os nossos corações e nos impele a evangelizar. Hoje, como outrora, Ele envia-nos pelas estradas do mundo para proclamar o seu Evangelho a todos os povos da terra (cf. Mt 28, 19). Com o seu amor, Jesus Cristo atrai a Si os homens de cada geração: em todo o tempo, Ele convoca a Igreja confiando-lhe o anúncio do Evangelho, com um mandato que é sempre novo. Por isso, também hoje é necessário um empenho eclesial mais convicto a favor duma nova evangelização, para descobrir de novo a alegria de crer e reencontrar o entusiasmo de comunicar a fé. Na descoberta diária do seu amor, ganha força e vigor o compromisso missionário dos crentes, que jamais pode faltar. Com efeito, a fé cresce quando é vivida como experiência de um amor recebido e é comunicada como experiência de graça e de alegria. A fé torna-nos fecundos, porque alarga o coração com a esperança e permite oferecer um testemunho que é capaz de gerar: de facto, abre o coração e a mente dos ouvintes para acolherem o convite do Senhor a aderir à sua Palavra a fim de se tornarem seus discípulos. Os crentes – atesta Santo Agostinho – «fortificam-se acreditando» (De utilitate credendi, 1, 2). O Santo Bispo de Hipona tinha boas razões para falar assim. Como sabemos, a sua vida foi uma busca contínua da beleza da fé enquanto o seu coração não encontrou descanso em Deus (Cf. Confissões, 1, 1). Os seus numerosos escritos, onde se explica a importância de crer e a verdade da fé, permaneceram até aos nossos dias como um património de riqueza incomparável e consentem ainda a tantas pessoas à procura de Deus de encontrarem o justo percurso para chegar à «porta da fé».
Por conseguinte, só acreditando é que a fé cresce e se revigora; não há outra possibilidade de adquirir certeza sobre a própria vida, senão abandonar-se progressivamente nas mãos de um amor que se experimenta cada vez maior porque tem a sua origem em Deus.
8. Nesta feliz ocorrência, pretendo convidar os Irmãos Bispos de todo o mundo para que se unam ao Sucessor de Pedro, no tempo de graça espiritual que o Senhor nos oferece, a fim de comemorar o dom precioso da fé. Queremos celebrar este Ano de forma digna e fecunda. Deverá intensificar-se a reflexão sobre a fé, para ajudar todos os crentes em Cristo a tornarem mais consciente e revigorarem a sua adesão ao Evangelho, sobretudo num momento de profunda mudança como este que a humanidade está a viver. Teremos oportunidade de confessar a fé no Senhor Ressuscitado nas nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro, nas nossas casas e no meio das nossas famílias, para que cada um sinta fortemente a exigência de conhecer melhor e de transmitir às gerações futuras a fé de sempre. Neste Ano, tanto as comunidades religiosas como as comunidades paroquiais e todas as realidades eclesiais, antigas e novas, encontrarão forma de fazer publicamente profissão do Credo.
9. Desejamos que este Ano suscite, em cada crente, o anseio de confessar a fé plenamente e com renovada convicção, com confiança e esperança. Será uma ocasião propícia também para intensificar a celebração da fé na liturgia, particularmente na Eucaristia, que é «a meta para a qual se encaminha a acção da Igreja e a fonte de onde promana toda a sua força» (Conc. Ecum. Vat. II, Const. sobre a Sagrada Liturgia Sacrosanctum Concilium, 10).  Simultaneamente esperamos que o testemunho de vida dos crentes cresça na sua credibilidade. Descobrir novamente os conteúdos da fé professada, celebrada, vivida e rezada (Cf. João Paulo II, Const. ap. Fidei depositum(11 de Outubro de 1992): AAS 86 (1994), 116) e reflectir sobre o próprio acto com que se crê, é um compromisso que cada crente deve assumir, sobretudo neste Ano.
Não foi sem razão que, nos primeiros séculos, os cristãos eram obrigados a aprender de memória o Credo. É que este servia-lhes de oração diária, para não esquecerem o compromisso assumido com o Baptismo. Recorda-o, com palavras densas de significado, Santo Agostinho quando afirma numa homilia sobre a redditio symboli (a entrega do Credo): «O símbolo do santo mistério, que recebestes todos juntos e que hoje proferistes um a um, reúne as palavras sobre as quais está edificada com solidez a fé da Igreja, nossa Mãe, apoiada no alicerce seguro que é Cristo Senhor. E vós recebeste-lo e proferiste-lo, mas deveis tê-lo sempre presente na mente e no coração, deveis repeti-lo nos vossos leitos, pensar nele nas praças e não o esquecer durante as refeições; e, mesmo quando o corpo dorme, o vosso coração continue de vigília por ele» (Sermo 215, 1).
10. Queria agora delinear um percurso que ajude a compreender de maneira mais profunda os conteúdos da fé e, juntamente com eles, também o acto pelo qual decidimos, com plena liberdade, entregar-nos totalmente a Deus. De facto, existe uma unidade profunda entre o acto com que se crê e os conteúdos a que damos o nosso assentimento. O apóstolo Paulo permite entrar dentro desta realidade quando escreve: «Acredita-se com o coração e, com a boca, faz-se a profissão de fé» (Rm 10, 10). O coração indica que o primeiro acto, pelo qual se chega à fé, é dom de Deus e acção da graça que age e transforma a pessoa até ao mais íntimo dela mesma.
A este respeito é muito eloquente o exemplo de Lídia. Narra São Lucas que o apóstolo Paulo, encontrando-se em Filipos, num sábado foi anunciar o Evangelho a algumas mulheres; entre elas, estava Lídia. «O Senhor abriu-lhe o coração para aderir ao que Paulo dizia» (Act 16, 14). O sentido contido na expressão é importante. São Lucas ensina que o conhecimento dos conteúdos que se deve acreditar não é suficiente, se depois o coração – autêntico sacrário da pessoa – não for aberto pela graça, que consente de ter olhos para ver em profundidade e compreender que o que foi anunciado é a Palavra de Deus.
Por sua vez, o professar com a boca indica que a fé implica um testemunho e um compromisso públicos. O cristão não pode jamais pensar que o crer seja um facto privado. A fé é decidir estar com o Senhor, para viver com Ele. E este «estar com Ele» introduz na compreensão das razões pelas quais se acredita. A fé, precisamente porque é um acto da liberdade, exige também assumir a responsabilidade social daquilo que se acredita. No dia de Pentecostes, a Igreja manifesta, com toda a clareza, esta dimensão pública do crer e do anunciar sem temor a própria fé a toda a gente. É o dom do Espírito Santo que prepara para a missão e fortalece o nosso testemunho, tornando-o franco e corajoso.
A própria profissão da fé é um acto simultaneamente pessoal e comunitário. De facto, o primeiro sujeito da fé é a Igreja. É na fé da comunidade cristã que cada um recebe o Baptismo, sinal eficaz da entrada no povo dos crentes para obter a salvação. Como atesta o Catecismo da Igreja Católica, «“Eu creio”: é a fé da Igreja, professada pessoalmente por cada crente, principalmente por ocasião do Baptismo. “Nós cremos”: é a fé da Igreja, confessada pelos bispos reunidos em Concílio ou, de modo mais geral, pela assembleia litúrgica dos crentes. “Eu creio”: é também a Igreja, nossa Mãe, que responde a Deus pela sua fé e nos ensina a dizer: “Eu creio”, “Nós cremos”» (Catecismo da Igreja Católica, 167).
Como se pode notar, o conhecimento dos conteúdos de fé é essencial para se dar o próprio assentimento, isto é, para aderir plenamente com a inteligência e a vontade a quanto é proposto pela Igreja. O conhecimento da fé introduz na totalidade do mistério salvífico revelado por Deus. Por isso, o assentimento prestado implica que, quando se acredita, se aceita livremente todo o mistério da fé, porque o garante da sua verdade é o próprio Deus, que Se revela e permite conhecer o seu mistério de amor (Cf. Conc. Ecum. Vat. I, Const. dogm. sobre a fé católicaDei Filius, cap. III: DS 3008-3009; Conc. Ecum. Vat. II, Const. dogm. sobre a Revelação divina Dei Verbum, 5)

Por outro lado, não podemos esquecer que, no nosso contexto cultural, há muitas pessoas que, embora não reconhecendo em si mesmas o dom da fé, todavia vivem uma busca sincera do sentido último e da verdade definitiva acerca da sua existência e do mundo. Esta busca é um verdadeiro «preâmbulo» da fé, porque move as pessoas pela estrada que conduz ao mistério de Deus. De facto, a própria razão do homem traz inscrita em si mesma a exigência «daquilo que vale e permanece sempre» (Bento XVI, Discurso no «Collège des Bernardins»(Paris, 12 de Setembro de 2008): AAS 100 (2008), 722). Esta exigência constitui um convite permanente, inscrito indelevelmente no coração humano, para se pôr a caminho ao encontro d’Aquele que não teríamos procurado se Ele não tivesse já vindo ao nosso encontro (Cf. Santo Agostinho, Confissões, 13, 1). É precisamente a este encontro que nos convida e abre plenamente a fé.
11. Para chegar a um conhecimento sistemático da fé, todos podem encontrar um subsídio precioso e indispensável no Catecismo da Igreja Católica. Este constitui um dos frutos mais importantes do Concílio Vaticano II. Na Constituição Apostólica Fidei depositum – não sem razão assinada na passagem do trigésimo aniversário da abertura do Concílio Vaticano II – o Beato João Paulo II escrevia: «Este catecismo dará um contributo muito importante à obra de renovação de toda a vida eclesial (...). Declaro-o norma segura para o ensino da fé e, por isso, instrumento válido e legítimo ao serviço da comunhão eclesial» (João Paulo II, Const. ap. Fidei depositum (11 de Outubro de 1992): AAS 86 (1994), 115 e 117).
É precisamente nesta linha que o Ano da Fé deverá exprimir um esforço generalizado em prol da redescoberta e do estudo dos conteúdos fundamentais da fé, que têm no  Catecismo da Igreja Católica a sua síntese sistemática e orgânica. Nele, de facto, sobressai a riqueza de doutrina que a Igreja acolheu, guardou e ofereceu durante os seus dois mil anos de história. Desde a Sagrada Escritura aos Padres da Igreja, desde os Mestres de teologia aos Santos que atravessaram os séculos, o Catecismo oferece uma memória permanente dos inúmeros modos em que a Igreja meditou sobre a fé e progrediu na doutrina para dar certeza aos crentes na sua vida de fé.
Na sua própria estrutura, o Catecismo da Igreja Católica apresenta o desenvolvimento da fé até chegar aos grandes temas da vida diária. Repassando as páginas, descobre-se que o que ali se apresenta não é uma teoria, mas o encontro com uma Pessoa que vive na Igreja. Na verdade, a seguir à profissão de fé, vem a explicação da vida sacramental, na qual Cristo está presente e operante, continuando a construir a sua Igreja. Sem a liturgia e os sacramentos, a profissão de fé não seria eficaz, porque faltaria a graça que sustenta o testemunho dos cristãos. Na mesma linha, a doutrina do Catecismo sobre a vida moral adquire todo o seu significado, se for colocada em relação com a fé, a liturgia e a oração.
12. Assim, no Ano em questão, o Catecismo da Igreja Católica poderá ser um verdadeiro instrumento de apoio da fé, sobretudo para quantos têm a peito a formação dos cristãos, tão determinante no nosso contexto cultural. Com tal finalidade, convidei a Congregação para a Doutrina da Fé a redigir, de comum acordo com os competentes Organismos da Santa Sé, uma Nota, através da qual se ofereçam à Igreja e aos crentes algumas indicações para viver, nos moldes mais eficazes e apropriados, este Ano da Fé ao serviço do crer e do evangelizar.
De facto, em nossos dias mais do que no passado, a fé vê-se sujeita a uma série de interrogativos, que provêm duma diversa mentalidade que, particularmente hoje, reduz o âmbito das certezas racionais ao das conquistas científicas e tecnológicas. Mas, a Igreja nunca teve medo de mostrar que não é possível haver qualquer conflito entre fé e ciência autêntica, porque ambas tendem, embora por caminhos diferentes, para a verdade (Cf. João Paulo II, Carta enc. Fides et ratio (14 de Setembro de 1998), 34.106: AAS 91 (1999), 31-32.86-87).

13. Será decisivo repassar, durante este Ano, a história da nossa fé, que faz ver o mistério insondável da santidade entrelaçada com o pecado. Enquanto a primeira põe em evidência a grande contribuição que homens e mulheres prestaram para o crescimento e o progresso da comunidade com o testemunho da sua vida, o segundo deve provocar em todos uma sincera e contínua obra de conversão para experimentar a misericórdia do Pai, que vem ao encontro de todos.
Ao longo deste tempo, manteremos o olhar fixo sobre Jesus Cristo, «autor e consumador da fé» (Heb 12, 2): n’Ele encontra plena realização toda a ânsia e anélito do coração humano. A alegria do amor, a resposta ao drama da tribulação e do sofrimento, a força do perdão face à ofensa recebida e a vitória da vida sobre o vazio da morte, tudo isto encontra plena realização no mistério da sua Encarnação, do seu fazer-Se homem, do partilhar connosco a fragilidade humana para a transformar com a força da sua ressurreição. N’Ele, morto e ressuscitado para a nossa salvação, encontram plena luz os exemplos de fé que marcaram estes dois mil anos da nossa história de salvação.
Pela fé, Maria acolheu a palavra do Anjo e acreditou no anúncio de que seria Mãe de Deus na obediência da sua dedicação (cf. Lc 1, 38). Ao visitar Isabel, elevou o seu cântico de louvor ao Altíssimo pelas maravilhas que realizava em quantos a Ele se confiavam (cf. Lc 1, 46-55). Com alegria e trepidação, deu à luz o seu Filho unigénito, mantendo intacta a sua virgindade (cf. Lc 2, 6-7). Confiando em José, seu Esposo, levou Jesus para o Egipto a fim de O salvar da perseguição de Herodes (cf. Mt 2, 13-15). Com a mesma fé, seguiu o Senhor na sua pregação e permaneceu a seu lado mesmo no Gólgota (cf. Jo 19, 25-27). Com fé, Maria saboreou os frutos da ressurreição de Jesus e, conservando no coração a memória de tudo (cf. Lc 2, 19.51), transmitiu-a aos Doze reunidos com Ela no Cenáculo para receberem o Espírito Santo (cf. Act 1, 14; 2, 1-4).
Pela fé, os Apóstolos deixaram tudo para seguir o Mestre (cf. Mc 10, 28). Acreditaram nas palavras com que Ele anunciava o Reino de Deus presente e realizado na sua Pessoa (cf. Lc 11, 20). Viveram em comunhão de vida com Jesus, que os instruía com a sua doutrina, deixando-lhes uma nova regra de vida pela qual haveriam de ser reconhecidos como seus discípulos depois da morte d’Ele (cf. Jo 13, 34-35). Pela fé, foram pelo mundo inteiro, obedecendo ao mandato de levar o Evangelho a toda a criatura (cf. Mc 16, 15) e, sem temor algum, anunciaram a todos a alegria da ressurreição, de que foram fiéis testemunhas.
 Pela fé, os discípulos formaram a primeira comunidade reunida à volta do ensino dos Apóstolos, na oração, na celebração da Eucaristia, pondo em comum aquilo que possuíam para acudir às necessidades dos irmãos (cf. Act2, 42-47).
Pela fé, os mártires deram a sua vida para testemunhar a verdade do Evangelho que os transformara, tornando-os capazes de chegar até ao dom maior do amor com o perdão dos seus próprios perseguidores.
Pela fé, homens e mulheres consagraram a sua vida a Cristo, deixando tudo para viver em simplicidade evangélica a obediência, a pobreza e a castidade, sinais concretos de quem aguarda o Senhor, que não tarda a vir. Pela fé, muitos cristãos se fizeram promotores de uma acção em prol da justiça, para tornar palpável a palavra do Senhor, que veio anunciar a libertação da opressão e um ano de graça para todos (cf. Lc 4, 18-19).
Pela fé, no decurso dos séculos, homens e mulheres de todas as idades, cujo nome está escrito no Livro da vida (cf.Ap 7, 9; 13, 8), confessaram a beleza de seguir o Senhor Jesus nos lugares onde eram chamados a dar testemunho do seu ser cristão: na família, na profissão, na vida pública, no exercício dos carismas e ministérios a que foram chamados.
Pela fé, vivemos também nós, reconhecendo o Senhor Jesus vivo e presente na nossa vida e na história.
14. O Ano da Fé será uma ocasião propícia também para intensificar o testemunho da caridade. Recorda São Paulo: «Agora permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e a caridade; mas a maior de todas é a caridade» (1 Cor13, 13). Com palavras ainda mais incisivas – que não cessam de empenhar os cristãos –, afirmava o apóstolo Tiago: «De que aproveita, irmãos, que alguém diga que tem fé, se não tiver obras de fé? Acaso essa fé poderá salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e precisarem de alimento quotidiano, e um de vós lhes disser: “Ide em paz, tratai de vos aquecer e de matar a fome”, mas não lhes dais o que é necessário ao corpo, de que lhes aproveitará? Assim também a fé: se ela não tiver obras, está completamente morta. Mais ainda! Poderá alguém alegar sensatamente: “Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me então a tua fé sem obras, que eu, pelas minhas obras, te mostrarei a minha fé”» (Tg 2, 14-18).
A fé sem a caridade não dá fruto, e a caridade sem a fé seria um sentimento constantemente à mercê da dúvida. Fé e caridade reclamam-se mutuamente, de tal modo que uma consente à outra de realizar o seu caminho. De facto, não poucos cristãos dedicam amorosamente a sua vida a quem vive sozinho, marginalizado ou excluído, considerando-o como o primeiro a quem atender e o mais importante a socorrer, porque é precisamente nele que se espelha o próprio rosto de Cristo. Em virtude da fé, podemos reconhecer naqueles que pedem o nosso amor o rosto do Senhor ressuscitado. «Sempre que fizestes isto a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25, 40): estas palavras de Jesus são uma advertência que não se deve esquecer e um convite perene a devolvermos aquele amor com que Ele cuida de nós. É a fé que permite reconhecer Cristo, e é o seu próprio amor que impele a socorrê-Lo sempre que Se faz próximo nosso no caminho da vida. Sustentados pela fé, olhamos com esperança o nosso serviço no mundo, aguardando «novos céus e uma nova terra, onde habite a justiça» (2 Ped 3, 13; cf. Ap 21, 1).
15. Já no termo da sua vida, o apóstolo Paulo pede ao discípulo Timóteo que «procure a fé» (cf. 2 Tm 2, 22) com a mesma constância de quando era novo (cf. 2 Tm 3, 15). Sintamos este convite dirigido a cada um de nós, para que ninguém se torne indolente na fé. Esta é companheira de vida, que permite perceber, com um olhar sempre novo, as maravilhas que Deus realiza por nós. Solícita a identificar os sinais dos tempos no hoje da história, a fé obriga cada um de nós a tornar-se sinal vivo da presença do Ressuscitado no mundo. Aquilo de que o mundo tem hoje particular necessidade é o testemunho credível de quantos, iluminados na mente e no coração pela Palavra do Senhor, são capazes de abrir o coração e a mente de muitos outros ao desejo de Deus e da vida verdadeira, aquela que não tem fim.
Que «a Palavra do Senhor avance e seja glorificada» (2 Ts 3, 1)! Possa este Ano da Fé tornar cada vez mais firme a relação com Cristo Senhor, dado que só n’Ele temos a certeza para olhar o futuro e a garantia dum amor autêntico e duradouro. As seguintes palavras do apóstolo Pedro lançam um último jorro de luz sobre a fé: «É por isso que exultais de alegria, se bem que, por algum tempo, tenhais de andar aflitos por diversas provações; deste modo, a qualidade genuína da vossa fé – muito mais preciosa do que o ouro perecível, por certo também provado pelo fogo – será achada digna de louvor, de glória e de honra, na altura da manifestação de Jesus Cristo. Sem O terdes visto, vós O amais; sem O ver ainda, credes n’Ele e vos alegrais com uma alegria indescritível e irradiante, alcançando assim a meta da vossa fé: a salvação das almas» (1 Ped 1, 6-9). A vida dos cristãos conhece a experiência da alegria e a do sofrimento. Quantos Santos viveram na solidão! Quantos crentes, mesmo em nossos dias, provados pelo silêncio de Deus, cuja voz consoladora queriam ouvir! As provas da vida, ao mesmo tempo que permitem compreender o mistério da Cruz e participar nos sofrimentos de Cristo (cf. Cl 1, 24) , são prelúdio da alegria e da esperança a que a fé conduz: «Quando sou fraco, então é que sou forte» (2 Cor 12, 10). Com firme certeza, acreditamos que o Senhor Jesus derrotou o mal e a morte. Com esta confiança segura, confiamo-nos a Ele: Ele, presente no meio de nós, vence o poder do maligno (cf. Lc 11, 20); e a Igreja, comunidade visível da sua misericórdia, permanece n’Ele como sinal da reconciliação definitiva com o Pai.
À Mãe de Deus, proclamada «feliz porque acreditou» (cf. Lc 1, 45), confiamos este tempo de graça.
Dado em Roma, junto de São Pedro, no dia 11 de Outubro do ano 2011, sétimo de Pontificado.




FONTE: CANÇÃO NOVA

 

Hoje vou falar sobre religião.


Religião (do latim: religare, significando religação com o divino) é um conjunto de crenças sobre as causas, natureza e finalidade da vida e do universo, especialmente quando considerada como a criação de um agente sobrenatural, ou a relação dos seres humanos ao que eles consideram como santo, sagrado, espiritual ou divino. Muitas religiões têm narrativas, símbolos, tradições e histórias sagradas que se destinam a dar sentido à vida. Elas tendem a derivar em moralidade, ética, leis religiosas ou em um estilo de vida preferido de suas idéias sobre o cosmos e a natureza humana.
Você tem religião? Freqüenta alguma denominação religiosa? Porque freqüenta? Sente necessidade de Deus? Tem certeza de que ele existe? Busca a ele sempre ou só nas horas de penúria?
Tenho observado durante esses anos de vida o comportamento das pessoas em relação à religião e o que tenho tido como conclusão é que muitas vezes as pessoas não sabem muito bem o significado daquilo que praticam ou buscam ou vivenciam. Alguns dizem: sou católico, mas vou à missa só de vez em quando. Outros dizem: sou evangélico, faz tempo que aceitei a Jesus. E outros dizem que acredita em tudo: espiritismo, umbanda, quimbanda e em tudo que é banda.
Eu sou católico desde sempre. E tenho uma formação mais ou menos firme nos princípios do catolicismo. Também conheço bastante sobre as denominações evangélicas e também tenho inúmeros amigos que pertencem a igrejas evangélicas. Também tenho estudado um pouco sobre outras religiões como o Hinduísmo, Islamismo, Budismo, e também conheço um pouco sobre as religiões africanas.
Analisando o contexto geral, sem me especificar em detalhes mais apurados sobre cada uma delas, quero aqui fazer um comentário sobre o que penso sobre determinados comportamentos religiosos.
Muitas pessoas dizem que tem fé em Deus. São católicas, mas dizem que vão para os terreiros de candomblé acender velas para espíritos guias. Ora se crer em Deus como é que pode alguém fazer dois tipos de culto. Uma coisa em nada tem a ver com a outra. Todos nós sabemos que vivemos num país da livre expressão religiosa e por isso mesmo pode-se cultuar qualquer coisa. Entretanto, para aqueles que são católicos e evangélicos não há como freqüentar a igreja e aos centros espíritas e/ou centros de umbanda. Os conceitos doutrinários em nada têm a ver com os conceitos cristãos. A fé cristã tem por princípio fundamental a pessoa de Jesus. É baseada no seu nascimento, morte e ressurreição. É a partir disso que os cristãos fundamentam a sua fé. Para os que conhecem a sua doutrina sabem ela não se assemelha com as divergências que existem entre a fé cristã e a fé não cristã. Portanto, aquele que pratica a fé cristã não pode freqüentar a outras religiões. Aqui não se trata de preconceito e sim de fidelidade para com aquele que é fundamento de sua fé, Jesus Cristo. Creio que muitas pessoas visitam esses ambientes por acharem que não nada de mais. Porem se fizermos uma análise mais profunda, as pessoas que vão para esses ambientes, são induzidas por promessas de curas. Outro dia numa reportagem do jornal o povo, o repórter se passou por alguém que precisava de ajuda e visitou alguns dos tais videntes e o que se tirou como prova foi o charlatanismo. É preciso estar atento a essas práticas no mínimo duvidosas, para não sermos ludibriados como muitos são.
As pessoas se enganam por não terem conhecimento. No caso dos católicos a culpa e muitas vezes da igreja, dos padres que em vez de pregar o evangelho de poder, falam asneiras na hora da missa. Desse modo, as pessoas não ficam sabendo com exatidão o que é certo e o que e errado.
Quando era pequeno lembro-me de uma vez que minha mãe, tadinha, me levou num dessas cachimbeiras e lá tinha um ritual de dançar com as pessoas nas costas. Segundo ela, essa atitude demonstrava a possessão de espíritos embusteiros para fazerem trabalhos e curas nas pessoas. Todos os que já foram nesses locais sabem do que estou falando, são pessoas estranhas. Às vezes até freqüentam a igreja e se dizem ter recebido a missão de Deus para ajudar as pessoas. Só que se forem, no mínimo honestos sabem que isso não acontece.
Penso que temos que viver uma fé pura, sem mistura. Se somos católicos, devemos vivenciá-la de maneira a defender a verdade da igreja que proíbe que os cristãos tenham contato com praticas ante- cristãs. Você pode dizer pra mim que conhece muitas pessoas que visitam esses lugares e eu lhe digo que é verdade. É aquela velha história, acende uma vela pra e outra pro diabo. Dizem que há pai de santo pra tudo, bem como trabalhos também. Mas se você não sabia disse fique atento. Devemos AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS é o maior dos mandamentos. Não dá pra trair esse Deus por outros desses e sendo que são deuses estranhos.
Este sit é independente e se você não concorda com o que eu digo, preciso dizer que sou católico e, portanto, defendo os valores e a doutrina católica na sua totalidade. Estou com Papa Bento XVI e com todo o corpo doutrinário que ela trás no decorrer dos séculos.
O  mundo pode estar perturbado, mas Deus continua no comando de tudo. Ele sabe exatamente a hora de tudo. O universo está no seu controle. Ainda que pareça que tudo parece ser por acaso, para os que têm fé sabem que Deus esta de fato no controle de tudo.

Professor Valdeni Cruz 

Líder da RCC Itália é nomeado para o Conselho Pontifício




O papa Bento XVI nomeou Salvatore Martinez, Presidente Nacional da Renovação Carismática Católica na Itália, para estar entre os membros Conselheiros do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização. Por nomeação papal, Salvatore Martinez já é Consultor do Pontifício Conselho para os Leigos desde março de 2008 e do Pontifício Conselho para a Família desde setembro de 2009.
Com grande alegria e gratidão a Renovação Carismática Católica na Itália acolhe a notícia da nomeação do Santo Padre, recebida nos dias passados por meio de um decreto assinado pelo Secretário de Sua Santidade o Cardeal Tarcisio Bertone, e publicado hoje pela Assessoria de imprensa do Vaticano.
O Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, instituído por Carta Apostólica em forma de Motu Proprio, em 21 de setembro de 2010, responde às preocupações expressas repetidamente pelo Magistério e pretende oferecer respostas adequadas para que a Igreja, no seu momento missionário, promova e implemente a nova evangelização.
É tarefa do Pontifício Conselho, aprofundar o senso teológico e pastoral da nova evangelização, promovendo junto às conferências Episcopais o estudo, a difusão e a atuação do Magistério pontifício. De modo particular, o Dicastério é chamado a favorecer a utilização das modernas formas de comunicação, para verificar de qual modo possam ser instrumentos válidos de evangelização. Finalmente, ele é chamado para identificar as formas mais consistentes para a promoção do Catecismo da Igreja Católica, como ensino eficiente para a transmissão da fé. O Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização é Sua Excelência Mons. Rino Fisichella.
O Consultor, em particular, é chamado a dar pareceres qualificados sobre assuntos teológicos, canônicos, pastorais, e assim por diante. É convocado regularmente em sessões plenárias para estudar as grandes linhas da orientação e dos programas do Dicastério.
No 40º aniversário "jubilar" do nascimento da Renovação na Itália, o Movimento promoveu o projeto “Dez Praças para Dez Mandamentos”. A iniciativa, patrocinada pelo Pontifício Conselho para a promoção da nova evangelização, na vigília do Sínodo especial sobre a “nova evangelização”, vai repropor nas onze cidades metropolitanas mais importantes da Itália uma releitura criativa do tríplice mandamento do amor.
O presidente Martinez, tendo recebido a notícia de Nazaré disse: "Acolho este inesperado gesto do Santo Padre com profunda gratidão e espírito de obediência. Reforçar os liames de comunhão com Pedro e com a Igreja e colaborar ainda mais ativamente pela defesa e a difusão do Evangelho no mundo é para mim motivo de alegria grande, um dom que humildemente espero honrar”.
Salvatore Martinez encontra-se em Nazaré, com as autoridades políticas e eclesiásticas na Terra Santa, para a definição do Centro Internacional para a Família que será apresentado ao Santo Padre Bento XVI em Milão no VII Encontro Mundial da Família. Promovido pelo Pontifício Conselho para a Família em Nazaré, com mandato da Santa Sé, será confiado a uma fundação de Direito Pontifício, gerenciada pela Renovação Carismática que tomará conta da acolhida dos peregrinos e da animação espiritual das atividades.
FONTE: Zenit


À espera de Pentecostes: Dons de Poder ou carismas das obras



No ano em que o Movimento se une para “apascentar as ovelhas” do Senhor, o aprofundamento e a prática de elementos essenciais da nossa espiritualidade são colocados em evidência para que o pastoreio aconteça com fortes marcas da identidade carismática. Com esse intuito, a programação das manhãs do Encontro Nacional de Formação 2012 contou com pregações e fortes momentos de oração sobre o tema Carismas. Finalizando nossa série sobre Carismas, em preparação à Festa de Pentecostes vejamos a pregação da terceira e última manhã do ENF 2012, publicada na edição nº 73 da Revista Renovação.
À espera de Pentecostes:  Dons de Poder ou carismas das obras
É inegável , estamos vivendo um tempo especial de graça em nosso Movimento, tempo em que Deus tem derramado uma unção especial sobre nós e nos impulsiona a dar a vida pelo anúncio profético da sua Palavra. Esse também é um tempo oportuno para vivermos o exercício dos carismas em nossa vida de oração pessoal, na vida familiar -e nos nossos Grupos de Oração. A vivência dos carismas faz parte da nossa identidade, do nosso rosto e nós precisamos fazer uso desses presentes que Deus nos deu. Os carismas das obras são, de fato, sinais da ação poderosa de Deus nas nossas vidas e nunca é demais saber sobre eles.
Para compreender bem o dom da fé podemos fazer três divisões: fé teologal, fé virtude e fé carismática.  A fé teologal é aquela em que a pessoa acredita que Deus existe e nas verdades da Igreja.  Já fé virtude faz o homem confiar plenamente na realização das promessas de Deus e a viver os ensinamentos de Deus por amor e não como obrigação. Por fim, a fé carismática é aquela fé expectante, que opera maravilhas pelo poder do nome de Jesus, que até mesmo é  capaz de fazer obras maiores do que o próprio Senhor fez (Jo 14,12).
Exercitar a fé carismática é acreditar antecipadamente na graça de Deus agindo. É aquela certeza que Deus pode intervir, ainda que eu não veja imediatamente o fruto da oração. Ao me preparar para falar sobre esse tema no ENF 2012, entendi um pouco mais sobre a fé através da figura de um telefone celular. Quando esse aparelho não está exercendo sua função que é de telefonar, mandar mensagem de texto ou realizar outras operações, ele está em stand by e não serve para nada. Dessa mesma forma podemos olhar para os Grupos de Oração. Muitos deles estão estagnados e não estão exercendo sua função. Precisamos “tirar a nossa fé do stand by ”para que nossos Grupos sejam aquilo que Deus os criou para ser.
Cura
O dom da cura foi-nos conferido pelo próprio Jesus quando nos envia com o mandato missionário (Mc.16,15-18). A cura se faz necessária desde que o homem rompeu com Deus, pelo pecado das origens, o plano que Ele tinha para nós. Precisamos de cura física, espiritual e emocional, cura das doenças, cura dos traumas e libertação do mal. Todos nós temos traumas e todos nós precisamos ser curados. Há muita necessidade de cura em nossos Grupos de Oração. Estamos amarrados e não conseguimos caminhar direito por conta desses traumas. Por isso, o primeiro passo é promover a cura dos servos, cuidando das ovelhas do Senhor.
Diferente do que alguns pensam, exercer o dom da cura é para todos nós, pois a graça é garantida pelo poder do nome de Jesus e não depende de habilidades pessoais. Entretanto, é de extrema importância que usemos o dom com responsabilidade, equilíbrio e organização. Isso significa adquirir conhecimento, estudar sobre o tema para depois estar preparado adequadamente.
Milagres
Os milagres são a intervenção extraordinária de Deus na vida humana. Eles atestam que Deus está realmente presente no meio do seu povo e são consequência do exercício da fé carismática. Diferentemente da cura, que pode acontecer também com o auxílio da medicina,os milagres ocorrem quando não há mais possibilidades de um quadro ser revertido pela ciência. Podemos vivenciar milagres no hoje da nossa vida e o lugar privilegiado para isso é o nosso Grupo de Oração.
Encontros grandes, eventos nacionais e internacionais são ótimos, mas onde os milagres precisam acontecer é dentro de nossos Grupos.
O tempo que Deus escolheu para nós é este. Se Ele nos chamou a vivê-lo é porque quer nos dar todos os seus dons. Clamemos e veremos a glória de Deus.  Apascentemos as ovelhas do Senhor com prodígios, milagres e sinais!
Por Frantieska Rangel
Coordenadora Estadual do Ministério de Pregação – ES
Grupo de Oração Emmauel
RCC BRASIL




À espera de Pentecostes: Dons de conhecimento




No ano em que o Movimento se une para “apascentar as ovelhas” do Senhor, o aprofundamento e a prática de elementos essenciais da nossa espiritualidade são colocados em evidência para que o pastoreio aconteça com fortes marcas da identidade carismática. Com esse intuito, a programação das manhãs do Encontro Nacional de Formação 2012 contou com pregações e fortes momentos de oração sobre o tema Carismas. Seguindo nossa série sobre Carismas, em preparação à Festa de Pentecostes vejamos a pregação da segunda manhã do ENF 2012, publicada na edição nº 73 da Revista Renovação.
À espera de Pentecostes:  Dons de conhecimento
Eles nos ajudam a decidir melhor, evitar o erro, diagnosticar a raiz de certas situações e a tomar atitudes segundo a vontade de Deus. A sabedoria, o discernimento dos espíritos e a palavra de ciência são dons que fazem parte do cotidiano da vida carismática e, quando bem usados, são instrumentos poderosos para a edificação pessoal e comunitária. Diante de tamanha importância, nada mais conveniente que retormarmos um pouco tais dons para que o nosso pastoreio seja frutuoso.
Carisma da Palavra de Sabedoria
É um dom no qual o Espírito Santo nos revela qual deve ser o nosso comportamento, dando-nos clareza e direção para a vida, tendo sempre em vista a vontade de Deus. A sabedoria é de extrema importância em determinadas circunstâncias embaraçosas da vida, em momentos de aconselhamento e em situações concretas do nosso dia a dia como no matrimonio, na educação dos filhos, no trabalho, no relacionamento com os irmãos e na vida cristã.
Para entender melhor, podemos distinguir a sabedoria humana do dom carismático da sabedoria. A sabedoria humana é adquirida pelo conhecimento humano e pelas ciências. Todos podem ter acesso a ela, pois depende de esforço pessoal.  Já o dom carismático da palavra de sabedoria é aquele que nos orienta em fatos concretos como um socorro de Deus e não depende de méritos pessoais, nem é fruto de dedução lógica ou raciocínio.

A palavra de Sabedoria tem uma intima ligação com o Dom de Ciência. O dom de ciência revela uma situação, um problema (dá o diagnóstico) O dom de Sabedoria nos ensina o como agir (indica o remédio).
DOM DE DISCERNIMENTO DOS ESPÍRITOS
É um dom que permite identificar instantaneamente em nós, nas outras pessoas e na comunidade se o espírito que está impulsionando ou está influenciando uma atitude, desejo ou decisão é de Deus, de natureza humana ou maligna. É extremamente precioso para servos em geral, mas principalmente para quem exerce função de coordenação, pregação e animação de Grupo de Oração. Isso porque é comum a participação na assembleia de pessoas que, às vezes, na tentativa de ajudar acabam semeando a confusão.
Esse dom também nos ajuda a nos conhecermos melhor. Facilmente, pelo nosso pecado, prevalece na nossa forma de agir o espírito humano que deseja ser reconhecido, ter uma boa imagem, ter poder, agradar aos homens mais do que a Deus. Nesse sentido, vemos também que algumas vezes se dá grande ênfase para o mau, justificando muitas coisas como sendo fruto de contaminação espiritual. Entretanto, outros tipos de questionamentos também são fundamentais para o discernimento sobre determinada situação. Por exemplo: o que me leva a achar que não preciso mais preparar minhas pregações?  O que me leva a dizer que sei tudo a ponto de não precisar mais de formação? Com o discernimento dos espíritos, podemos ver com clareza qual a motivação dos nossos atos.
Outro fator importante é que podemos considerar o Dom de Discernimento dos espíritos como o protetor dos outros Dons na medida em que nos orienta o quando e como orar em línguas, utilizar a palavra de profecia, o dom de cura entre outras coisas.
DOM DE CIÊNCIA
É o dom pelo qual temos uma revelação particular e momentânea de algo que só Deus conhece como fatos, acontecimentos do passado, lembranças dolorosas, problemas entre outros. O Dom de Ciência geralmente se manifesta após o ciclo carismático. A palavra, imagem, sentimento ou cena vem à mente sem que a pessoa tenha preparado, ou pensado.
O dom de ciência pode vir acompanhado pelo dom da palavra de sabedoria. O primeiro revela a situação e o segundo indica o como agir.  Ele pode ser usado na oração pessoal, revelando fatos sobre a própria pessoa e ajudando na santificação.
O dom manifesta-se também quando oramos pelos outros, com imposição de mãos ou por uma assembleia, como no Grupo de Oração. Nessas situações, quando estamos rezando por alguém que tem um problema cujas causas são desconhecidas, é recomendável que os seguintes passos sejam seguidos:
1.    Dialogue com a pessoa a fim de reunir o maior número possível de informações.
2.    Veja em qual nível a enfermidade se encontra: No campo somático ( origem biológica), emocional ou espiritual.
3.    Peça ao Senhor o Dom de Ciência.
4.    Reze pela pessoa (oração em línguas, silêncio, partilha da escuta, oração pela cura.
5.    Por fim, faça um louvor ao Senhor e conclua com alguma oração espontânea.

Por José Carlos Dias Carreiro
Coordenador estadual do Ministério de Pregação/MG
Grupo de Oração Obra Nova
RCC BRASIL



À espera de Pentecostes: Dons da Palavra




Enquanto esperamos a grande festa de Pentecostes, tão significativa para nós, carismáticos, o portal RCCBRASIL recordará as pregações das manhãs do ENF 2012.
No ano em que o Movimento se une para “apascentar as ovelhas” do Senhor, o aprofundamento e a prática de elementos essenciais da nossa espiritualidade são colocados em evidência para que o pastoreio aconteça com fortes marcas da identidade carismática. Com esse intuito, a programação das manhãs do Encontro Nacional de Formação 2012 contou com pregações e fortes momentos de oração sobre o tema Carismas. Acompanhe esta série de três artigos que estão publicados na edição nº 73 da Revista Renovação e agora nos ajudarão na preparação para Pentecostes.
Dons da Palavra
O nosso chamado de apascentar as ovelhas se dá a partir daquilo que nós somos, da nossa identidade enquanto Movimento.  Dentro desse contexto,  nós sabemos que o tripé da identidade da RCC é o batismo no Espírito Santo, a vivência dos carismas e a vida em comunidade. Dessa forma, para bem pastorear, precisamos conhecer e aprofundar o uso dos carismas porque os dons do Espírito Santo multiplicam as possibilidades humanas de evangelização.
Nesse sentido, observamos que até no meio da RCC encontramos pessoas com dificuldades para se abrirem aos carismas. Em relação a isso, é importante lembrarmos que eles são dons gratuitos e, por isso, por serem unicamente graça de Deus, precisam ser sempre acolhidos. Um trecho da Constituição Dogmática Lumen Gentium ajuda a esclarecer essa questão. “Além disso, este mesmo Espírito Santo não só santifica e conduz o Povo de Deus por meio dos sacramentos e ministérios e o adorna com virtudes, mas distribuindo a cada um os seus dons como lhe apraz, distribui também graças especiais entre os fiéis de todas as classes, as quais os tornam aptos e dispostos a tomar diversas obras e encargos, proveitosos para a renovação e cada vez mais ampla edificação da Igreja, segundo aquelas palavras; a cada qual se concede a manifestação do Espírito em ordem ao bem comum. Estes carismas quer sejam os mais elevados, quer também os mais simples e comuns, devem ser recebidos com ação de graças e consolação, por serem muito acomodados e úteis às necessidades da Igreja”.( LG 12)
A Palavra de Deus também nos ajuda a entender melhor a importância dos carismas. Os capítulos 12, 13 e 14 da primeira carta de São Paulo aos Coríntios podem ser entendidos como o manual da vida carismática.  É interessante atentarmos para o contexto social em que viviam os destinatários dessa epístola. Corinto era uma cidade portuária, muito populosa e marcada pela luxúria.  Nesse lugar de grandes dificuldades de evangelização, Paulo escolhe o tema carismas para falar ao povo, pois esses são dons úteis para a vida da Igreja e confirmam a pregação. Hoje em dia, ao observarmos o contexto social em que estamos inseridos, também percebemos a nossa necessidade de que o Espírito Santo distribua os carismas para que a nossa evangelização seja acompanhada de sinais.  E os carismas ou dons da Palavra são importantes instrumentos para uma evangelização de poder. Vejamos um pouco mais sobre cada um deles.
Dom das línguas
Dizem que a oração em línguas é o menor dos dons.  Mas quando a experimentamos, creio que não seja mais possível dizer isso. É o próprio Espírito orando em nós e por nós, você acha isso pouco? A oração em línguas é um dom que serve para a edificação da própria pessoa e no qual não há conceitos humanos. Entretanto, é possível darmos uma intenção para a nossa oração, fala ou canto em línguas e assim o dom ajuda a nos comunicarmos melhor com o Senhor.  
Dom de Profecia
A profecia dá a conhecer a vontade de Deus sobre determinada situação. Através da profecia, Deus nos exorta, corrige e anima e a mensagem sempre deve ser confirmada pela assembleia. É relevante lembrar também que a verdadeira profecia sempre orienta para Cristo e que não contraria e nem acrescenta nada ao que nos revelam as Escrituras e o Magistério da Igreja.
Outro elemento fundamental para o exercício desse carisma é sabermos silenciar interiormente para poder escutar a Deus.  Precisamos cultivar momentos de silêncio interior para aprendermos qual é a forma que Deus escolhe para se comunicar com nós. Pois Deus respeita o nosso jeito de ser e fala de uma forma especial com cada um. Da mesma maneira, precisamos cultivar momentos de silêncio e escuta profética durante a vivência do ciclo carismático em nossos Grupos de Oração.
Dom de Interpretação das línguas
Esse carisma não se trata da uma capacidade de tradução, mas da faculdade de perceber o sentido da oração ou da profecia pronunciada em línguas. Com isso, podemos perceber o que o Senhor quer dizer em uma determinada circunstância. Quando alguém fala em línguas na assembleia, o silêncio que se segue prepara o clima para a intervenção do carisma profético da interpretação que exorta, edifica e consola.
Que o nosso coração esteja sempre aberto para receber os carismas e que esses fecundem a nossa missão, como rezou o Papa Paulo VI, em 10 de outubro de 1974: “que Deus conceda, que o Senhor deixe novamente cair uma chuva de carismas para fazer a Igreja fértil, bela, admirável, capaz de comover, de atrair a atenção maravilhada até do mundo profano com sua tendência ao secularismo.”


Por Lázaro Praxedes
Coordenador Nacional do Ministério de Pregação
Grupo de Oração Fonte de Água Viva



A história de uma Santa que amou a Deus com todas as suas forças "Santa Teresa D’ávila" (1515/1582)


   Por:     Em: 25 de maio de 2008

Se crê que a palavra Teresa vêm da palavra grega “Terise”, que quer dizer “cultivar”, cultivadora. Ou da palavra “terao” que significa “caçar”, “A Caçadora”. Nas palavras do Padre Salesman, resumem a vida de Santa Teresa: “Cultivadora de virtudes e Caçadora de almas para leva-las ao céu.”
Santa Teresa é sem dúvida, uma das mulheres mais notáveis e admiráveis da história, é uma das três doutoras da Igreja ao lado de Santa Catarina de Sena e Santa Teresinha do Menino Jesus. Além de sua santidade, dons espirituais e místicos, a Santa possuía um grande senso de humor.
Teresa de Cepeda y Ahumada nasceu em Ávila, Espanha, numa família da baixa nobreza espanhola, no dia 28 de março de 1515 e morreu em Alba de Tormes, Salamanca, no dia 4 de outubro de 1582. Seus pais se chamavam Alonso Sánchez de Cepeda e Beatriz Dávila y Ahumada. Teresa refere-se a eles com muito carinho. Alonso teve três filhos de seu primeiro casamento. Beatriz deu-lhe outros nove. A respeito de seus irmãos e meio-irmãos, nossa Santa não hesita em afirmar:“pela graça de Deus, todos se assemelham a meus pais nas virtudes, exceto eu”.
Aos sete anos, gostava muito de ler histórias dos santos. Seu irmão Rodrigo tinha quase a sua idade, por isto costumavam brincar juntos. As duas crianças viviam pensando na eternidade, admiravam a coragem dos santos na conquista da glória eterna.
Desejo de ser mártir.

Achavam que os mártires tinham alcançado a glória muito facilmente e decidiram partir para o país dos mouros com a esperança de morrer pela fé. Assim sendo, fugiram de casa, pedindo a Deus que lhes permitisse dar a vida por Cristo.

Em Adaja encontraram um dos tios que os devolveu aos braços da aflita mãe. Quando esta os repreendeu, Rodrigo colocou toda a culpa na irmã. Com o fracasso de seus planos, Teresa e Rodrigo decidiram viver como ermitães na própria casa e construíram uma cela no jardim, sem nunca conseguir terminá-la. Desde então, Teresa amava a solidão. Em seu quarto tinha um quadro que representava Jesus falando à Samaritana. Ela gostava de repetir diante do quadro: “Senhor, dá-me de beber para que eu não volte a ter sede”.
Toma a Virgem Maria por Mãe.

A mãe de Teresa faleceu quando esta tinha quatorze anos: “Quando me dei conta da perda que sofrera, comecei a entristecer-me. Então me dirigi a uma imagem de Nossa Senhora e supliquei com muitas lágrimas que me tomasse como sua filha”.
O perigo das más leituras e das modas.  

 Pela aquela época, Teresa e Rodrigo, começaram a ler novelas de cavalarias e inclusive trataram de escrever uma. A Santa confessa em sua “Autobiografia”: “Esses livros não fizeram esfriar meus bons desejos, mas fizeram-me cair insensivelmente em outras faltas. Gostava tanto das novelas de cavalaria, que só me contentava quando as estava lendo. Pouco a pouco, comecei a me interessar pela moda, a tomar gosto por vestir-me bem, preocupar-me muito  com o cuidado das mãos, a usar perfumes e  a empregar todas as vaidades que o mundo aconselhava a pessoas de minha condição”.  A mudança de atitude de Teresa preocupou seu Pai que a levou aos quinze anos a educar-se em um Convento Agostino, em que estudavam as jovens de sua classe social.

Enfermidade e Conversão

Um ano e meio mais tarde, Teresa adoeceu seu pai a levou para casa. A jovem começou a pensar seriamente na vida religiosa que a atraia por um lado e a repugnava por outro. O que a ajudou na decisão foi a leitura das “Cartas” de São Jerônimo, cujo fervoroso realismo encontrou eco na alma de Teresa. A jovem comunica ao pai que desejava tornar-se religiosa, mas este pediu-lhe para esperar que ele morresse para ingressar no convento. Temendo fraquejar em seu propósito, a santa foi visitar escondidamente sua amiga Joana Suárez, que era religiosa no convento Carmelita da Encarnação, em Ávila, com a intenção de não voltar para casa.
Teresa ficou no convento da Encarnação. Tinha 20 anos. Seu pai, ao vê-la tão decidida, deixou de opor-se à sua vocação. Um ano depois fez a profissão dos votos. Pouco depois, piorou de uma enfermidade que começara a molestá-la antes de professar. Seu pai a retirou do convento. A irmã Joana Suárez acompanhou Teresa para ajudá-la. Os médicos, apesar de todos os tratamentos, deram-se por vencidos e a enfermidade, provavelmente impaludismo, se agravou. Teresa conseguiu suportar aquele sofrimento, graças a um livrinho que lhe fora dado de presente por seu tio Pedro: “O terceiro alfabeto espiritual”, do Pe. Francisco de Osuna. Teresa seguiu as instruções da pequena obra e começou a praticar a oração mental. Finalmente, após três anos, ela recuperou a saúde e retornou ao Carmelo.
Sua prudência, amabilidade e caridade conquistavam a todos. Segundo o costume dos conventos espanhóis da época, as religiosas podiam receber todos os visitantes que desejassem, a qualquer hora. Teresa passava grande parte de seu tempo conversando no locutório. Isto a levou a descuidar-se da oração mental. Vivia desculpando-se dizendo que suas enfermidades a impediam de meditar.
Pouco depois da morte de seu pai, confessor de Teresa fê-la ver o perigo em que se achava sua alma e aconselhou-a a voltar à prática da oração. Desde então, a santa jamais a abandonou. No entanto, ainda não se decidira a entregar-se totalmente a Deus nem a renunciar totalmente às horas que passava no locutório trocando conversas e presentes com os visitantes. Curioso notar que, em todos estes anos de indecisão no serviço de Deus, Santa Teresa jamais se cansava de prestar atenção aos sermões, “por piores que fossem”, porém o tempo que na oração, “desejava que os minutos passassem rapidamente e que a campainha anunciasse o fim da meditação, em vez de refletir as coisas santas”.
A penitencia e a cruz.

Cada vez mais convencida de sua indignidade, Teresa invocava com freqüência os grandes santos penitentes, Santo Agostinho e Santa Maria Madalena, aos quais estão associados dois fatos que foram decisivos na vida da santa. O primeiro foi a leitura das “Confissões” de Santo Agostinho. O segundo foi um chamamento à penitência que ela experimentou diante de um quadro da Paixão do Senhor: “Senti que Santa Maria Madalena vinha em meu socorro… e desde então muito progredi na vida espiritual”. Sentia-se muito atraída pelas imagens de Cristo ensangüentado na agonia.
Certa ocasião, ao deter-se sob um crucifixo muito ensangüentado, perguntou: “Senhor, quem vos colocou aí?”Pareceu-lhe ouvir uma voz: “Foram tuas conversas no parlatório que me puseram aqui, Teresa”. Ela chorou muito e a partir de então não voltou a perder tempo com conversas inúteis e nas amizades que não a levavam à santidade.
Viver com fervor

As Carmelitas, como a maioria das religiosas, desde os princípios do século XVI, já haviam perdido o primeiro fervor. Já vimos que os locutórios dos conventos de Ávila eram uma espécie de centro de reunião para damas e cavalheiros de toda a cidade. As religiosas saíam da clausura pelo menor pretexto. Os conventos eram lugares ideais para quem desejava uma vida fácil e sem problemas. As comunidades eram muito numerosas. O Convento da Encarnação possuía 140 religiosas.
Teresa comentará: “A experiência me ensinou o que é uma casa cheia de mulheres. Deus nos livre deste mal“. Já que esta situação era aceita como normal, as religiosas não se davam conta de que seu modo de vida estava muito distante do espírito de seus fundadores. Assim, quando uma sobrinha de Santa Teresa, também religiosa no convento da Encarnação, deu-lhe a idéia de fundar uma comunidade reduzida, a santa considerou este pensamento como uma revelação do céu. A Santa, que já estava há 25 anos naquele convento, resolveu colocar em prática o plano de fundar um convento reformado. Dona Guiomar de Ulloa, uma viúva rica, ofereceu-lhe uma generosa ajuda para este empreendimento.
São Pedro de Alcântara, São Luís Beltrán e o bispo de Ávila, aprovaram o projeto. O provincial dos Carmelitas, Pe. Gregório Fernández, autorizou Teresa a colocar seu plano em prática. Contudo, a execução do projeto causou muitos comentários e o provincial retirou a permissão. Santa Teresa foi criticada pelos nobres, pelos magistrados, pelo povo e até por suas próprias irmãs. Apesar disso tudo, o dominicano Pe. Ibañez, incentivou Teresa a prosseguir seu projeto com a ajuda de Dona Guiomar.
Dona Joana de Ahumada, irmã de Santa Teresa, iniciou com seu esposo a construção de um convento em Ávila em 1561, mas fazendo crer a todos que se tratava de uma casa para sua própria habitação. Durante a construção, uma parede do futuro convento caiu sobre o pequeno Gonzalo, filho de Dona Joana, que estava brincando por ali. Santa Teresa tomou o menino inerte em seus braços e começou a rezar. Alguns minutos depois o menino estava perfeitamente são, conforme consta do processo de canonização.
Em 1562. Durante a missa receberam o véu a sobrinha da Santa e outras três noviças.
Teresa estabeleceu em seu convento a mais estrita clausura e o silêncio quase perpétuo. A comunidade vivia na maior pobreza. As religiosas vestiam hábitos toscos, usavam sandálias em vez de sapatos (por isso foram chamadas “descalças”) e eram obrigadas a abstinência perpétua de carne. A fundadora, a princípio, não aceitou comunidades com mais de treze religiosas. Mais tarde, nos conventos que possuiam alguma renda, aceitou que residissem vinte monjas.
A grande mística Teresa não descuidava das coisas práticas. Sabia utilizar as coisas materiais para o serviço de Deus. Certa ocasião disse: “Teresa sem a graça de Deus é uma pobre mulher; com a graça de Deus, uma fortaleza; com a graça de Deus e muito dinheiro, uma potência”.
Encontrou certo dia em Medina del Campo dois frades carmelitas que estavam dispostos a abraçar a Reforma: Antonio de Jesus de Heredia, superior, e Juan de Yepes, que seria o futuro São João da Cruz. (grande místico e doutor da Igreja).
Sem dúvida, era uma mulher excepcionalmente dotada. Sua bondade natural, sua ternura de coração e sua imaginação repleta de graça, equilibradas por uma extraordinária maturidade de juízo e uma profunda intuição, ganharam-lhe o carin ho e o respeito de todos. Teve razão o poeta Crashaw ao referir-se a Santa Teresa sob os símbolos aparentemente opostos: “a águia” e “a pomba”.
O forte gênio e a franqueza de Teresa jamais saíram das medidas. Numa ocasião um cavalheiro indiscreto louvou a beleza de seus pés descalços. Teresa começou a rir e disse-lhe para olhá-los bem porque assim jamais quereria vê-los.

Êxtases

Em alguns de seus êxtases, conforme sua autobiografia, chegava a se elevar por um metro do chão. A  este propósito comenta: “Deus não parece contentar-se com arrebatar a alma para Si, se não que levanta também este corpo mortal, manchado com o barro asqueroso de nossos pecados”. Estes êxtases manifestavam a grandeza e a bondade de Deus, o excesso de seu amor, e doçura que manifestava nas mais sensíveis circunstâncias.  A alma de Teresa compreendia dom clareza, mas ainda era incapaz de expressar-lo.  As experiências de Teresa chegaram aos níveis mais elevados culminando no fenômeno místico da Transveberação,  sobre isto relata a Santa:
“Via a meu lado um anjo que se achava a minha esquerda…confesso que não estou acostumada a ver tais coisas, exceto em raras ocasiões… o anjo era de baixa estatura e muito formoso…devia ser uns daqueles que chamamos querubins…Leva nas mãos uma longa espada de ouro, cuja ponta era flamejante. Me parecia que por um momento transpassava meu coração e as estranhas, e quando retirava a espada, parecia que minhas entranhas saiam com elas, me sentia arder, no mais intenso amor de Deus. A dor era tão intensa que me fazia gemer, porém ao mesmo tempo,  a doçura daquele momento era tão extraordinário, que não queria ver-me livre dela”.
O desejo de Teresa de morrer logo para unir-se a Deus, estava sustentado pelo desejo que a inflamava de sofrer por seu amor. A este propósito escreveu: “A única razão que encontro para viver, é sofrer e isso é o único que peço para mim”.
Após sua morte foi feito autópsia no corpo da Santa, e constataram que havia em seu coração uma cicatriz de uma ferida longa e profunda.
Escritora Mística

 A Igreja qualifica de “celestial’ a doutrina ensinada por Santa Teresa. Suas Obras põem a descoberto os rincões mais profundos da alma humana. A Santa explica em seus escritos com muita clareza quase incrível as experiências mais inefáveis da alma.
Visões e Comunicações

Uma vez que Teresa se retirou das conversações  e de outras ocasiões de dissipação e faltas ( os santos são capazes de verem suas faltas). Deus começou a favorece-la frequentemente com orações de quietude e união. Estas orações ocuparam largo período de sua vida, com o gozo e o amor de que são característicos. Tinha Visões e Comunicações Celestiais.
Santa Tereza, a Virgem Maria e São José

Muito devota de São José, a quem invocava como “Protetor das Virgens”, e de nossa Mãe Maria Santíssima, narra assim algumas experiências:
“Eu estava na Igreja do Mosteiro do Glorioso Santo Domingo, pensando nos eventos que me desolava a vida e nos meus muitos pecados, os quais em tempos passados os havia confessado…caí em êxtases profundo. Me sentei e parecia que não podia ver a elevação e ouvir a Missa…via a Nossa Senhora a minha direita e a meu Pai São José  a minha esquerda, vestindo-me com este manto(de grande brancura e explêndor).  Foi me concedido compreender que com este manto estava lima de meus pecados. Quando estive revestida, estava cheia de grande alegria e nossa Senhora parecia me tomar pelas mãos. Ela disse que eu havia recebido estas graças devido a ser boa devota de São José e que podia confiar que meus desejos relacionados ao convento se realizariam, que não deveria temer nenhum fracasso por que eles velariam por nós e que seu Filho prometeu estar conosco e como prova disto iria me dar uma jóia. Então pareceu que ela colocava ao redor de meu pescoço um explendido colar de ouro, que sustentava um crucifixo de muito valor…os vi então subir ao céu com uma multidão de anjos”…
Teve inúmeras experiências com visitas da Mãe de Deus e São José, sobre isso escreve:
“É maravilhoso quão agradável é a nosso Senhor qualquer serviço feito a sua Mãe, e sua misericórdia é grande para os que o fazem”. Certa vez, Jesus lhe revelou, “que um jovem que a santa havia conhecido e que havia morrido em grave perigo de perdição eterna, havia se salvado por que a Santa havia tido compaixão dele por causa de uma boa ação que havia feito pela Virgem Maria ao dar sua casa aos frades carmelitas para um monastério.”
Santa Teresa havia nomeado a Virgem Maria, “Priora Celestial do Convento”, e certa vez teve a divina prova que a Santíssima Virgem aceitara tal nomeação: “ao começo da oração da Salve Rainha, via a Mãe de Deus descer com uma multidão de anjos ao lugar da priora … e disse-lhe: “Fazes bem em colocar-me como priora deste convento, estarei presente quando as irmãs catarem louvores a Meu Filho, e Eu os oferecerei a Ele”.
Dentro de suas muitas perseguições foi chamada de herege, por seus inimigos da Inquisição, Maria Santíssima lhe disse:“Não sofras por que esta causa é minha”.  A Santa escreve que  Nossa Senhora “tem como costume ajudar à aqueles que desejam colocarem-se sobre sua proteção”.

Fundadora

As fundações da Santa não eram simplesmente um refúgio das almas contemplativas, mas também uma espécie de reparação pelos destroços causados nos mosteiros pelo protestantismo, principalmente na Inglaterra e na Alemanha.
Quando já muito debilitada, disse à Beata Ana de São Bartolomeu: “Finalmente, minha filha, chegou a hora de minha morte“. O Pe. Antonio de Heredia ministrou-lhe os últimos sacramentos. Quando o mesmo padre levou-lhe o viático, a Santa conseguiu erguer-se do leito e exclamou: “Oh, Senhor, por fim chegou a hora de nos vermos face a face!” Ela morreu nos braços da Beata Ana às 9 horas da noite de 4 de outubro de 1582.
Teresa é uma das personalidades da mística católica de todos os tempos. Suas obras, especialmente as mais conhecidas (Livro da Vida, Caminho de Perfeição, Moradas e Fundações), contém urna doutrina que abraça toda a vida da alma, desde os primeiros passos até à intimidade com Deus no centro do Castelo Interior. Suas cartas no-la mostram absorvida com os problemas mais triviais. Sua doutrina sobre a união da alma com Deus é bem firmada na trilha da espiritualidade carmelita, que ela tão notavelmente soube enriquecer e transmitir, não apenas a seus irmãos, filhos e filhas espirituais, mas à toda Igreja, à qual serviu fiel e generosamente. Ao morrer sua alegria foi poder afirmar: “Morro como filha da Igreja”.
Foi canonizada em 1662.


Tradução e adaptação: José Alexandre Faria.
Mais informações:
“Um favor é receber a graça do Senhor, outro é entender qual o favor e qual a graça, e outro ainda saber entender e explicar como é” ( Vida 17,5)


POESIAS

A própria Santa confessa não ser poeta, mas sabe por experiência que há uma presença de Deus que “desatina e embriaga” e desencadeia a torrente milagrosa dos versos:

O “Castelo Interior” é o ensinamento maior da Autora. Fruto maduro de sua última jornada terrena, reflete o estádio definitivo de sua evolução espiritual e completa a mensagem das obras anteriores, Livro vida e Caminhos da e Caminho.
Primeira morada: entrar no castelo, converter-se, iniciar o trato com Deus (oração); conhecer-se a si mesmo e recuperar a sensibilidade espiritual.



Segunda morada: lutar; o pecado ainda cerca; persistem os dinamismos desordenados; necessidade de ancorar-se numa opção radical; progressiva sensibilidade na escuta da palavra de Deus (oração meditativa).

Terceira morada: a prova do amor. Estabelecimento de um programa de vida espiritual e de oração; manter-se nele; surgimento do zelo apostólico; mas sobrevêm a aridez e a impotência como estados de prova. “Prova- nos, Senhor, que sabes as verdades”.
Quarta morada: brota a fonte interior, passagem à experiência mística; mas a sorvos, intermitentemente: momentos de lucidez infusa (recolhimento da mente) e de amor místico-passivo (quietude da vontade)”.
Quinta morada: morre o bicho-da-seda; a alma renasce em Cristo; estado de união por conformidade de vontades, manifestada especialmente no amor
 Sexta morada: o crisol do amor. Período extático e tensão escatológica. Novo modo de sentir os pecados. Cristo presente. Esponsal místico.
Sétima morada: Matrimônio Místico. Duas graças de ingresso no estado final: uma cristológica, outra trinitária. Plena inserção na ação. Plena configuração a Cristo crucificado. Cristo foi a meta em todo o processo, da primeira à última morada.
Orações de Santa Teresa.
“Fortalecei minha alma, preparando-a primeiro, Bem de todos os bens e Jesus meu, ordenando em seguida os meios para Vos servir, pois já não suporto receber tanto e nada pagar. Custe o que custar, Senhor, não permitais que eu chegue diante de Vós com mãos tão vazias, pois a recompensa será dada de acordo com as obras. Aqui está a minha vida, aqui está a minha honra e a minha vontade; tudo Vos dei, Vossa sou, disponde de mim de acordo com a vossa vontade”. (Vida 21, 5)
“Ó Senhor de minha alma, quem dera que eu tivesse palavras para explicar o que dais a quem confia em Vós e o que perde quem chega a esse estado e fica apegado a si mesmo! Vós não desejais isso, pois fazeis muito mais vindo a uma pousada tão ruim quanto a minha. Bendito sejais por todo o sempre”! (Vida 22, 17)
“Ó meu Senhor, como sois o amigo verdadeiro; és poderoso, quando quereis podeis, e nunca deixais de querer quem Vos quer! Louvem-Vos todas as coisas, Senhor do mundo! Feliz de quem puder percorrer todo o universo para dizer quão fiel sois a Vossos amigos! Todas as coisas faltam; Vós, Senhor de todas elas, nunca faltais. Pouco deixar quem vos ama. Ó Senhor meu! Com que delicadeza, polidez e sabor sabeis tratá-los! Feliz quem tiver se dedicado a amar somente a Vós! Parece, Senhor, que provais com rigor quem Vos ama, para que no extremo do sofrimento possa entender o maior extremo do Vosso amor. (Vida 25, 17)
“Ó Senhor meu, como mostrais que sois poderoso! Não é preciso buscar razões para o que quereis, porque, acima de toda razão natural, fazeis todas as coisas tão possíveis que levais a entender sem nenhuma dúvida que basta amar-Vos de verdade e abandonar com sinceridade tudo por Vós para que, Senhor meu, torneis tudo fácil”. (Vida 35, 13)
“Jesus é bom amigo e generoso capitão. Com Ele presente tudo podemos. Ele é ajuda e dá forças. Nunca falta. É verdadeiro amigo. Deus quer dar-nos os seus favores pelas mãos sacratíssimas de Cristo.” (Vida 22, 6)
* “Deus nunca Se cansa de dar nem se podem esgotar as suas misericórdias; não nos cansemos nós de receber”.(Vida19, 17).
*”Outra coisa não é, a meu parecer, oração mental, senão tratar de amizade – estando muitas vezes tratando a sós – com Quem sabemos que nos ama”(Vida 8, 5).
* Parece-me a mim que se pode regar de quatro maneiras [graus de oração]: ou com tirar água dum poço, que é à custa de grande trabalho; ou com nora e alcatruzes… e é com menos trabalho que estoutro e tira-se mais água; ou de um rio ou arroio, e com isto se rega muito melhor, pois fica mais farta a terra de água e não é preciso regar tão amiúde, e é com muito menos trabalho do hortelão; ou com chover muito, que a rega o Senhor sem trabalho nenhum nosso e é sem comparação muito melhor (Vida 9, 7).
* É por [Nosso] Senhor que nos vêm todos os bens. Ele nos ensinará; pois olhando para a sua vida teremos o melhor exemplo. S. Paulo tinha sempre na sua boca o nome de Jesus, porque o tinha bem no coração. [...] Amor gera amor, por isso, despertemo-nos para amar (Vida 22, 7.14).
* Não consintamos que o nosso coração seja escravo de ninguém senão d’aquele que o comprou com o seu sangue (Caminho de Perfeição 4, 8).
* A nossa alma é como um castelo todo de um diamante ou mui claro cristal, onde há muitos aposentos, assim como no Céu há muitas moradas. Que se bem o considerarmos, não é outra coisa a alma do justo, senão um paraíso onde Deus disse ter suas
José Alexandre Faria: contato@projetocrescer.net






ESTUDO SOBRE OS TIPOS DE TEMPERAMENTOS DO HOMEM


TEMPERAMENTO CONTROLADO PELO ESPÍRITO

1. Porque Compreender os Temperamentos?
O Ser humano depois da queda do homem tornou-se muito complexo. Ele tem dificuldade de entender o porquê reage às vezes de modo tão indesejado e também o porquê tem, em alguns casos, dificuldades de entender os outros. Compreendendo a si mesmo o homem poderá compreender melhor os outros. E isto facilitará mais o relacionamento. E o meio de compreender a si próprio passa pelo conhecimento do temperamento que possui. Por isso é importante o crente conhecer o seu temperamento, e com o auxílio do Espírito Santo, descobrir as fraquezas e virtudes do temperamento que possui.
2. Cuidados Especiais Quando se Estuda os Temperamentos
Sempre que se estuda os temperamentos devemos ter alguns cuidados que nos ajudarão num entendimento claro e num julgamento correto do assunto. São eles:
· Não tentar discernir o temperamento dos outros
· Não esconder no temperamento que possui, falhas que podem ser reparadas
· Não considerar um temperamento mal e outro bom
· Não entristecer-se com o temperamento que possui e desejar ter nascido com outro temperamento.
3. Uma Mudança Inicial Muito ImportanteUma mudança muito importante para o cristão no estudo de temperamento, é mudar sua linguagem a respeito da definição de jeito de ser. Ao denominar o jeito de ser (que sofre influência do temperamento) não se deve dizer que se possui um gênio. Alguém diz: "aquela pessoa possui um gênio bom... ou um gênio ruim, ou ainda, um gênio difícil". Gênio é sinônimo de espírito, de demônio, não de temperamento. O salvo em Jesus possui temperamento e não um gênio.
4. O Que Devemos Saber Inicialmente Sobre Os Temperamentos?
Para um bom andamento do ensino sobre temperamentos há algumas coisas que devemos saber de antemão sobre eles. Vejamos:
· Nenhum temperamento foi criado pelo diabo
· Nenhum temperamento é mal ou bom em si mesmo
· Todos os temperamentos foram criados por Deus
· Todo temperamento possui fraquezas e possui virtudes
· As fraquezas do temperamento podem ser vencidas pelo controle do Espírito Santo
· As virtudes do temperamento podem ser lapidadas e melhoradas pelo controle do Espírito Santo
· Em todas as pessoas há mais que um temperamento, e um que predomina sobre os outros
· O inimigo pode influenciar e trabalhar por meio das fraquezas do temperamento do homem
· O estudo dos temperamentos tem aspectos médicos
· Podemos ser mais felizes quando compreendemos nosso temperamento e o entregamos ao controle do Espírito.
5. O Que Se Pode Esperar Deste Ensino Sobre Os Temperamentos?
· Saber o que é o temperamento
· Descobrir qual temperamento é predominante em seu comportamento (modo de ser)
· Despertar-se para uma entrega verdadeira do seu temperamento ao controle do Espírito Santo
· Descobrir que os homens de Deus na Bíblia tiveram fraquezas e forças por causa de seus temperamentos
· Descobrir que o Senhor usou as virtudes dos temperamentos dos seus servos e tratou também das fraquezas
· Descobrir que seu temperamento pode ser uma bênção nas mãos Divinas, se ainda não o está sendo.
6. O Que É Temperamento?
O temperamento é a combinação de características congênitas que subconscientemente afetam o procedimento do indivíduo. Isto envolve:
· Gens recebidos de nossos avós e pais
· Uma imprevisibilidade
Em palavras diferentes, temperamento é a natureza do homem, que é formada por fatores hereditários e que se encontram profundamente enraizados na pessoa..
7. Uma Rápida Diferenciação entre Caráter, Personalidade e Temperamento
O caráter é o verdadeiro eu. A Bíblia se refere a ele como a "essência secreta do coração". É o resultado do temperamento natural burilado pela disciplina e educação recebidas na infância, pelos comportamentos básicos, crenças, princípios e motivações.
A personalidade é o sentimento externo de nós mesmos, que pode ser ou não igual ao nosso caráter, dependendo de quão autêntico sejamos.
Em resumo, o temperamento é o que nascemos com ele, o caráter é o nosso temperamento trabalhado pela formação, e a personalidade é a parte externa de nós mesmos.
8. Conheça os Quatro TemperamentosO homem possui quatro temperamentos básicos. São eles:
· Sanguíneo
· Colérico
· Melancólico
· Fleumático
Estes são os quatro temperamentos básicos com que uma pessoa nasce. Não devemos esquecer-nos que o grau de um temperamento é variável de indivíduo para indivíduo. Por exemplo: Alguém pode ser 40% sangüíneo e 60% melancólico. Ou alguém pode ser 40% sangüíneo, 20% colérico, 25% melancólico e 15% fleumático.
9. As Características Gerais de Cada Um dos Temperamentos
Cada temperamento possui uma característica específica. Vamos observa-las, e depois vamos passar para as virtudes e fraquezas de cada temperamento.
9.1 - Características Gerais do Sangüíneo
1. É exuberante
2. É cordial
3. É eufórico e vigoroso
4. É receptivo por natureza
5. É impressionável
6. Toma decisões na maior parte pelos sentimentos
7. É divertido e contagia os outros
8. É eletrizante e eletriza os outros
9. Sempre tem amigos
10. Sabe sentir as alegrias e dores dos outros com facilidade
11. Possui capacidade de fazer os outros sentir-se importante para ele, e de fato o é
12. Gosta de estar rodeado de pessoas das quais ele é a vida do grupo
13. Geralmente fala antes de pensar
14. É franco e sua franqueza costuma desarmar aqueles com quem fala
15. Sua vida parece excitante e extremamente feliz podendo causar "inveja" em temperamentos mais tímidos
16. Seus modos amistoso e falante fazem parecer mais confiante em si do que na realidade o é
17. Sua amabilidade, sua energia o ajudam a vencer os momentos difíceis da vida
18. Geralmente são bons oradores, conferencistas, vendedores e se saem bem lidando com o público.
9.2 - Características Gerais do Colérico
1. É vivaz e ativo
2. É prático e voluntarioso
3. É muitas vezes auto-suficiente e muito independente
4. É tendente a ser decidido e teimoso
5. Tem facilidade em tomar decisões para si mesmo e para os outros
6. Floresce na atividade. Ama as atividades e não precisa ser estimulado, ao contrário ele se estimula
7. Possui muitos planos e idéias, e invariavelmente ambições infindáveis
8. Não vacila sob a pressão do que os outros possam pensar
9. Não se amedronta diante das adversidades, ao contrário, elas parecem encoraja-lo
10. Possui uma firmeza inabalável
11. Freqüentemente obtém sucesso onde outros fracassam
12. É insistente
13. A natureza emocional do colérico, freqüentemente é área menos desenvolvida
14. Ele não se compadece com facilidade dos outros
15. Geralmente não demonstra compaixão com espontaneidade
16. Não se sente à vontade com as lágrimas dos outros
17. Pouco aprecia coisas ligadas a artes, seu valor das coisas está mais no prático
18. É habilidoso em perceber oportunidades e sabe fazer, em geral, uso delas
19. Se tem uma meta pode esmagar indivíduos que lhe estejam bloqueando
20. Muitas vezes é considerado um oportunista
21. Invariavelmente se utiliza das pessoas para atingir seus fins
22. Por causa da sua auto-suficiência se sente muito capaz
23. Geralmente é extrovertido, porém menos que o sangüíneo.
9.3 - Características Gerais do Melancólico
1. É geralmente classificado como "hostil e sombrio
2. É um dos mais ricos temperamentos
3. É bem dotado de percepção
4. É analítico
5. É abnegado
6. É perfeccionista
7. É inclinado a ser introvertido
8. Sua disposição de espírito é muito variável
9. Ora pode estar muito alegre, nas nuvens
10. Ora pode estar muito abatido, nas profundezas de seus pensamentos
11. Durante estes períodos ele se retrai definitivamente e pode ser muito hostil
12. É um amigo fiel, mas não faz amizades com facilidade
13. Ele não toma iniciativa de se aproximar dos outros, mas espera que os outros o procurem
14. Por causa de ser perfeccionista não gosta de desapontar ninguém, por isto é leal
15. Tende a ser desconfiado com as pessoas que lhe oferecem apreço
16. Possui grande capacidade analítica
17. Vê com antecedência os perigos de qualquer projeto, por isso não se envolve facilmente em projetos
18. Seu humor oscila muito. Ora está muito feliz, ora está muito triste
19. Quando aceita fazer algo o faz com perfeição, porém este trabalho é seguido de grande depressão
20. Encontra grande significado nas tarefas mais difíceis e sacrificiais
21. É inclinado a ser muito correto em tudo, especialmente no que faz.
9.4 - Características Gerais do Fleumático
1. É calmo
2. É frio
3. É bem equilibrado
4. A vida para ele é feliz e descompromissada
5. Jamais parece perturbar-se com nada
6. Raramente explode em risos e também em raiva
7. É o único temperamento coerente
8. Debaixo de sua personalidade fria e calma há grande gama de habilidade
9. É eficiente
10. Sente muito mais emoção do que demonstra
11. Aprecia as belas artes
12. Não lhe falta amigos, pois gosta do convívio social
13. Consegue fazer os outros rirem, mas ele mesmo não solta um sorriso
14. Possui uma incrível capacidade de achar algo engraçado nos outros
15. Possui ótima memória e sua mente é organizada
16. Não gosta muito do jeito desorganizado do sangüíneo
17. Sente uma enorme alegria em jogar um balde de água fria nos planos
18. Tende a ser um espectador da vida e não se envolve em projetos com facilidade
19. Sempre diz: "alguém devia fazer alguma coisa", mas ele mesmo não faz
20. Quando se envolve, o que é raro, o faz com eficiência
21. É geralmente simpático e de bom coração
22. É também habilidoso para promover paz e conciliação.
 
As Forças e Fraquezas dos Quatro Temperamentos
Agora que já observamos algumas características dos quatro temperamentos precisamos avançar no assunto e conhecer as forças e fraquezas de cada um. Uma advertência! Não seja precipitado julgando que já conhece seu temperamento com base nas características gerais que observou. Temperamento é algo que as vezes está oculto. Vá em frente e analise com calma e com o auxílio do Espírito Santo.
10. As Forças dos Quatro Temperamentos
10.1 - As Virtudes (forças) do Sangüíneo
1. Ele é apreciador da vida, interessa-se por tudo a sua volta
2. É otimista e crê em meio as maiores adversidades
3. É cordial com todos
4. Vive no presente
5. Esquece com facilidade o passado e não pensa muito no futuro
6. Se entusiasma com as pequenas coisas e também com as grandes
7. Se o projeto em que está fracassou estará pronto para começas outro
8. Tem afeição genuína para com as pessoas, é amistoso por natureza
9. Aprecia muito fazer novas amizades e gosta de estar perto das pessoas
10. Sente-se inquieto quando alguém não está feliz e quer faze-lo sentir-se feliz
11. Possui um coração terno e compassivo
12. É o mais sensível as necessidades dos outros
13. É sincero na exposição dos seus sentimentos
14. Ele ama e esquece alguém mais depressa do que qualquer outro temperamento
15. A alegria do sangüíneo tem enriquecido o mundo com um sabor especial.
10.2 - As Virtudes (forças) do Colérico
1. É autodisciplinado
2. É autodeterminado
3. É muito confiante em sua própria capacidade - não acha que não vai conseguir
4. É geralmente ousado (corajoso para empreender esforços)
5. É ativo, ama a atividade, porém dá significado a atividade em que está envolvido
6. Força de vontade firme
7. Possui capacidade de seguir em um projeto acirradamente, determinantemente
8. Possui firme propósito de conclusão das tarefas iniciadas
9. Ele acha que seus planos são os melhores, mas seu êxito se deve a determinação
10. Se sente extremamente feliz quando trabalha num projeto
11. Só pensa em termos práticos. Tudo para ele tem que ter valor utilitário
12. Possui forte tendência para liderança
13. Aceitará prontamente a liderança como também se apresentará para liderar
14. É otimista, pois confia em sua própria capacidade o que não o faz desanimar com facilidade
15. Tem gosto pelo que é desafiante
16. Não tem medo de situações difíceis nem de grandes desafios, estes o estimulam ainda mais
17. Possui sentimento pioneiro
18. Não vê, como outros temperamentos, problemas, se concentra no objetivo final
19. Tem confiança que vencerá qualquer dificuldade sejam quais forem
20. A adversidade não o esmorece
21. É alguém de objetivos.
10.3 - As Virtudes (forças) do Melancólico
1. É tendente a grande inteligência
2. Possui uma grande sensibilidade para as artes e valores da vida
3. É sensível emocionalmente e por meio de seus sentimentos produz grandiosas análises da vida
4. É adepto entusiasmado do pensamento criativo
5. Possui grande gosto por invenções, descobertas e produção criativa
6. Possui fortes tendências perfeccionistas
7. Possui elevado padrão de qualidade
8. Não aceita uma tarefa que outros fizeram ou ele próprio sem elevado padrão de perfeição
9. Possui grande capacidade de analisar o passado e tirar lições para si
10. Prevê, como nenhum outro temperamento os problemas existentes em um projeto
11. É analítico por natureza
12. Parece ser contra todos e tudo, mas em verdade está vendo problemas com antecedência
13. Possui um gosto por detalhes. Para ele os detalhes são um banquete
14. Possui excelente capacidade para matemática, engenharia, eletrônica, artes e profissões minuciosas
15. São amigos fiéis. Não fazem muitos amigos, mas aos que tem, é fiel a toda prova
16. Cumpre tarefas e prazo com grande precisão e são fiéis ao que prometem fazer como tarefa
17. Não aprecia a evidência. Trabalha mais e melhor quando está só. Não é dado a reconhecimento publico
18. Encontra nas tarefas mais difíceis grande realização e significado
19. Não é desperdiçador de palavras
20. Raramente expões suas idéias e opiniões e quando o faz, será sempre preciso e resumido
21. Por ser profundamente analítico merece ser ouvido.
10.4 - As Virtudes (forças) do Fleumático
1. Imperturbável bom humor
2. Uma incrível capacidade de não deixar o infortúnio prevalecer
3. Sabe como ninguém como achar graça em alguma coisa, temperando o ambiente com descontração
4. É altamente qualificado para ser um bom conselheiro
5. Para ele é fácil ouvir os outros em seus problemas, o que é difícil para o sangüíneo e colérico
6. É digno de confiança
7. Cumpre suas obrigações e gosta de cumprir horários
8. É prático e eficiente
9. Trabalha bem sob pressão
10. É analítico e procura um meio fácil de resolver uma situação
11. Trabalha bem e produz em situações apertadas e difíceis que aos outros levariam ao fracasso
12. Também preza a perfeição das coisas. Se alegra com as coisas bem feitas
13. É zeloso e possui um elevado padrão de qualidade
14. É metódico. Ele vê na organização uma maneira de ganha tempo na vida.
11. As Fraquezas dos Quatro Temperamentos
Observamos as forças dos quatro temperamentos. Quando controladas pelo Espírito Santo estas forças aparecem e fazem da pessoa uma bênção no mundo. Agora observemos as fraquezas dos temperamentos. Lembre-se que o Espírito Santo, quando permitido pelo homem, opera grande auxílio e controle das fraquezas. Ao ver as fraquezas do seu temperamento não se ponha em desânimo, mas conte com a ajuda do Espírito.
11.1 - As Fraquezas do Sanguíneo
1. Freqüentemente ele é pouco prático e desorganizado
2. É agitado e turbulento
3. É geralmente indisciplinado
4. É pusilânime
5. Está pronto a correr em toda direção sem analisar o quadro todo
6. Tem uma incrível dificuldade de dizer não
7. Adora agradar
8. Não conhece suas limitações
9. É perito em começar as coisas e não termina-las
10. Não é um observador de horários
11. Tende a se esquecer com certa facilidade de compromissos e decisões que tomou
12. É fraco em sua vontade. Decide rápido, mas nem sempre mantém a decisão
13. Não é homem leal e resoluto
14. É egoísta e cada vez mais tende a falar muito de si mesmo e de suas qualidades e feitos
15. Possui uma instabilidade emocional
16. Desanima com facilidade, mesmo sendo um temperamento alegre. Isto se deve a emotividade
17. Tende a desculpar-se sempre de suas fraquezas
18. Sente pena de si mesmo - Autocomiseração
19. Sua natureza ardente pode leva-lo a explodir em ira, mas depois de tê-lo feito esquecerá de tudo
20. Se arrepende com facilidade e prontamente pedirá perdão
21. No campo espiritual o Sangüíneo se arrepende inúmeras vezes pelo mesmo pecado
22. É o temperamento mais tendente a lascívia devido a sua instabilidade emocional
23. É de vontade fraca.
As maiores necessidades espirituais básicas do Sr. Sangüíneo são:
1. Abstinência ou autocontrole
2. Paciência
3. Fé
4. Paz
5. Bondade
11.2 - As Fraquezas do Colérico
1. Insensibilidade com os outros - Não se importa de verdade com as pessoas
2. Ira
3. Impetuosidade
4. Auto-suficiência
5. Seus sonhos são muito mais importantes do que tudo
6. Tem uma disposição violenta - muito de sua energia é gerada por esta disposição
7. Explode com facilidade em ira e guarda rancor
8. Sabe-se que é muito vingativo
9. É tendente a ter úlcera (antes dos 40 anos)
10. Entristece o Espírito Santo com sua amargura, ira e rancor
11. Existe uma estranha crueldade no Colérico que o faz passar por cima de todos para atingir seu objetivo
12. Tende a infligir regras para atingir seus objetivos
13. Sua vontade forte o faz lançar-se em muitas iniciativas e se arrepende posteriormente
14. Mas é obstinado e será capaz de continuar até o fim
15. Dificilmente pedirá desculpas e ter que pedir perdão é algo que definitivamente não lhe agrada
16. Muitas vezes falará coisas cruéis, sarcásticas e mordazes (ofensas grosseiras e refinadas)
17. Sua ira nem sempre se manifesta em explosão mais de modo elaborado
18. Por ser autoconfiante pequenas vitórias lhe são verdadeiros castelos de orgulho
19. É arrogante e prepotente e os outros tendem a detesta-lo por isso
20. Embora seja de fato capaz, sua arrogância tende causar antipatia nos outros
21. O colérico vendo a antipatia dos demais, tende a concluir que nada do que faz está satisfazendo os outros
22. Sua disposição auto-suficiente faz com que ele não necessite de ninguém, nem mesmo de Deus
23. Tende a considerar que suas realizações compensem seus erros na trajetória na conquista de seus objetivos.
De todos os temperamentos, é o que provavelmente tenha o maior número de necessidades espirituais. Estas necessidades basicamente são:
1. Amor
2. A Paz
3. A bondade
4. A paciência
5. A humildade
6. A benevolência
11.3 - As Fraquezas do Melancólico
1. É egocêntrico em extremo
2. É extremamente inclinado à auto-análise
3. Preocupam-se excessivamente pela sua condição física
4. Tudo que atinge o melancólico é de importância capital para ele. Tudo mesmo
5. Tende a ser hipocondríaco
6. Sua característica egocêntrica pode lhe arruinar a vida
7. Sua natureza sensível leva-o a se ofender com grande facilidade
8. É inclinado a ser desconfiado e dado a "suposições desfavoráveis"
9. Em casos agudos desenvolve um complexo de perseguição
10. Por ser analítico e perfeccionista tende com facilidade a ser pessimista
11. Se concentra muito mais nos problemas do que na vitória
12. Um problema para ele pesa muito mais do que o bem conquistado
13. Ele acha que o resultado final de um projeto não corresponderá o esperado
14. Analisa quase tudo com base nas decepções do passado e tende a concluir que irá se decepcionar de novo
15. Esta visão pessimista o torna inseguro e temeroso porque não deseja se decepcionar
16. Tende a ser crítico como nenhum outro temperamento
17. Espera sempre a perfeição dos outros e se zanga quando não é correspondido nisto
18. Faz tempestades num copinho d'água, pois um detalhe se torna para ele um gigante
19. Tende a considerar os outros que não estão nos seus elevados padrões de perfeição como seres inferiores de mente, e por isso tende ao desprezo dos seus semelhantes
20. Ele é muito crítico com os outros, mas mais ainda consigo mesmo
21. Escolhe muito no namoro, pois analisa o (a) pretendente por meio dos seus elevados padrões de perfeição
22. Muda de humor como ninguém. Ora feliz, ora depremidíssimo
23. Em períodos difíceis fica sombrio e infeliz, o que lhe é muito perigoso
24. Pelo seu desalento, aparentemente sem razão, causa irritação nos outros
25. Ele será evitado por outros nestes momentos e sua natureza sensível o abaterá mais ainda
26. Esta disposição sombria está relacionada com seu egocentrismo. O melancólico deveria dar mais atenção ao louvor à pessoa de Deus. Ele terá no louvor a cura para seu egocentrismo
27. Ele foge da realidade pela prática do devaneio
28. Se prende ao passado para se aliviar do presente, e isto lhe leva a mais perigos da alma
29. A fuga lhe é constante e tal atitude lhe paralisa toda a vontade
30. Tem forte inclinação a ser vingativo
31. Dentro de si mesmo julga muito difícil perdoar a ofensa recebida
32. Exteriormente parece calmo e sossegado, mas interiormente é turbulento e uma animosidade às vezes insana reside nele
33. Pode alimentar este desejo de vingança por muito tempo, mesmo não colocando em prática
34. Ele pode destruir um projeto lindo que ele concorde só porque alguém do grupo ou líder o ofendeu alguma vez no passado
35. Se não controlado pelo Espírito, o que resulta num dos mais habilidosos e produtivos temperamentos, tenderá a desenvolver um comportamento neurótico, desanimado que nem se diverte, nem é tolerado pelos outros.
Os melancólicos devem se lembrar que muitos dos mais importantes personagens da Bíblia foram notoriamente melancólicos. As necessidades espirituais básicas dos melancólicos são:
1. O amor
2. A alegria
3. A paz
4. A bondade
5. A fé
6. O autocontrole
11.4 - As Fraquezas do Fleumático
1. É moroso
2. É indolente
3. Parecem quase sempre "arrastando o pé", pois se sente ressentido em ser forçado à ação
4. Faz o mínimo necessário, pois sua falta de motivação é notória
5. Não tem iniciativa. Não porque não seja capaz, mas porque considera trabalho excessivo
6. É capaz de provocar à ira de quem o quer incentivá-lo
7. Para um sanguíneo entusiasmado, se mostra indiferente e gélido. Para um melancólico pessimista se mostra otimista e enerva melancólico. Para o colérico cheio de projetos derrama um balde de água fria.
8. É egoísta, mas com o passar dos tempos aprende a disfarçar seu egoísmo
9. É obstinado. Rejeita mudanças ao seu redor, pois o forçará a sair do lugar e mexer-se
10. É indeciso. Não por falta de inteligência, mas por considerar que seu plano é mais adequado
11. Sua indecisão se deve também ao fato que ele não deseja pagar o preço em se envolver em algo que pode dar errado ou que lhe exigirá muito de si
12. É tendente a crítica, mas se reserva a faze-la publicamente, mas sim em ambiente fechado.
As maiores necessidades do Sr. Fleumático consiste em:
1. Amor
2. Bondade
3. Docilidade
4. Temperança
5. Fé
12. O Homem Cheio do Espírito Santo
Ser cheio do Espírito Santo é uma necessidade não somente pelo fato de que precisamos do Poder Sobrenatural para uma vida de testemunho cristão, mas também pelo fato de que os temperamentos possuem fraquezas que não podem ser superadas apenas pela força de vontade.
Na visão do Senhor Deus o homem não precisa sofrer pelas ciladas que as fraquezas dos temperamentos causam. Ele preparou um meio de superar tais faltas, vencendo-as pelo Enchimento do Espírito. Um homem cheio do Espírito não conhece as fraquezas do temperamento que possui. Em lugar deles, recebe nove forças absolutamente novas e espirituais que lhe garantirão plena força. Os nove gomos do fruto do Espírito são, sem substituto, o remédio Divino e eficaz para as fraquezas dos Temperamentos.
O homem deve compreender que se não entregar o controle de sua vida (Temperamento) para o Espírito Santo, poderá viver uma vida hipócrita, com máscaras, infeliz e, sobretudo improdutiva. É de suma importância que o Espírito Santo assuma o controle da vida do crente. Maravilhosos benefícios estão esperando o crente que deseja ser Cheio do Espírito Santo.
 
O Temperamento Cheio do Espírito Santo
Ser cheio do Espírito Santo, não é somente recebe o poder sobrenatural para operação de maravilhas em Nome do Senhor ou autoridade para testemunhar de modo magnífico. Ser cheio do Espírito é, sobretudo encher-se das qualidades e forças do Espírito Santo que devem demonstrar que somos de Cristo e não somente falamos em Nome dele. Ser cheio do Espírito é manifestar ao mundo as características do caráter de Cristo. Ser cheio é permitir que através de nós o mundo veja a pessoa bendita do Senhor Jesus.
1. Ser cheio do Espírito é um mandamento para todos - Efésios 5:17-21
Todos os crentes devem ser cheios do Espírito Santo. Não é opção, é mandamento.
2. Ser cheio do Espírito não é a mesma coisa que senti-lo
Podemos sentir o Espírito Santo. Especialmente quando Ele se move na igreja. Mas sentir o Espírito Santo e ser cheio Dele são fatos separados. Sentir diz respeito à alegria de perceber, espiritualmente Sua presença e atuação. Ser cheio diz respeito a ser um instrumento humano para demonstrar ao mundo como Jesus Cristo é. Sentir é herança dos filhos. Ser cheio implica em uma atuação ao mundo e às pessoas.
Alguém deve ser considerado cheio do Espírito Santo não quando demonstra sentir a presença Dele, mas quando apresenta o fruto do Espírito em sua vida diária.
3. Ser cheio do Espírito Santo é ver em si mesmo as fraquezas do temperamento serem vencidas
Como já foi observado, a fraqueza de cada temperamento pode ser vencida pelo controle do Espírito Santo. Para cada fraqueza do Colérico o Espírito Santo tem uma maravilhosa virtude para compensar e vencer a fraqueza.
Ser cheio do Espírito é o modo maravilhoso que o Senhor Deus escolheu para imprimir no crente a personalidade de Seu Filho Jesus. Nascemos do primeiro Adão e carregamos todos os seus defeitos e virtudes. Agora Deus quer que sejamos semelhantes ao segundo Adão, e espera de forma especial que tenhamos as virtudes deste segundo Adão que é Cristo.
4. Ser Cheio do Espírito Santo é manifestar o Fruto do Espírito
É pelo fruto que se conhece a árvore. Isto nos ensinou o Senhor Jesus. Se formos de Cristo então todos esperarão frutos dignos da árvore a que pertencemos.
Ser Cheio do Espírito é possuir este fruto. É não ser uma figueira seca, mas, com fruto. Fruto que demonstra a todos nossa origem.
Para Cada Fraqueza do Temperamento um Gomo do Fruto do Espírito

Para o Sr. Colérico é difícil amar ao próximo e se interessar genuinamente por ele. Pleno do Espírito, o se. Colérico receberá e cultivará a virtude do gomo especial do Fruto do Espírito que é o amor.
Para o Sr. Melancólico é difícil crer com facilidade em alguém ou em algo. Porém para este temperamento está reservado o gomo especial da fé (Fidelidade).
Para o ser. Sanguíneo é extremamente difícil manter-se disciplinado e ordeiro.. Para ele está reservado o gomo especial do Domínio Próprio.
Para o Sr. Fleumático que se sente ressentido e infeliz na maioria do tempo, lhe está guardado o presente especial do gomo da Alegria.
Para cada fraqueza do temperamento há um gomo especial do Fruto do Espírito.
Deixando o Espírito Santo Encher Sua Vida
Deixe o Espírito Santo enche-lo neste momento tão especial.
Para que isto aconteça observe atentamente o caminho que a Santa Palavra de Deus oferece para que sejamos plenos do Espírito Santo, conforme Efésios 5:17-21.
1. Não vos embriagueis com vinho, em que há devassidão...
O uso do vinho indica um entenebrecimento do entendimento. Um embotamento do sentido. Uma obstrução do pensamento e da vontade.
O crente não deve se envolver com nada que lhe cause o mesmo efeito. O crente não deve-se permitir a embriagar-se com nada que lhe tire os propósitos Divinos em sua vida. 
 
2. Falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais...
Mais uma vez nos fica claro a importância de uma atitude de louvor. Deus escolheu o louvor como modo de ser Cheio do Espírito. Isto não é maravilhoso? Não é bom? Está ao alcance de todos. Todos podem louvar a Deus em seus corações e assim ser Cheio do Espírito Santo.
3. Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai...
Um coração grato está mais perto de ser Cheio do Espírito do que um coração murmurante.
4. Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo.
Estar sujeito aos irmãos e irmãs dentro da Igreja de Cristo é surpreendentemente um meio de ser Cheio do Espírito Santo.
Três Atitudes que o Crente Deve Prestar Atenção para ser Cheio do Espírito Santo
1. A Vontade do Crente deve ser vencida por Deus
A vontade do crente deve ser vencida pelo Senhor. O crente deve pedir ao Senhor para quebrar sua vontade. A vontade humana deve estar completamente disposta a submeter-se ao propósito do Senhor. Caso contrário, o vaso não será cheio. Eis o combate espiritual!
2. A Necessidade de um quebrantamento
Um coração quebrantado não será rejeitado quando pedir algo ao Senhor
3. Uma Decisão determinada
Quem deseja ser Cheio do Espírito Santo deve estar consciente que haverá oposição espiritual constante. Há necessidade de decisão firme, determinada e sem volta. Certamente o Senhor ajudará e concederá o Enchimento do Espírito Santo ao que pede.


TEOLOGIA DO ESPÍRITO SANTO - PENTECOSTES

Cheios do Espírito Santo

Postado por André Aloísio 


Este estudo foi ministrado por mim na Escola Bíblica Dominical da IEQ Jardim Von Zuben, nos dias 3 e 10 de dezembro de 2006.

"E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito." (Ef.5:18)

Introdução: A importância do Espírito Santo

O Espírito Santo é uma pessoa divina, assim como o Pai e o Filho, possuindo atributos divinos (Sl.139:2; I Co.2:10,11) e características pessoais (Jo.14:16,17,26), sendo a terceira pessoa da Trindade.

Ele esteve envolvido na obra da criação (Gn.1:2) e é o responsável por aplicar a obra da redenção nos pecadores. Ele é quem convence o homem do pecado (Jo.16:8), regenera o homem dando-lhe uma nova natureza (Jo.3:5; Tt.3:4-7), santifica o crente (II Ts.2:13; I Pe.1:2) e por fim vivificará nosso corpo mortal na ressurreição (Rm.8:11).

Todo cristão recebe o Espírito Santo na conversão (I Co.12:13) e presentemente tem o Espírito Santo (Rm.8:9), pois somos Seu templo, no qual Ele habita (I Co.3:16,17; 6:19).


O que é o enchimento do Espírito


O enchimento do Espírito é a obra de Deus pela qual Ele enche os cristãos com Seu Espírito, concedendo maior capacitação para o ministério, aumento da santificação, adoração renovada, etc.

O enchimento do Espírito é obra soberana d’Ele, que sopra onde quer (Jo.3:8). Porém, é responsabilidade do cristão buscar esse enchimento: “deixem-se encher pelo Espírito” (NVI).

Ao contrário do batismo com o Espírito Santo, que acontece uma única vez, na conversão, o enchimento do Espírito é uma obra constante que acontece durante a vida cristã (At.2:4; 4:8, 31). Um cristão nunca ficará tão cheio do Espírito Santo nesta vida de forma que lhe seja impossível ser mais cheio ainda, pois somente Jesus recebeu o Espírito sem medida (Jo.3:34).

O enchimento do Espírito pode ser acompanhado por sinais e manifestações exteriores (At.2:1-4; 4:31) ou não (At.4:8).


Como ser cheio do Espírito


- Progredindo no conhecimento do Senhor (Os.6:3);

- Ouvindo a Palavra (At.10:44);

- Orando e buscando (Lc.11:23; At.1:14; 2:1-4; 4:31).


Conseqüências de ser cheio do Espírito


- Coragem e ousadia para anunciar a Palavra (At.4:31);

- Poder na pregação do evangelho (At.1:8; 2:41; I Co.2:4,5);

- Poder na oração (At.9:40);

- Poder para vencer as tentações e aumento da santidade (Lc.4:1; Gl.5:16);

- Poder para operar sinais e prodígios (At.2:43; 5:12; 6:8);

- Concessão e manifestação de dons espirituais (At.2:4; 10:44-46; 19:6);

- Adoração renovada (Ef.5:19,20);

- Fruto do Espírito: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio (Gl.5:22,23).


Bibliografia:


GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática. Editora Vida Nova, cap.39.

Homem "perde" a vida quando se afasta de Deus, afirma Bento XVI

Acompanhe por esse blog todos os passos de Bento XVI na Alemanha.




Leonardo Meira

Da Redação


Montagem sobre fotos / AP
Papa pronuncia discurso na Igreja do ex-Convento dos Agostinianos, em Erfurt. Abaixo, concede a bênção, ao lado do pastor luterano Nikolaus Schneider

O Papa Bento XVI deu mais um passo histórico no caminho ecumênico entre as Igrejas Católica e Luterana. O Pontífice visitou a Igreja do Convento dos Agostinianos em Erfurt, onde Martinho Lutero deu início ao seu estudo teológico, e participou de uma Celebração Ecumênica, na manhã desta sexta-feira, 23.

"À medida que o mundo se afasta de Deus, vai-se tornando cada vez mais claro que o homem, na petulância do poder, no vazio do coração e na ânsia de prazer e felicidade, 'perde' progressivamente a vida. O homem foi criado para a relação com Deus e precisa d'Ele. O nosso primeiro serviço ecumênico deve ser testemunharmos juntos a presença de Deus vivo e, deste modo, dar ao mundo a resposta de que tem necessidade", indicou.
Acesse
.: NA ÍNTEGRA: Discurso de Bento XVI na Celebração Ecumênica em Erfurt


Discurso de Bento XVI na Celebração Ecumênica em Erfurt



Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé







Discurso de Bento XVI

Viagem Apostólica à Alemanha (22-25 de setembro de 2011)

Igreja do Convento dos Agostinianos, Erfurt-Alemanha

23 de setembro de 2011

Amados irmãos e irmãs no Senhor!
"Não rogo só por eles, mas também por aqueles que hão-de crer em Mim, por meio da sua palavra (Jo 17, 20): segundo o Evangelho de João, assim Se dirigiu Jesus ao Pai no Cenáculo. Intercede pelas futuras gerações de crentes. Estende o olhar, mais além do Cenáculo, para o futuro. Rezou também por nós. E reza pela nossa unidade. Esta oração de Jesus não é algo simplesmente do passado. Ele está sempre diante do Pai, intercedendo por nós, e é assim que Ele, nesta hora, está no meio de nós e nos quer atrair para dentro da sua oração. Na oração de Jesus, encontra-se o lugar interior da nossa unidade. Tornar-nos-emos um só, se nos deixarmos atrair para dentro de tal oração. Todas as vezes que nos encontramos, como cristãos, reunidos na oração, esta luta de Jesus relativa a nós e com o Pai em nosso favor deveria tocar-nos profundamente no coração. Quanto mais nos deixarmos atrair nesta dinâmica, tanto mais se realizará a unidade.

Porventura ficou desatendida a oração de Jesus? A história do cristianismo é, por assim dizer, o lado visível deste drama, no qual Cristo luta e sofre conosco, seres humanos. Sem cessar Ele tem de suportar o contraste com a unidade, e todavia não cessa jamais de realizar-se também a unidade com Ele e, deste modo, com o Deus trinitário. Devemos ver ambas as coisas: o pecado do homem, que se nega a Deus fechando-se em si mesmo, mas também as vitórias de Deus, que sustenta a Igreja não obstante a sua fraqueza, e atrai continuamente homens para dentro de Si aproximando-os assim uns dos outros. Por isso, num encontro ecumênico, não devemos só lamentar as divisões e as separações, mas também agradecer a Deus por todos os elementos de unidade que conservou para nós e incessantemente nos concede. E esta gratidão deve ao mesmo tempo tornar-se disponibilidade para não perder, no meio de um tempo de tentação e de perigos, a unidade assim concedida.

A unidade fundamental consiste no fato de acreditarmos em Deus, Pai onipotente, Criador do céu e da terra
; de O confessarmos como Deus trinitário – Pai, Filho e Espírito Santo. A unidade suprema não é solidão duma mônada, mas unidade através do amor. Acreditamos em Deus, no Deus concreto. Acreditamos no fato que Deus nos falou e Se fez um de nós. Dar testemunho deste Deus vivo é a nossa tarefa comum no momento atual.O homem tem necessidade de Deus, ou, pelo contrário, as coisas continuam bastante bem mesmo sem Ele? Quando, numa primeira fase da ausência de Deus, a sua luz continua ainda a enviar os seus reflexos e mantém unida a ordem da existência humana, tem-se a impressão de que as coisas funcionem mesmo sem Deus. Mas, à medida que o mundo se afasta de Deus, vai-se tornando cada vez mais claro que o homem, na petulância do poder, no vazio do coração e na ânsia de prazer e felicidade, "perde" progressivamente a vida. A sede de infinito está presente no homem de modo inextirpável. O homem foi criado para a relação com Deus e precisa d'Ele. Neste tempo, o nosso primeiro serviço ecumênico deve ser testemunharmos juntos a presença de Deus vivo e, deste modo, dar ao mundo a resposta de que tem necessidade. Naturalmente, deste testemunho fundamental de Deus faz parte depois, de maneira absolutamente central, o testemunho de Jesus Cristo, verdadeiro homem e verdadeiro Deus, que viveu no nosso meio, sofreu por nós, morreu por nós e, na ressurreição, abriu de par em par a porta da morte. Queridos amigos, fortaleçamo-nos nesta fé! Ajudemo-nos mutuamente a vivê-la! Trata-se de uma grande tarefa ecumênica, que nos introduz no coração da oração de Jesus.

A seriedade da fé em Deus manifesta-se na vivência da sua palavra. No nosso tempo, manifesta-se, de modo muito concreto, no empenho por aquela criatura que Ele quis à sua imagem: o homem. Vivemos num tempo em que se tornaram incertos os critérios de ser homem. A ética foi substituída pelo cálculo das consequências. Perante isto,devemos, como cristãos, defender a dignidade inviolável do homem, desde a sua concepção até à morte: nas questões desde o diagnóstico de pré-implantação até à eutanásia. "Só quem conhece Deus, é que conhece o homem" – disse uma vez Romano Guardini. Sem o conhecimento de Deus, o homem torna-se manipulável. A fé em Deus deve-se concretizar-se no nosso empenho comum pelo homem. Fazem parte de tal empenho pelo homem não só estes critérios fundamentais de humanidade, mas, sobretudo, e de forma muito concreta, o amor que Jesus nos ensina na descrição do Juízo Final (Mt 25, 31-46): o juiz divino julgar-nos-á segundo o modo como nos comportamos para com aqueles que estão próximo de nós, para com os mais pequenos dos nossos irmãos. A disponibilidade para dar ajuda nas necessidades deste tempo, mesmo para além do próprio ambiente de vida, é uma tarefa essencial do cristão.

Isto vale, antes de mais nada, no âmbito da vida pessoal de cada um. Vale, depois, na comunidade de um povo e de um Estado, onde todos devem cuidar uns dos outros. Vale para o nosso Continente, sendo nós chamados à solidariedade na Europa. E vale, enfim, para além de todas as fronteiras: hoje a caridade cristã exige o nosso empenho mesmo pela justiça no mundo em toda a sua vastidão. Sei que muito se faz, da parte dos alemães e da Alemanha, para tornar possível a toda a humanidade uma vida digna do homem, e por isso quero aqui exprimir uma palavra de viva gratidão.

Por fim quero ainda acenar a uma dimensão mais profunda da nossa obrigação de amar. A seriedade da fé manifesta-se também e sobretudo quando esta inspira certas pessoas a colocarem-se totalmente à disposição de Deus e, partir de Deus, também dos outros. As grandes ajudas tornam-se concretas só quando, num lugar, vivem aqueles que estão totalmente à disposição do outro e, deste modo, tornam credível o amor de Deus. Pessoas assim são um sinal importante para a verdade da nossa fé.

Nas vésperas da vinda do Papa, falou-se diversas vezes de um dom ecumênico do hóspede que se esperava desta visita. Não é preciso especificar os dons mencionados em tal contexto. A propósito, quero dizer que isto constitui um equívoco político da fé e do ecumenismo. Quando um Chefe de Estado visita um país amigo, geralmente a sua vinda é antecedida por contatos das devidas instâncias que preparam a estipulação de um ou mesmo vários acordos entre os dois Estados: ponderando vantagens e desvantagens chega-se a um compromisso que, em última análise, aparece vantajoso para ambas as partes, de tal modo que depois o tratado pode ser assinado. Mas a fé dos cristãos não se baseia numa ponderação das nossas vantagens e desvantagens. Uma fé construída por nós próprios não tem valor. A fé não é algo que nós esquadrinhamos ou concordamos. É o fundamento sobre o qual vivemos. A unidade não cresce através da ponderação de vantagens e desvantagens, mas só graças a uma penetração cada vez mais profunda na fé mediante o pensamento e a vida. Assim nos últimos cinquenta anos, e particularmente desde a visita do Papa João Paulo II há trinta anos, cresceram muito os pontos comuns, fato este de que podemos apenas sentir-nos agradecidos. Apraz-me recordar o encontro com a comissão guiada pelo Bispo [luterano] Lohse, na qual nos exercitamos juntos nesta penetração de modo profundo na fé mediante o pensamento e a vida. A quantos colaboraram para isso – nomeadamente, na parte católica, o Cardeal Lehmann – quero exprimir o meu vivo agradecimento. Não menciono outros nomes; o Senhor conhece-os todos. Todos juntos podemos apenas agradecer ao Senhor os caminhos da unidade por onde nos conduziu e associarmo-nos com humilde confiança à sua oração: Fazei que nos tornemos um só, como Vós sois um só com o Pai, "para que o mundo creia que Ele Vos enviou" (cf. Jo 17, 21).




Como construir o reino de paz? Bento XVI responde


Leonardo Meira
Da Redação


Montagem sobre fotos / Reuters
Bento XVI e peregrinos reunidos para a Catequese, na Sala Paulo VI: ''Contribuição mais preciosa que podemos dar à causa da paz é a oração''
"Como podemos construir este reino de paz de que Cristo é o rei? Como Jesus, os mensageiros de paz do seu reino devem colocar-se a caminho, devem responder ao seu convite - 'Ide, pois, e fazei discípulos todos os povos [...] Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo' (Mt 28,19)", indicou o Papa Bento XVI nCatequese desta quarta-feira, 26.

O encontro acontece na véspera da Jornada de Reflexão, Diálogo e Oração pela Paz e Justiça no Mundo, marcada para esta quinta-feira, 27, em Assis, na comemoração dos 25 anos do primeiro histórico encontro convocado pelo Beato João Paulo II. Em virtude disso, a Catequese assumiu um modelo diferente, sob a forma de Celebração da Palavra.

"Como cristãos, estamos convencidos de que a contribuição mais preciosa que podemos dar à causa da paz é aquela da oração. [...] O Senhor pode iluminar a nossa mente e os nossos corações e guiar-nos para sermos construtores da justiça e da reconciliação nas nossas realidades cotidianas e no mundo", salientou.

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.: NA ÍNTEGRA: Catequese de Bento XVI
"Queridos irmãos e irmãs, como cristãos, desejamos invocar de Deus o dom da paz, desejamos rezar para que Ele nos torne instrumentos da sua paz em um mundo ainda lacerado pelo ódio, por egoísmos, por guerras. Desejamos pedir-Lhe que o encontro de amanhã, em Assis, favoreça o diálogo entre pessoas de diversas pertenças religiosas e leve um raio de luz capaz de iluminar a mente e o coração de todos os homens, para que o rancor dê espaço ao perdão, a divisão à reconciliação, a violência à delicadeza, e, no mundo, reine a paz", afirmou.Ele explicou que quis dar a esta Jornada o título "Peregrino da verdade, peregrinos da paz" para significar "o compromisso que desejamos solenemente renovar, juntamente com os membros de diversas religiões, e também com homens não crentes, mas sinceramente em busca da verdade, na promoção do verdadeiro bem da humanidade e na construção da paz. Como já tive oportunidade de recordar, 'quem está em caminho rumo a Deus não pode deixar de transmitir a paz, quem constrói a paz não pode deixar de aproximar-se de Deus'".


Liturgia da Palavra

O Evangelho proclamado (cf. Lc 10,1-3) narra que Jesus envia seus discípulos "como cordeiros em meio a lobos" (v. 3), sem bolsas, sacos ou sandálias (cf. v. 4).

"São João Crisóstomo, em uma das suas Homilias, comenta: 'Enquanto formos cordeiros, venceremos, e, ainda que sejamos circundados por numerosos lobos, chegaremos a superá-los. Mas, se nos tornarmos lobos, seremos derrotados, porque estaremos privados do auxílio do pastor'. Os cristãos não devem nunca cair na tentação de se tornarem lobos entre os lobos; não é com o poder, com a força, com a violência que o reino de paz de Cristo se estende, mas com o dom de si, com o amor levado ao extremo, também com relação aos inimigos. Jesus não vence o mundo com a força das armas, mas com a força da Cruz, que é a verdadeira garantia da vitória. E isso tem como consequência, para quem deseja ser discípulo do Senhor, seu enviado, o estar pronto também para a paixão e o martírio, a perder a própria vida por Ele, para que, no mundo, triunfem o bem, o amor, a paz", salientou.

AP
"Os cristãos não devem nunca cair na tentação de se tornarem lobos entre os lobos", destaca o Papa
Já no trecho do profeta Zacarias, também lido na Celebração, fala-se de um rei: "Eis que vem a ti o teu rei, justo e vitorioso" (v. 9). Esse rei é Jesus, aquele que nasce envolto em faixas em uma manjedoura e, antes de sua Paixão, Morte e Ressurreição, entra em Jerusalém, a Cidade Santa, montado em um jumento.

"Ele é um rei pobre, o rei daqueles que são os pobres de Deus. [...] Jesus é o rei dos anawim, daqueles que têm o coração livre da ânsia do poder e riqueza material, da vontade e da busca de domínio sobre o outro. Jesus é o rei de quantos têm aquela liberdade interior que os torna capazes de superar a ganância, o egoísmo que está no mundo, e sabem que Deus somente é a sua riqueza. Jesus é rei pobre entre os pobres, brando entre aqueles que desejam ser brandos. Deste modo, Ele é o rei da paz, graças ao poder de Deus, que é o poder do bem, o poder do amor. [...] Um rei que realiza a paz sobre a Cruz, conjugando a terra e o céu e lançando uma ponte fraterna entre todos os homens. A Cruz é o novo arco da paz, sinal e instrumento de reconciliação, de perdão, de compreensão, sinal de que o amor é mais forte do que toda a violência e opressão, mais forte do que a morte: o mal se vence com o bem, com o amor", destaca Bento XVI.
Segundo o Papa, o anúncio da paz acontece hoje na grande rede das comunidades eucarísticas que se estende sobre toda a terra. É um grande mosaico de comunidades, nas quais se torna presente o sacrifício de amor deste rei manso e pacífico; é o grande mosaico que constitui o "Reino de paz" de Jesus. "O Senhor vem na Eucaristia para tolher-nos do nosso individualismo, dos nossos particularismos que excluem os outros, para formar-nos em um só corpo, um só reino de paz em um mundo dividido", ressalta.

A audiência


O encontro do Santo Padre com os cerca de 15 mil fiéis que foram ao Vaticano aconteceu às 10h30 (horário de Roma - 6h30 no horário de Brasília). Devido ao mau tempo em Roma, o encontro foi transferido da Praça de São Pedro para a Sala Paulo VI. Como esse local não comporta um número tão grande de pessoas, o Pontífice encontrou-se anteriormente, na Basílica de São Pedro, com os que não conseguiram lugar na Sala Paulo VI.

"Com alegria, vos acolho na Basílica de São Pedro e dou as minhas cordiais boas-vindas a todos vós que não conseguistes lugar na Sala Paulo VI. Vivei sempre unidos a Cristo e testemunhai com alegria o Evangelho. De coração, concedo a todos vós a minha Bênção", disse aos peregrinos.

Bento XVI também lançou um apelo pelas vítimas do terromoto na Turquia.
Ao final da Catequese, na saudação aos fiéis de língua portuguesa, o Papa afirmou:


"Uma saudação amiga e encorajadora para todos os peregrinos de língua portuguesa, com menção especial dos grupos brasileiros de Aracajú, Cachoeira Paulista, Gama, Recife e Rio de Janeiro. Conto com a vossa oração pelos Representantes das várias Religiões que amanhã se reúnem em Assis, a bem da justiça e da paz sobre a terra. Sobre vós e vossos familiares, desça a minha Bênção".

Notícias Canção Nova




PARÁBOLA DOS TALENTOS


(Evangelho de Mateus cap. 25 vers. 14-29 ) 
 
14- Pois será como um homem que, ausentando-se  do país,
      chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens.
15- A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro ,um a
      cada um segundo a sua própria capacidade; e, então,
      partiu.
16- O que recebera cinco talentos saiu imediatamente a negociar
      com eles e ganhou outros cinco.
17- do mesmo modo, o que recebera dois ganhou outros dois.
18- Mas o que recebera um , saindo, abriu uma cova e escondeu
     o dinheiro do seu senhor.
19- Depois de muito tempo , voltou o senhor daqueles servos e
      ajustou contas com eles,
20- Então, aproximando-se o que recebera cinco talentos, entregou
      outros cinco, dizendo : Senhor , confiaste-me cinco talentos ;
      eis aqui outros cinco talentos que ganhei.
21- Disse-lhe o Senhor : Muito bem, servo bom e fiel ; foste fiel no
      pouco , sobre o muito te colocarei ; entra no gozo do teu Senhor .
22- E, aproximando-se também o que recebera dois talentos ; disse :
      Senhor, dois talentos me confiaste ; aqui tens outros dois    que
      Ganhei .
23- Disse-lhe o Senhor : Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no
      pouco, sobre o muito te colocarei ; entra no gozo do teu Senhor.
24- Chegando, por fim, o que recebera um talento, disse : Senhor ,
      sabendo que és homem severo, que ceifas onde não semeaste  e
     ajuntas onde não espalhaste,
25-receoso, escondi na terra o teu talento; aqui o que é teu .
26-Respondeu-lhe, porém, o senhor : Servo mau e negligente, sabias
     que ceifo onde não semeei e ajunto onde espalhei ?
27- Cumpria, portanto, que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros;
      e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu.
28- Tirai-lhe , pois, o talento e daí-o ao que tem dez.
29- Porque a todo o que tem se lhe dará, e terá em abundância ; mas ao
      que não tem, até o que  tem lhe será tirado.
30- E o servo inútil,lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e
      ranger de dentes.

   Lição que extraímos :

      Quanto á conta dos talentos temos nesta parábola , a quem um homem
encomendou diferentes conjuntos de coisa de valor : riquezas, haveres , etc.
para que negociassem com eles, enquanto fazia uma certa jornada.  O homem
é Cristo , a jornada foi a de sua subida ao céu e a tornada há de ser no dia do Juízo,
em que há de pedir conta a cada um , do que negociou com os talentos que lhe deu,
e do que lucrou e ganhou com eles.  Os talentos são os meios com que a Providência
Divina assiste a todos os homens, e a cada um para a sua salvação e perfeição.
      Quão exata pois haja de ser esta conta , e quão rigorosa para os que usarem mal o
talento.   Os servos , a  quem o homem (Cristo) fiou os talentos , eram três :  ao
primeiro entregou cinco, o qual granjeou outros cinco; ao segundo entregou dois, o qual
granjeou dois, e ambos foram louvados . Ao terceiro deu um só talento, o qual  ele enterrou.
E posto que na conta o ofereceu outra vez e restituiu inteiro, porque não tinha negociado com ele, nem adquirido coisa alguma , o homem (Cristo) não só o lançou fora de casa e o mandou
privar do talento, mas o pronunciou por mau servo, que foi a sentença de sua condenação.
E se quem na conta torna a entregar o talento que Deus lhe deu inteiro e sem defraude se  condena; que será dos  que o desbaratam e perdem e talvez o convertem contra si e contra  o
mesmo Deus.
         Não só são talentos os dotes da natureza, os bens da fortuna e os dons particulares da
graça ; o ilustre nascimento, senão o humilde; não só as dignidades altas, senão o lugar e ofício abatido, não só as riquezas, senão a pobreza, não só o descanso, senão o trabalho.
Finalmente nas graças ou dons da graça, não só é graça o dom de línguas , mas o não saber
falar , ou ser mudo; não só o das letras e ciências , senão o da ignorância.  A razão desta verdade interior e providência verdadeiramente divina, é, porque todas estas cousas, posto
que entre si contrárias , podem ser meios, que igualmente nos levam à salvação e promovam à virtude, principalmente sendo distribuídos por Deus e aplicados conforme o gênio de cada um, que por isso diz o texto, que foram dados os talentos.








HISTÓRIA DE NOSSA SENHORA DE GUADALUPE, UM MISTÉRIO PARA A CIÊNCIA


Nossa Senhora de Guadalupe
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Imagem de Nossa Senhora de Guadalupe

          A história-  O índio Juan Diego, cujo nome asteca era Cuauhtlatohayc, nasceu em 1471, perto da cidade do México, na aldeia de Cautitlán, pertencente aos índios Mazehuales.
      Era então Arcebispo da cidade do México, Dom Juan de Zumárraga, franciscano basco. Era o segundo bispo da Nova Espanha.
      Conforme a lenda e tradição, no Sábado, 9 de dezembro de 1531, pelas seis horas da manhã, quando o índio Juan Diego se dirigia de sua aldeia para a de Tolpetlac para assistir uma função religiosa na missão franciscana de Tratetolco, ao chegar ao monte Tepeyac, às margens do lago Texcoco, viu uma jovem de uns 15 anos, que lhe ordenou ir falar com o Bispo a fim de pedir-lhe que construísse um templo no vale próximo.
      No mesmo dia a tarde por volta das 5 horas da tarde, Juan Diego vê novamente a jovem, lhe relata a incredulidade do bispo e pede que escolha outro mensageiro.Porém a jovem insiste em sua missão de ir ter novamente com o bispo e pedir a construção do templo.

      No dia seguinte, Domingo 10 de dezembro, 3 horas da tarde, Juan Diego fala novamente com o bispo, que ainda não acredita e pede algum sinal. Pela terceira vez a jovem lhe "aparece" e ordena a Juan Diego que volte ao monte no dia seguinte para receber o sinal pedido pelo bispo.
      Entretanto, no dia seguinte, Juan Diego, não vai ao monte devido a doença de seu tio Juan Bernardino. Na madrugada do dia 12 de dezembro, terça-feira, devido a gravidade da doença de seu tio, Juan Diego sai de sua aldeia para buscar um sacerdote, e rodeia o monte para não encontrar a virgem. Porém, mesmo assim ela lhe "aparece", fala que seu tio ficará curado, e pede que vá ao monte buscar rosas que seria o sinal. Ao seu regresso, a virgem diz: Estas diferentes flores são a prova, o sinal que levarás ao bispo.Diga-lhe que veja nelas meu desejo, e com isso, execute minha vontade.
  Ao mesmo tempo que Juan Diego encontra a jovem, ela "aparece" também a seu tio doente, cura instantaneamente suas enfermidades e manifesta seu nome: "Sempre Virgem Santa Maria de Guadalupe".        
      No dia 12 de dezembro, após a quarta "aparição", Juan Diego leva em seu poncho, como prova, rosas frescas de Toledo(e isto em pleno inverno mexicano). Já na casa do bispo, por volta do meio dia, na hora que abriu o poncho(ayate) onde estavam embrulhadas as flores, estava a imagem: "A Virgem de Tequatlaxopeuh". A mesma que hoje se venera na Basílica de Guadalupe.


      Proporções do poncho- A imagem estampada é de 143 cm de altura. Aparece uma jovem morena, aparentando 18a 20 anos e trajando um vestido comprido. O poncho, chamado de ayate, é composto de três lados e confeccionado de cacto, chamado "maguey", grosseiramente confeccionado, assemelhando-se a um saco de estopa. Cada lado mede perto de 50 cm de largura. Ocupando dois desses lados está desenhada a imagem da jovem. O terceiro lado está dobrado para detrás das outras.
      Exames científicos- Em 1966 reuniu-se uma comissão de sete pintores, os mais famosos de então, que após um estudo demorado, deram seu parecer sobre o desenho do ponche, perante escrivães e dignatários.
      Em 1751, Miguel Cabrera, chamado também de "Miquelângelo mexicano" e mais três outros pintores de renome voltaram a realizar novos estudos sobre a pintura. Desde então, repetidamente, vem sendo realizado este trabalho científico, cada vez com meios mais adequados (tais como raio X, análises químicas e novas modalidades de investigação) na medida em que a Ciência avança e facilita melhores técnicas.
      No transcorrer do tempo, os homens tentaram realçar as cores para que fossem vistas melhor de longe e pretenderam introduzir outros "enfeites". Nas nuvens foram pintados anjos (desapareceram com o tempo) Os raios de sol foram recobertos de ouro(o ouro está descascando). A lua branca foi "iluminada com prata- ( ficou preta e o preto está descascando) Pintaram uma coroa sobre a cabeça( com dificuldade pode ser vista ainda).
      As tintas- Pintores e análises químicas não desvendaram ainda a origem das tintas empregadas. Mauel Garibi, um perseverante examinador da pintura, resume assim a estranheza dos investigadores, principalmente quanto ao dourado que aparece nos perfis do vestido, nas quarenta e seis estrelas, nos arabescos e nos 129 raios de sol..
      "O dourado é transparente e sob este se vêem os fios do poncho. E como não exista nenhum material que seja transparente, nem sequer o cobre e o ouro, elementos indispensáveis para que o homem possa executar um dourado. Esse dourado,dotado de transparência, não pode ser obra humana".
      Incorrupção- A pintura resistiu à umidade e ao salitre, muito abundante e muito corrosivo naquela região, antes de ter sido secado o lago Texcoco. Quadros de contextura mais firme, perderam a cor e se danificaram em poucos anos
      O tecido da tela é de tão má qualidade que deveria ter se desintegrado em questão de 20 anos. Atualmente tem 472 anos. Até as madeiras e metais( prata, ouro e bronze) não duravam então, mais que um século.
      O tramado da tecelagem é tão separado e tão imperfeito (comprovado cientificamente em 1751) que olhando por detrás do poncho, pode-se ver através, como se fosse uma peneira, podendo, sem que o tecido atrapalhe, ver os objetos e a claridade. Esta experiência foi realizada várias vezes, conforme testemunho de Cabrera.
      Durante 116 anos, de 1531 a 1647, a pintura esteve desprotegida e exibida em várias procissões solenes. A veneração popular levou piedosos e doentes a que beijassem as mãos e a face da pintura ou que fosse tocada com objetos cujo material deveria ter deteriorado ou destruído o tecido e a pintura.
      Carlos Maria Bustamante conta que em 1791, quando os peritos estavam limpando o ouro que enquadra a imagem, foi derramado um vidro de ácido nítrico, de extraordinário poder corrosivo. "Onde está a força corrosiva do ácido? (pergunta Bustamante) que derramado de alto a baixo no poncho, deixou apenas um vestígio como testemunho do prodígio para a posteridade.
      Hoje percebe-se, de perto, uma leve mancha como de água, no lado esquerdo da jovem e salpiques em vários outros lugares. A análise química confirma: é ácido nítrico.
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Detalhe do rosto de Nossa Senhora de Guadalupe
     Reflexo nos olhos- No ano de 1929, o fotógrafo Alfonso Marené Gonzáles, enquanto realizava o exame de uns negativos fotográficos, muito ampliados, descobriu uma figura refletida nos olhos da jovem de Tequatlaxopeuh. Naquele tempo, as autoridades eclesiásticas pediram-lhe prudentemente que não publicasse suas observações até obter uma comprovação científica.
      Em 1951, Carlos Salinas fez uma descoberta semelhante e o Arcebispo do México, Dom Luis Maria Martinez, nomeou uma comissão para estudar o fenômeno.
     
Foi somente em 1955 que o México soube pela rádio a notícia de que nos olhos da Virgem de Guadalupe aparecia uma pessoa espelhada- a exemplo do que acontece com os olhos vivos de uma pessoa. É um fenômeno muito comum no mecanismo normal da visão humana. Não se produz apenas um reflexo das figuras que vemos, mas três diferentes e superpostas. Esta tríplice imagem leva o nome de seus descobridores: Sanson (Oftalmologista de Paris) e Purkinje (médico de Breslau - Alemanha).
      Estudos feitos em épocas diferentes e posteriormente confrontados e formando uma só teoria, foram cientificamente comprovados e admitidos por todas as escolas de oftalmologia.
      Tal como toda imagem se reflete em nossos olhos, assim a cena que ocorreu quando o índio Juan Diego abriu o manto para mostrar as flores, se refletiu nos olhos da "Virgem de Guadalupe". Tríplice imagem em cada olho, no lugar exato, com a curvatura exata... O índio Juan Diego e as demais pessoas presentes no local, tal como estaria sendo visto pelos olhos da jovem que lhe "apareceu", saíram refletidas nos olhos da imagem que ficou gravada no poncho.
      Não parecem olhos pintados, mas olhos naturais, humanos, vivos.
      Diversos oftalmologistas examinaram os olhos da "Virgem de Guadalupe". Deixemos a palavra ao Dr. Rafael Torrija Lavagnet: "Utilizei um Oftalmoscópio como fonte luminosa e lente de aumento, que me permitiu uma percepção mais perfeita dos detalhes. Certifico: -que o reflexo de um busto humano é observado no olho direito da imagem. -Que o reflexo desse busto humano se encontra na córnea. -que a distorção do mesmo corresponde à curvatura normal da córnea. -que além do busto humano, observam-se no dito olho dois reflexos luminosos correspondentes às imagens de sanson-Purkinje. -que esses reflexos luminosos tornam-se brilhantes ao refletir a luz que é enviada diretamente. -que os reflexos luminosos mencionados demonstram que o busto humano é uma imagem refletida na córnea e não uma ilusão de ótica, causada pela textura do poncho. -que na córnea do olho esquerdo da imagem se percebe, com suficiente claridade, o reflexo correspondente do citado busto humano. É impossível obter esse reflexo numa superfície plana e escura."
     Testemunhos- o Dr. Torroella Bueno, o Dr. Guillermo Silva Rivera, o Dr. Ismael Ugalde Nieto, o Dr. Jayme Palacios, o Dr. Charles J. Wahlig e o Dr. Joseph P. Gallagher, todos oftalmologistas, após terem feito exames separadamente, também eles chegaram às mesmas conclusões.
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Uma ampliação de 25 a 30 vezes do olho da imagem permite ver com maior clareza a figura de um homem com barba.


      A presença de uma figura humana nos olhos da Imagem da Tilma asteca e a descoberta do brilho e profundidade deles, deixaram os oftalmologistas assombrados. Do ponto de vista da Ciência, eles nada puderam explicar. Entretanto, a Jovem Rainha em atitude de oração ainda não dissera tudo.
      O Dr. José Aste Tonsmann, especialista em engenharia de sistemas ambientais pela Universidade de Cornell (EUA), em fevereiro de 1979 iniciou a trabalhosa e minuciosa pesquisa no Centro Científico da IBM.
      Não podendo os computadores trabalhar sobre uma superfície rústica e sinuosa como a da tilma, o Dr Aste tirou muitas fotografias. O estudo dele concentrou-se em fotografias das íris dos olhos da imagem de Guadalupe. Ampliou as fotografias dos olhos a diversos tamanhos: de 2 a 5 milímetros de altura por 3 a 7 milímetros de comprimento. O computador dividiu cada milímetro quadrado entre 1.600 até 27.778 micro-quadradinhos, e depois ampliou cada micro-quadradinho entre 30 até 2000 vezes.      
Começou pelo olho esquerdo. Os computadores trabalharam e forneceram a primeira ampliação, na extremidade direita do olho, uma figura de pouco mais de 1 milímetro de largura e 4 milímetros de altura: um índio sentado sobre as pernas; sandálias de couro, calção, dorso descoberto, cabelos raspados até o meio da testa segundo o costume da época, ampliando a fronte, recolhidos na nuca, brincos em forma de aro...brilhantes!

      A segunda figura que aparece no computador foi a do esperado homem de barba descoberto em 1929, na parte da menina ocular mais próxima do nariz. Um espanhol com uma mão na barba, a outra na espada, com a boca aberta como extasiado pelo que olhava, virado para a tilma de Juan Diego. Em tripla imagem, em relevo, em cores. E no olho direito aparece com maior clareza do que no esquerdo, como já haviam percebido e explicado os oftalmologistas.
A terceira figura, de um velho, vestido de franciscano, com lágrimas escorrendo pelo nariz! Pareceu-lhe de alguém conhecido. Não conseguia lembrar-se (o Dr. José Aste Tonsmann). Procurou nos museus, pinturas, livros, algum rosto semelhante. Um dia ocorreu-lhe um famoso quadro do pintor Miguel Cabrera, do século XVIII, no qual o bispo Juan de Zumárraga, ajoelhado, admirava a Imagem no poncho do índio Juan Diego.Aquela figura no computador assemelhava-se demais com a pintura do velho bispo: seus olhos eram fundos, como também as bochechas, o nariz típico dos bascos, a barba branca,a calva grande e reluzente, com algum cabelo com o corte clássico dos franciscansos da época, isto é, uma franja ao redor da cabeça.Era o bispo Dom Juan de Zamárraga.
Descobriu um outro índio, com um chapéu típico em forma de cone, e com uma tilma amarrada no pescoço. Seu braço direito estendia-se sobre o poncho, e os lábios pareciam entreabertos. Juan Diego!!
      


Atrás de Juan Diego, surgiu uma mulher negra que parecia observar atentamente. Negros no México no século XVI? O engenheiro ficou depois sabendo que o conquistador Hernán Cortés recebera e entregara ao bispo Zumárraga e que este concedera liberdade a escrava negra, que o servia como empregada. Era também a história sendo recuperada.

      
À direita do "ancião", os cérebros eletrônicos localizaram um jovem franciscano que olhava quase de frente. Comprovou-se depois que era o intérprete frei Juan González.
      


     Mas havia mais gente no olhar calmo da Imagem de Nossa Senhora de Guadalupe. Precisamente do centro de ambas as pupilas, os computadores resgataram um "grupo familiar indígena". Era constituído por uma jovem índia, de perfil, finas feições, brincos em forma de aro, também brilhando, um adorno de madeira atravessando o penteado.Levava um bebê amarrado nas costas. Havia um homem com chapéu também em forma de cone, uma criança em pé junto e na frente da mulher, e outro casal que apreciava a cena.
    Todas as privilegiadas personagens estavam em ambos os olhos. Diferindo apenas tamanho, ângulo e luminosidade, o que se encaixava perfeitamente na fenômeno da visão estereoscópica. Os alongamentos de algumas das imagens correspondem à reflexão das mesmas numa superfície convexa como é o olho humano.

                                Olho esquerdo                                                     Olho direito
     Ainda faltava outra surpresa. Das duas personagens que estavam no extremo mais externo do semicírculo, o espanhol com barba e o índio sentado, o computador só podia ampliar os olhos do índio, porque o espanhol estava meio virado. E em ambos os olhos!( nos olhos do índio que está no olho da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe) em tripla imagem! em cores!, os computadores comprovaram a mesma cena de outro ângulo!

      As estrelas no manto da virgem - De acordo com o Doutor Juan Homero Hernández Illescaz se comprova, com exatidão, que no manto da virgem de Guadalupe, está reproduzido o céu do dia 12 de dezembro: a manhã do solstício do inverno de 1531.   

No manto estão representadas as estrelas mais brilhantes das principais constelações visíveis do Vale de Anáhuac do dia 12 de dezembro de 1531. Ali, estão as constelações completas, comprimidas.

     
      A extraordinária distribuição das estrelas não pode ser produto do acaso ou coincidência, pois nenhuma distribuição ao acaso pode representar com exatidão, em sua totalidade, as constelações de estrelas de um momento determinado.
     Para os indígenas, o solstício de inverno era o dia mais importante em seu calendário religioso. O sol vencia as trevas e ressurgia vitorioso. Por isso, não é casual que precisamente neste dia ocorreu tão grandioso milagre.
      O dia do milagre - Terça-feira, 12 de dezembro de 1531, de acordo com o calendário Juliano ou 22 de dezembro do calendário astronômico que usavam os indígenas, ocorreu a aparição santa imagem da Virgem de Guadalupe no ayate (espécie de poncho) que usava o índio Juan Diego.Neste mesmo dia, pela manhã, ocorreu o solstício de inverno, que para as culturas pré-hispânicas significava que o sol enfraquecido recobrava o vigor, o retorno da vida.
     Se conhece pelo nome de solstício (Do latim solstitiu) aos dois momentos, no verão e no inverno, nos quais a terra se encontra mais distante do sol em sua órbita. Época em que o Sol passa pela sua maior declinação boreal ou austral, e durante a qual cessa de afastar-se do equador. 
Na opinião do Doutor Juan Homero Hernández Illescaz, a virgem de Guadalupe aparece completa no firmamento, para oferecer, com seu manto celestial, proteção para todo o mundo.
Solstício de inverno
     Na foto ao lado, estão as estrelas mais brilhantes das principais constelações visíveis do Vale de Anáhuac do dia 12 de dezembro de 1531.

      
      Nesta foto verificamos as constelações, comprimidas e mantidas as proporções, sobrepostas à imagem da virgem de Guadalupe.A exatidão da localização e proporção das estrelas presentes no manto da virgem com as estrelas mais brilhantes das constelações é impressionante, afastando toda e qualquer possibilidade de acaso.
     


     As constelações sobrepostas que incidem na cabeça e no corpo da imagem também trazem significados:
     Coroa Boreal - Esta constelação, pela sua posição na imagem, indica a  coroação de  Nossa Senhora de Guadalupe como Rainha e mãe de Deus.

    

     Leão - A civilização pré-hispânica no México chamavam a constelação de Leão de "Nahui Ollin", que era o centro do universo físico e religioso das culturas mesoamericanas. A virgem na figura está grávida e traz em seu ventre,  Jesus, centro da vida.

      Proporção Dourada -A proporção dourada é formada por um quadrado que se junta a um retângulo, para formar um espaço onde o lado menor corresponde ao maior numa relação  de 1 a 1,6118 denominado número áureo.
     A proporção dourada se encontra em todas as manifestações de arte desde a Mesopotâmia, Egito, Grécia, Roma até nossos dias. É usada na escultura, na arquitetura e na pintura. É também observada nas diferentes partes do ser humano, nos animais, plantas e fósseis. Também pode ser observada no microcosmos (nas formas em que se agrupam os átomos) e no macrocosmos (galáxias).


     






      A proporção dourada é um padrão universal e intemporal de perfeição, equilíbrio, balanço, elegância, delicadeza e beleza.Ao analisar a imagem original da Virgem de Guadalupe, encontramos o quadrado da proporção dourada. 
      A partir deste, aparecem mais quadriláteros e retângulos em toda a figura, assim como formas verticais e horizontais simétricas.
       De maneira maravilhosa, justamente no ventre da virgem morena, se encontra, com base no teorema de Pitágoras em em muitos outros símbolos derivados da proporção áurea, a "Nahui Ollín", uma flor(náhuatl) de quatro pétalas, que para as antigas culturas mesoamericanas representava a presença de Deus, o centro do espaço e do tempo. Com a "Nahui Ollín" em seu ventre, a Virgem de Guadalupe confirma aos indígenas que é a mãe do Deus verdadeiro, Jesus Cristo. É precisamente a parte mais importante do ayate de Juan Diego.
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     A Virgem de Guadalupe é portadora de uma mensagem Cristocêntrica que os indígenas puderam compreender imediatamente, por isso se constitui  na primeira e mais importante evangelizadora da América, levando à conversão uma imensa população indígena.
Os símbolos
      Os antigos povos indígenas do México transmitiam a memória de sua história de geração em geração por meio de poemas e cantos, que ao ser transmitidos por meio de figuras e símbolos em papel ou peles, formavam os chamados códices.
      A imagem está cheia de símbolos (a maneira de códices), de modo que os habitantes destas terras pudessem entender facilmente a mensagem.
      Para que possamos entender, pela nossa visão moderna, a profundidade da mensagem contida na imagem de Guadalupe, é necessário conhecer o significado básico dos símbolos presentes na santa imagem segundo a culturas indígenas que lá viviam:     
Cinto - Marca a gravidez da virgem, que se constata pela forma aumentada do abdómen, onde se destaca uma maior proeminência vertical que transversal.. O cinto se localiza em cima do ventre. Cai em dois extremos trapezoidais que na cultura Náhuatl representa o fim de um ciclo e o nascimento de outro. Na imagem simboliza que com Jesus Cristo se inicia uma nova era tanto para o velho como para o novo mundo. 
       
Lua - A Virgem de Guadalupe está pisando no meio da lua; e não é casual que as raízes da palavra México em Náuhatl é "Metz-xic-co" que significa " no centro da lua". Também é símbolo de fecundidade, nascimento e vida.

Flor - A flor de quatro pétalas, a "Nahui Ollín" é o símbolo principal na imagem. É o símbolo máximo na cultura náuhatl e representa a presença de Deus, a plenitude, o centro do espaço e do tempo. A imagem representa a Virgem de Guadalupe como a Mãe de Deus e a flor marca o lugar onde se encontra Nosso Senhor Jesus em seu ventre.
         Anjo - Um anjo está aos pés da imagem. As asas são como de águia, assimétricas e muito coloridas. Os tons são parecidos com os do pássaro mexicano "tzinitzcan" que Juan Diego avistou anunciando a "aparição" da Virgem de Guadalupe.    

Raios - A Virgem está rodeada de raios dourados que formam um halo luminoso.Mensagem: ela é a Mãe da luz, do Sol, do Deus verdadeiro.

   Cabelos - Tem o cabelo solto, que entre os astecas é sinal de virgindade. É virgem e mãe.
   Seu rosto é moreno, ovalado e em atitude de profunda oração, refletindo amor e ternura.
   Suas mãos estão juntas em sinal de recolhimento e oração. A direita é mais branca e a esquerda é mais morena, podendo significar a união das raças.
     Mais símbolos - Os indígenas eram homens religiosos por excelência e sempre estavam atentos a sinais que entendiam como mensagens de Deus. 12 de dezembro de 1531, dia da formação da imagem no manto de Juan Diego, se reuniram quatro grande símbolos: 
Cometa Halley - Solstício de Inverno
     Conjunção Sol-Vênus - Tanto Vênus ( Quetzalcoátl ) como o Sol ( Tonatiuh ) eram símbolos de Deus.Na conjunção Sol-Vênus que se deu nesse dia, podia observar uma plenitude de simbolismo divino.
    O retorno de Vênus - O planeta Vênus somente a cada 8 anos retorna junto com o Sol. Os indígenas interpretam como o retorno de "Quetzalcoátl", o "Deus-homem", representado por Vênus.
     
     Apresentamos alguns aspectos principais do fenômeno de Guadalupe. Existem muitos outros detalhes fantásticos. Apresentamos as conclusões obtidas por especialistas nos respectivos campos da ciência.

Basílica de Guadalupe
Interior da Basílica
    A Imagem, com todas as suas maravilhosas características, assim como a conservação do tecido, se constitui um incontestável Milagre. Sem explicação pela ciência.




Terça-Feira, 15 de Maio de 2012 

6ª Semana da Páscoa


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 5“Agora, parto para aquele que me enviou, e nenhum de vós me pergunta: ‘Para onde vais?’ 6Mas, porque vos disse isto, a tristeza encheu os vossos corações. 7No entanto, eu vos digo a verdade: É bom para vós que eu parta; se eu não for, não virá até vós o Defensor; mas, se eu me for, eu vo-lo mandarei. 8E quando vier, ele demonstrará ao mundo em que consistem o pecado, a justiça e o julgamento: 9o pecado, porque não acreditaram em mim; 10a justiça, porque vou para o Pai, de modo que não mais me vereis; 11e o julgamento, porque o chefe deste mundo já está condenado”.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.




Mãe de Fátima


Vendo a cada dia 13 esta multidão de peregrinos reunidos ao redor da Mãe de Fátima, algumas palavras me vêm sempre à mente: fidelidade, amor, confiança, família.
Da parte dos peregrinos, dos fiéis, dos filhos é evidente, sobretudo, o amor com que aqui vem. E este gesto de vir ao santuário, na verdade, é apenas um reflexo do caminhar diário nas mãos da Mãe, da busca constante de seguir seu Filho, da procura insaciável do rosto de Deus.


É na mais pura e completa confiança que da Mãe de Fátima nos aproximamos, certos de sermos acolhidos e recebidos com a mesma atenção, paciência e cuidado com que ela falou a Francisco, a Jacinta e a Lúcia. Até parece que nós somos eles, com aquela expressão de criança que ainda não entendeu tudo, mas que sabe que a Mãe vai tomar conta, vai se ocupar das coisas, vai nos tomar no colo.



E tão grande é a nossa confiança, que não temos receio de apresentar à Mãe tantos pedidos, de falar-lhe das nossas dores e mágoas, dos nossos medos e angústias. Diante dela ficamos à vontade para sermos o que somos. E não que sejamos tudo que pensamos de nós mesmos, mas a Mãe nos apresenta a Jesus como tesouros preciosos e de nós fala a Ele sempre bem, nossa causa é sempre a dela, se for para que a vontade de Deus seja feita. Não podemos nos esquecer de que a primeira frase que o Evangelho nos mostra de Maria é uma pergunta: “Como se fará isso?”. Sabendo da resposta de que Deus se ocupará de tudo, ela apenas confirma: “Seja feita em mim a sua vontade”.



Era essa confiança que parece cega, mas que na verdade é santa, é perfeitamente filial, era essa confiança que tinham aqueles pastorinhos e que os fez tão corajosos na hora de falarem às autoridades, de enfrentarem o povo, de cruzarem os olhares de desconfiança e desprezo, mas também os olhares de esperança e fé. 



Mas a confiança brota do amor e sustenta-se na esperança. Como a tão jovem Maria entendeu a encarnação de Deus em seu seio? Como os pastorinhos entenderam que a Mãe lhes falava do céu e lhes dava uma missão tão grande?

Porque, de antemão, ela e eles amavam profundamente, mas também porque queriam viver na presença divina e isso experienciavam vivamente pela oração. Não é por outro motivo que Nossa Senhora recomenda a oração, porque, se a oração faz parte da vida, a vida acaba por tornar-se oração e isso significa viver em Deus e Deus viver em nós. Uma Mãe cuidadosa e amorosa não poderia recomendar coisa melhor...



Parece-me, também, muito evidente que onde há confiança, há fidelidade. Uma não pode viver sem a outra. Nas aparições em Fátima, há uma pedagogia da fidelidade: a Mãe marca encontro com os pastorinhos e cumpre sempre sua promessa de vir. As crianças, de quem sempre esperamos esquecimento, distração e indisciplina, não faltam aos encontros. Exercitam a fidelidade, fortificam a fé, dispõem-se ao serviço, à escuta, à mudança. Aceitam o risco do encontro que transforma suas vidas, mas que é também para transformar a vida da Igreja, a vida do mundo.



Encontrar-se com Deus é um risco, porque Ele pode nos seduzir completamente. Na verdade, temos é um grande medo de ser tão felizes... E o encontro com Cristo Jesus, mediado por sua Mãe, é sempre para transformar, para curar, para unir. O primeiro milagre de Jesus vem precedido de uma palavra da Mãe: “Façam tudo o que Ele lhes disser”. É essa mesma frase que ela continua a nos repetir ao lado do Filho. Não pode haver melhor intercessora...



E nesse intercâmbio amoroso que se estabelece entre o Pai e o Filho, entre Mãe e Filho, entre a Mãe e os filhos, entramos e somos envolvidos num verdadeiro espírito de família. Deus nos cria como filhos, nos constitui como herdeiros, nos chama a viver como príncipes de seu Reino. Jesus se revela Salvador, mas nosso irmão, nosso mais querido irmão. Irmão mais velho que nos protege, que nos defende junto ao Pai, que nos congrega ao redor da Eucaristia. Maria se mostra sempre mãe, até dos mais complicados pecadores. Em seu coração se espelham os santos, se lançam os aflitos, se consolam os doentes, se refugiam os pecadores, se encantam as crianças.



Em seu coração, queremos viver todos nós. Essa é a verdade.



E o segredo de Fátima não é para despertar o medo, mas para chamar ao amor, para conclamar o mundo à paz, não à guerra, à competição, ao ódio, à separação, ao menosprezo, ao descartamento do inútil, do mais fraco, do indesejável, do não produtivo.

Mãe atenta, Maria, de Fátima para o mundo, alertava e continua alertando para não cairmos nas seduções do poder, do sucesso, das riquezas e até do saber. Mãe amorosa, Virgem fiel, Rainha da Igreja e dos profetas, Estrela do mar, Maria de Fátima sabe que seu coração triunfará. Porque o Amor é a lei. E outra não há.


Que com Francisco, Jacinta e Lúcia fiquemos a seus pés, confiantes de que ela nos conduzirá pela mão até Jesus.

Frei Yves Terral


Nossa Senhora de Fátima


A 13 de Maio de 1917, três crianças apascentavam um pequeno rebanho na Cova da Iria, freguesia de Fátima, concelho de Vila Nova de Ourém, hoje diocese de Leiria-Fátima.
Chamavam-se Lúcia de Jesus, de 10 anos, e Francisco e Jacinta Marto, seus primos, de 9 e 7 anos.
Por volta do meio dia, depois de rezarem o terço, como habitualmente faziam, entretinham-se a construir uma pequena casa de pedras soltas, no local onde hoje se encontra a Basílica. De repente, viram uma luz brilhante; julgando ser um relâmpago, decidiram ir-se embora, mas, logo abaixo, outro clarão iluminou o espaço, e viram em cima de uma pequena azinheira (onde agora se encontra a Capelinha das Aparições), uma 'Senhora mais brilhante que o sol', de cujas mãos pendia um terço branco.
A Senhora disse aos três pastorinhos que era necessário rezar muito e convidou-os a voltarem à Cova da Iria durante mais cinco meses consecutivos, no dia 13 e àquela hora. As crianças assim fizeram, e nos dias 13 de Junho, Julho, Setembro e Outubro, a Senhora voltou a aparecer-lhes e a falar-lhes, na Cova da Iria. A 19 de Agosto, a aparição deu-se no sítio dos Valinhos, a uns 500 metros do lugar de Aljustrel, porque, no dia 13, as crianças tinham sido levadas pelo Administrador do Concelho, para Vila Nova de Ourém.


Na última aparição, a 13 de Outubro, estando presentes cerca de 70.000 pessoas, a Senhora disse-lhes que era a 'Senhora do Rosário' e que fizessem ali uma capela em Sua honra. Depois da aparição, todos os presentes observaram o milagre prometido às três crianças em Julho e Setembro: o sol, assemelhando-se a um disco de prata, podia fitar-se sem dificuldade e girava sobre si mesmo como uma roda de fogo, parecendo precipitar-se na terra.



Posteriormente, sendo Lúcia religiosa de Santa Doroteia, Nossa Senhora apareceu-lhe novamente em Espanha (10 de Dezembro de 1925 e 15 de Fevereiro de 1926, no Convento de Pontevedra, e na noite de 13/14 de Junho de 1929, no Convento de Tuy), pedindo a devoção dos cinco primeiros sábados (rezar o terço, meditar nos mistérios do Rosário, confessar-se e receber a Sagrada Comunhão, em reparação dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria) e a Consagração da Rússia ao mesmo Imaculado Coração. Este pedido já Nossa Senhora o anunciara em 13 de Julho de 1917, na parte já revelada do chamado 'Segredo de Fátima'.



Anos mais tarde, a Ir. Lúcia conta ainda que, entre Abril e Outubro de 1916, tinha aparecido um Anjo aos três videntes, por três vezes, duas na Loca do Cabeço e outra junto ao poço do quintal da casa de Lúcia, convidando-os à oração e penitência.



Desde 1917, não mais cessaram de ir à Cova da Iria milhares e milhares de peregrinos de todo o mundo, primeiro nos dias 13 de cada mês, depois nos meses de férias de Verão e Inverno, e agora cada vez mais nos fins de semana e no dia-a-dia, num montante anual de quatro milhões.







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