sábado, 2 de julho de 2011

PREFEITOS VÃO PRA CADEIA - LADRÕES DO DINHEIRO PÚBLICO

Aperto na fiscalização das licitações, cruzamento de dados dos contratos e maior transparência no repasse de verbas levam pelo menos 17 prefeitos para trás das grades.


Com a prisão prestes a ser decretada, o prefeito Antônio Teixeira de Oliveira (PT), da cidade de Senador Pompeu, no sertão cearense, embarcou em um ônibus fretado junto com outros 35 acusados de participar de um esquema de corrupção no município.

Depois de passar dez dias foragido e ter o pedido de habeas-corpus negado pelo Superior Tribunal de Justiça, o prefeito acabou se entregando à polícia na quinta-feira 30.Embora a tentativa de escapar da cadeia escolhida por Oliveira tenha sido inusitada, cenas de prefeitos algemados sendo conduzidos por policiais estão se tornando cada vez mais comuns no País.Apenas este ano, pelo menos 17 prefeitos foram presos, acusados de fraudar licitações e desviar recursos públicos.Eu ainda acho pouco”, afirma Jorge Hage, ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), o órgão encarregado de fiscalizar a aplicação de recursos federais nos municípios.Com o aprimoramento do controle, o cruzamento de dados entre diferentes instituições do governo e a maior transparência do repasse de recursos públicos, os desvios ficaram mais evidentes.O repasse de recursos da União para os municípios segue o modelo de transferências obrigatórias, previstas na Constituição – principalmente para a saúde e a educação –, e voluntárias, definidas livremente pelo governo federal.Num país com as dimensões territoriais do Brasil, o sistema tem o objetivo de democratizar as verbas públicas, mas enfrenta dificuldades. Mesmo assim, só neste ano a Polícia Federal deflagrou sete operações envolvendo prefeitos. A estimativa de valores desviados ficou em R$ 279 milhões.Em boa parte dos casos, os policiais federais trabalharam a partir de irregularidades levantadas pela CGU, cujo Programa de Fiscalização por Sorteios, criado em 2003, já fiscalizou quase 33% dos 5.564 municípios brasileiros.
Quanto mais se afasta da origem dos recursos e mais se aproxima dos municípios, mais difícil é o controle”, avalia o delegado da Polícia Federal Josélio de Souza, que coordena as operações que investigam desvios de recursos públicos em todo o País.A forma de atuação das quadrilhas é conhecida pela Polícia Federal. Tudo passa por fraudes nas licitações e por superfaturamento nos contratos.

Num dos modos de saquear os cofres públicos, a iniciativa parte do fornecedor de produtos e serviços, que faz a cooptação com o prefeito e depois divide o dinheiro desviado. No outro modelo criminoso, o próprio prefeito exige que o prestador de serviço fixe um sobrepreço.Na fraude à concorrência pública, o mais comum é o conluio entre empresas, para obrigar a prefeitura a comprar o produto por um preço acima do mercado. Há também situações de acordo entre todas as partes envolvidas.Com a descentralização das verbas, os órgãos de controle público esperavam que houvesse um maior controle dos recursos por parte da própria sociedade.A ideia era que, reunidos em conselhos, pais de alunos, por exemplo, denunciassem a falta de merenda escolar e a baixa qualidade de carteiras e de material didático. “A expectativa otimista, e até romântica, de que os conselhos locais dessem conta de evitar os desvios se mostrou um equívoco”, afirma o ministro-chefe da CGU.Na prática, a maior transparência na distribuição dos recursos dificulta a vida dos prefeitos corruptos, mas não impede os desvios.Para aprimorar as ferramentas de controle e investigação, a própria Polícia Federal precisaria criar uma unidade especializada apenas nesse tipo de crime.Atualmente, as fraudes contra a administração pública são investigadas pela Coordenação-Geral de Polícia Fazendária, que apura muitos outros crimes, como contrabando e sonegação fiscal. Outro entrave no combate aos desvios é o fato de os processos não culminarem na devolução do dinheiro desviado.Como prevalece a presunção da inocência, os réus têm tantas possibilidades de recursos que os processos não caminham para a condenação final”, reclama o ministro-chefe da CGU. O delegado Souza concorda, Se não há punição, outras pessoas se sentem encorajadas a praticar o mesmo crime.Há a percepção de que o Estado não está presente.”A boa notícia é que, na terça-feira 28, a presidente Dilma Rousseff assinou um decreto essencial para a fiscalização. Agora, todas as transferências obrigatórias por lei – caso do SUS e da merenda escolar – só poderão ser movimentadas em contas específicas, por meio eletrônico, mediante crédito na conta do fornecer ou prestador de serviço.Acabou o saque na boca do caixa”, comemora o ministro-chefe da CGU. Ao mesmo tempo, a presidente prorrogou por 90 dias o decreto de liberação dos restos a pagar de 2009. São recursos de obras que já estavam contratadas, mas havia faltado dinheiro para a execução. Com a medida, os prefeitos ganham mais R$ 3 bilhões para fazer pequenas obras nos municípios. E os auditores e policiais, mais objetos de investigação.

Da revista Isto é


POLÍTICA


02/07/2011 11h36 - Atualizado em 02/07/2011 11h36

Conheça a trajetória do ex-presidente


 

Itamar Franco


Ex-presidente Itamar Franco morreu neste sábado (2), em São Paulo.
Ele nasceu em 1930 a bordo de um navio que fazia a rota Salvador-Rio.

Do G1, em Belo Horizonte e em Brasília
Itamar Augusto Cautieiro Franco nasceu a bordo de um navio que fazia a rota Salvador-Rio de Janeiro, tendo sido registrado na capital baiana no dia 28 de junho de 1930, segundo dados do Arquivo Nacional. O senador e ex-presidente Itamar Franco morreu neste sábado (2), aos 81 anos.
Itamar estava internado no Hospital Albert Einstein, na capital paulista, desde o dia 21 de maio para tratar de uma leucemia. De acordo com os médicos, o ex-presidente reagiu bem ao tratamento da leucemia, mas desenvolveu uma pneumonia grave. Por conta disso, acabou sendo transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e respirava com ajuda de aparelhos. Ele passou o aniversário de 81 anos, completados em 28 de junho, na UTI do hospital.
Com poucos meses de vida, Itamar mudou-se com a mãe, Itália Cautieiro Franco, para Juiz de Fora (MG). Na cidade mineira, Itamar se formou no ano de 1954 em engenharia civil e eletrotécnica pela Universidade Federal de Juiz de Fora, onde atuou no movimento estudantil. Filiado ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), se candidatou a vereador, em 1958, mas não foi eleito.
Início na política
Em 1967, assumiu o primeiro cargo eletivo como prefeito de Juiz de Fora pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB) - partido para o qual migrou depois do início do Regime Militar. Um ano depois casou-se com Ana Elisa Surerus e teve duas filhas.
Em 1972, acabou reeleito na prefeitura. Dois anos depois, renunciou ao mandato para concorrer ao Senado. Eleito senador, atuou como vice-líder do partido entre 1976 e 1977.
No ano de 1979 foi designado presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o acordo nuclear entre o Brasil e a Alemanha Ocidental. Se opôs à construção das usinas nucleares no Rio de Janeiro.
Em 1982, foi reeleito para mais um mandato de senador, agora já pelo PMDB. Em 1985, Itamar pretendia candidatar-se ao governo de Minas Gerais pelo PMDB, partido que ajudou a fundar em 1980. No entanto, o PMDB preferiu indicar o nome de Newton Cardoso, o que fez Itamar se desligar do partido ne a fundar o Partido Liberal (PL).
Vice-presidente
Na eleição direta para Presidência de 1989, a primeira após a ditadura militar, Itamar foi eleito vice-presidente da República pelo Partido da Reconstrução Nacional (PRN), com Fernando Collor de Mello como presidente.
Depois de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar denúncias de corrupção contra Collor, ministros do governo e o tesoureiro de sua campanha, Paulo César Farias, o então presidente sofreu impeachment em 2 de outubro de 1992.
Itamar então assumiu como chefe interino de governo de outubro até dezembro de 1992. Em 29 de dezembro de 1992 tomou posse definitivamente como presidente da República.
Ao receber a faixa presidencial do primeiro-secretário do Senado à época, Dirceu Carneiro, prometeu combater a corrupção. "A nação pode estar certa de que não haverá corruptos nesse governo", declarou.
No governo, implantou o Plano Real e indicou o tucano Fernando Henrique Cardoso para o Ministério da Fazenda. FHC, que havia sido, primeiro, ministro das Relações Exteriores, acabou como sucessor de Itamar na Presidência.
Embaixador
O político mineiro foi então indicado por FHC ao cargo de embaixador do Brasil em Portugal e depois assumiu a função de embaixador brasileiro na Organização dos Estados Americanos (OEA).
Eleito governador de Minas Gerais, em 1998, se tornou oposição ao governo de FHC. Contrário à privatização de Furnas, que era responsável pela geração de 40% da energia elétrica no país, ordenou exercícios de guerra da Polícia Militar em Capitólio, município do interior mineiro. "Vamos tentar reverter a privatização na Justiça, mas, se preciso for, a PM tem minha autorização para reagir", disse na ocasião.
Já em 2003 foi encaminhado pelo ex- presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao cargo de embaixador brasileiro em Roma. Em julho de 2009, filiou-se ao PPS, atuando como defensor de uma candidatura do então governador mineiro Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República.
Em 2010, foi eleito novamente senador por Minas Gerais, mas atuou pouco tempo no Senado, pois se licenciou meses após assumir para tratar de uma leucemia.
 


Programa a voz do Sindsep

Hoje, logo mais as 12 horas, teremos mais um programa A VOZ DO SINDSEP.

Na pauta trataremos da corrupção politica nas paginas dos jornais.
A importância da participação do cidadãos para a mudança desse processo político.
As palestras do superação Enem que acontece na escola profissionalizante de Pentecoste.
Férias.
Sindicalismo e sua importância para que os direitos dos cidadãos sejam garantidos.
E outros assuntos.

Participe e deixe o seu recado.

Professor Valdeni Cruz

sexta-feira, 1 de julho de 2011

É possível mudar o mundo?

Professor Valdeni Cruz


Gostaria de Postar esse artigo novamente devido o grande número de acesso a ele. Creio que ele tenha feito muitos dos leitores refletir. Mas gostaria também de que, ao fazer um nova leitura, deixassem seu comentário sobre o artigo.  



Como mudar o mundo?

Procura-se muito descobrir como mudar a sociedade, criar soluções para diminuir a violência, acabar com a fome, com o analfabetismo etc., porém, pouco se faz para mudar o pensamento das pessoas em relação ao mundo.
Muitos acham que a fome existe porque não há alimentos para tanta gente, outros acham que a violência é provocada pela falta de emprego e assim todos jogam a culpa para cima de alguém. Não parece ser muito sensato, pois o que existe não existe por acaso.
Na minha pequena reflexão, creio que muito do que acontece no mundo tem tudo a ver com a negligência de todos. Pouco ligamos para motivo real dos acontecimentos.
A sociedade precisa tratar ela mesma com responsabilidade os problemas que ela cria. Não adianta ficarmos lamentando o leite derramado. É preciso arregaçar as mangas e lutar para mudar aquilo que é possível. Uma coisa é certa, ninguém consegue mudar o mundo por mais esforço que possa fazer. Isso é tarefa de Deus. Entretanto, podemos fazer a nossa pequena parte na construção de um mundo melhor.
É preciso que olhemos as coisas que nos cercam com um olhar de otimismo, acreditando que é possível mudar as situações que nos parecem impossível de serem realizadas.
São tantas as iniciativas que podem ser tomadas. É um projeto que dá certo, é a sociedade que pode dar seu pontapé inicial, a igreja, a escola etc. Tudo depende de como vemos as coisas. Se cada um tentar fazer sua parte com sinceridade e dedicação, é bem provável que possamos ver resultados.
Há milhares de jovens desocupados, precisando apenas de um incentivo para sair de seu comodismo, mas o que podem fazer? Alguém pode perguntar. E eu respondo: dançar, cantar, atuar, dramatizar. Todos nasceram repletos de talentos. Ninguém nasceu pra ser bandido. Isso quem faz é o meio, a situação, a própria sociedade que contribuiu para que esses jovens chegassem a esse ponto. Não foi ele quem escolheu. Portanto, não podemos culpar as pessoas pelo que são? Pensando assim estamos querendo dizer que somos os abençoados por         Deus, pois somos bonzinhos. De maneira alguma. Todos nasceram para ser abençoado por Deus. Apenas Deus deixa as coisas irem acontecendo para ver a atitude de seus filhos em relação aos seus outros filhos. Não é o mesmo Deus que faz chover sobre os maus e sobre os bons? Não poderia ele mesmo fazer justiça? Porém, ele coloca em nossas mãos a responsabilidade de tocar o mundo. Não é linda, sábia e estupenda essa atitude de Deus? Colocar o destino do mundo em nossas mãos? O que acontece é que somos egoístas demais. Daí o estardalhaço que acontece no mundo. Porém Deus permite que isso aconteça, para que quando pararmos para pensar, tenhamos certeza de que Deus nos deu a capacidade de fazermos à coisa certa e que colocamos muita coisa a perder por nossa própria culpa, por não buscarmos orientação correta.
Mas, apesar de tudo, sempre podemos recomeçar, pois o mesmo homem que é capaz de destruir, também é capaz de construir. Que coisa linda! Quantos homens gigantes surgiram na história da humanidade, que foram capazes de mudar completamente o curso das coisas, de uma nação? É dessa beleza que queremos falar.
No decorrer da história está registrada uma infinidade de acontecimentos. Surgiram homens que foram capazes de matar milhares de vidas, de humilhar e de torturar outras tantas, por outro lado existiram também homens que salvaram milhares de vidas, sendo ele um rei ou um homem simples, o que conta em tudo é a dimensão do coração do homem que pode escancará-lo para amar, como pode ficar em chamas pelo ódio. O que sabemos é que somente ao ser humano foi dada à capacidade de transformar a humanidade.
Queira Deus que um dia compreendamos o motivo pelo qual existimos. E que possamos usar toda a nossa capacidade para amar e para fazer o bem. Só então seremos verdadeiramente felizes, porque a lembrança que se fará de nós, será a de construtor da paz. Que lutou por um mundo melhor, mais justo e mais humano. Será sempre bom lembrar isso. Caso contrário será sempre uma tortura lembrar as tragédias etc.
            
Professor Valdeni Cruz

FÉRIAS - TAVA NA HORA

 Ola, caros leitores!
Boa noite!
Sei que todos vocês que acompanham o blog não estão de férias, mas a todos os que estão, muita tranquilidade, paz e amor no coração e na alma.
Gostaria de dizer que debaixo do céu há um  momento pra cada coisa.
Leia essa mensagem abaixo de deixe essa verdade tomar conta de seu interior.

TEMPO PRA CADA COISA


1 Tudo tem a sua ocasião própria, e há tempo para todo propósito debaixo do céu.
2 Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;
3 tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derribar, e tempo de edificar;
4 tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;
5 tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de abster-se de abraçar;
6 tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de deitar fora;
7 tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;
8 tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.
9 Que proveito tem o trabalhador naquilo em que trabalha?
10 Tenho visto o trabalho penoso que Deus deu aos filhos dos homens para nele se exercitarem.
11 Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs na mente do homem a idéia da eternidade, se bem que este não possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até o fim.
12 Sei que não há coisa melhor para eles do que se regozijarem e fazerem o bem enquanto viverem;
13 e também que todo homem coma e beba, e goze do bem de todo o seu trabalho é dom de Deus.
14 Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe pode acrescentar, e nada se lhe pode tirar; e isso Deus faz para que os homens temam diante dele:
15 O que é, já existiu; e o que há de ser, também já existiu; e Deus procura de novo o que ja se passou.
16 Vi ainda debaixo do sol que no lugar da retidão estava a impiedade; e que no lugar da justiça estava a impiedade ainda.
17 Eu disse no meu coração: Deus julgará o justo e o ímpio; porque há um tempo para todo propósito e para toda obra.
18 Disse eu no meu coração: Isso é por causa dos filhos dos homens, para que Deus possa prová-los, e eles possam ver que são em si mesmos como os brutos.
19 Pois o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos brutos; uma e a mesma coisa lhes sucede; como morre um, assim morre o outro; todos têm o mesmo fôlego; e o homem não tem vantagem sobre os brutos; porque tudo é vaidade.
20 Todos vão para um lugar; todos são pó, e todos ao pó tornarão.
21 Quem sabe se o espírito dos filhos dos homens vai para cima, e se o espírito dos brutos desce para a terra?
22 Pelo que tenho visto que não há coisa melhor do que alegrar-se o homem nas suas obras; porque esse é o seu quinhão; pois quem o fará voltar para ver o que será depois dele?

Eugênio Jorge - É tempo de Amar

ALIENAÇÃO POLÍTICA

Inez Geralda da Silva 
Aborda a questão da alienação política como prática, principalmente na sociedade brasileira, voltada ao consumismo, ao futebol, ao carnaval e à despreocupação com relação aos problemas sociais, que flagelam a nossa nação.

No presente trabalho procuraremos abordar a questão da alienação política como prática, principalmente na sociedade brasileira, voltada ao consumismo, ao futebol, ao carnaval e à despreocupação com relação aos problemas sociais, que flagelam a nossa nação. Resgataremos os pensamentos dos filósofos Platão, Aristóteles, Jean-Jacques Rousseau e Karl Marx sobre o referido tema, procurando fazer analogias dos ideais pregados por estes, situando-os com o comportamento da população brasileira.
Apontaremos a concepção de cidadania e sua interação com a política, mostrando a importância da participação popular nos rumos da democracia. A alienação como um fenômeno nos leva à não percepção dos acontecimentos, nos quais estamos inseridos. A superação deste estado depende da aceitação desta condição e conseqüentemente, da vontade de sair e mudar, sendo sujeito da situação, respondendo, assim, pelas ações referentes à sociedade, ao meio no qual estamos inseridos, nos sentindo parte integrante e de grande responsabilidade no processo político.
A mudança do estado alienante para o de participação responsável, ativa e consciente dá-se na coletividade e na educação voltada a atender a estes anseios. Trata-se de um processo longo, mas de grande valia, se realmente queremos uma sociedade democrática, formada portanto, de cidadãos capacitados em desempenhar suas funções como bons eleitores.
A alienação é um fenômeno inerente ao ser humano, uma vez que o mesmo influencia e é influenciado pelo meio. Há quem a defina como a perda da própria identidade, dependência, falta de autonomia, ocasionando a apatia, a indiferença, a passividade, a falta de interesse. O homem cria instituições, leis, direitos etc., porém, não se sente criador e sim, criatura. Tomamos como exemplo a questão política.
De acordo com os pensadores Platão e Aristóteles, o homem é um animal político e esta concepção parte do pressuposto de que o verdadeiro cidadão é aquele que efetivamente participa da vida em sociedade; um ser social é um ser político, pois a política nada mais é que condição do bem comum. Para estes, quem não vive em sociedade, ou é um Deus, ou é uma besta. Desta maneira, nos deixam evidente a necessidade do homem atuar como sujeito ativo no processo de formação da polis.
Portanto, alienação política vem a ser a não interação do ser humano nas ações que norteiam o contexto político e social, sendo que, muitos não se reconhecem como alienados, por fazerem parte de uma sociedade dogmática. A condição de superação deste fenômeno, segundo estes filósofos, seria a educação, visando despertar nos cidadãos o senso de responsabilidade e justiça, estritamente ligadas a ciência política da época. A busca pela reflexão na construção de uma sociedade justa era o objetivo principal, criando um Estado ideal.
A idéia de governante era questão essencial, sendo a sabedoria deste, considerada a maior das virtudes. Um governante deveria ser um filósofo. Acreditavam na idéia de eqüidade, uma vez que os mais fortes seriam unidos aos mais fracos, como na tecelagem, onde os fios mais fortes se entrelaçariam aos mais fracos e, desta maneira, cada um contribuiria com o coletivo, de acordo com suas aptidões, regidos pela ética.
Em outro momento histórico, o filósofo Jean-Jacques Rousseau admite a idéia de alienação, contudo, de outra maneira. Em sua obra “Do Contrato Social”, este escreve que “O homem nasce livre, e por toda parte encontra-se a ferros.”
Para se libertar desses ferros, surge a idéia de um pacto social, no qual a condição de liberdade seria legitimada através da alienação total dos bens e da liberdade em prol da comunidade. Esta alienação não seria subordinada a um rei (idéia não concebida), mas a cada um, preservando-se a igualdade e a liberdade, formando um corpo político, de homens considerados coletivamente, participativos, onde a vontade geral seria indestrutível.
O pacto idealizado por Rousseau encontra semelhança com as idéias de Karl Marx, filósofo esse considerado radical por seus pensamentos revolucionários. Sabe-se que há um intervalo de um século dos ideais de um para outro. Para o último, a alienação era fruto do sistema capitalista de produção. A liberdade e a igualdade prometida a todos os homens revelam-se uma ilusão da “emancipação política”, na época em que a questão do proletariado surge em toda a sua força. A seu ver, a verdadeira emancipação política só poderia se realizar no âmbito da emancipação social, isto é, na revolução do proletariado. Haveria um período de transição, onde o Estado ainda existiria (o Socialismo), no qual o proletariado seria o ditador. Após esse período, o Estado despótico desapareceria, dando lugar a uma sociedade sem classes (o Comunismo), onde não mais existiria alienação.
Diante disso, na atualidade nos deparamos com a idéia de política totalmente divergente daquela idealizada pelos grandes pensadores mencionados acima. Principalmente no caso brasileiro, onde esta é vista atrelada à corrupção, beneficiando apenas uma minoria, em seu individualismo, nepotismo, falta de ética e de moral, sem compromisso com a sociedade e outros fatores que fazem com que as pessoas se afastem, gerando um círculo vicioso e a perpetuação do poder nas mãos da mesma minoria em detrimento de uma maioria marginalizada.
O país já vivenciou momentos de luta pelas liberdades civis, tendo seu auge na década de 80, todavia, a participação popular seria essencial para a garantia dessas liberdades e para a construção da tão sonhada democracia. No entanto, esta participação foi irrisória, mostrando que o povo continuava omisso, deixando as decisões ao arbítrio de alguns, escolhidos pela própria sociedade, centralizando o poder executivo.
O Estado repressor do período militar contrasta com o novo Estado, o paternalista, criador do bolsa-escola, bolsa-família e outros “benefícios”, caracterizando-se como assistencialista ao extremo, quando se deveria atender a necessidades primordiais, como as sociais. Enquanto isto, o brasileiro se aliena com o futebol, cerveja, carnaval, Big Brother Brasil etc., fazendo com que a cultura se tornasse mais orientada para o Estado do que para a representação.
Persistem e agravam-se os problemas sociais; as desigualdades aumentam, o desprestígio dos políticos perante a população cresce. Com isto, o cidadão eleitor passa a buscar um líder carismático e salvador da pátria, fazendo com que esta omissão retarde o processo democrático, que caminha em marcha lenta.
Diante deste quadro, o período eleitoral deixa de ser um momento de reflexão e discussão para tornar-se um espetacular leilão de votos (quem dá mais?) em troca de cestas básicas e promessas de favores. Como bem lembra Carvalho (2004, p.224), “eleitores desprezam políticos, mas continuam votando neles na esperança de benefícios pessoais”.
Como reflexo destas questões, o cidadão politicamente alienado age instintivamente, pois está envolto em um sistema comprometido em corroborar a conjuntura existente. A passividade diante dos acontecimentos histórico-políticos nos faz perceber o quanto a alienação política condiciona o indivíduo à não participação, pela falta de informação, de leitura, de vontade, de interesse, pela decepção com os políticos, aliado ao consumismo, afastado de preocupações com a política e com os problemas coletivos.
Diante do exposto acima nos perguntamos se somos cúmplices ou vítimas dos fatos abordados. Analisando-os, percebemos que a ação coletiva seria um importante caminho para superar esta condição. Sabemos que não encontraremos fórmulas mágicas capazes de solucionar nossos problemas, porém, como os filósofos Platão e Aristóteles, depositamos na educação a nossa maior esperança para superar esses desafios e então, buscarmos construir uma sociedade democrática, capaz de dissolver as mazelas sustentadas pela alienação.
Para tanto, sabemos que necessário seria rever a nossa educação em todos os segmentos, ou seja, que esta contribua para que a condição de alienação seja superada, através de ações que venham a politizar os cidadãos, onde os fatos não seriam somente relatados e rechaçados, mas também, discutidos com compromisso e, principalmente, com a realidade, delineando assim, um caráter de maior integração e de responsabilidade de todos.
No ano de Copa do Mundo, antecedida pelo espetáculo carnavalesco brasileiro, como abordar a questão política, em meio a questão “bolística”? Como discutir eleição para governadores, senadores e deputados estaduais e federais? A resposta não é fácil, pois o brasileiro é apaixonado pelo futebol. Não se trata de sucumbir uma em detrimento de outra, porém, não esquecer que o amor pelo Brasil deve ser maior que pelo futebol. A Copa do Mundo é um momento esperado durante quatro anos, principalmente devido ao favoritismo da seleção brasileira; cada brasileiro se sente mais patriota, sente orgulho em mostrar a bandeira, vestir verde e amarelo e demonstrar seu amor pela pátria. Isso é reflexo de um povo que tem poucos motivos para comemorar e nesse momento, consegue sentir o gosto do valor e da vitória, desde que a seleção traga a taça para casa.
Por que não demonstrar um pouco deste amor no momento da escolha de seus candidatos no período eleitoral? Estes são os jogadores que decidirão os rumos da nação durante os próximos quatro anos e suas decisões refletirão diretamente sobre nós e serão de grande importância. Acabada a euforia da Copa, o brasileiro tende a voltar para seu anonimato, esperando a próxima; essa condição é muito desoladora, pois a felicidade talvez venha de quatro em quatro anos, durante apenas um mês.
É necessário resgatar o valor do voto como mecanismo de manifestação política e o momento eleitoral deve ser encarado com seriedade por todos, nos mais variados ambientes. Ser alienado não é condição permanente. Com um pouco de boa vontade e coragem para sair do comodismo, é possível reverter esse quadro. Ser cidadão é antes de tudo estar sujeito a aprender a mudar, não desistir e não esperar vantagens individuais no final, mas acima de tudo, acreditar e persistir sempre.
Nesse intuito caberia a população fiscalizar, pressionar conscientemente, pois nós somos parte do todo e os maiores interessados, acreditamos que ser cidadão antes de tudo é ser político e ser político não significa fazer discursos no palanque, mas ser atuante e consciente, não apenas exercendo um direito, mas, sobretudo um dever para com a pátria. Com isso, buscar atingir a tão almejada mudança e o fim da alienação. Ser um verdadeiro brasileiro é muito mais que vibrar pelo futebol, pular carnaval, sobreviver com trezentos reais mensais. Devemos acreditar que, lançando as primeiras sementes, cultivando-as com responsabilidade, mesmo que em meio a tantos dissabores, podemos um dia colher bons frutos. Sabemos que isso pode levar muito tempo, porém é necessário descruzar os braços e fazer algo pela emancipação e pelo amadurecimento da democracia.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Encerramento do primeiro semestre nas escolas

Hoje foi o encerramento do primeiro semestre da Escola Etelvina Gomes Bezerra. Para fechar com chave de ouro foi feita toda uma programação pelos professores e alunos para apresentarem durante a tarde. Foi um momento bem divertido para todos. 
Foram apresentadas várias danças em ritmo de quadrilhas: xaxado, dança pé de serra, forró e outras. Foi também apresentada uma dança com a música de Michael Jackson, que empolgou a todos. 
Se não bastasse, teve também uma quadrilha improvisada onde os professores foram o grande destaque nessa hora, juntamente com os alunos que não deixaram por menos. E, para fechar com chave de ouro, foi apresentada uma quadrilha do Projeto Pró-jovem do Município fechando assim a tarde com chave de ouro. A quadrilha, diga-se de passagem, muito boa.
Foi uma tarde bem divertida para todos.
Parabéns aos alunos e aos professores que incentivaram aos alunos para que o evento fosse tão marcante para a escola. A Diretora Josenys, juntamente com A Lila e a Gardênia, estiveram durante todo o evento dançando e participando do evento.

PARABÉNS ETELVINA!!!
Vamos continuar com essa garra. Somos um povo bom e por isso mesmo não vamos deixar a peteca cair. Vamos iniciar o segundo semestre cada vez mais empolgados, acreditando que é possível fazer a diferença.
 Confira ai as imagens.






           
Imagens: Professor Valdeni 

Convite Palestra de Abertura do Superação Enem 2011




Escola Profissional de Pentecoste


Convidamos a todos para a Palestra de Abertura do Projeto SuperAção Enem 2011. O Projeto tem o objetivo de apoiar e preparar os estudantes do Programa de Educação e Células Cooperativas – PRECE e das escolas públicas da Microrregião do Médio Curu (CE) para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem); assegurando, dessa maneira, melhores resultados nas próximas avaliações.
Nesse primeiro encontro, o palestrante será o Professor Lucineudo Machado (UERN) que falará sobre Linguagens, Códigos e suas Tecnologias na prova do Enem. A palestra acontecerá na próxima terça-feira, dia 05/07/11, às 18h00, no Auditório da Escola Estadual de Educação Profissional de Pentecoste. A entrada será gratuita e os presentes concorrerão a sorteio de livros.  
O ciclo de palestras acontecerá nos meses de julho e agosto, sempre às terças-feiras, às 18h00, no Auditório da Escola Estadual de Educação Profissional de Pentecoste. A exceção será para a última palestra que acontecerá no sábado (conferir cronograma a seguir).  
O projeto terá um ciclo com 06 palestras e os interessados deverão se inscrever em cada uma delas. Para inscrição na primeira palestra os interessados deverão acessar olink, preencher uma ficha e clicar e enviar.
Informamos, ainda, que haverá transporte saindo das Escolas Populares Cooperativas – EPCs e os interessados devem procurar o representante ou coordenador de cada EPC.  
Contamos com a presença e colaboração de todos para a realização de mais um SuperAção Enem e que este evento possa ser um diferencial na vida dos nossos estudantes. 

Atenciosamente,

Coordenação do SuperAção Enem
Saiba mais: 
 O que? Palestra de Abertura do SuperAção Enem 2011
Onde? Auditório da Escola Estadual de Educação Profissional de Pentecoste.
Quando?  Dia 05/07/11, terça-feira, às 18h00.
Quem será o palestrante?  Professor Lucineudo Machado (UERN).
Como me inscrevo? Clique aqui!

Cronograma das Palestras: 

Palestras
Palestrantes
Área
Data
Palestra 01
Prof. Mestrando  Lucineudo Machado (UERN)
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
05/07
Palestra 02
Prof. Ms. Carlos Henrique (IFCE)
Matemática e suas Tecnologias
12/07
Palestra 03
A confirmar
Ciências Humanas e suas Tecnologias
19/07
Palestra 04
Prof. Ms. Francisco Wagner (IFCE)
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
26/07
Palestra 05
A confirmar
Orientações SISU
06/08
Palestra 06
Prof. Ms. Nonato Furtado (IFCE)
Orientações PROUNI
06/08
















Fonte: http://superacaoenem.blogspot.com/


Piso salarial do professor: saiba quem tem direito ao reajuste nacional

  Presidente Jair Bolsonaro divulgou na tarde de hoje (27) um reajuste de cerca de 33% no piso salarial do professor de educação básica; con...