sábado, 7 de setembro de 2013

7 de Setembro - Independência do Brasil

História da Independência do Brasil, Dom Pedro I, Grito do Ipiranga, 7 de setembro, História do Brasil Império,
Dia da Independência, transformações políticas, econômicas e sociais, dependência da Inglaterra no Brasil


Introdução

História da Independência do Brasil - pintura, quadro de Pedro Américo

A Independência do Brasil é um dos fatos históricos mais importantes de nosso país, pois marca o fim do domínio português e a conquista da autonomia política. Muitas tentativas anteriores ocorreram e muitas pessoas morreram na luta por este ideal. Podemos citar o caso mais conhecido: Tiradentes. Foi executado pela coroa portuguesa por defender a liberdade de nosso país, durante o processo da Inconfidência Mineira.

Dia do Fico

Em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro I recebeu uma carta das cortes de Lisboa, exigindo seu retorno para Portugal. Há tempos os portugueses insistiam nesta ideia, pois pretendiam recolonizar o Brasil e a presença de D. Pedro impedia este ideal. Porém, D. Pedro respondeu negativamente aos chamados de Portugal e proclamou : "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico."

O processo de independência

Após o Dia do Fico, D. Pedro tomou uma série de medidas que desagradaram a metrópole, pois preparavam caminho para a independência do Brasil. D. Pedro convocou uma Assembleia Constituinte, organizou a Marinha de Guerra, obrigou as tropas de Portugal a voltarem para o reino. Determinou também que nenhuma lei de Portugal seria colocada em vigor sem o " cumpra-se ", ou seja, sem a sua aprovação. Além disso, o futuro imperador do Brasil, conclamava o povo a lutar pela independência.

O príncipe fez uma rápida viagem à Minas Gerais e a São Paulo para acalmar setores da sociedade que estavam preocupados com os últimos acontecimento, pois acreditavam que tudo isto poderia ocasionar uma desestabilização social. Durante a viagem, D. Pedro recebeu uma nova carta de Portugal que anulava a Assembleia Constituinte e exigia a volta imediata dele para a metrópole.

Estas notícias chegaram as mãos de D. Pedro quando este estava em viagem de Santos para São Paulo. Próximo ao riacho do Ipiranga, levantou a espada e gritou : " Independência ou Morte !". Este fato ocorreu no dia 7 de setembro de 1822 e marcou a Independência do Brasil. No mês de dezembro de 1822, D. Pedro foi declarado imperador do Brasil.

 Bandeira do Brasil Império. Primeira bandeira brasileira após a Independência.
Pós Independência
Os primeiros países que reconheceram a independência do Brasil foram os Estados Unidos e o México. Portugal exigiu do Brasil o pagamento de 2 milhões de libras esterlinas para reconhecer a independência de sua ex-colônia. Sem este dinheiro, D. Pedro recorreu a um empréstimo da Inglaterra.
Embora tenha sido de grande valor, este fato histórico não provocou rupturas sociais no Brasil. O povo mais pobre se quer acompanhou ou entendeu o significado da independência. A estrutura agrária continuou a mesma, a escravidão se manteve e a distribuição de renda continuou desigual. A elite agrária, que deu suporte D. Pedro I, foi a camada que mais se beneficiou.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

NEGOCIAÇÃO COLETIVA


 

No Brasil, a negociação coletiva no âmbito trabalhista é um processo dialético de entendimento entre os atores representantes do capital e do trabalho. Sua relevância é absoluta para o equilíbrio das relações de trabalho, e é através desse processo que os agentes da produção vão dialogar e buscar não só condições de trabalho apropriadas às particularidades de cada segmento profissional, mas também tentar resolver suas desavenças e solucionar os conflitos coletivos de interesse.
A Convenção 151  da OIT (Organização Internacional do Trabalho, da ONU), que estabelece o princípio da negociação coletiva entre trabalhadores públicos e os governos das três esferas - municipal, estadual e federal, foi ratificada pelo plenário do Senado.  Esta ratificação, fortalece os sindicatos, com o direito à liberdade de expressão, de representar e ser representado, de participar, organizar atos que busquem a ampliação dos direitos e melhorias nas condições laborais, mas acima de tudo, a convenção 151 faz com que os gestores públicos passem a respeitar as entidades como órgãos que representam a classe trabalhadora.
            Quando a negociação coletiva é bem sucedida e as partes negociais obtém o entendimento, ela se transforma em um diploma normativo que se torna apto a reger as relações de trabalho no âmbito individual. Portanto, as convenções coletivas e os acordos coletivos de trabalho são nada mais do que o fruto de uma negociação coletiva bem sucedida. É sob esta expectativa que o Sindsep Pentecoste, em sua pauta de reivindicação,  solicita em forma de Projeto de Lei, a negociação coletiva neste município, para que possamos resguardar a todos os servidores, os direitos garantidos nas legislações, e mais ainda, termos o direito de fazer os debates em favor de um trabalho decente e um Município de qualidade para todos.

EDUCAÇÃO: PROFESSORES DE PENTECOSTE TERÃO 1/3 DE PLANEJAMENTO A PARTIR DESTA SEGUNDA, 09 DE SETEMBRO DE 2013

SINDSEP REIVINDICA E PENTECOSTE IMPLANTA 1/3 DE PLANEJAMENTO.


Atendendo a uma reivindicação do Sindsep, a Secretaria de Educação de Pentecoste começa a implantar a partir de setembro,o de 1/3 (um terço) de planejamento, como está garantido na Lei 11.738/2008, que estabeleceu o Piso Salarial Profissional Nacional para os profissionais do magistério público da Educação Básica.
O artigo 2º desta Lei diz que, na composição da jornada de trabalho deve-se observar o limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os educandos. Logo, 1/3 da jornada será dedicado à preparação de aulas e às demais atividades fora da sala.
POR QUE, QUANDO E ONDE PLANEJAR?
O planejamento escolar é uma tarefa do professor que inclui tanto a previsão das atividades didáticas, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino. O planejamento é um meio para se programar as ações docentes, mas é também um momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado à avaliaçãoO professor deverá utilizar as horas-atividades na própria escola, dentro de sua carga horária de trabalho.
Em resumo, os professores de Pentecoste utilizarão o período de 1/3 de planejamento para elaborar planos de aula determinando objetivos, selecionando conteúdos, descrevendo metodologias e/ou procedimentos a serem utilizados em sala, selecionando recursos tecnológicos a ser utilizados e organizando formas de avaliação. O professor poderá ainda, utilizar esse tempo de planejamento para estudo individual e/ou em grupo com outros professores além de desenvolver projetos ligados ao processo de aprendizagem do aluno, como por exemplo, ministrar grupos de estudo, oferecer reforço escolar, dentre outras atividades. É uma oportunidade que o professor tem de dinamizar o trabalho pedagógico.
CONHEÇA SUA CARGA HORÁRIA DE PLANEJAMENTO:
ü       20h/a = 6 h/a de planejamento
                  40h/a = 13 h/a de planejamento

É importante salientar a luta do Sindsep Pentecoste em mais esta conquista. Foi a participação ativa do Sindicato nas mesas de negociação desta Administração e em administrações anteriores que, com muita persistência e empenho, alcançou este resultado positivo para a Educação de Pentecoste. 
O empenho e zelo de todos os professores, coordenadores e demais servidores da Educação, a melhoria na valorização dos professores por parte da Administração Municipal, o compromisso e a vontade de aprender dos alunos, a integração família-escola deverão todos contribuir para o que queremos e necessitamos com urgência: MELHORAR A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO DE PENTECOSTE!!

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Desfile Cívico em Pentecoste - Ceará

 Professor Valdeni Cruz

Como sempre, Pentecoste realiza mais um desfile cívico. Tudo seria normal se não fosse às contradições que ocorrem durante o desfile.

 Foi em 7 de Setembro de 1822 a data em que foi proclamada a Independência do Brasil.
Conforme a história, o episódio conhecido como “Grito do Ipiranga”, ocorreu às margens do Riacho Ipiranga, onde o príncipe regente Dom Pedro I gritou “Independência ou Morte” e declarou a liberdade política, econômica e social do país.

Esse fato marcou o fim do domínio português e a conquista da autonomia do Brasil. Muitas tentativas ocorreram e algumas pessoas morreram na luta por este ideal.

 Daí percebe-se a importância de uma data como esta ser lembrada e comemorada por todos os brasileiros.

O desfile cívico do dia 7 de Setembro serve justamente para lembrar uma data que simboliza a autonomia conquistada e a determinação do brasileiro, característica inerente dessa população.
Foto: Foto0788.jpgEm Itabuna, como em diversas cidades do país, centenas de pessoas se reúnem para assistir ao desfile cívico como uma forma de mostrar seu amor a pátria. (portalsuldabahia).
Claro que se formos averiguar com toda a criticidade que merece esse fato, teríamos outro contexto para colocarmos, mas não vem ao caso.


Aqui em Pentecoste, em anos anteriores, os Desfiles Cívicos mais pareciam com escolas de Samba. Hoje, portanto, pelo fato das escolas não terem recursos para gastarem, se limitam a fazer faixas e homenagens sem fim.
Na tarde desta quinta-feira, aconteceu mais um desfile. O que era pra iniciar às 4 horas da tarde, só começou quase 5 horas da tarde. Os primeiros a desfilarem foral os Professores que fazem a Secretaria de Educação. Em seguida foi a vez da Escola Eeif Vicente Feijó Melo, Fco Escola Francisco Sá Pentecoste - Ce, e Valdemar Alcântara. Depois dessas três escolas, foi a vez de todas as creches, seguidas de todas as outras escolas, sendo as últimas, as Escolas do Estado. Etelvina Gomes Bezerra, Alan Pinho Tabosa, E Tabelião José Ribeiro Guimarães. Tudo seria tranquilo se não fosse a perda de tempo de algumas escolas de passarem meia hora diante das autoridades tentando convencer aos gestores que e as demais autoridade, que sua escola é a melhor. Pude ver com meus próprios olhos, entrega de lembranças num momento inoportuno. Não digo que não se deva homenagear quem está como gestora no momento, mas que haja mais coerência, pois enquanto se perde tanto tempo com homenagens, inúmeras crianças estavam nas filas a horas. Muitas escolas estavam se organizando a partir das três e meia da tarde. Penso que um pouco de bom senso não faz mal a ninguém. Se havia sido determinado que o tempo fosse limitado, pois que fosse. Acho um desrespeito com todos. Fica aqui minha crítica mesmo e quem não gostar, tente me convencer de que estou errado. E se quiserem me criticar porque digo isso fique a vontade, não pagará nada. Digo isso se, nenhum ressentimento. Sou livre e posso dizer o que penso sem ofender a ninguém. Ainda bem que ainda posso dizer o que penso.

domingo, 1 de setembro de 2013

Francisco convidou toda a Igreja, os irmãos cristãos não católicos e os de outras religiões a rezarem juntos pela paz no mundo

Atualizado às 9h43
Jéssica Marçal
Da Redação
Angelus: Papa anuncia dia de oração pela paz na Síria e no mundo“Queremos um mundo de paz, homens e mulheres de paz”. Estas foram as palavras enfatizadas pelo Papa Francisco no Angelus deste domingo, 1º, com os fiéis na Praça São Pedro, no Vaticano.  Ele anunciou, para o próximo dia 7, um dia de jejum e oração pela paz na Síria e no mundo.
“Decidi convocar para toda a Igreja, no próximo dia 7 de setembro, véspera da Natividade de Maria, Rainha da Paz, um dia de jejum e de oração pela paz na Síria, no Oriente Médio, e no mundo inteiro, e convido também a unir-se a esta iniciativa, no modo que considerem mais oportuno, os irmãos cristãos não católicos, aqueles que pertencem a outras religiões e os homens de boa vontade”, anunciou o Santo Padre.
Francisco disse viver com sofrimento e preocupação as várias situações de conflito no mundo, mas nestes dias seu coração ficou “profundamente ferido” com o que está acontecendo na Sìria. Ele também fica angustiado com os acontecimentos dramáticos que se preanunciam.
“Dirijo um forte Apelo pela paz, um Apelo que nasce do íntimo de mim mesmo! Quanto sofrimento, quanta destruição, quanta dor causou e está causando o uso das armas naquele país atormentado, especialmente entre a população civil e indefesa! Pensemos em quantas crianças não poderão ver a luz do futuro!”.
Ele lembrou mais uma vez que a violência nunca conduz à paz, ao contrário, a guerra chama mais guerra. “Com todas as minhas forças, peço às partes envolvidas no conflito que escutem a voz da sua consciência, que não se fechem nos próprios interesses, mas que olhem para o outro como um irmão e que assumam com coragem e decisão o caminho do encontro e da negociação, superando o confronto cego”.
A cultura do encontro também foi novamente citada pelo Papa, que voltou a destacá-la, juntamente com o diálogo, como o único caminho para a paz. “Que o grito da paz se erga alto para que chegue até o coração de cada um, e que todos abandonem as armas e se deixem guiar pelo desejo de paz”.
Fonte: Canção Nova Notícias

Evangelho deste Domingo, 01 de Setembro, de 2013

Evangelho (Lc 14,1.7-14)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!
1Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam. 7Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então contou-lhes uma parábola:
8“Quando tu fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu, 9e o dono da casa, que convidou os dois, venha te dizer: ‘Dá o lugar a ele’. Então tu ficarás envergonhado e irás ocupar o último lugar.
10Mas, quando tu fores convidado, vai sentar-te no último lugar. Assim, quando chegar quem te convidou, te dirá: ‘Amigo, vem mais para cima’. E isto vai ser uma honra para ti diante de todos os convidados. 11Porque quem se eleva, será humilhado e quem se humilha, será elevado”.
12E disse também a quem o tinha convidado: “Quando tu deres um almoço ou um jantar, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos. Pois estes poderiam também convidar-te e isto já seria a tua recompensa. 13Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. 14Então tu serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

A Problematicidade de Deus em Nietzsche



“Já ouviu falar daquele louco que acendeu uma lanterna numa manhã clara, correu para a praça do mercado e pôs-se a gritar incessantemente: “Eu procuro Deus! Eu procuro Deus!". Como muito dos que não acreditam em Deus estivessem justamente por ali naquele instante, ele provocou muita risadas... “Onde está Deus!”, ele gritava. “Eu devo dizer-lhes: nós o matamos – você e eu. Todos somos assassinos... Deus está morto. Deus continua morto. E nós o matamos...”

- (Friedrich Nietzsche, Gaia Ciência (1882), parte 125.)


Nietzsche, em seu filosofar, não pode ser identificado como um filósofo portador de um discurso periculoso e trágico. Pelo contrário, essa suposta carga negativista e pessimista que se verifica nos seus escritos, ressoam, em quase todas as suas abordagens, como um manifesto de reivindicação e de superação da condição existencial humana. Em Assim falou Zaratustra, Nietzsche destaca a necessidade do anúncio do super-homem. Nele, Zaratustra, seu personagem principal, proclama a falência da civilização e a aurora de uma nova era. É o anúncio de que o homem deve superar a si mesmo, à sua potencialidade negada. Procurando sacudir o velho homem, que vivia enclausurado no seu pessimismo e ilusão, o novo pretende ser substituto daquele. O superar típico do super-homem, entendido como ato de abertura para o nada ou para o sagrado, nada mais é do que a própria vontade de poder. O super-homem como superação implica a dimensão do divino, que, segundo Nietzsche, seria um “ponto” na vontade de poder. Sendo assim, o divino não é uma coisa separada do homem, tampouco uma realidade para fora de si e que tem poder de manipulação, mas o divino e o humano se encontram no ato contínuo e ininterrupto de superação do objeto conhecido e, por conseguinte, na consciência do não-poder em relação ao não-objeto, isto é, ao nada (Penzo, 1999).

Desta forma, é revertida a concepção metafísica do conhecer como esperança e a de Deus como causa última de segurança. Para Nietzsche, a segurança na raiz metafísica leva o homem a experienciar a convicção e a segurança, levando-o a ver Deus como objeto último de sua esperança, donde provêm a sua fé e a sua verdade absolutizada. Nessa linha, seria catastrófico para o homem, sedimentado em terreno metafísico, ouvir a proclamação da morte de Deus, pois ela acentua a natureza do medo e da dramaticidade existencial, visto que pensar na sua ausência assinalaria o declínio da esperança e o estabelecimento da incerteza. O anúncio da morte de Deus, portanto, não se trata de propagar idéias anti-teístas. Não pretende ser a disseminação do ateísmo. Mas em erigir um novo conceito sobre o homem e sobre Deus. A morte de Deus, para Nietzsche, representa o fim e o declínio da formulação do Deus que a metafísica clássica ocidental construiu: o de ser absoluto e supremo. Quer dizer que a ideia do Deus do cristianismo deveria morrer na consciência do ser humano enquanto mantenedor do sistema tradicional de valores. Como resultado disso, alguém deveria ocupar o seu lugar – o próprio homem.

No passado, o ser humano obedecia irrestritamente ao “farás” e “não farás”, da parte de Deus ou dos códigos doutrinais rigidamente patrocinados e construídos pela religião burocratizada. Para Nietzsche, esse ditos e sentenças estavam com os dias contados. Uma nova ordem de valores estava para ser estabelecida. O homem não mais podia se inclinar aos mandamentos divinos. Mas deveria ele mesmo conduzir os seus próprios desígnios. Somente ele é que poderá fazer as suas escolhas. E, acima de tudo, optar por uma delas, sejam elas boas ou más. É o que Nietzsche emblematicamente denomina de: “a transvalorização de todos os valores”. Os valores antigos e tradicionais caducaram. Esse arcaicos valores devem ceder espaço para o surgimento de novos valores. Não mais centrados em afirmações religiosas ou metafísicas. Mas redigidas e assinadas pelo próprio homem. Porém não é qualquer homem. Tem de ser um homem superior. Não o que prometa felicidade e gozo na transcendentalidade, mas concretamente, existencialmente. Este homem superior, portanto, é o Ubermensch, literalmente homem superior, passando a ser denominado também de super-homem. Entretanto, esse super-homem não tem qualquer conexão com o herói em quadrinhos.

Nas reflexões de Nietzsche, este homem superior era proveniente do desenvolvimento da humanidade num sentido darwinista. Ele aceitava as idéias de Darwin no que tange ao processo seletivo e natural da vida, no qual as espécies mais fracas são aniquiladas e as mais fortes sobrevivem para produzir espécies mais fortes ainda.

A teoria evolucionária de Darwin fundamenta e alimenta os pressupostos nietzschianos, sobretudo em relação ao homem superior. Porém, ele não pensou apenas numa nova raça desenvolvida nos níveis educacional ou espiritual que partisse do inferior para o superior. Ele tomou a idéia de Darwin literalmente. Pensava que o homem superior haveria de ser fisicamente mais forte. Deveria ter poder no soma [corpo] e na psique [alma]. Metaforicamente, deveria ser uma espécie de “besta-fera”, um centauro [metade gente, metade animal], bastante desenvolvido intelectualmente, não irracional, mas poderoso, representando, assim, uma nova formatação existencial completamente acima e superior do homem europeu massificado. O homem massificado evita a qualquer custo a controvérsia. É conformista, indiferentista e não têm preocupações supremas, acha a vida aborrecida e é cínico e vazio. É o que chama de niilismo (ex nihilo), para o qual a nossa cultura se dirige (Tillich). A bem da verdade, ao anunciar o super-homem como superação de si mesmo, Nietzsche sublinha e apresenta, em Assim falou Zaratustra, uma nova transcendência filosófica, pautada no nível existencial, na qual se abre o horizonte “nadificado” entendido positivamente, que se resolve como o horizonte do sagrado.

Assim, em seu pensamento sobre o sagrado, Nietzsche observa que a morte de Deus é um acontecimento cultural, existencial e extremamente necessário para purificar a face de Deus e, por conseqüência, a própria fé em Deus. Deste modo, Nietzsche não mata Deus. Mas limita-se a constatar a ausência do divino na cultura do seu tempo, acusando, pelo contrário, por essa ausência e morte, a teologia metafísica. Com base na rejeição da tese da fé-segurança, que a priori funda-se numa certeza típica da ciência, Nietzsche também crítica o espírito que levará a secularização inautêntica ou ao secularismo do cristianismo.

Logo, matar a Deus significa, noutras palavras, matar o “dogma”, o “conformismo”, a “superstição” e o “medo”, é não aceitar mais a imposição de regras cristalizadas, que impossibilitam a superação e a transcendência, além da auto-afirmação do ser humano, que luta incansavelmente para libertar-se elevar-se em sua saga existencializada.

Referências Bibliográficas

COPLESTON, Frederick S. J. Nietzsche: filósofo da cultura. Coleção Filosofia e Religião, Porto, Portugal, Livraria Tavares e Martins, 1953.

MARTON, Scarlett. Nietzsche. 4ª ed., In: Coleção Encanto Radical, São Paulo, Brasiliense, 1986.

PENZO, Giorgio. O divino como problematicidade. In: Deus na filosofia do século XX, São Paulo, Loyola, 1999.


TILLICH, Paul. Perspectivas da teologia protestante nos séculos XIX e XX. Trad. Jaci Maraschin, 2ª ed., São Paulo, ASTE, 1999.

UMA REFLEXÃO SOBRE OS FATOS DA VIDA

Professor Valdeni Cruz

Apesar de ser um estudioso dos conceitos filosóficos e sociológicos, também sou um estudioso de Teologia, no qual terminei o Curso de Bacharelado agora. Muitas vezes me refiro aos conceitos da filosofia para tentar entender compreender a dimensão do pensamento, da razão e da humanidade. Outras vezes, me pego mergulhado nos conceitos da sociologia para compreender a formação e a diversificação das sociedades dentro do processo histórico da humanidade, pois como também estou me formando em História, é justo que tudo esteja interligado. A história é uma parte importante pelo qual temos conhecimento do passado e, ao mesmo tempo, no dá condições de entender o nosso presente. Sendo assim, no presente fazemos uso de tudo o que já foi estudado e decodificado para que a humanidade encontre caminhos para melhor lidar com o mundo e o cerca, bem como ajuda a cada ser que se propõe a pesquisar e a estudar, uma melhor interação social com os demais seres.
Mas gostaria de me referir de maneira mais direita, aos conceitos da Teologia para poder me referir a algumas situações neta tarde.
Num sentido bem literal, teologia significa o estudo de Deus. Como toda ciência, tem o objetivo de estudo. Como é possível estudar Deus que não vemos, tentamos estudar a partir da revelação, ou representações do que entendemos Deus.
Hoje é comum se atribuir a tudo o que ocorre no mundo, no que diz respeito a violência, guerras, crimes...a falta de educação, de valores, de políticas fortes, de liberdade....Há todo levantamento de conceitos sendo apregoados o tempo todo pelas mais diversas linhas de conhecimento. Ao que me parece, tudo tem sido superficial. Uns dizem uma coisa e outros dizem outras e a sociedade continua piorando.
Existem milhões de livros de psicologia, de tratamentos psicológicos para os homens se tratarem e áreas do mesmo ramo para isso. Porém, os males têm aumentado. As patologias têm sido cada vez mais presentes nos dias atuais.
Há tempos atrás, vamos falar aqui de 40 anos atrás, as pessoas tinham problemas e muitos problemas. Entre estes problemas, a falta de liberdade, dificuldades financeiras, atraso tecnológico, em se falando de Brasil, sentíamos a necessidade de tudo. Se passado esses anos todos, estamos todos nos lamentando de tudo: falta de liberdade, de emprego, de políticos honestos, de moral, de respeito... Mas uma coisa parece estar, de fato, se perdendo: a fé. É aqui que quero falar no campo teológico. Outro dia conversando com um amigo de trabalho ele se perguntava: será que esse mundo tem jeito? Ele se referia a toda onda de crimes que estamos vivendo aqui e em todos os lugares. Eu olhei bem pra ele e disse: sinto muito em lhe dizer, mas a coisa vai piorar. Nessa hora eu estava me referindo ao que disse JESUS no Evangelho de Mateus 24, sobre os acontecimentos dos últimos tempos. Claro, não me referia ao fim do mundo tão somente, mas ao fato de entender o que disse Jesus. O homem tenta em vão fazer o mundo ser feliz. Jesus foi categórico quando disse: SEM MIM NADA PODEREIS FAZER (Jo 15,5b). Mesmo que não queiramos aceitar, parece que tudo se encaminha para darmos crédito ao que disse Jesus. Ele também disse que o príncipe deste mundo é o demônio. E, como todos sabem o ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.

(João 10:10). O ladrão ao qual se refere o Jesus é o diabo. Este, como foi expulso do céu, segundo as sagradas escrituras, quer o tempo todos acabar conosco, pois acabando conosco, atinge a Deus, ao qual ele odeia desde o momento que foi expulso. Foi expulso porque queria tomar o lugar de Deus. Portanto, não sejamos inocentes: o diabo está por detrás de todas as mazelas do mundo. O ódio é uma das principais características de satanás. Como se pode ver, quando alguém está tomado pelo ódio ele mata com facilidade. Por outro lado, o amor é capaz de perdoar. Logo se percebe que o amor se contrapõe ao ódio. Os dois sentimentos se encontram no calvário. Enquanto Cristo sofre tudo por amor, o diabo faz tudo por ódio, por não ser como Deus. Muitas vezes nossos sentimentos chegam a este grau. Quando amamos, somos capazes de suportar muitas coisas, quando não amamos, tudo se torna pesado. Gostaria de encerrar por aqui. Mas queria dizer ainda mais, o mundo sofre por uma crise de Deus. Se Deus não estiver quem estará? Se ele está conosco, mesmo em meios as maiores tribulações, venceremos. Corramos para onde quisermos, no fim só restará uma coisa: encontrar o criador de tudo. Friedrich Nietzsche dizia em seu livro, o Zaratustra, que Deus havia morrido. Tudo por causa de uma decepção com Deus. No entanto, depois de tentar fazer com que outras pessoas aceitassem seus conceitos mirabolantes, morreu louco. Pode-se constatar com facilidade que Nietzsche morreu. E Deus? Morreu? Alguns filósofos e sociólogos também tentam tirar a fé de muitos com seus conceitos um tanto quanto desequilibrado, das mentes simples, mas todos passaram. E nós estamos aqui podendo falar tanto por um lado quando pelo outro. Assim, use que sua poderosa inteligência para compreender tudo. São Paulo, grande Apóstolo, dizia: verificai tudo e ficai com o que é bom. Eu fico com as teorias de Jesus ainda, que não desmereça a ciência e os filósofos, pois mesmo que eles não creiam tudo pertence a Deus e tudo só existirá enquanto ele quiser. Pois, como está escrito: Um dia tudo que o hoje existe passará e só restará Deus e sua eternidade

Piso salarial do professor: saiba quem tem direito ao reajuste nacional

  Presidente Jair Bolsonaro divulgou na tarde de hoje (27) um reajuste de cerca de 33% no piso salarial do professor de educação básica; con...