sábado, 13 de setembro de 2014

Após renúncia, José Roberto Arruda diz que deixará a vida pública


  • Sérgio Lima/Folhapress
    José Roberto Arruda (PR), que renunciou à candidaduta neste sábado (13)
    José Roberto Arruda (PR), que renunciou à candidaduta neste sábado (13)
Em discurso para confirmar sua renúncia à candidatura ao governo do Distrito Federal, José Roberto Arruda (PR) anunciou neste sábado (13) que a desistência marca também sua saída da vida pública. A afirmação foi feita em um discurso realizado na sede do PR em Brasília. No pronunciamento, Arruda alegou que promovia "seu último gesto na vida pública".
Arruda decidiu abandonar a candidatura após sucessivas derrotas na Justiça. Ele teve a candidatura barrada com base na Lei da Ficha Limpa. Em seu lugar, assume o vice, Jofran Frejat (PR). A vice-candidata de Frejat será a mulher de Arruda, Flávia Peres. O rearranjo teve a bênção de Joaquim Roriz, principal aliado de Arruda na briga pelo governo do DF.
A desistência foi anunciada em um comício para militantes e contou com a presença do ex-governador Joaquim Roriz e do ex-senador Luiz Estevão, entre outros apoiadores que também disputarão o pleito de outubro.
Arruda tomou a decisão de desistir das eleições depois que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) confirmou, na quinta-feira (11), decisão no TRE-DF (Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal) que rejeitara sua candidatura.

Intenção de voto

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GOVERNADOR DF


Arruda

Agnelo Queiroz

Rodrigo Rollemberg

Outros

Brancos e nulos

Indecisos
15 AGO
2014
04 SET
2014
10 SET
2014
0%5%10%15%20%25%30%35%40%
37%
19%
18%
A substituição também foi motivada pelo fim do prazo permitido pela Justiça Eleitoral para troca de candidatos, na próxima segunda-feira (15), 20 dias antes do primeiro turno.
O candidato antecipou-se ao julgamento de uma liminar, por meio da qual o Ministério Público Eleitoral (MPE) pedia que o presidente do TSE, Dias Toffoli, determinasse a suspensão dos atos de campanha.

Mensalão do DEM

Arruda foi enquadrado pela Lei da Ficha Limpa por ter sido condenado, em julho, por improbidade administrativa pela Justiça do Distrito Federal. O processo é referente ao suposto esquema conhecido como mensalão do DEM.
O caso veio à tona há quatro anos com a divulgação de vídeos de Arruda e de aliados recebendo dinheiro. À época, o ex-governador chegou a ser preso pela Polícia Federal.
No ato desta tarde, Arruda acusou o PT, partido do atual governador do Distrito Federal e candidato a reeleição Agnelo Queiroz, de tentar ganhar a eleição "no tapetão". "A história revela o uso de uma boa lei para fins mesquinhos. Hoje o que se vê é a excepcionalidade da aplicação da lei justamente no meu caso porque o PT resolveu ganhar no tapetão."
Ele alegou ainda que com a distribuição de seu caso no STF (Supremo Tribunal Federal) para a ministra Rosa Weber, o registro de sua candidatura foi definitivamente negado. "Não desisti e não me acovardei."
Também pesou na decisão, segundo o próprio Arruda, o fato de uma impugnação após a data limite para a substituição de candidatura afetar todo o grupo político que apoiava sua eleição. "Não seria apenas o fim da minha carreira política. Seria o fim de projeto que é muito maior do que eu."

Cuidar das crianças

Em entrevista hoje ao jornal Correio Braziliense, Arruda negou que participará de um eventual governo de seus aliados e de sua mulher e confirmou que deixará a vida pública para cuidar dos filhos e netos.
"A gente tem que saber a hora de parar. Eu agora vou cuidar da Maria Luiza, Maria Clara, minhas netas, meus filhos, da minha casa. E a Flávia vai ter a oportunidade dela de ganhar experiência e ajudar o Frejat e o Gim [Argello, do PTB, candidato da chapa de Arruda ao Senado]", disse.
"Eu me recolho, a partir da reeleição, à minha vida pessoal, e acho que mereço, inclusive, esse descanso. As circunstâncias fez (sic) com que a política desistisse de mim", afirmou. (Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)
Fonte: http://eleicoes.uol.com.br/2014/noticias/2014/09/13/apos-renuncia-jose-roberto-arruda-anuncia-que-deixara-a-vida-publica.htm

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

O voto para quem mais precisa

 Carlos Mazza
carlosmazza@opovo.com.br

A menos de um mês da eleição, o povo percorreu os cinco municípios com os mais baixos IDHS do Ceará. Eleitores de Itatira, Araripe, Potengi, Granja e Salitre são descrentes do poder do voto

Com menos de um mês até a eleição, maioria dos leitores já deve ter certa noção de como estão dispostas as peças do jogo eleitoral deste ano. Alguns podem até ter o voto definido, com só uma ou outra alteração pendente até outubro. Nas regiões mais pobres do Ceará, no entanto, a campanha eleitoral ainda passa ao largo, sendo objeto de indiferença entre quem mais precisa do poder público estadual.  

Nas últimas semanas, O POVO percorreu os cinco municípios com os piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Ceará, onde constatou cenário de desesperança e descrédito com o poder do voto. Seguindo dados do último Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, foram visitados os municípios - em ordem decrescente de IDH - de Araripe, Potengi, Itatira, Granja e Salitre.  

São cidades que já eram pobres antes da atual gestão e que, apesar de terem passado por grandes melhoras nos últimos anos, dificilmente sairão da extrema pobreza sem ação direta do próximo governador. Quando falta comida na mesa, água potável ou atendimento médico de emergência, no entanto, escolher quem ditará os rumos do Estado acaba ficando como última das prioridades.

Lagoa dos Crioulos

“Antes das eleições, vem muita gente aqui. Enchem as nossas ventas de folhas. Depois que passa, fazem é jogar o carro por cima da gente na estrada”, diz a agricultora Rosimeire do Nascimento, 29. Ela mora junto com cerca de outras 15 famílias na Lagoa dos Crioulos, distrito de Salitre, município com o mais baixo IDH do Ceará - 0,540. 

Aprendendo a contar apenas um com os outros, os moradores da região não  souberam da morte de Eduardo Campos (PSB), não conhecem Marina Silva (PSB) e nem acompanharam acirramento entre os ex-aliados Eunício Oliveira (PMDB) e Cid Gomes (Pros) no Ceará. 

“Não tem comida, água, emprego e o hospital mais perto é no Crato (a 140km de Salitre). Não há quem acredite que votar muda alguma coisa”, diz Marta Santos, 22. Assim como ela e Rosimeire, as famílias sobrevivem - “quando a seca deixa” - da colheita de mandioca e do cartão do Bolsa Família. “Uma benção, senão não tinha nem o que comer”, diz Marta. 

Nas casas da região, sobram histórias e retratos de parentes que partiram precocemente. Francisco de Assis, 34, morreu depois de passar o dia anterior todo na roça. “Acordou passando mal e pediu que eu esquentasse sopa. Quando fui ver, tava com a boca cheia de sangue”, diz Rosana de Lima, 34. Ela conta que chegou a remeter Francisco para o Crato, mas não teve jeito. Ele deixou Rosana e a filha de dez anos. 

“Eu não sou nem burra. Só vou votar agora em quem me der alguma coisa”, desabafa Rosana. “Se der ao menos um quilo de feijão, já dá para votar”, completa Marta.

Desinteresse

Entre municípios mais pobres, sentimento de descrédito e desinteresse se repete na maioria dos depoimentos. A mais de 840km da Lagoa dos Crioulos, situação não muito diferente ocorre com a aposentada Maria Lúcia do Nascimento, 61, moradora de Granja - no Norte cearense. 

Ainda se recuperando da morte precoce da filha, falecida há sete meses, Maria não sabe listar os quatro candidatos ao governo do Ceará. Apesar disso, ela afirma que vem acompanhando a eleição como pode. “Outro dia, veio uma moça perguntar em quem vou votar”, conta. 

A entrevista, no entanto, foi interrompida por militantes do ex-secretário de Esportes Gony Arruda (PSD), que distribuíam panfletos entre as casas de taipa sem saneamento. “Minhas filhas são loucas por ele. Votam em quem ele indicar”, diz Maria, apertando o panfleto entre os dedos. 

Em Itatira, a 176km de Fortaleza, dona Maria do Céu, 70, não esquece das mudanças que o Bolsa Família trouxe para dentro de casa: “Voto no Lula e na Dilma”, conta. 
Números
5 Municípios com mais baixos índices de desenvolvimento foram visitados  
0,540 É o IDH de Salitre, o mais baixo do Ceará.
Fonte:http://www.opovo.com.br/app/opovo/dom/2014/09/06/noticiasjornaldom,3310204/o-voto-para-quem-mais-precisa.shtml

PROJETO FAMÍLIA NA ESCOLA - Como preparar bem nossos jovens para futuro?

Professor Valdeni Cfruz



Projeto desenvolvido na Escola Valdemar Alcântara, nas salas do 8º e 9º ano



O projeto Família na Escola pretende criar um diálogo constante sobre a importância da presença da família no processo de escolarização de nossas crianças e jovens, mas de modo especial, aos que já estão no 8º e 9º ano de maneira a favorecer a construção de parceria no desenvolvimento das ações que favoreçam o sucesso escolar e social das crianças atendidas pela instituição.
Um trabalho como esse tem como intuito promover uma interação significativa com os pais, professores, alunos, visando oportunizar vivências que possibilitem o refletir sobre o processo de desenvolvimento das nossas crianças e de nossos jovens, para que possam assumir o compromisso com a aprendizagem informal e formal dos mesmos, colaborando com a construção de horizontes, que terão posteriormente impactos positivos em suas vidas.
Dentro dessa condição, entendemos que a escola é responsável pelo processo do ensino e aprendizagem de nossos educandos como um todo. Porém, como é do conhecimento de grande parte da sociedade, nos últimos anos temos enfrentado grandes desafios no sentido de oferecermos uma educação de qualidade. Quando se fala que temos tido dificuldade, se trata na verdade da mudança de paradigmas que vem ocorrendo na sociedade e, como sabemos, a sociedade é formada por todos nós.  Mas temos uma sociedade bem menor, formada por um número restrito de pessoas. Essa sociedade aqui citada é a família. É desta pequena sociedade que se forma todo um tecido social. É dela que surgem as crianças e os jovens para formar a comunidade escolar.
Ao chegar à escola estas crianças vão revelando quem realmente são. Muitas delas demonstram desde cedo grandes dificuldades em conviver com os demais; outros trazem em si idéias de preconceito, de egocentrismo, de arrogância, comportamento violento e outros em menor ou maior proporção.
No caso dos jovens, percebemos que o que está acontecendo está mais direcionado a rebeldia, o que poderíamos dizer que faz parte de sua idade. Porém, quando aprofundamos nossas observações sobre seus comportamentos, percebemos que em muitos casos existem outras situações bem mais complexas. E, por muitas vezes, chegamos à conclusão de que o problema está dentro de suas próprias casas. Existem situações em que os jovens desejariam estar em qualquer lugar menos dentro de seu próprio lar. Segundo alguns relatos, há jovens que são maltratados tanto de forma física quanto psicológica. Alguns são tratados como qualquer coisa menos como filhos. Quando esses jovens não encontram apoio dentro de casa então se sentem rejeitados e os reflexos dessa rejeição vêm parar dentro escola. Muitos outros apresentam falta de limites, pois os mesmos não recebem o acompanhamento necessário dos pais quanto aos limites que devem ter para poder conviver bem em sociedade e isso gera um desconforto nos educandos na hora que lhes são impostas as regras em sala de aula. A ausência de regras em casa faz com que eles queiram a todo custo quebrar isso, pois não é comum para eles receber um sim quando sim e não quando não.
Existem outros casos freqüentes que é o desinteresse pela aprendizagem, sentimento de solidão, de baixa estima. Desse modo, não veem vantagens ou expectativas para se dedicarem aos estudos. Isso ocorre porque eles se sentem sozinhos. Mesmo que os professores tentem motivá-los alguns deles não reagem à falta de estímulos que deveriam receber em casa.

Diante desses fatos é que pensamos em unir nossas forças a fim de criar mecanismos que levem esses jovens pensarem de maneira mais decidida no seu futuro. Assim sendo, é que pensamos em desenvolver esse projeto, para que juntos despertemos em nossos educandos o desejo de buscarem sentido para suas vidas e a planejarem de maneira mais conscientes seus projetos de vida. Daí a necessidade de ajuda e de apoio que eles têm das famílias das quais fazem parte. Eles precisam sentir segurança nelas para que ao chegar à escola se juntem as idéias de toda a comunidade escolar e assim cresçam essas possibilidades de um futuro mais humano e mais justo, sendo eles mesmos os protagonistas dessas mudanças. 

O projeto foi desenvolvido em 4 etapas.
1º - foi uma grande discussão em sala de aula sobre o tema
2º - foi trabalhador em sala de aula de com recostes e colagens
3º - produção de texto sobre a importância da família
4º - encontro com os pais e os alunos no pátio da escola com apresentação dos alunos, apresentação de vídeos com a temática a respeito da família, palestra.

Confira as imagens.









Piso salarial do professor: saiba quem tem direito ao reajuste nacional

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