A Escola Etelvina Gomes Bezerra viveu três dias de intensos trabalhos internos. A escola assumiu a implantação do Programa Jovens de Futuro. E, para que o projeto seja implantado é preciso um compromisso sério por parte da gestão da escola que deve abraçado por todos os que fazem a mesma, pois o programa visa mudar a realidade da escola em todos os sentidos. Antes, porém, deve-se elaborar um projeto de realização de atividades a serem desenvolvidas dentro da escola que visem a obtenção de resultados. Desse modo, a Diretora da escola convocou
todos os professores que mesmo estando em seu recesso estivessem na escola para elaboração desse projeto. Nem todos puderam estar presentes, mas os que estiveram puderam, além de entender como funcionará o projeto, contribuíram diretamente com a sua elaboração. O projeto foi criado para dar resultados. Portanto, não pode dar errado, visto que será investido recursos financeiros para este fim. O projeto visa diminuir significativamente as deficiências nas disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa. Também deseja preparar os jovens a darem resultados positivos nas avaliações externas: olimpíadas de Matemática, SPAECE, entre outras.
COMO SURGIU O PROGRAMA JOVEM DE FUTURO
Instituto Unibanco
Fundado em 1982, o Instituto Unibanco é o responsável pelo investimento social do conglomerado Unibanco. Sua missão é a de contribuir para o desenvolvimento humano de jovens em situação de vulnerabilidade, por meio da concepção, validação e disseminação de princípios e tecnologias sociais capazes de aumentar a efetividade de políticas públicas, especialmente na área da educação.
Para atingir seus objetivos, o Instituto desenvolve projetos em parceria com governos estaduais e dezenas de organizações da sociedade civil, em todo o país. Em grande parte, esses projetos estão orientados para a melhoria do Ensino Médio oferecido por escolas públicas, considerada uma questão crucial para o futuro da juventude e para o desenvolvimento sustentável do país.
O Instituto Unibanco visa a reforçar no jovem o nexo entre educação e trabalho, por meio da Lei de Aprendizagem; despertar uma visão de futuro, para que ele desenvolva um senso de responsabilidade por suas ações nos campos econômico, social e ambiental; além de ampliar seu universo cultural.
Todas essas ações devem confluir para o jovem que está cursando o Ensino Médio em escolas públicas – foco de atuação do Instituto Unibanco. Seus principais projetos são o Jovem de Futuro e o Entre Jovens.
Missão: contribuir para o desenvolvimento humano de jovens em situação de vulnerabilidade.
Valores: transparência; responsabilidade e co-responsabilidade; excelência dos resultados; conhecimento; coragem de ousar; identidade como força e integração.
Objetivos estratégicos: incentivar e apoiar a formulação de políticas públicas voltadas à juventude; identificar, produzir e disseminar conhecimento sob forma de informações, estudos e tecnologias sociais; garantir padrões de eficiência, eficácia e efetividade para a obtenção de resultados.
O que é o Projeto Jovem de Futuro?
Trata-se de uma ação concebida pelo Instituto Unibanco, e desenvolvida em parceria com governos, para escolas públicas de Ensino Médio, com o objetivo de aumentar o desempenho escolar dos alunos e diminuir os índices de evasão. Para atingir esses objetivos, as escolas participantes recebem apoio técnico e financeiro para a concepção, implantação e avaliação de um Plano de Melhoria de Qualidade, com duração de três anos, ou seja, o ciclo das três séries do Ensino Médio.
As escolas públicas participantes recebem apoio técnico para a elaboração de um plano estratégico, utilizando a metodologia do Marco Lógico, assistência técnica para uma “gestão para resultados” e R$100,00 (cem reais) por aluno do Ensino Médio/ ano, para a implantação desse plano. Em contrapartida, comprometem-se a melhorar substancialmente o desempenho de seus alunos no SAEB - Sistema de Avaliação da Educação Básica – na 3ª série do Ensino Médio, em Língua Portuguesa e em Matemática e a diminuir seus índices de evasão.
Essas escolas têm autonomia para decidir sobre prioridades na alocação dos recursos - já que a comunidade escolar deve ser a protagonista das transformações que considera necessárias - desde que priorizem estratégias de incentivo a professores (fundo de apoio a projetos pedagógicos, capacitação, premiação por frequência e rendimento dos alunos), incentivos para alunos (programa de monitoria, fundo para atividades, premiação por desempenho, fundo para necessidades especiais, acesso à cultura) ou melhoria da infraestrutura.
O Projeto Jovem de Futuro: Melhoria da Qualidade do Ensino Médio baseia-se no princípio de que um pequeno investimento de recursos técnicos e financeiros, colocado à disposição de qualquer escola pública, o qual respeite a autonomia e o protagonismo da comunidade escolar, pode trazer um impacto significativo nos resultados, desde que esteja direcionado para que a comunidade escolar se mobilize em torno de metas e estratégias pactuadas; reforce a gestão para resultados e ofereça incentivos para professores e alunos.
São os seguintes os princípios e premissas do Projeto Jovem de Futuro:
I. Melhorar as condições humanas e materiais do ambiente escolar traz resultados positivos aos estudantes.
II. Todas as partes integrantes da unidade escolar devem estar envolvidas em torno do objetivo comum de transformar a realidade da escola.
III. Envolvimento e compromisso da comunidade escolar se conquistam com motivação.
IV. Indivíduos motivados são causas geradoras de transformação social.
Assim, o Projeto Jovem de Futuro estimula as escolas a implementarem:
• incentivos para professores, tais como premiação por pontualidade e assiduidade, acesso à capacitação, fundos para projetos pedagógicos;
• incentivos para alunos, como bolsas-monitoria, fundos para desenvolvimento de projetos/atividades, premiação por desempenho e , acesso a atividades culturais;
• melhorias no ambiente físico, por meio da aquisição de equipamentos, novos recursos didáticos, materiais pedagógicos e pela realização de pequenos reparos
A melhoria da qualidade da escola e do ensino depende de um processo que garanta a autonomia da comunidade escolar (direção, professores, alunos e pais) na identificação dos fatores que interferem nos resultados de sua ação educativa, além da concepção, implantação e avaliação de um Plano Estratégico de Melhoria de Qualidade.
O Projeto Jovem de Futuro também parte do pressuposto de que cada escola apresenta especificidades que devem ser apuradas e respeitadas, ou seja, que cada escola apresenta necessidades específicas, relacionadas ao clima escolar ou ao apoio e desenvolvimento de projetos pedagógicos. Considerando a pluralidade de circunstâncias das escolas, e as múltiplas dificuldades que encontram, o Projeto prevê a cuidadosa elaboração de um Plano Estratégico de Melhoria de Qualidade, cujo sucesso dependerá de uma análise preliminar e minuciosa das condições e deficiências de cada escola, passo necessário para a imaginação e a realização das soluções adequadas.
Metas
A execução do Projeto Jovem de Futuro está orientada para o alcance de algumas metas fundamentais:
• reduzir em 40% os índices de evasão/abandono escolar, desta etapa de escolaridade;
• aumentar a média da escola, do Ensino Médio em, no mínimo, 25 pontos;
• diminuir em 50% o percentual de alunos no padrão de desempenho “Baixo“, nas disciplinas avaliadas.
Como consequência, o projeto tem ainda como meta a melhoria do IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - das escolas envolvidas. Nesse passo, vale lembrar que o IDEB é constituído por indicadores de rendimento e fluxo escolar, em harmonia com as metas fundamentais do Projeto Jovem do Futuro.
Sabemos que essas metas, mensuráveis através de indicadores, só serão alcançadas por uma mudança mais ampla, e para melhor, de toda a escola. Por isso, o Projeto Jovem do Futuro abriga ainda a ambição de:
(a) fomentar a melhoria do clima escolar, no que se refere ao respeito, solidariedade, disciplina e diminuição da violência;
(b) oferecer condições para a melhoria da formação e das condições de trabalho dos profissionais da escola;
(c) promover uma cultura de avaliação como instrumento de aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem;
(d) apoiar a gestão participativa e guiada por resultados;
(e) contribuir para a melhoria do ambiente físico escolar com relação a instalações e equipamentos.
[1] O IDEB é um indicador sintético adotado pelo MEC – Ministério da Educação – calculado a partir de dois componentes: taxa de aprovação e média de desempenho nos exames padronizados aplicados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. Os índices de aprovação são obtidos a partir do Censo Escolar, realizado anualmente, e as médias de desempenho utilizadas são as do SAEB.
ATENÇÃO: Aqui o projeto está dentro dos propósitos do UNIBANCO quando foi criado. No caso do Ceará, o governo assumiu o projeto e readaptou a realidade do Estado na questão de como será feita a aplicação dos recursos e o total de recursos a serem dispensados.
Para tanto, aqueles professores que estiverem dentro da escola Etelvina este ano terá que dar o seu máximo para que o projeto possa de fato dar certo. Sem o comprometimento de todos o projeto tende também a ficar comprometido.
Professor Valdeni Cruz