Foi emocionante a
eleição do Papa Francisco. Eu estava ao vivo na TV Canção Nova, com o Pe.
Roger, acompanhando a votação dos cardeais. De repente uma ave branca, pousa na
chaminé da Capela Sistina. Seria um sinal de que viria fumaça branca? Mas ainda
era muito cedo, o Conclave mal havia começado...
No entanto, era mesmo
um sinal do céu, logo em seguida saiu a fumaça branca. E eis que surgiu o
cardeal Bergoglio. Um argentino? Que susto? Que surpresa? Ele não estava na
lista dos 30 “possíveis papas” sugeridos pela imprensa...
Foi uma quebra
monumental na história do papado. Sem falar que poucos dias antes o Papa Bento
XVI tinha renunciado, num gesto de heroísmo, humildade e sabedoria, assustando
a todos... Desde 1414 um papa não renunciava. O último foi Gregório XII para
por fim no Cisma do Ocidente, onde a Igreja tinha um Papa e dois antipapas.
E logo outra novidade,
um Papa Jesuíta; como nunca houve na história da Igreja. Um Papa argentino;
como nunca houve antes um Papa da América. Há mais de 1270 anos não havia um
papa que não fosse europeu. O último não europeu foi S. Gregório III (731-741),
da Síria, Ásia.
Enfim, a eleição de
Francisco “quebrou todos os tabus”. Isto mostra que Deus tem algo novo para a
Sua Igreja. E de fato estamos notando. Bastou um ano de pontificado para ficar
claro, muito claro, o que o Papa deseja para a Igreja. Exatamente tudo que o
Concílio Vaticano II pediu, mas que não foi realizado. Não disse o Papa João
Paulo II, na “Tercio Millenio Adveniente” que a Igreja estava em dívida com o
Concílio? Não disse Bento XVI que era preciso retornar ao Concílio? Pois bem,
Deus mandou um Papa para realizar o que seus predecessores pediram.
Francisco veio para
“mudar o mundo”, levar a Igreja a recuperar o papel regenerador da humanidade
que ela sempre ocupou.
Atacada pelos pecados
de uma minoria de seus filhos, ela ficou na defesa; agora Francisco está
fazendo ela “jogar no ataque”. Deixou de ficar acuada sem motivo. Além disso,
ele tomou logo a decisão de “arrumar a casa”. A Igreja teve dois papas santos,
mas cansados, então, alguns aproveitaram para fazer as coisas como queriam no
Vaticano. Francisco se impôs. A reforma na Igreja começou. Não é uma reforma
“da” Igreja, mas “na” Igreja. Ele já deixou claro que não vai mudar nada na
doutrina, mas na pastoral.
Sua enorme Exortação
Apostólica, com 287 parágrafos, “Evangelii Gaudem” mostrou o Programa do seu
pontificado. Nada de novo em doutrina, tudo de novo em pastoral. Quer uma
Igreja que se abra, que saia do centro...
O povo logo o entendeu,
compreendeu a sua “reta intenção” de servir a Igreja como Cristo, que se
“entregou por ela” (Ef 5,25). No Brasil, na JMJ, ele mostrou seu amor a cada
ovelha do seu Rebanho. Abriu diálogo com todos, “abraçou a todos sem julgar
ninguém”, mostrou que o que mais vale para Jesus é a misericórdia, a
proximidade com cada ovelha, para “sentir o seu cheiro”, e abraçar a carne de
Cristo no pobre e no doente que padece. Ele foi a Lampedusa acolher os mortos
da imigração, foi a Assis, falou da pobreza e dos problemas econômicos do
mundo...
Enfim, como estão
dizendo os vaticanólogos, como Andrea Tornielli, o Papa “quer ver a Igreja em
caminho”. Para tal ele já convocou um Consistório dos cardeais, e um Sínodo
sobre a família.
Ele veio para dizer que
“ninguém é esquecido por Deus”; por isso ele vai direto às pessoas, sem
intermediários.
Que beleza! É o Espírito
Santo renovando a face da terra e o coração da Igreja, para renovar o mundo.
Mais uma vez.
Fonte: https://www.facebook.com/PFelipeAquino/posts/439083722888371:0
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