quinta-feira, 13 de março de 2014

1 ANO DE PONTIFICADO DE PAPA FRANCISCO - O QUE ESTE PAPA TRAZ DE NOVO?



Foi emocionante a eleição do Papa Francisco. Eu estava ao vivo na TV Canção Nova, com o Pe. Roger, acompanhando a votação dos cardeais. De repente uma ave branca, pousa na chaminé da Capela Sistina. Seria um sinal de que viria fumaça branca? Mas ainda era muito cedo, o Conclave mal havia começado...

No entanto, era mesmo um sinal do céu, logo em seguida saiu a fumaça branca. E eis que surgiu o cardeal Bergoglio. Um argentino? Que susto? Que surpresa? Ele não estava na lista dos 30 “possíveis papas” sugeridos pela imprensa...

Foi uma quebra monumental na história do papado. Sem falar que poucos dias antes o Papa Bento XVI tinha renunciado, num gesto de heroísmo, humildade e sabedoria, assustando a todos... Desde 1414 um papa não renunciava. O último foi Gregório XII para por fim no Cisma do Ocidente, onde a Igreja tinha um Papa e dois antipapas.

E logo outra novidade, um Papa Jesuíta; como nunca houve na história da Igreja. Um Papa argentino; como nunca houve antes um Papa da América. Há mais de 1270 anos não havia um papa que não fosse europeu. O último não europeu foi S. Gregório III (731-741), da Síria, Ásia.

Enfim, a eleição de Francisco “quebrou todos os tabus”. Isto mostra que Deus tem algo novo para a Sua Igreja. E de fato estamos notando. Bastou um ano de pontificado para ficar claro, muito claro, o que o Papa deseja para a Igreja. Exatamente tudo que o Concílio Vaticano II pediu, mas que não foi realizado. Não disse o Papa João Paulo II, na “Tercio Millenio Adveniente” que a Igreja estava em dívida com o Concílio? Não disse Bento XVI que era preciso retornar ao Concílio? Pois bem, Deus mandou um Papa para realizar o que seus predecessores pediram.

Francisco veio para “mudar o mundo”, levar a Igreja a recuperar o papel regenerador da humanidade que ela sempre ocupou.

Atacada pelos pecados de uma minoria de seus filhos, ela ficou na defesa; agora Francisco está fazendo ela “jogar no ataque”. Deixou de ficar acuada sem motivo. Além disso, ele tomou logo a decisão de “arrumar a casa”. A Igreja teve dois papas santos, mas cansados, então, alguns aproveitaram para fazer as coisas como queriam no Vaticano. Francisco se impôs. A reforma na Igreja começou. Não é uma reforma “da” Igreja, mas “na” Igreja. Ele já deixou claro que não vai mudar nada na doutrina, mas na pastoral.

Sua enorme Exortação Apostólica, com 287 parágrafos, “Evangelii Gaudem” mostrou o Programa do seu pontificado. Nada de novo em doutrina, tudo de novo em pastoral. Quer uma Igreja que se abra, que saia do centro...

O povo logo o entendeu, compreendeu a sua “reta intenção” de servir a Igreja como Cristo, que se “entregou por ela” (Ef 5,25). No Brasil, na JMJ, ele mostrou seu amor a cada ovelha do seu Rebanho. Abriu diálogo com todos, “abraçou a todos sem julgar ninguém”, mostrou que o que mais vale para Jesus é a misericórdia, a proximidade com cada ovelha, para “sentir o seu cheiro”, e abraçar a carne de Cristo no pobre e no doente que padece. Ele foi a Lampedusa acolher os mortos da imigração, foi a Assis, falou da pobreza e dos problemas econômicos do mundo...
Enfim, como estão dizendo os vaticanólogos, como Andrea Tornielli, o Papa “quer ver a Igreja em caminho”. Para tal ele já convocou um Consistório dos cardeais, e um Sínodo sobre a família.

Ele veio para dizer que “ninguém é esquecido por Deus”; por isso ele vai direto às pessoas, sem intermediários.


Que beleza! É o Espírito Santo renovando a face da terra e o coração da Igreja, para renovar o mundo. Mais uma vez.

Fonte: https://www.facebook.com/PFelipeAquino/posts/439083722888371:0

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