Professor Valdeni Cruz
Penso que o ambiente
escolar precisa se tornar por excelência o lugar do debate de ideias e de
propósitos pedagógicos frutíferos. Devemos eliminar de nossas conversas o
pessimismo, a descrença e a desmotivação desnecessária.
Durante esses anos de
experiência no campo da educação, tenho presenciado quase que constantemente os
mais diversos tipos de comentários nas horas de planejamento coletivo, na hora
de elaborar um projeto na hora de aplicar uma nova metodologia e eventos na
escola. Os comentários são repetitivos: não vai dar certo; é muito trabalho; é
só pra ter raiva; ninguém quer fazer nada; só sobra pra mim; é muita besteira e
por ai se segue.
Claro, a maiorias de
nossos colegas ainda continuam acreditando e fazendo a diferença. Percebemos
que mesmo em meio a tanta descrença e desvalorização, existem os que insistem
em acreditar que é possível deixar marcas positivas. São aqueles que não perdem
a motivação. Quando dizem que não tem mais jeito eles estão pesando uma nova
estratégia, uma nova tentativa e colocando em prática a decisão tomada. É
a incansável busca de novos horizontes,
novas possibilidades.
Sabemos que a educação
brasileira é fraca, desacreditada, levada de qualquer jeito. Também é verdade
que os profissionais da educação são desvalorizados e a preocupação dos
governantes com uma educação de qualidade ainda está muito a quem. Porém, não
podemos nos abater. Afinal, foi à profissão que escolhemos exercer. Além de que
como em todas as profissões, esta também tem suas peculiaridades, suas
desilusões, mas sem sombra de duvidas, têm seus privilégios, seus encantos, seu
dinamismo próprio. Levar essa profissão de qualquer jeito seria um desperdício
de talentos e de oportunidades de exercermos e de preparar as pessoas para o exercício
pleno da cidadania.
É preciso acima de
tudo, de postura, de ação concreta e eficaz. Talvez não consigamos salvar o
mundo se mudarmos nosso jeito de ser e de agir, mas com certeza conseguiremos
fazer a diferença onde tudo parece comum, tradicional e com cara de mesmice. Se
agirmos assim, estejamos certos, no mínimo salvaremos nossa capacidade criativa,
nosso modo de pensar o mundo e a realidade que nos cerca.
O homem é fruto do
meio. Nós somos aquilo que pensamos ou o que pensam de nós. Entretanto, temos a
possibilidade de ser aquilo queremos ser e pensar o modo de como queremos ser e
viver.
É preciso mudar o
discurso e acima de tudo, a prática.
O mundo precisa de
atitudes positivas e otimistas. Faz-se necessário encontrar o caminho certo
para se chegar aonde se quer chegar. Enxergar bem o caminho e ter certeza do
sucesso. Nesse caso, o sucesso de nosso trabalho.
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