Por , iG São Paulo |
Pesquisa aponta que a vida está melhor neste ano para 67% dos entrevistados, mas só 2% relaciona a evolução ao governo. Para 31% deles, Deus e a Fé são os responsáveis pela melhora
A maioria dos brasileiros acredita que a vida melhorou no último ano, mas atribui essa condição ao próprio esforço e a Deus, segundo revelou a pesquisa "A Relação dos Brasileiros com os Serviços Públicos", realizada e divulgada pelo Instituto Data Popular nesta quinta-feira (24).
Outro levantamento: Saúde é a maior preocupação do brasileiro, diz pesquisa
Segundo o levantamento, que ouviu 3 mil pessoas, 67% dos brasileiros acreditam que a vida melhorou desde o último ano. Dos que acharam que a vida melhorou, 52% dos entrevistados avaliam que a melhora foi resultado do próprio esforço. Outros 31% colocam Deus e a Fé como responsáveis pela melhora, enquanto 13% citam a família. O governo é responsável pela melhoria das condições de vida para apenas 2% dos entrevistados, de acordo com o levantamento. A sorte (1%) e o patrão (1%) também são citados pelos entrevistados.
O levantamento mostrou também que, apesar de não considerar o governo responsável pela melhora de vida, os brasileiros querem um governo presente no dia a dia. Segundo o levantamento, 66% dos entrevistados acreditam que quanto mais benefícios o governo prover, mais qualidade de vida terão os cidadãos. Ainda de acordo com a pesquisa, 61% da população acha que o governo deve atuar com força na economia para evitar abusos das empresas.
A pesquisa também indicou que mesmo considerando a carga tributária muito alta, os brasileiros são favoráveis a oferta de serviços custeados pelo Estado. Para 91% dos entrevistados, o governo deveria custear plenamente a saúde e educação (básica e creches) e 84% acreditam que os remédios deveriam ser pagos pelo Estado. Segundo 72% dos entrevistados, o Estado deveria custear o ensino superior e 56% deles acreditam que o transporte público deve ser responsabilidade do Estado, e 54% acham que a internet deveria ser paga pelo governo.
Na avaliação geral com a comparação entre os serviços públicos e privados, o brasileiro deu nota 3,95 para os serviços públicos e 5,1 para os serviços privados. As notas vão de zero a 10.
Quando o assunto é educação, o brasileiro dá nota 4,56 para o serviço público e 6,9 para privado. Os entrevistados teriam que dar nota de zero a 10. Apenas 41% consideram a educação privada boa (31%) ou ótima (10%). No entanto, 82% dos entrevistados disseram que colocariam os filhos em escolas particulares, se tivessem oportunidade.
Em relação à saúde, os brasileiros deram 3,73 para o serviço público e 4,9 para o privado. Segundo o levantamento, 29% aprovam a saúde pública como a avaliação boa (23%) ou ótima (6%) e 53% consideram o serviço público ruim ou péssimo.
O brasileiro deu nota 3,64 para a segurança e 52% consideram que o serviço é ruim ou péssimo. A maior parte (77%) considera que a violência aumentou muito na cidade onde mora. A pesquisa foi realizada em 63 municípios do País, em todas as regiões.
O estudo mostrou ainda que o brasileiro não está satisfeito com o transporte público. A nota de avaliação do serviço foi 3,87 e 45% dos brasileiros consideram o transporte público ruim ou péssimo. Apenas 35% consideram o serviço bom ou ótimo.
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