segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Depressão, você sabe quais são os sintomas?




Generalidades
Depressão é uma palavra freqüentemente usada para descrever nossos sentimentos. Todos se sentem "para baixo" de vez em quando, ou de alto astral às vezes e tais sentimentos são normais. A depressão, enquanto evento psiquiátrico é algo bastante diferente: é uma doença como outra qualquer que exige tratamento. Muitas pessoas pensam estar ajudando um amigo deprimido ao incentivarem ou mesmo cobrarem tentativas de reagir, distrair-se, de se divertir para superar os sentimentos negativos. Os amigos que agem dessa forma fazem mais mal do que bem, são incompreensivos e talvez até egoístas. O amigo que realmente quer ajudar procura ouvir quem se sente deprimido e no máximo aconselhar ou procurar um profissional quando percebe que o amigo deprimido não está só triste.
Uma boa comparação que podemos fazer para esclarecer as diferenças conceituais entre a depressão psiquiátrica e a depressão normal seria comparar com a diferença que há entre clima e tempo. O clima de uma região ordena como ela prossegue ao longo do ano por anos a fio. O tempo é a pequena variação que ocorre para o clima da região em questão. O clima tropical exclui incidência de neve. O clima polar exclui dias propícios a banho de sol. Nos climas tropical e polar haverá dias mais quentes, mais frios, mais calmos ou com tempestades, mas tudo dentro de uma determinada faixa de variação. O clima é o estado de humor e o tempo as variações que existem dentro dessa faixa. O paciente deprimido terá dias melhores ou piores assim como o não deprimido. Ambos terão suas tormentas e dias ensolarados, mas as tormentas de um, não se comparam às tormentas do outro, nem os dias de sol de um, se comparam com os dias de sol do outro. Existem semelhanças, mas a manifestação final é muito diferente. Uma pessoa no clima tropical ao ver uma foto de um dia de sol no pólo sul tem a impressão de que estava quente e que até se poderia tirar a roupa para se bronzear. Este tipo de engano é o mesmo que uma pessoa comete ao comparar as suas fases de baixo astral com a depressão psiquiátrica de um amigo. Ninguém sabe o que um deprimido sente, só ele mesmo e talvez quem tenha passado por isso. Nem o psiquiatra sabe: ele reconhece os sintomas e sabe tratar, mas isso não faz com que ele conheça os sentimentos e o sofrimento do seu paciente.


Como é? 
Os sintomas da depressão são muito variados, indo desde as sensações de tristeza, passando pelos pensamentos negativos até as alterações da sensação corporal como dores e enjôos. Contudo para se fazer o diagnóstico é necessário um grupo de sintomas centrais:

  • Perda de energia ou interesse
  • Humor deprimido
  • Dificuldade de concentração
  • Alterações do apetite e do sono
  • Lentificação das atividades físicas e mentais
  • Sentimento de pesar ou fracasso
Os sintomas corporais mais comuns são sensação de desconforto no batimento cardíaco, constipação, dores de cabeça, dificuldades digestivas. Períodos de melhoria e piora são comuns, o que cria a falsa impressão de que se está melhorando sozinho quando durante alguns dias o paciente sente-se bem. Geralmente tudo se passa gradualmente, não necessariamente com todos os sintomas simultâneos, aliás, é difícil ver todos os sintomas juntos. Até que se faça o diagnóstico praticamente todas as pessoas possuem explicações para o que está acontecendo com elas, julgando sempre ser um problema passageiro.

Outros sintomas que podem vir associados aos sintomas centrais são: 
  • Pessimismo
  • Dificuldade de tomar decisões
  • Dificuldade para começar a fazer suas tarefas
  • Irritabilidade ou impaciência
  • Inquietação
  • Achar que não vale a pena viver; desejo de morrer
  • Chorar à-toa
  • Dificuldade para chorar
  • Sensação de que nunca vai melhorar, desesperança...
  • Dificuldade de terminar as coisas que começou
  • Sentimento de pena de si mesmo
  • Persistência de pensamentos negativos
  • Queixas freqüentes
  • Sentimentos de culpa injustificáveis
  • Boca ressecada, constipação, perda de peso e apetite, insônia, perda do desejo sexual

Diferentes tipo de depressão
Basicamente existem as depressões monopolares (este não é um termo usado oficialmente) e a depressão bipolar (este termo é oficial). O transtorno afetivo bipolar se caracteriza pela alternância de fases deprimidas com maníacas, de exaltação, alegria ou irritação do humor. A depressão monopolar só tem fases depressivas. 


Depressão e doenças cardíacas
Os sintomas depressivos apesar de muito comuns são pouco detectados nos pacientes de atendimento em outras especialidades, o que permite o desenvolvimento e prolongamento desse problema comprometendo a qualidade de vida do indivíduo e sua recuperação. Anteriormente estudos associaram o fumo, a vida sedentária, obesidade, ao maior risco de doença cardíaca. Agora, pelas mesmas técnicas, associa-se sintoma depressivo com maior risco de desenvolver doenças cardíacas. A doença cardíaca mais envolvida com os sintomas depressivos é o infarto do miocárdio. Também não se pode concluir apressadamente que depressão provoca infarto, não é assim. Nem todo obeso, fumante ou sedentário enfarta. Essas pessoas enfartam mais que as pessoas fora desse grupo, mas a incidência não é de 100%. Da mesma forma, a depressão aumenta o risco de infarto, mas numa parte dos pacientes. Está sendo investigado.


Depressão no paciente com câncer
A depressão costuma atingir 15 a 25% dos pacientes com câncer. As pessoas e os familiares que encaram um diagnóstico de câncer experimentarão uma variedade de emoções, estresses e aborrecimentos. O medo da morte, a interrupção dos planos de vida, perda da auto-estima e mudanças da imagem corporal, mudanças no estilo social e financeiro são questões fortes o bastante para justificarem desânimo e tristeza. O limite a partir de qual se deve usar antidepressivos não é claro, dependerá da experiência de cada psiquiatra. A princípio sempre que o paciente apresente um conjunto de sintomas depressivos semelhante ao conjunto de sintomas que os pacientes deprimidos sem câncer apresentam, deverá ser o ponto a partir do qual se deve entrar com medicações.
Existem alguns mitos sobre o câncer e as pessoas que padecem dele, tais como"os portadores de câncer são deprimidos". A depressão em quem tem câncer é normal, o tratamento da depressão no paciente com câncer é ineficaz. A tristeza e o pesar são sentimentos normais para uma pessoa que teve conhecimento da doença. Questões como a resposta ao tratamento, o tempo de sobrevida e o índice de cura entre pacientes com câncer com ou sem depressão estão sendo mais enfocadas do que a investigação das melhores técnicas para tratamento da depressão.
Normalmente a pessoa que fica sabendo que está com câncer torna-se durante um curto espaço de tempo descrente, desesperada ou nega a doença. Esta é uma resposta normal no espectro de emoções dessa fase, o que não significa que sejam emoções insuperáveis. No decorrer do tempo o humor depressivo toma o lugar das emoções iniciais. Agora o paciente pode ter dificuldade para dormir e perda de apetite. Nessa fase o paciente fica ansioso, não consegue parar de pensar no seu novo problema e teme pelo futuro. As estatísticas mostram que aproximadamente metade das pessoas conseguirá se adaptar a essa situação tão adversa. Com isso estas pessoas aceitam o tratamento e o novo estilo de vida imposto não fica tão pesado.


A identificação da depressão
Para afirmarmos que o paciente está deprimido temos que afirmar que ele sente-se triste a maior parte do dia quase todos os dias, não tem tanto prazer ou interesse pelas atividades que apreciava, não consegue ficar parado e pelo contrário movimenta-se mais lentamente que o habitual. Passa a ter sentimentos inapropriados de desesperança desprezando-se como pessoa e até mesmo se culpando pela doença ou pelo problema dos outros, sentindo-se um peso morto na família. Com isso, apesar de ser uma doença potencialmente fatal, surgem pensamentos de suicídio. Esse quadro deve durar pelo menos duas semanas para que possamos dizer que o paciente está deprimido.


Causa da Depressão
A causa exata da depressão permanece desconhecida. A explicação mais provavelmente correta é o desequilíbrio bioquímico dos neurônios responsáveis pelo controle do estado de humor. Esta afirmação baseia-se na comprovada eficácia dos antidepressivos. O fato de ser um desequilíbrio bioquímico não exclui tratamentos não farmacológicos. O uso continuado da palavra pode levar a pessoa a obter uma compensação bioquímica. Apesar disso nunca ter sido provado, o contrário também nunca foi.
Eventos desencadeantes são muito estudados e de fato encontra-se relação entre certos acontecimentos estressantes na vida das pessoas e o início de um episódio depressivo. Contudo tais eventos não podem ser responsabilizados pela manutenção da depressão. Na prática a maioria das pessoas que sofre um revés se recupera com o tempo. Se os reveses da vida causassem depressão todas as pessoas a eles submetidos estariam deprimidas e não é isto o que se observa. Os eventos estressantes provavelmente disparam a depressão nas pessoas predispostas, vulneráveis. Exemplos de eventos estressantes são perda de pessoa querida, perda de emprego, mudança de habitação contra vontade, doença grave, pequenas contrariedades não são consideradas como eventos fortes o suficiente para desencadear depressão. O que torna as pessoas vulneráveis ainda é objeto de estudos. A influência genética como em toda medicina é muito estudada. Trabalhos recentes mostram que mais do que a influência genética, o ambiente durante a infância pode predispor mais as pessoas. O fator genético é fundamental uma vez que os gêmeos idênticos ficam mais deprimidos do que os gêmeos não idênticos.

Última Atualização: 8-10-2004
Ref. Bibliograf:
 Liv 01 Liv 19 Liv 03 Liv 17 Liv 13 Eur. Psychiatry 2001; 16: 327-335
Relapse and Recurrence Prevention in Major Depression
JG storesum
J Psychiatry Res. 2000; 48: 493-500
Severe Depression is Associated with Markedly Reduced Heart Rate?
Phillis K Stein Psychiatry Research 2001; 104: 175-181
Symptoms of Atypical Depression
Michael Posternak

http://www.psicosite.com.br/tra/hum/depressao.htm

A INTOLERÂNCIA OCIDENTAL




Caro Internauta, veja s[o esta notícia! Nossa sociedade ocidental é doente e seu conceito de liberdade e direito vão se degenerando cada vez mais. É direito andar semi-nu na rua, é direito e louvável fazer passeata gay, é direito gritar pela maconha, são direito quaisquer imoralidades, mas utilizar uma vestimenta que reflita sua convicção religiosa é escandaloso... Leia isto e pense. Onde vamos chegar? Hoje são nossos vizinhos; amanhã seremos nós!

A francesa muçulmana Hind Ahmas, que foi a primeira pessoa a ser condenada pela Justiça francesa por usar o niqab, um véu que deixa apenas os olhos à mostra, diz “ser insultada todos os dias” ao caminhar pelas ruas com o rosto coberto. O uso da vestimenta em locais públicos foi proibido por lei na França desde abril passado.
“São insultos pessoais ou contra os muçulmanos. Normalmente, as pessoas gritam grosserias pelas janelas dos carros ou esperam que eu me distancie delas nas calçadas para me ofender”, contou Ahmas em entrevista à BBC Brasil. “Sou chamada de lixo, de terrorista, extremista ou me dizem para eu voltar para o Afeganistão”, diz ela. Hind afirma que não sofre pressões por parte de membros da família ou homens muçulmanos para cobrir o rosto. “Vivo como qualquer mulher, a única diferença é a minha escolha de vestimenta”, afirma Ahmas, que é divorciada e mãe de uma garota de quatro anos.
A França é o primeiro país europeu a aplicar a proibição do uso do véu que cobre parcialmente ou totalmente o rosto em qualquer espaço público, como transportes, lojas, parques, escolas e repartições. Na semana passada, a Justiça condenou Ahmas, 32 anos, e Najate Naït Ali, 36 anos, a multas de 120 e 80 euros, respectivamente (cerca de R$ 300 e R$ 200). A multa máxima prevista na lei é de 150 euros. “Retirar o niqab significaria renegar minha fé”. Faz quase sete anos que uso o véu integral, muito antes das discussões sobre a lei. Não cubro o rosto por provocação ou porque o assunto está na moda”, diz ela, que mora em Aulnay-sous-Bois, uma periferia pobre de Paris. Mas, por enquanto, ela só foi parada nas ruas pela polícia “quatro ou cinco vezes”, sendo que em um dos casos foi algemada e levada para a delegacia. “Eles queriam me revistar e exigi que fosse uma policial feminina. Mas não precisavam me algemar, foi abuso de autoridade.” Nos outros controles de identidade, ela aceitou ir à delegacia ou mostrou seu rosto na rua aos policiais em áreas de menor movimento.

 A francesa muçulmana Hind Ahmas



 Escrito por Dom Henrique 

Evangelho de Lucas 9,46-50


Segunda-feira, 26 de setembro de 2011

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 46houve entre os discípulos uma discussão, para saber qual deles seria o maior. 47Jesus sabia o que estavam pensando. Pegou então uma criança, colocou-a junto de si 48e disse-lhes: “Quem receber esta criança em meu nome, estará recebendo a mim. E quem me receber, estará recebendo aquele que me enviou. Pois aquele que entre todos vós for o menor, esse é o maior”.
49João disse a Jesus: “Mestre, vimos um homem que expulsa demônios em teu nome. Mas nós lho proibimos, porque não anda conosco”. 50Jesus disse-lhe: “Não o proibais, pois quem não está contra vós, está a vosso favor”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


26 DE SETEMBRO DIA DE SÃO COSME E SÃO DAMIÃO



São Cosme e São DamiãoHoje, lembramos dois dos santos mais citados na Igreja: Cosme e Damião. Eram irmãos gêmeos, médicos de profissão e santos na vocação da vida. Viveram no Oriente e, desde jovens, eram habilidosos médicos. Com a conversão passaram a ser também missionários, ou seja, aproveitando a ciência com a confiança no poder da oração levavam a muitos a saúde do corpo e da alma.

Viveram na Ásia Menor, até que diante da perseguição de Diocleciano, no ano 300 da era cristã, foram presos pois eram considerados inimigos dos deuses e acusados de usar feitiçarias e meios diabólicos para disfarçar as curas. Tendo em vista esta acusação, a resposta deles era sempre:

"Nós curamos as doenças, em nome de Jesus Cristo e pelo Seu poder!"

Diante da insistência, quanto à adoração aos deuses, responderam: "Teus deuses não têm poder algum, nós adoramos o Criador do céu e da terra!"

Jamais abandonaram a fé e foram decapitados em 303. São considerados os padroeiros dos farmacêuticos, médicos e das faculdades de medicina.


São Cosme e São Damião, rogai por nós!



FONTE: CANÇÃO NOVA

domingo, 25 de setembro de 2011

Papa pede Igreja alemã unida mas deixa sabor a frustração


Bento XVI despediu-se da viagem à Alemanha com apelos a uma Igreja mais despojada
Bento XVI repetiu a necessidade de ser firme na fé contra os ventos da secularizaçãoBento XVI repetiu a necessidade de ser firme na fé contra os ventos da secularização (Max Rossi/Reuters)
 Bento XVI apelou este domingo a que os católicos alemães permaneçam fiéis à Igreja e ao Papa, criticando ao mesmo tempo as divisões no interior da comunidade católica e apelando a mais convicção e a um maior despojamento nas estruturas da Igreja.




No seu regresso a Roma, depois de concluir a terceira viagem à Alemanha desde que foi eleito Papa, Bento XVI deixou no entanto, atrás de si, algum sabor a decepção em relação a expectativas ecuménicas. Mas o próprio tratou de desfazer essas ilusões, quando afirmou que os líderes católicos e protestantes não fazem nem anunciam acordos como os políticos.

Na missa, celebrada em Friburgo perante umas 100 mil pessoas, o Papa pediu aos católicos que ultrapassem as suas querelas internas “nestes tempos de perigo e mudança radical” e de “crise de fé”.

“A Igreja na Alemanha ultrapassará os seus grandes desafios do presente (...) se os padres, as pessoas consagradas e os leigos crentes em Cristo colaborarem na unidade”, afirmou o Papa Ratzinger, citado pela Reuters.

Perante a multidão, que incluía também pessoas idas da Suíça e da França, a poucos quilómetros dali, Bento XVI acrescentou que a Igreja “continuará a ser uma bênção para a comunidade católica mundial se ela permanecer unida aos sucessores de São Pedro e dos apóstolos” – uma forma de dizer o Papa e os bispos.

Estes apelos à unidade são compreensíveis tendo em conta o ambiente da Igreja Católica na Alemanha. Muitos crentes são críticos de várias posições do Vaticano. Há uma década, os bispos alemães foram forçados a fechar os centros de atendimento católicos a grávidas, por neles se prever a possibilidade de aborto em instituições estatais.

Há mais de duas décadas, quando João Paulo II tinha acabado de ser eleito, dezenas de teólogos assinaram a Declaração de Colónia, a pedir mais liberdade de investigação na Igreja. E já este ano, outros 150 teólogos de língua alemã (Alemanha, Áustria e Suíça) repetiram esses pedidos e reclamaram a necessidade de mudanças na doutrina moral católica.

Também vários grupos que contestam diversas posições tradicionais no campo da moral sexual e familiar nasceram nos países de língua alemã. É o caso do movimento internacional Nós Somos Igreja e da rede ecuménica A Igreja da Base, muito difundida na Alemanha.

Em vários dos seus discursos nesta terceira viagem ao país onde nasceu há 84 anos, Bento XVI repetiu a necessidade de ser firme na fé contra os ventos da secularização. E, perante uma realidade em que um terço da população é protestante e outro terço católico, o Papa receia uma “protestantização” do catolicismo, em que cada pessoa decida aquilo em que quer acreditar. Apesar de um dos pontos mais importantes do programa ter saído o encontro com responsáveis da Igreja Luterana Alemã, no convento dos padres agostinhos, onde viveu Martinho Lutero, iniciador da Reforma protestante.

Nesse elogio, o Papa pediu aos luteranos que sejam mais seguidores de Lutero, reencontrando a sua “luta interior” e espiritual na busca de Deus, que o reformado protagonizou.

Hoje mesmo, Ratzinger repetiu os apelos a uma Igreja convicta da sua missão. “Os agnósticos que, sobre a questão de Deus, não encontram a paz, as pessoas que sofrem por causa dos nossos pecados e têm o desejo de um coração puro, estão mais próximas do reino de Deus que os fiéis rotineiros.”

Já na quinta-feira, pouco depois da sua chegada a Berlim, perante os deputados federais do Bundestag, o Papa referiu a “crise de fé” que atravessa as sociedades ocidentais e fez um elogio da liberdade. Para defender também que os políticos católicos se devem opor a leis que violem a dignidade humana segundo a perspectiva católica.

Uma outra crítica foi para o poder da Igreja, que o Papa considera demasiado instalada e com pouca espiritualidade. Bento XVI referiu que a supressão de privilégios faz bem à Igreja Católica e permite uma profunda “libertação”. A História veio mesmo “em ajuda da Igreja”, afirmou, “através de diversos períodos de secularização que contribuíram para a sua purificação e reforma interior”.

Implícitos nesta afirmação, feita perante católicos que trabalham em estruturas sociais, estavam acontecimentos como a Revolução Francesa e a unificação italiana ou regimes como os comunistas, que tiraram muitos bens e territórios à Igreja Católica. Na missa ao ar livre, celebrada no aeródromo de Friburgo, sob um céu ensolarado na descrição da AFP, Ratzinger parecia fatigado, relata a agência, que refere que a mesma situação se repetiu em outras ocasiões. Mas o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse que o Papa estava bem e mostrou-se mesmo surpreendido com a resistência de Bento XVI à fadiga própria do rimo intenso da viagem.

Ao evocar os “escândalos dolorosos” de que foram responsáveis os “anunciadores da fé” – numa referência aos casos de pedofilia protagonizados por membros do clero – o Papa evocou outro tema importante desta viagem: abalada por casos de abusos sexuais sobre crianças e jovens, a Igreja alemã tem tentado reagir com a tomada de medidas e a criação de organismos independentes que investiguem a situação.

Na sexta-feira, Bento XVI encontrou-se com cinco vítimas de abusos, tal como já fizera em outras viagens. Mas várias associações criticaram o gesto, considerando-o insuficiente e inconsequente. No ano passado, 181 mil pessoas deixaram de pagar o imposto religioso, e muitos fizeram-no por causa do escândalo de pedofilia.



http://www.publico.pt/Mundo/papa-pede-igreja-alema-unida-mas-deixa-sabor-a-frustracao--1513648?all=1

Evangelho de Mateus 21,28-32

Domingo, 25 de setembro de 2011


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, Jesus disse aos sacerdotes e anciãos do povo:
28“Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, ele disse: ‘Filho, vai trabalhar hoje na vinha!’ 29O filho respondeu: ‘Não quero’. Mas depois mudou de opinião e foi.
30O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu: ‘Sim, senhor, eu vou’. Mas não foi.
31Qual dos dois fez a vontade do Pai?”
Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “O primeiro”.
Então Jesus lhes disse: “Em verdade eu vos digo que os cobradores de impostos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. 32Porque João veio até vós, num caminho de justiça, e vós não acreditastes nele. Ao contrário, os cobradores de impostos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes para crer nele”.

A Igreja precisa mudar? reflete Bento XVI na viagem à Alemanha

Kelen Galvan

Da Redação


Site Oficial da visita
Bento XVI no encontro com os católicos comprometidos na Igreja e na sociedade, em Friburgo, neste domingo, 25
Há décadas, vemos uma diminuição da prática religiosa e percebemos o afastamento de grande número de batizados da vida da Igreja, disse o Papa Bento XVI no encontro com os católicos comprometidos na Igreja e na sociedade, em Friburgo, neste domingo, 25, último dia de sua viagem à Alemanha.

Diante dessa situação, surge a pergunta: Porventura não deverá a Igreja mudar? Não deverá ela, nos seus serviços e nas suas estruturas, adaptar-se ao tempo presente, para chegar às pessoas de hoje que vivem em estado de busca e na dúvida?

O Santo Padre recordou um pequeno episódio que traz dois ensinamentos. "Uma vez alguém pediu a beata Madre Teresa para dizer qual seria, segundo ela, a primeira coisa a mudar na Igreja. A sua reposta foi: tu e eu!".

Acesse
.: NA ÍNTEGRA: Discurso do Papa aos católicos


Em primeiro lugar, essa resposta diz que "a Igreja não são apenas os outros ou a hierarquia..., mas somos todos nós, os batizados". Por outro lado, a religiosa parte do pressuposto de que há uma necessidade de mudança, por isso "cada cristão e a comunidade dos crentes são chamados a uma contínua conversão".

Mas como acontecerá essa mudança? reflete o Papa. Para ele, o motivo fundamental da mudança é a "missão apostólica" dos discípulos e da própria Igreja, que "deve verificar incessantemente a sua fidelidade a esta missão".

Desmundanizar a Igreja

Bento XVI disse que, devido às pretensões e condicionamentos do mundo, o testemunho cristão muitas vezes fica ofuscado e a mensagem do Evangelho acaba relativizada. E explicou que "para cumprir a sua missão, ela [a Igreja] deverá continuamente manter a distância do seu ambiente, deve por assim dizer 'desmundanizar-se'".

A Igreja, afirma o Papa, encontra o seu sentido exclusivamente no compromisso de "ser instrumento da redenção, de permear o mundo com a palavra de Deus e de transformá-lo introduzindo-o na união de amor com Deus".

Entretanto, ao longo do desenvolvimento da Igreja, muitas vezes manifestou-se uma tendência contrária a isso: a de uma Igreja que se acomoda neste mundo, torna-se autossuficiente e se adapta aos critérios do mundo. "Deste modo, dá uma importância maior, não ao seu chamamento à abertura, mas à organização e à institucionalização", apontou.

"Para corresponder à sua verdadeira tarefa, a Igreja deve esforçar-se sem cessar por destacar-se da mundanidade do mundo. Assim fazendo, ela segue as palavras de Jesus: 'Eles não são do mundo, como também Eu não sou do mundo' (Jo 17, 16)", destacou Bento XVI.

Segundo ele, a história, em certo sentido, vem em auxílio da Igreja com as diversas épocas de secularização, que contribuíram de modo essencial para sua purificação e reforma interior. "As secularizações... sempre significaram uma profunda libertação da Igreja de formas de mundanidade: despojava-se, por assim dizer, da sua riqueza terrena e voltava a abraçar plenamente a sua pobreza terrena".

Os exemplos históricos mostram que o testemunho missionário de uma Igreja "desmundanizada" refulge de modo mais claro. "Liberta do seu fardo material e político, a Igreja pode dedicar-se melhor e de modo verdadeiramente cristão ao mundo inteiro, pode estar verdadeiramente aberta ao mundo. Pode de novo viver, com mais agilidade, a sua vocação ao ministério da adoração de Deus e ao serviço do próximo", afirmou o Papa.

Escândado da cruz

Bento XVI afirmou que, a fé cristã constitui, ainda hoje, um escândalo para o homem. "[Crer] que o Deus eterno se preocupe conosco, seres humanos, e nos conheça; que o Inatingível, num determinado momento, se tenha colocado ao nosso alcance; que o Imortal tenha sofrido e morrido na cruz; que nos sejam prometidas a nós, seres mortais, a ressurreição e a vida eterna – crer em tudo isto é para nós, homens, uma verdadeira presunção".

Este escândalo - destacou o Santo Padre -, que não pode ser abolido se não se quer abolir o cristianismo, "foi infelizmente encoberto por outros tristes escândalos dos anunciadores da fé". "Cria-se uma situação perigosa, quando estes escândalos ocupam o lugar do 'skandalon' primordial da Cruz tornando-o assim inacessível, isto é, quando escondem a verdadeira exigência cristã por trás da incongruência dos seus mensageiros".

Força da fé cristã

Há mais uma razão para pensar que seja novamente a hora de tirar corajosamente o que há de mundano na Igreja, ressaltou o Papa. "Isto não significa retirar-se do mundo. Uma Igreja aliviada dos elementos mundanos é capaz de comunicar aos homens, precisamente no âmbito sóciocaritativo – tanto aos que sofrem como àqueles que os ajudam –, a força vital particular da fé cristã".

"Certamente também as obras caritativas da Igreja devem continuamente prestar atenção à necessidade duma adequada separação do mundo, para evitar que, devido a um progressivo afastamento da Igreja, se sequem as suas raízes. Só a relação profunda com Deus torna possível uma atenção plena ao homem, tal como sem a atenção ao próximo se empobrece a relação com Deus", pontualizou.

Para a Igreja "desmundanizada", ser aberta às vicissitudes do mundo significa testemunhar segundo o Evangelho, com palavras e obras, aqui e agora a soberania do amor de Deus. "Esta tarefa remete ainda para além do mundo presente: de fato, a vida presente inclui a ligação com a vida eterna. Como indivíduos e como comunidade da Igreja, vivemos a simplicidade dum grande amor que, no mundo, é simultaneamente a coisa mais fácil e a mais difícil, porque requer nada mais nada menos que o doar-se a si mesmo", concluiu.

Após o encontro, o Santo Padre se dirigiu ao Aeroporto de Lahr, onde participará da cerimônia de despedida, antes de retornar a Roma. 

Fonte: Canção Nova Notícias

"Renovação da Igreja acontece pela fé renovada", diz Papa

Kelen Galvan

Da Redação


AP
Papa presidiu a Missa deste domingo, 25, no Aeroporto Turístico de Friburgo, na Alemanha
"Não são as palavras que contam, mas o agir, os atos de conversão e de fé", afirmou o Papa Bento XVI na manhã deste domingo, 25, na Santa Missa realizada na cidade de Friburgo, no último dia de sua viagem à Alemanha.

Na homilia, diante dos inúmeros fiéis presentes no Aeroporto Turístico de Friburgo, o Pontífice refletiu sobre o Evangelho deste domingo que conta a parábola dos dois filhos que são convidados pelo pai para irem trabalhar na vinha. O primeiro filho responde ao pai que "não quer", mas depois se arrepende e vai. O segundo filho diz "eu vou, senhor", porém não vai trabalhar na vinha. Com esse exemplo, Jesus questiona, qual dos dois fez a vontade do pai? "O primeiro", respondem os ouvintes. De fato, explica Bento XVI, é o agir que conta, não as palavras.

O Papa disse ainda que se essa parábola fosse traduzida em linguagem do nosso tempo, seria mais ou menos assim: "agnósticos que, por causa da questão de Deus, não encontram paz e pessoas que sofrem por causa dos nossos pecados e sentem desejo de um coração puro estão mais perto do Reino de Deus de quanto o estejam os fiéis rotineiros, que na Igreja já só conseguem ver o aparato sem que o seu coração seja tocado pela fé".

Acesse
.: NA ÍNTEGRA: Homilia de Bento XVI deste domingo

Porém, salienta Bento XVI, isto não quer dizer que "todos quantos vivem na Igreja e trabalham para ela se devam considerar distantes de Jesus e do Reino de Deus. Absolutamente, não!". O Pontífice explica: "Tal serviço requer, primariamente, uma competência objetiva e profissional; mas, no espírito do ensinamento de Jesus, exige-se algo mais, ou seja, o coração aberto, que se deixa tocar pelo amor de Cristo, e deste modo é prestado ao próximo, que precisa de nós, mais do que um serviço técnico: o amor, no qual se torna visível ao outro o Deus que ama, Cristo".

Diante disso, o Papa disse que é preciso questionar-se: "como é a minha relação pessoal com Deus na oração? Como é a participação da Missa dominical, o aprofundamento da fé por meio da meditação da Sagrada Escritura e do estudo do Catecismo da Igreja Católica?"

E afirmou que "a renovação da Igreja só poderá realizar-se através da disponibilidade à conversão e de uma fé renovada".

O Santo Padre explicou que o Evangelho deste domingo fala dos dois filhos, mas misteriosamente, por detrás deles, há um terceiro filho. Aquele que diz "sim" e faz a vontade do pai. Este terceiro filho é Jesus Cristo, que ao entrar no mundo disse: "Eis que venho… para fazer, ó Deus, a vossa vontade" (Heb 10, 7). "Este "sim", Ele não se limitou a pronunciá-lo, mas cumpriu-o", ao morrer na cruz pelos seus irmãos e irmãs, redimindo-os da "soberba e obstinação".

"Agradeçamos-Lhe pelo seu sacrifício, ajoelhemos diante do seu Nome e, juntamente com os discípulos da primeira geração, proclamemos: "Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai" (Fl 2, 11)", convidou o Papa.

Bento XVI disse que "a vida cristã deve medir-se continuamente pela de Cristo", num viver para o outro, com um compromisso humilde a favor do próximo e do bem comum.

"Peçamos a Deus a coragem e a humildade de prosseguirmos pelo caminho da fé, de nos saciarmos na riqueza da sua misericórdia e de mantermos o olhar fixo em Cristo, a Palavra que faz novas todas as coisas, que é para nós "o caminho, a verdade e a vida" (Jo 14, 6), que é o nosso futuro", concluiu o Papa.

Após a Celebração Eucarística, o Santo Padre fez a oração mariano do Angelus. Neste domingo, o Papa irá almoçar com os membros da Conferência Episcopal Alemã e com a comitiva papal. Mais tarde se encontrará com os juízes da Corte Constitucional Federal e, em seguida, com os católicos comprometidos.

Fonte: Canção Nova Notícias. 

PREFEITO MUNICPAL DE PENTECOSTE ENVIA PROJETOS DE LEI DE REAJUSTES SALARIAIS A CÂMARA MUNICIPAL

  Na Sessão da Câmara de quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025, foram entregues por parte do executivo, três Projetos de Leis referentes aos...