sexta-feira, 9 de julho de 2010

LIRTURGIA DIARIA

-feira, 9 de julho de 2010




Santa Paulina de Jesus, Religiosa e Virgem, Memória, 2ª do Saltério, cor Branca

Hoje: Dia da Revolução Constitucionalista

Santos: Mártires de Gorcum, Nicolau Pick (mártir franciscano da primeira ordem), Everilda, Anatólia, Bem-Aventurada Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus (religiosa, Trento, Itália que emigrou para Santa Catarina, Brasil, em 1875), Zenon e Cirilo (mártires na Europa balcânica), Verônica Giuliani, Francisco Fogolla, Verônica Giuliani (clarissa italiana) e Vivaldo (mártir franciscano da primeira ordem)
Antífona: A estrada dos justos é como a luz, cresce do amanhecer até o pleno dia. (Pr 4, 18)
Oração: Ó Deus onipotente e eterno, que exaltais os humildes e simples e conduzistes a santa Paulina pelo caminho da santidade através da provação, do trabalho humilde e da oração constante, concedei-nos, por seu auxílio e a seu exemplo, suportar com fortaleza os sofrimentos de cada dia e encontrar a plenitude de vossa graça no serviço às pessoas, especialmente às mais necessitadas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Leitura: Profecia de Oséias (Os 14, 2-10)

São retos os caminhos do Senhor

Assim fala o Senhor: 2Volta. Israel, para o Senhor, teu Deus. porque estavas caído em teu pecado. 3Vós todos, encontrai palavras e voltai para o Senhor; dizei-lhe: "Livra-nos de todo o mal e aceita este bem que oferecemos; o fruto de nossos lábios.

4A Assíria não nos salvará; não queremos montar nossos cavalos, não chamaremos mais 'Deuses nossos' a produtos de nossas mãos; em ti encontrará o órfão misericórdia". 5"Hei de curar sua perversidade e me será fácil amá-los, deles afastou-se a minha cólera. 6Serei como orvalho para Israel; ele florescerá como o lírio e lançará raízes como plantas do Líbano.

7Seus ramos hão de estender-se; será seu esplendor como o da oliveira, e seu perfume como o do Líbano. 8Voltarão a sentar-se à minha sombra e a cultivar o trigo, e florescerão com a videira, cuja fama se iguala à do vinho do Líbano. 9Oue tem ainda Efraim a ver com ídolos? Sou eu que o atendo e que olho por ele. Sou como o cipreste sempre verde: de mim procede o teu fruto. 10Compreenda estas palavras o homem sábio. reflita sobre elas o bom entendedor! São retos os caminhos do Senhor e, por eles, andarão os justos, enquanto os maus ali tropeçam e caem". Palavra do Senhor!

Comentando a 1ª Leitura

Não chamaremos mais “deuses nossos”

a produtos de nossas mãos.

Quando Oséias fala, o povo ainda está longe de Deus. Mas o amor imagina que o povo havia tornado a seu Deus e lhe pedira perdão: “Afasta toda iniqüidade, acolhe-nos favoravelmente, queremos oferecer-te a homenagem de nossos lábios” (V.3), e prometera eliminar da própria vida tudo o que desagrada a Deus. Este responde então com outras promessas de amor, perdão, toda dedicação: “Chorá-lo-ei de suas infidelidades, amá-lo-ei de coração” (V.5). Deus é o amor que previne, antecipa sua intervenção, manifesta seu perdão antes mesmo que os filhos lho peçam. O que lhe interessa é que os filhos sejam salvos, voltem a ele, reencontrem o caminho certo: “Não quero a morte do pecador, mas que se converta e viva” (Ez 33, 11). É de se perguntar se não configuramos Deus como um juiz prestes a proferir sentença de morte e se porventura sentimos a necessidade de nós abandonar nos braços do Pai, para lhe dizer com imenso amor: “Pai, nunca mais longe de ti” [Missal Cotidiano, ©Paulus, 1997]

Salmo: 50(51), 3-4.8-9.12-13.14 e 17 (R/.17b)

Minha boca anunciará o vosso louvor!

Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! Na imensidão de vosso amor, purificai-me! Lavai-me todo inteiro do pecado, e apagai completamente a minha culpa!

Mas vós amais os corações que são sinceros, na intimidade me ensinais sabedoria. Aspergi-me e serei puro do pecado, e mais branco do que a neve ficarei.

Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido. O Senhor, não me afasteis de vossa face, nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!

Dai-me de novo a alegria de ser salvo e confirmai-me com espírito generoso! Abri meus lábios, ó Senhor, para cantar, e minha boca anunciará vosso louvor!

Evangelho: Mateus (Mt 10, 16-23)

Quem perseverar até o fim, será salvo
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 16"Eis que eu vos envio como ovelhas no meio de lobos. Sede, portanto, prudentes como as serpentes e simples como as pombas. 17Cuidado com os homens, porque eles vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas.

18Vós sereis levados diante de governadores e reis, por minha causa, para dar testemunho diante deles e das nações. 19Quando vos entregarem, não fiqueis preocupados como falar ou o que dizer. Então naquele momento vos será indicado o que deveis dizer. 20Com efeito, não sereis vós que havereis de falar, mas sim o Espírito do vosso Pai é que falará através de vós.

21O irmão entregará à morte o próprio irmão; o pai entregará o filho; os filhos se levantarão contra seus pais, e os matarão. 22Vós sereis odiados por todos, por causa de meu nome. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo. 23Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. Em verdade vos digo, vós não acabareis de percorrer as cidades de Israel, antes que venha o Filho do Homem. Palavra da Salvação!

Leituras paralelas: Mc 13, 9-13; Lc 21, 12-19; At 20, 29-31


Comentando o Evangelho


Os percalços da missão

Os apóstolos foram alertados, sem subterfúgios, para a realidade da missão. A imagem das ovelhas convivendo com os lobos não dava margem para ilusões. Eles tinham de contar com o ódio, as perseguições e o martírio. Nada de aspirar honras e reconhecimento, mas sim, preparar-se para enfrentar tudo com muita coragem.
Uma consolação para eles foi a promessa de não serem largados à própria sorte. Teriam a assistência do Espírito de Deus, mormente nos momentos mais dramáticos de testemunho, quando a perseguição se abatesse sobre eles. Nesta hora, não deveriam temer, pois o Espírito é quem falaria através deles.
Em meio a tantos percalços, os apóstolos foram exortados à perseverança. Talvez fosse este o dom principal que deveriam pedir ao Espírito. Vítimas de perseguição prolongada, poderiam acabar cedendo às pressões e renunciar à missão recebida. Evidentemente, Jesus não exigia que se entregassem voluntariamente, nas mãos de seus carrascos. Isso seria insensatez! Quanto possível, deveriam fugir e se proteger. Mas sem abrir mão da missão.

A missão apostólica tem uma dimensão escatológica. Se o apóstolo persevera firme, até o fim, pode estar certo de que receberá o prêmio da salvação. [Evangelho Nosso de Cada Dia, Pe. Jaldemir Vitório, ©Paulinas, 1997]

Para sua reflexão: Jesus se refere aos sofrimentos e às contradições pelas quais estava passando as comunidades, sinal do que acontecerá a todo cristão comprometido com o Evangelho. O comprometimento diante dos tribunais (pequenos “sinédrios” locais para os casos em que não era preciso recorrer ao grande Conselho de Jerusalém), os açoites, os rompimentos familiares depois da expulsão da comunidade cristã da sociedade judaica no ano 70, o ódio, tudo isso foi frequente naqueles tempos de fundação da igreja e continuará sendo ai no lugar em que a Boa-Nova de Jesus se anuncia com vigor e valentia e sem outra aliança senão o compromisso com as causas histórias dos pobres. Mas é um discurso que prenuncia sofrimentos e contradições, é também discurso de alento e esperança. A causa da Boa-Nova não é uma causa perdida, embora às vezes pareça; não é um projeto humano, e sim de Deus, que dará fortaleza e confiança aos que se comprometerem com ele. (Novo Testamento, Edição de Estudos, Ave-Maria)
Santa Paulina

Santa Paulina foi religiosa, é verdade. Mas, antes, foi criança que viveu o ritmo de sua família e brincou com outras crianças; foi jovem que frequentou com outros jovens a Capela de Vígolo, em Nova Trento – SC, e se mostrou disponível às necessidades de sua comunidade, acolhendo uma doente que precisava de seus cuidados.

A vocação à vida religiosa surgiu no coração de uma leiga que, muito antes de pensar na fundação de um instituto, tinha Deus como Senhor de sua vida.

um mundo que precisa de testemunhas, a vida de santa Paulina é colocada diante de nós para que nos interroguemos: O que tenho feito de minha vida? Qual a orientação que tenho dado a meus passos? Tenho buscado com seriedade a santidade? Posso dizer que considero tudo como prejuízo diante do bem supremo que é o conhecimento do Cristo Jesus? Aceito perder tudo e considerar tudo como lixo, a fim de ganhar Cristo e ser unido a ele? (cf. Fl 3,8-9).

Os santos são um dom de Deus. Neles, Deus caminha no mundo. Caminhou, pois, nos passos de santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus. Nessa nossa santa, o Senhor fez maravilhas. Por isso, “ao nosso Deus e Pai, a glória pelos séculos. Amém” (Fl 4,20). [Dom Murilo S.R. Krieger, scj (Arcebispo de Florianópolis)]

Pelas obras, a fé se estabelece, e pela fé as obras se confirmam. (Santo Antônio de Pádua)









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