PLENÁRIO
Edição de terça-feira 15 de fevereiro de 2011
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Senadora do PSDB diz que ficou feliz com discurso de Dilma Rousseff sobre o setor, mas lembra que é preciso deixar a retórica de lado e enfrentar os problemas
A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), "como professora e defensora de um ensino de qualidade", disse que ficou surpresa e feliz quando a presidente Dilma Rousseff fez pronunciamento à nação, na semana passada, afirmando que o Brasil só progrediria melhorando a educação. Mas a parlamentar cobrou do governo que vá além da retórica e passe a atuar para modificar números como os apurados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea): 14,1 milhões de pessoas acima de 15 anos não sabem ler nem escrever.
Para a senadora, a criação do Programa Nacional de Acesso à Escola Técnica (Pronatec), a implantação do Plano Nacional de Banda Larga e a adoção de medidas para corrigir falhas registradas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), anunciadas pela presidente, são insuficientes para resolver os problemas da educação no país.
— Difícil acreditar em tanta evolução na educação, como disse a presidente Dilma, sem acenar para ações concretas. No mesmo dia, a equipe econômica do governo anunciou corte de R$ 1 bilhão no orçamento do Ministério da Educação — afirmou.
Marketing eleitoral
A senadora tucana observou que, diferente da propaganda e do marketing eleitoral exibido no ano passado, o governo Luiz Inácio Lula da Silva conquistou poucos avanços em áreas-chave como educação, saúde, saneamento, segurança e infraestrutura. No caso da educação, Marisa Serrano declarou que foi fantasioso o balanço apresentado pelo ex-presidente ao final de 2010, apresentando melhorias na qualidade de ensino.
Os problemas ocorridos no Enem, a redução no número de matrículas no ensino médio e na educação de jovens e adultos, a evasão e a repetência, segundo a senadora, nem sequer foram mencionados. Marisa citou como exemplo de dado "esquecido" o divulgado pelo Censo Escolar: em 2003, o Brasil tinha 9,1 milhões de jovens no ensino médio. Em 2009, esse número havia caído para 7,9 milhões.
Marisa Serrano opinou que o Brasil tem que enfrentar muitos desafios, como a erradicação do analfabetismo. Ainda segundo o Ipea, o percentual de analfabetos funcionais chega a 10,7% da população. Entre os beneficiários do Bolsa Família com mais de 25 anos, acrescentou, 82% não completaram o ensino fundamental e 16,7% se declaram analfabetos.
— Como podemos esperar que essas pessoas saiam da situação de pobreza extrema se não têm uma capacitação mínima para conseguir um trabalho? — indagou a senadora.
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Para a senadora, a criação do Programa Nacional de Acesso à Escola Técnica (Pronatec), a implantação do Plano Nacional de Banda Larga e a adoção de medidas para corrigir falhas registradas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), anunciadas pela presidente, são insuficientes para resolver os problemas da educação no país.
— Difícil acreditar em tanta evolução na educação, como disse a presidente Dilma, sem acenar para ações concretas. No mesmo dia, a equipe econômica do governo anunciou corte de R$ 1 bilhão no orçamento do Ministério da Educação — afirmou.
Marketing eleitoral
A senadora tucana observou que, diferente da propaganda e do marketing eleitoral exibido no ano passado, o governo Luiz Inácio Lula da Silva conquistou poucos avanços em áreas-chave como educação, saúde, saneamento, segurança e infraestrutura. No caso da educação, Marisa Serrano declarou que foi fantasioso o balanço apresentado pelo ex-presidente ao final de 2010, apresentando melhorias na qualidade de ensino.
Os problemas ocorridos no Enem, a redução no número de matrículas no ensino médio e na educação de jovens e adultos, a evasão e a repetência, segundo a senadora, nem sequer foram mencionados. Marisa citou como exemplo de dado "esquecido" o divulgado pelo Censo Escolar: em 2003, o Brasil tinha 9,1 milhões de jovens no ensino médio. Em 2009, esse número havia caído para 7,9 milhões.
Marisa Serrano opinou que o Brasil tem que enfrentar muitos desafios, como a erradicação do analfabetismo. Ainda segundo o Ipea, o percentual de analfabetos funcionais chega a 10,7% da população. Entre os beneficiários do Bolsa Família com mais de 25 anos, acrescentou, 82% não completaram o ensino fundamental e 16,7% se declaram analfabetos.
— Como podemos esperar que essas pessoas saiam da situação de pobreza extrema se não têm uma capacitação mínima para conseguir um trabalho? — indagou a senadora.
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