VIGÍLIA
PASCAL
(branco, glória, prefácio da Páscoa I – ofício
próprio) Orientações:
1) Todos se reúnem fora
da igreja junto ao fogo aceso.
2) Se possível iniciar a Vigília após o
anoitecer.
3) Providenciar velas para a assembleia, o
círio e os cravos.
4) Alegrar
e coloria o ambiente com flores e panos (principalmente em volta do círio).
5) O
altar deve estar sem nada em cima até o momento da liturgia eucarística.
6) Esta
é uma noite santa, a ser celebrada em santidade e alegria.
I
– CELEBRAÇÃO DA LUZ
Apagadas as luzes e o povo reunido em torno do
fogo aceso, com a presença do presidente, o animador pode motivar esta parte da
celebração. ... O presidente da celebração saúda a assembleia e explica o
sentido da vigília com estas ou outras palavras: O sentido da vigília Meus
irmãos e minhas irmãs. Nesta noite santa, em que nosso Senhor Jesus Cristo
passou da morte à vida, a Igreja convida os seus filhos dispersos por toda a
terra a se reunir em vigília e oração. Se comemorarmos a Páscoa do Senhor
ouvindo sua palavra e celebrando seus mistérios, poderemos ter a firme
esperança de participar do seu triunfo sobre a morte e da sua vida em Deus.
Bênção do fogo Ó Deus, que pelo vosso Filho trouxestes àqueles que creem o
clarão da vossa luz, santificai + este novo fogo. Concedei que a festa da
Páscoa acenda em nós tal desejo do céu, que possamos chegar purificados à festa
da luz eterna. Por Cristo, nosso Senhor. A seguir prepara o círio pascal Cristo
ontem e hoje (faz a incisão da haste vertical) Princípio e fim (faz a incisão
da haste horizontal) Alfa (faz a incisão do alfa no alto da haste vertical) Ômega
(faz a incisão o ômega embaixo da haste vertical) A ele o tempo (faz a incisão
do número 2 sobre o ângulo esquerdo superior da cruz) E a eternidade (faz a
incisão do número 0 sobre o ângulo direito superior da cruz) A glória e o poder
(faz a incisão do número 1 sobre o ângulo esquerdo inferior) Pelos séculos sem
fim, amém (faz a incisão do número 0 sobre o ângulo direito inferior). A
seguir, o presidente aplica os cravos: PR: Por suas santas chagas, / suas
chagas gloriosas, / o Cristo Senhor / nos proteja / e nos guarde. Amém. Acendem
o círio pascal, dizendo: PR: A luz de Cristo que ressuscita resplandecente
dissipe as trevas de nosso coração e nossa mente. – Irmãos e irmãs, acendamos
as velas na luz de Cristo ressuscitado. Quem tiver vela a acende. A assembleia
se dirige em procissão para o interior da igreja, o diácono ou o ministro ou o
presidente conduz o círio e conta (três vezes): Eis a luz de Cristo AS: Demos
graças a Deus. Proclamação da Páscoa (breve) Quando todos estão na igreja,
acendem-se as luzes, mantêm-se as velas acesas e canta-se a proclamação da
Páscoa (Hino do Exultet). Exulte o céu e os anjos triunfantes, mensageiros de
Deus, desçam cantando; façam soar trombetas fulgurantes, a vitória de um rei
anunciando. Alegre-se também a terra amiga, que em meio a tantas luzes
resplandece; e, vendo dissipar-se a treva antiga, ao sol do eterno rei brilha e
se aquece. Que a mãe Igreja alegre-se igualmente, erguendo as velas deste fogo
novo, e escutem, reboando de repente, o aleluia cantado pelo povo. O Senhor
esteja convosco. AS: Ele está no meio de nós. Corações ao alto. AS: O nosso
coração está em Deus. Demos graças ao Senhor, nosso Deus. AS: É nosso dever e
nossa salvação. Sim, verdadeiramente é bom e justo cantar ao Pai de todo o
coração e celebrar seu Filho Jesus Cristo, tornado para nós um novo Adão. Foi
ele quem pagou do outro a culpa quando por nós à morte se entregou: para apagar
o antigo documento, na cruz todo o seu sangue derramou. Pois eia agora a
Páscoa, nossa festa, e que o real Cordeiro se imolou: marcando nossas portas,
nossas almas, com seu divino sangue nos salvou. Esta é, Senhor, a noite em que
do Egito retirastes os filhos de Isabel, transpondo o mar Vermelho a pé enxuto,
rumo à terra onde corre leite e mel. Ó noite em que Jesus rompeu o inferno, ao
ressurgir da morte vencedor: de que nos valeria ter nascido se não nos
resgatasse em seu amor? Ó Deus, quão estupenda caridade vemos no vosso gesto
fulgurar: não hesitais em dar o próprio Filho para a culpa dos servos resgatar.
Ó pecado de Adão indispensável, pois o Cristo o dissolve em seu amor; ó culpa
tão feliz, que há merecido a graça de um tão grande redentor! Pois esta noite
lava todo o crime, liberta o pecador dos seus grilhões; dissipa o ódio e dobra
os poderosos, enche de luz e paz os corações. Ó noite de alegria verdadeira,
que prostra o faraó e ergue os hebreus, que une de novo ao céu a terra inteira,
pondo na treva humana a luz de Deus. Na graça desta noite o vosso povo acende
um sacrifício de louvor; acolhei, ó Pai santo, o fogo novo; não perde, ao
dividir-se, o seu fulgor! Cera virgem de abelha generosa ao Cristo ressurgido
trouxe a luz: eis de novo a coluna luminosa, que o vosso povo para o céu conduz.
O círio que acendeu as nossas velas possa esta noite toda fulgurar; misture sua
luz às das estrelas, cintile quando o dia despontar. Que ele possa agradar-vos
como o Filho, que triunfou da morte e vence o mal: Deus, que a todos acende no
seu brilho, e um dia voltará, sol triunfal. Terminada a proclamação da Páscoa,
apagam-se as velas e todos se sentam para acompanhar as leituras bíblicas.
II
– LITURGIA DA PALAVRA
São propostas nove leituras: proclamem-se pelo
menos três do Antigo Testamento (nunca omitir a do Êxodo), mais a epístola e o
evangelho. Os salmos podem ser substituídos por breve silêncio. O animador por
motivar... Antes das leituras, o presidente dirige-se à assembleia com estas ou
outras palavras: Exortação Meus irmãos e minhas irmãs, tendo iniciado
solenemente esta vigília, ouçamos no recolhimento desta noite a palavra de
Deus. Vejamos como ele salvou outrora o seu povo e, nestes últimos tempos,
enviou seu Filho como redentor. Peçamos que o nosso Deus leva à plenitude a
salvação inaugurada na Páscoa. 1ª Leitura – Gênesis 1, 1.26-31ª (breve) No
início do mundo as diferentes criaturas aparecem graças à força da palavra de
Deus: no ponto mais alto de tudo de destaca o homem, criado à imagem e
semelhança de Deus. Mas esta primeira criatura é ainda um esboço. A verdadeira
e definitiva criação se realiza quando Cristo ressuscita e nele, Filho de Deus,
é oferecido o exemplar perfeito do homem, a genuína imagem e semelhança com
Deus, à qual todo homem redimido e ressuscitado é destinado a ser conforme,
graças ao dom do Espírito Santo. Leitura do livro do Gênesis – 1No princípio
Deus criou o céu e a terra. 26Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem e
segundo a nossa semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, sobre as
aves do céu, sobre os animais de toda a terra e sobre todos os répteis que
rastejam sobre a terra”. 27E Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus
ele o criou: homem e mulher os criou. 28E Deus os abençoou e lhe disse: “Sede
fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a! Dominai sobre os
peixes do mar, sobre os pássaros do céu e sobre todos os animais que se movem
sobre a terra”. 29E Deus disse: “Eis que vos entrego todas as plantas que dão
semente sobre a terra e todas as árvores que produzem fruto com sua semente,
para vos servirem de alimento. 30E a todos os animais da terra, e a todas as
aves do céu, e a tudo o que rasteja sobre a terra e que é animado de vida, eu
dou todos os vegetais para alimento”. E assim de fez. 31E Deus viu tudo quando
havia feito, e eis que tudo era muito bom. Houve uma tarde e uma manhã: sexto,
dia. – Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 103 (104) Enviai o vosso
Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai. 1. Bendize, ó minha alma, ao
Senhor! Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande! De majestade e esplendor vos
revestis e de luz vos envolveis como num manto. – R. 2. A terra vós firmastes
em suas bases, ficará firme pelos séculos sem fim; os mares a cobriam como um
manto, e as águas envolviam as montanhas. – R. 3. Fazeis brotar em meio aos
vales as nascentes que passam serpeando entre as montanhas; às suas margens vêm
morar os passarinhos, entre os ramos eles erguem o seu canto. – R. 4. De vossa
casa as montanhas irrigais, com vossos frutos saciais a terra inteira; fazeis
crescer os verdes pastos para o gado e as plantas que são úteis para o homem. –
R. 5. Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras, e que sabedoria em todas
elas! Encheu-se a terra com as vossas criaturas! Bendize, ó minha alma, ao
Senhor! – R. Oração Ó Deus, admirável na criação do ser humano e muito mais na
sua redenção, dai-nos a sabedoria de resistir ao pecado e chegar à eterna
alegria. Por Cristo, nosso Senhor. 2ª Leitura – Gênesis, 22, 1-2.9-13.15-18
(breve) A fé de Abraão é firme e total: até à disponibilidade de oferecer o
próprio filho como sinal de obediência à vontade de Deus. O sacrifício de
Isaac, realizado no coração de Abraão e não consumado pela intervenção do anjo,
é prefiguração do sacrifício do Filho amado pelo Pai. Este sacrifício será
efetivamente consumado, mas a ressurreição irá chamar Jesus Cristo à vida.
Somos chamados a viver com a fé de Abraão. Devemos nos sentir amado e redimidos
pela oferta de Jesus, a quem longamente pensamos durante os dias de sua paixão.
Leitura do livro do Gênesis – Naqueles dias, 1Deus pôs Abraão à prova.
Chamado-o, disse: “Abraão!” E ele respondeu: “Aqui estou”. 2E Deus disse: “Toma
teu filho único, Isaac, a quem tanto amas, dirige-te à terra de Moriá e
oferece-o ali em holocausto sobre o monte que eu te indicar”. 9Chegando ao
lugar indicado por Deus, Abraão ergueu um altar colocou a lenha em cima,
amarrou o filho e o pôs sobre a lenha em cima do altar. 10Depois, estendeu a
mão, empunhando a faca para sacrificar o filho. 11E eis que o anjo do Senhor
gritou do céu, dizendo: “Abraão! Abraão!” Ele respondeu: “Aqui estou!” 12E o
anjo lhe disse: “Não estendas a mão contra teu filho e não lhes faças nenhum
mal! Agora sei que temes a Deus, pois não me recusaste teu filho único”.
13Abraão, erguendo os olhos, viu um carneiro preso num espinheiro pelos
chifres; foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto no lugar de seu filho. 15O
anjo do Senhor chamou Abraão, pela segunda vez, do céu 16e lhe disse: “Juro por
mim mesmo – oráculo do Senhor – uma vez que agiste desse modo e não me recusaste
teu filho único, 17eu te abençoarei e tornarei tão numerosa tua descendência
como as estrelas do céu e como as areias da praia do mar. Teus descendentes
conquistarão as cidades dos inimigos. 18Por tua descendência serão abençoadas
todas as nações da terra, porque me obedeceste”. – Palavra do Senhor. Salmo
responsorial 15 (16) Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! 1. Ó Senhor,
sois minha herança e minha taça, meu destino está seguro em vossas mãos. Tenho
sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado, não vacilo. – R.
2. Eis que meu coração está em festa, + minha alma rejubila de alegria e meu
corpo no repouso está tranquilo; pois não haveis de me deixar entregue à morte,
nem vosso amigo conhecer a corrupção. – R. 3. Vós me ensinais vosso caminho
para a vida; + junto a vós, felicidade sem limites, delícia eterna e alegria ao
vosso lado! – R. Oração Ó deus, Pai de todos os fiéis, vós multiplicais por
toda a terra os filhos da vossa promessa, derramando sobre eles a graça da
filiação, e pelo mistério pascal, tornais vosso servo Abraão pai de todos os
povos, como lhe tínheis prometido. Concedei, portanto, a todos os povos a graça
de corresponder ao vosso chamado. Por Cristo, nosso Senhor. 3ª Leitura – Êxodo
14,15 – 15,1 Israel é levado para fora do Egito, para viver a plena liberdade.
Suas forças de nada são, só a intervenção de Deus realiza este evento: o mar
que ele divide e as águas dóceis que o deixam passar e que se tornam sinal de
castigo para os inimigos. É preciso saber ler em profundidade o sinal deste
gesto e deste evento: significa que Deus conduz a história, a julga, condena o
mal e a obstinada oposição a seu plano. Como conseqüência: na nossa confiança
no poder de Deus; o temor dele se nos fechamos em nossa orgulhosa prepotência;
o abandono em sua força quando somos tentados pelo demônio. Age em nós a
Vitório pascal de Jesus Cristo. Leitura do livro do Êxodo – Naqueles dias, 15o
Senhor disse a Moisés: “Por que chamas a mim por socorro? Dize aos filhos de
Israel que se ponham em marcha. 16Quanto a ti, ergue a vara, estende o braço
sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel caminhem em seco pelo meio
do mar. 17De minha parte, endurecerei o coração dos egípcios, para que sigam
atrás deles e seu seja glorificado à causa do faraó e de todo o seu exército,
do seus carros e cavaleiros. 18E os egípcios saberão que eu sou o Senhor,
quando eu for glorificado à custa do faraó, dos seus carros e cavaleiros”.
19Então, o anjo do Senhor, que caminhava à frente do acampamento dos filhos de
Israel, mudou de posição e foi atrás deles; e com ele, ao mesmo tempo, a coluna
de nuvem, que estava na frente, colocou-se atrás, 20inserindo-se entre o
acampamento dos egípcios e o acampamento dos filhos de Israel. Para aqueles a
nuvem era tenebrosa, para estes, iluminava a noite.. Assim, durante a noite
inteira, uns não puderam aproximar-se dos outros, 21Moisés estendeu a mão sobre
o mar, e durante toda a noite o Senhor fez soprar sobre o mar um vento leste
muito forte; e as águas se dividiram. 22Então os filhos de Israel entraram pelo
meio do mar a pé enxuto, enquanto as águas formavam como que uma muralha à
direita e à esquerda. 23Os egípcios puseram-se a persegui-los, e todos os
cavalos do faraó, carros e cavaleiros os seguiram mar adentro. 24Ora, de
madrugada,, o Senhor lançou um olhar, desde a coluna de fogo e das nuvens,
sobre as tropas egípcias e as pôs em pânico. Bloqueou as rodas dos seus carros,
de modo que só a muito custo podiam avançar. 25Disseram, então, os egípcios:
“Fujamos de Israel! Pois o Senhor combate a favor deles, contra nós”. 26O
Senhor disse a Moisés: “Estende a mão sobre o mar, para que as águas voltem
contra os egípcios, seus carros e cavaleiros”. 27Moisés entendeu a mão sobre o
mar e, ao romper da manhã, o mar voltou ao seu leito normal, enquanto os
egípcios, em fuga, corriam ao encontro das águas, e o Senhor os mergulhou no
meio das ondas. 28As águas voltaram e cobriram carros, cavaleiros e todo o
exército do faraó, que tinha entrado no mar em perseguição a Israel. Não escapou
um só. 29Os filhos de Israel, ao contrário, tinham passado a pé enxuto pelo
meio do mar, cujas águas lhes formavam uma muralha à direita e a esquerda.
30Naquele dia, o Senhor livrou Israel da mão dos egípcios, e Israel viu os
egípcios mortos nas praias do mar 31e a mão poderosa do Senhor agiu contra
eles. O povo temeu o Senhor e teve fé no Senhor e em Moisés, seu servo.
15,1Então, Moisés e os filhos de Israel cantaram ao Senhor este cântico: Salmo
responsorial (Ex 15) Cantemos ao Senhor, que fez brilhar a sua glória! 1. Ao
Senhor quero cantar, pois fez brilhar a sua glória: precipitou no mar Vermelho
o cavalo e o cavaleiro! O Senhor é minha força, e a razão do meu cantar, pois
foi ele neste dia para mim libertação! – R. 2. Ele é meu Deus e o louvarei, Deus
de meu pai, e o honrarei. O Senhor é um Deus guerreiro; o seu nome é o
“Onipotente”: os soldados e os carros do faraó jogou no mar, seus melhores
capitães afogou no mar Vermelho. – R. 3. Afundaram como pedras e as ondas os
cobriram. + Ó Senhor, o vosso braço é duma força incomparável! Ó Senhor, o
vosso braço esmagou os inimigos! – R. 4. Vosso povo levarei e o plantarei em
vosso monte, no lugar que preparastes para a vossa habitação, no santuário
construído pelas vossas próprias mãos. O Senhor há de reinar eternamente, pelos
séculos! – R. Oração Ó Deus, vemos brilhar ainda em nossos dias as vossas
antigas maravilhas. Como manifestastes outrora o vosso poder, libertando um só
povo da perseguição do faraó, realizais agora a salvação de todas as nações,
fazendo-as renascer nas águas do batismo Concedei a todos os seres humanos
tornarem-se filhos de Abraão e membros do vosso povo eleito. Por Cristo, nosso
Senhor. 4ª Leitura – Isaias 54, 5-14 Deus é fiel em seu amor por nós. A última
palavra não é o castigo; ele não prevalece sobre a misericórdia divina. Ouçamos
as promessas de Deus, que no Cristo paciente, comemorado nesta Semana Santa, se
tornaram maravilhosa e consoladora realidade: «Acolher-te-ei com imenso amor»;
« com misericórdia eterna, compadeci-me de ti, diz teu salvador, o Senhor».
Especialmente estes dias são a solene epifania na Igreja da piedade de Deus por
nós. E sempre o será a Eucaristia, onde «o imenso amor» assume a forma do
Cristo crucificado. Nunca acreditarem suficientemente na misericórdia divina.
Leitura do livro do profeta Isaías – 5Teu esposo é aquele que te criou, seu
nome é Senhor dos exércitos; teu redentor, o santo de Israel, chama-se Deus de
toda a terra. 6O Senhor te chamou como a mulher abandonada e de alma aflita;
como a esposa repudiada na mocidade, falou o teu Deus. 7Por um breve instante
eu te abandonei, mas com imensa compaixão volto a acolher-te. 8Num momento de
indignação, por um pouco ocultei de ti minha face, mas com misericórdia eterna,
compadeci-me de ti, diz teu salvador, o Senhor. 9Como fiz nos dias de Noé, a
quem jurei nunca mais inundar a terra,, assim juro que não me irritarei contra
ti nem te farei ameaças. 10Podem os montes recuar e as colinas abalar-se, mas
minha misericórdia não se apartará de ti, nada fará mudar a aliança de minha
paz, diz o teu misericordioso Senhor. 11Pobrezinha, batida por vendavais, sem
nenhum consolo, eis que assentarei tuas pedras sobre rubis e tuas bases sobre
safiras; 12revestirei de jaspe tuas fortificações, e teus portões, de pedras
preciosas,e todos os teus muros, de pedra escolhida. 13Todos os teus filhos
serão discípulos do Senhor, teus filhos possuirão muita paz; 14terás a justiça
por fundamento. Longe da opressão, nada terá a temer; serás livre do terror,
porque ele não se aproximará de ti. – Palavra do Senhor. Salmo responsorial 29
(30) Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes! 1. Eu vos exalto, ó
Senhor, pois me livrastes e não deixastes rir de mim meus inimigos! Vos
tirastes minha alma dos abismos e me salvastes quando estava já morrendo! – R.
2. Cantai salmos ao Senhor, povo fiel, dá-lhe graças e invocai seu santo nome!
Pois sua ira dura apenas um momento, mas sua bondade permanece a vida inteira;
se à tarde vem o pranto visitar-nos, de manhã vem saudar-nos a alegria. – R. 3.
Escuta-me, Senhor Deus, tende piedade! Sede, Senhor, o meu abrigo protetor!
Transformastes o meu prato em uma festa, Senhor meu Deus, eternamente hei de
louvar-vos! – R. Oração Deus eterno e todo-poderoso, para a glória do vosso
nome, multiplicai a posteridade que prometestes aos nossos pais, aumentando o
número dos vossos filhos adotivos. Possa a Igreja reconhecer que já realizou em
grande parte a promessa feita a nossos pais, da qual jamais duvidaram. Por
Cristo, nosso Senhor. 5ª Leitura – Isaías 55, 1-11 A nova aliança, oferecida
por Deus ao Seu Povo (4.ª Leitura) destina-se a todos. Deus, com efeito, quer
que todos participem das promessas nela incluídas. Mas para isso, é necessário
que o homem tomando consciência da sua fome espiritual e reconhecendo seu
malogro em confiar nos ídolos ou nas suas próprias forças, se volte para a
palavra de Deus, oferecida, em banquete de sabedoria, a todos os que desejem
saciar-se dela, num conhecimento de fé e de confiante entrega. É o anúncio do
banquete messiânico, para o qual todos os homens são chamados, a fim de
entrarem em comunhão com Ele, realizando assim, em plenitude, o seu destino
humano. Leitura do livro do profeta Isaías – Assim diz o Senhor: 1“Ó vós todos
que estais com sede, vinde às águas; vós que não tendes dinheiro, apressai-vos,
vinda e comei, vinde comprar sem dinheiro, tomar vinho e leite sem nenhuma
paga. 2Por que gastar dinheiro com outra coisa que não o pão, desperdiçar o
salário, senão com satisfação completa? Ouvi-me com atenção e alimentai-vos bem,
para deleite e revigoramento do vosso corpo. 3Inclinai vosso ouvido e vinde a
mim, ouvi e tereis vida; farei convosco um pacto eterno, manterei fielmente as
graças concedidas a Davi. 4Eis que fiz dele uma testemunha para os povos, chefe
e mestre para as nações. 5Eis que chamarás uma nação que não conhecias, e
acorrerão a ti povos que não de conheciam, por causado Senhor, teu Deus, e do
santo de Israel que te glorificou. 6Buscai o Senhor enquanto pode ser achado;
invocai-o enquanto ele está pero. 7Abandone o ímpio seu caminho, e o homem
injusto, suas maquinações; volte para o Senhor, que terá piedade dele, volte
para o nosso Deus, que é generoso no perdão. 8Meus pensamentos não são os
vossos pensamentos e vossos caminhos não são como os meus caminhos, diz o
Senhor. 9Estão meus caminhos tão acima dos vossos caminhos e meus pensamentos
acima dos vossos pensamentos quanto está o céu acima da terra. 10Como a chuva e
a neve descem do céu e para lá não voltam mais, mas vêm irrigar e fecundar a
terra e fazê-la germinar e dar semente, para o plantio e para a alimentação,
11assim a palavra que sair de minha boca: não voltará para mim vazia; antes,
realizará tudo que for de minha vontade e produzirá os efeitos que pretendi ao
enviá-la”. – Palavra do Senhor Salmo responsorial (Is 12) Com alegria bebereis
do manancial da salvação. 1. Eis o Deus, meu salvador, eu confio e nada temo; +
o Senhor é minha força, meu louvor e salvação. Com alegria bebereis do
manancial da salvação. – R. 2. E direis naquele dia: “Dou louvores ao Senhor, +
invocai seu santo nome,anunciai suas maravilhas, entre os povos proclamai que
seu nome é o mais sublime. – R. 3. Louvai, cantando ao nosso Deus, que fez
prodígios e portentos, publicai em toda a terra suas grandes maravilhas!
Exultai, cantando alegres, habitantes de Sião, porque é grande em vosso meio o
Deus santo de Israel!” – R. Oração Deus eterno e todo-poderoso, única esperança
do mundo, anunciastes pela voz dos profetas os mistérios que hoje se realizam.
Aumentai o fervor do vosso povo, pois, nenhum dos vossos filhos conseguirá
progredir na virtude sem o auxílio da vossa graça. Por Cristo, nosso Senhor. 6ª
Leitura – Baruc 3, 9-15.32-4,4 Dispersos no meio de povos pagãos, que seguiam
as mais diversas doutrinas filosóficas, os judeus estavam expostos à tentação
de duvidar da superioridade da sua fé. Nessa situação, o profeta lembra que a
verdadeira sabedoria se encontra na revelação de Deus, contida na Lei.
Sabedoria encarnada do Pai, no meio dos homens, (Jo. 1, 14; Col. 2, 3), será,
porém, Jesus, o Filho de Deus que nos manifestará, na loucura e fraqueza da
Cruz, a verdadeira sabedoria e todo o poder de Deus (I Co. 1, 23-25),
tornando-Se caminho de luz, de paz e de vida para o homem. Leitura do livro do
profeta Baruc – 9Ouve, Israel, os preceitos da vida; presta atenção, para
aprenderes a sabedoria. 10Que se passa, Israel? Como é que te encontras em
terra inimiga? 11Envelheceste num país estrangeiro e te contaminaste com os
mortos, fostes contado entre os que descem à mansão dos mortos. 12Abandonaste a
fonte da sabedoria! 13Se tivesses continuado no caminho de Deus, viverias em
paz para sempre. 14Aprende onde está a sabedoria, onde está a fortaleza e onde
está a inteligência, e aprenderás também onde está a longevidade e a vida, onde
está o brilho dos olhos e a paz. 15Quem descobriu onde está a sabedoria? Quem
penetrou em seus tesouros? 32Aquele que tudo sabe conhece-a, descobriu-a com
sua inteligência aquele que criou a terra para sempre e a encheu de animais e
quadrúpedes; 33aquele que manda a luz e ela vai, chama-a de volta e ela obedece
tremendo. 34As estrelas cintilam em seus postos de guarda e alegram-se; 35ele
chamou-as, e elas respondem: “Aqui estamos”; e alumiam com alegria o que as
fez. 36Esse é o nosso Deus, e nenhum outro pode comparar-se com ele. 37Ele
revelou todo o caminho da sabedoria a Jacó, seu servo, e a Israel seu
bem-amado. 38Depois, ela foi vista sobre a terra e habitou entre os homens.
4,1A sabedoria é o livro dos mandamentos de Deus, é a lei que permanece para
sempre. Todos os que a seguem têm a vida, e os que a abandonam têm a morte.
2Volta-te, Jacó, e abraça-a; marcha para o esplendor, à sua luz. 3Não dês a
outro a tua glória nem cedas a uma nação estranha teus privilégios. 4Ó Israel,
felizes somos nós, porque nos é dado conhecer o que agrada a Deus. – Palavra do
Senhor. Salmo responsorial 18B (19) Senhor, tens palavras de vida eterna. 1. A
lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma! O testemunho do Senhor é
fiel, sabedoria dos humildes. – R. 2. Os preceitos do Senhor são preciosos,
alegria ao coração. O mandamento do Senhor é brilhante, para os olhos é uma
luz. – R. 3. É puro o temor do Senhor, imutável para sempre. Os julgamentos do
Senhor são corretos e justos igualmente. – R. 4. Mais desejáveis do que o ouro
são eles, do que o ouro refinado. Suas palavras são mais doces que o mel, que o
mel que sai dos favos. – R. Oração Ó Deus, que fazeis vossa Igreja crescer
sempre mais, chamando todos os povos ao evangelho, guardai sob a vossa contínua
proteção os que purificais na água do batismo. Por Cristo, nosso Senhor. 7ª
Leitura – Ezequiel 36, 16-28 Com os seus pecados de idolatria e de homicídio, o
Povo de Deus profanou o Seu nome, merecendo, por isso, o castigo de ser
disperso entre povos pagãos. Contudo, nem mesmo na provação ele soube voltar-se
para o Senhor e glorificar o Seu nome. Pelo contrário, a sua vida e o seu
destino levavam os pagãos a dizer: «O Deus de Israel não será um Deus impotente
para salvar Seu Povo?» Por isso, sem que o Povo o merecesse, Deus reconduzi-lo-á
à sua terra, de novo tornada fértil, recriando-o, mediante uma transformação
interior tão profunda que os mesmos corações de pedra se tornarão corações de
carne. Será, porém, na nova realidade, que, com a Páscoa de Cristo, se
realizará plenamente essa transformação. Com o perdão do pecado e a efusão do
Espírito Santo, o homem receberá um coração filial, podendo repetir, cada dia:
«Pai nosso» (Mt. 6, 9). Leitura da profecia de Ezequiel – 16A palavra do Senhor
foi-me dirigida nestes termos: 17“Filho do homem, os da casa de Israel estavam
morando em sua terra. Mancharam-na com sua conduta e suas más ações. 18Então
derramei sobre eles a minha ira, por causa do sangue que derramaram no país e
dos ídolos com os quais a mancharam. 19Eu dispersei-os entre as nações e eles
foram espalhados pelos países. Julguei-os de acordo com sua conduta e suas más
ações. 20Quando eles chegaram às nações para onde foram, profanaram o meu santo
nome; pois deles se comentava: “Esse é o povo do Senhor; mas tiveram de sair do
seu país!’ 21Então eu tive pena do meu santo nome, que a casa de Israel estava
profanando entre as nações para onde foi. 22Por isso, dize à casa de Israel:
‘Assim fala o Senhor Deus: Não é por causa de vós que eu vou agir, casa de
Israel, mas por causa do meu santo nome, que profanastes entre as nações para
onde fostes. 23Vou mostrar a santidade do meu grande nome, que profanastes no
meio das nações. As nações saberão que eu sou o Senhor – oráculo do Senhor Deus
– quando eu manifestar minha santidade à vista delas por meio de vós. 24Eu vos
tirarei do meio das nações, vos reunirei de todos os países e vos conduzirei
para a vossa terra. 25Derranarei sobre vós uma água pura e sereis purificados.
Eu vos purificarei de todas as impurezas e de todos os ídolos. 26Eu vos darei
um coração novo e porei um espírito novo dentro de vós. Arrancarei do vosso
corpo o coração de pedra e vos darei um coração de carne; 27porei o meu
espírito dentro de vós e farei com que sigais aminha lei e cuideis de observar
os meus mandamentos. 28Habitareis no país que dei a vossos pais. Sereis o meu
povo e eu serei o vosso Deus’”. Palavra do Senhor. Salmo responsorial 41 (42) A
minha alma tem sede de Deus. 1. A minha alma tem sede de Deus e deseja o Deus
vivo. Quando terei a alegria de ver a face de Deus? – R. 2. Peregrino e feliz
caminhando para a casa de Deus, entre gritos, louvor e alegria da multidão
jubilosa. – R. 3. Enviai vossa luz vossa verdade: elas serão o meu guia; que me
levem ao vosso monte santo, até a vossa morada! – R. 4. Então irei aos altares
do Senhor, Deus da minha alegria. Vosso louvor cantarei, ao som da harpa, meu
Senhor e meu Deus! – R. Oração Ó Deus, força imutável e luz inextinguível,
olhai com bondade o mistério de toda a vossa Igreja e conduzi pelos caminhos da
paz a obra da salvação que concebestes desde toda a eternidade. Que o mundo
todo veja e reconheça que se levanta o que estava caído, que o velho se torna
novo e tudo volta à integridade primitiva por aquele que é o princípio de todas
as coisas. Por Cristo, nosso Senhor. Canta-se solenemente o glória. Oração do
dia Ó Deus, que iluminais esta noite santa com a glória da ressurreição do
Senhor, despertai na vossa Igreja o espírito filial para que, inteiramente
renovados, vos sirvamos de todo o coração,. Por nosso Senhor Jesus Cristo...
Carta – Romanos 6, 3-11 A justificação vem de Deus, por meio da fé em Jesus
Cristo o Qual, com a Sua Morte, destruiu a escravidão do pecado e da morte, em
que o homem vivia, comunicando aos resgatados a própria vida divina. Mas, para
que os homens recebam a eficácia da Morte e Ressurreição de Jesus, é necessário
que se insiram no Seu Mistério Pascal. Ora o Batismo é o Sacramento que nos une
à Morte de Cristo para nos fazer viver com Ele a nova vida, que «não morre
mais». Comunicando aos batizados os frutos da Paixão e da Ressurreição o
Batismo não é, porém, uma simples aplicação do Mistério Pascal: é a sua
realização atual em cada um de nós. Leitura da carta de são Paulo aos Romanos –
Irmãos, 3será que ignorais que todos nós, batizados em Jesus Cristo, é na sua
morte que fomos batizados? 4Pelo batismo na sua morte, fomos sepultados com
ele, para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim
também nós levemos uma vida nova. 5Pois, se fomos de certo modo identificados a
Jesus Cristo por uma morte semelhante à sua, seremos semelhantes a ele também
pela ressurreição. 6Sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com Cristo,
para que seja destruído o corpo de pecado, de maneira a não mais servirmos ao
pecado. 7Com efeito, aquele que morreu está livre do pecado. 8Se, pois morremos
com Cristo, cremos que também viveremos com ele. 9Sabemos que Cristo
ressuscitado dos mortos não morre mais; a morte já não tem poder sobre ele.
10Pois aquele que morreu, morreu para o pecado uma vez por todas; mas aquele
que vive, é para Deus que vive. 11Assim vós também considerai-vos mortos para o
pecado e vivos para Deus, em Jesus Cristo – Palavra do Senhor. Salmo
responsorial 117 (118) Aleluia, aleluia, aleluia. 1. Dai graças ao Senhor,
porque ele é bom! Eterna é a sua misericórdia! A casa de Israel agora o diga:
“Eterna é a sua misericórdia!” – R. 2. A mão direita do Senhor fez maravilhas,
+ a mão direita do Senhor me levantou, a mão direita do Senhor fez maravilhas!
Não morrerei mais, ao contrário, viverei para cantar as grandes obras do
Senhor! – R. 3. A pedra que os pedreiros rejeitaram tornou-se agora a pedra
angular. Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: que maravilhas ele fez a nossos
olhos! – R. Evangelho – Mateus 28, 1-10 Agora não se pode procurar Jesus no
sepulcro que o tinha hospedado na sexta-feira, depois da crucificação: «Jesus,
o crucificado, não está mais aqui». O túmulo vazio testemunha esta realidade. A
intervenção de Deus libertou-o da morte. Agora o encontramos ressuscitado. Também
se não o vemos com nossos olhos, sabemos pela fé que Ele nos acompanha como ser
vivo, à espera de sermos também nós ressuscitados com Ele. Proclamação do
evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – 1Depois do sábado, ao amanhecer do
primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro.
2De repente, houve um grande tremor de terra: o anjo do Senhor desceu do céu e,
aproximando-se, retirou a pedra e sentou-se nela. 3Sua aparência era como um
relâmpago, e suas vestes eram brancas como a neve. 4Os guardas ficaram com
tanto medo do anjo, que tremeram e ficaram como mortos. 5Então o anjo disse às
mulheres: “Não tenhais medo! Sei que procurai Jesus, que foi crucificado. 6Ele
não está aqui! Ressuscitou, como havia dito! Vinde ver o lugar em que ele
estava. 7Ide depressa contar aos discípulos que ele ressuscitou dos mortos e
que vai à vossa frente para a Galileia. Lá vós o vereis. É o que tenho a
dizer-vos”. 8As mulheres partira depressa do sepulcro. Estava, com medo, mas
correram com grande alegria para dar a notícia aos discípulos. 9De repente,
Jesus foi ao encontro delas e disse: “Alegrai-vos!” As mulheres aproximaram-se
e prostraram-se diante de Jesus, abraçando seus pés. 10Então Jesus disse a
elas: “Não tenhais medo. Ide anunciar as meus irmãos que se dirijam para a
Galileia. Lá eles me verão”. – Palavra da salvação. Após o evangelho pode haver
breve reflexão. A seguir, o presidente dá início à liturgia do batismo.
III
– LITURGIA BATISMAL
Se houver batismo, apresentam-se os
catecúmenos à assembleia e o presidente começa com as seguintes palavras: PR:
Caros fiéis, apoiemos com as nossas preces a alegre esperança dos nossos irmãos
e irmãs (...), para que Deus todo-poderoso acompanhe com sua misericórdia os
que se aproximam da fonte do novo nascimento. Se não houver batismo, mas só a
bênção da água batismal: PR: Meus irmãos e minhas irmãs, invoquemos sobre estas
águas a graça de Deus Pai onipotente, para que em Cristo sejam reunidos aos
filhos adotivos aqueles que renascerem pelo batismo. A seguir, entoa-se a
Ladainha dos Santos; pode ser dispensada se não houver batismo nem bênção da
água batismal. Após a ladainha, se houve batismo, o presidente reza: PR: Ó Deus
de bondade, manifestai o vosso poder nos sacramentos que revelam vosso amor.
Enviai o espírito de adoção para criar um novo povo, nascido para vós nas águas
do batismo. E assim possamos ser, em nossa fraqueza, instrumentos de vosso
poder. Por Cristo, nosso Senhor. AS: Amém. Bênção da água batismal PR: Ó Deus,
pelos sinais visíveis dos sacramentos, realizais maravilhas invisíveis. Ao
longo da história da salvação, vós vos servistes da água para fazer-nos
conhecer a graça do batismo. Já na origem do mundo, vosso espírito pairava
sobre as águas para que elas concebessem a força de santificar. Nas próprias
águas do dilúvio prefigurastes o nascimento da nova humanidade, de modo que a
mesma água sepultasse os vícios e fizesse nascer a santidade. Concedestes aos
filhos de Abraão atravessar o mar vermelho a pé enxuto, para que, livres da
escravidão, prefigurassem o povo nascido na água do batismo. Vosso Filho, ao
ser batizado nas águas do Jordão, foi ungido pelo Espírito Santo. Pendente da
cruz, do seu coração aberto pela lança fez correr sangue e água. Após sua
ressurreição, ordenou aos apóstolos: “Ide, fazei meus discípulos todos os povos
e batizai-os em nome do pai e do Filho e do Espírito Santo”. Olhai agora, ó
Pai, a vossa Igreja e fazei brotar para ela a água do batismo. Que o Espírito
santo dê, por esta água, a graça de Cristo, a fim de que o ser humano, criado à
vossa imagem, seja lavado da antiga culpa pelo batismo e renasça pela água e
pelo Espírito Santo para uma vida nova. Se for oportuno, o presidente mergulha
o círio pascal na água e continua: Nós vos pedimos, ó Pai, que por vosso Filho
desça sobre toda esta água a força do Espírito Santo. E todos os que, pelo
batismo, forem sepultados na morte com Cristo ressuscitem com ela para a vida.
Por Cristo, nosso Senhor. AS: Amém. O presidente retira o círio da água e a
assembléia reza: AS: Fontes do Senhor, bendizei o Senhor! Louvai-o e exaltai-o
para sempre. Cada catecúmeno renuncia ao demônio, faz a profissão de fé e é
batizado. Bênção da água Se não houver batismo nem bênção de água batismal, o
presidente benze a água para a aspersão e para quem tiver o costume de levá-la
para casa: PR: Meus irmãos e minhas irmãs, invoquemos o Senhor nosso Deus para
que se digne abençoar esta água, que vai ser aspergida sobre nós, recordando o
nosso batismo. Que ele se digne renovar-nos, para que permaneçamos fiéis ao
Espírito que recebemos. Senhor nosso Deus, velai sobre o vosso povo e, nesta
noite santa em que celebramos a maravilha da nossa criação e a maravilha ainda
maior da nossa redenção, dignai-vos abençoar esta água. Fostes vós que a
criastes para fecundar a terra, para lavar nossos corpos e refazer nossas
forças. Também a fizestes instrumento da vossa misericórdia: por ela
libertastes o vosso povo do cativeiro e aplacastes no deserto a sua sede; por
ela os profetas anunciaram a vossa aliança, que era vosso desejo concluir com a
humanidade; por ela finalmente, consagrada pelo Cristo no Jordão, renovastes,
pelo banho do novo nascimento, a nossa natureza pecadora. Que esta água seja
para nós uma recordação do nosso batismo e nos faça participar da alegria dos
que foram batizados na Páscoa. Por Cristo, nosso Senhor. AS: Amém. Renovação
das promessas do batismo. Todos, de pé, acendem as velas e renovam as promessas
do batismo. PR: Meus irmãos e minhas irmãs, pelo mistério pascal fomos, no
batismo, sepultados com Cristo para vivermos com ele uma vida nova. Por isso,
terminados os exercícios da Quaresma, renovamos as promessas do nosso batismo,
pelas quais já renunciamos a satanás e suas obras e prometemos servir a Deus na
santa Igreja católica. Portanto: Para viver na liberdade dos filhos e filhas de
Deus, renunciais ao pecado? AS: Renuncio. PR: Para viver como irmãos e irmãs,
renunciais a tudo o que vos possa desunir, para que o pecado não domine sobre
nós? AS: Renuncio. PR: Par seguir Jesus Cristo, renunciais ao demônio, autor e
princípio do pecado? AS: Renuncio. PR: Credes em Deus, Pai todo-poderoso,
criador do céu e da terra? AS: Creio. PR: Credes em Jesus Cristo, seu único
Filho, nosso Senhor, que nasceu da virgem Maria, padeceu e foi sepultado,
ressuscitou dos mortos e subiu ao céu? AS: Creio. PR: Credes no Espírito Santo,
na santa Igreja católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na
ressurreição dos mortos e na vida eterna? AS: Creio. PR: O Deus todo-poderoso,
Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos fez renascer pela água e pelo
Espírito Santo e nos concedeu o perdão de todo pecado, guarde-nos em sua graça
para a vida eterna, em Cristo Jesus, nosso Senhor. Apagam-se as velas. Enquanto
o presidente asperge a assembleia, entoa-se um canto apropriado. Conclui-se com
as preces da assembleia (preparadas pela equipe litúrgica).
IV
LITURGIA EUCARÍSTICA
A partir da apresentação das ofertas a
celebração procede como de costume Sobre as oferendas Acolhei, ó Deus, com
estas oferendas as preces do vosso povo, para que a nova vida, que brota do
mistério pascal, seja por vossa graça penhor de eternidade. Por Cristo, nosso
Senhor. Antífona da comunhão O Cristo, nossa Páscoa, foi imolado; celebremos a
festa com o pão sem fermento, o pão da retidão e da verdade, aleluia (1Cor 5,
7s). Depois da comunhão Ó Deus, derramai em nós o vosso espírito de caridade,
para que, saciados pelos sacramentos pascais, permaneçamos unidos no vosso
amor. Por Cristo, nosso Senhor.
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