Professor Valdeni Cruz
O sistema feudal começou a ruir no final do séc. XIV e o Regime Absolutista a se desmoronar a partir de
1789 com a Revolução Francesa. Porém, em
todo o curso da história existiram governos que se acharam donos do mundo a
ponto de oprimirem o povo e impor a eles todo o tipo de castigo e de mandar tirar-los
até própria vida daqueles que ousavam a não se submeterem aos seus caprichos.
No Brasil não é
diferente. Desde o início de nossa história somos marcados por todo tipo de
atrocidades. Primeiro contra os índios, aqueles que eram os donos de tudo o que
hoje se conhece como terras brasileiras. Depois forçaram os negros a
trabalharem como escravos, sendo que estes eram tratados como animais, não
tendo direito a nada nem a própria vida. Aqueles que adentraram ao Brasil se
apossaram de tal forma que em bem pouco tempo aqueles que eram os donos natos
das terras foram sendo expulsos a ponto de hoje não terem mais onde viver.
A pressão e a opressão marcaram
desde sempre a nossa história. Passando pelos negros que viviam sobre castigos
e todo tipo de tortura para dar lucro aos senhores donos de engenhos,
fazendeiros, e grades latifundiários, trabalhadores das fazendas de cafés, e inda
a extração da borracha. Depois estes castigos foram impostos aos que se
revoltavam por não aceitarem pacificamente os castigos, como é o casos das
grandes revoltas no Brasil. E mais recentemente cito aqui a Ditadura Militar. Período
que ficou marcado pela tortura, mortes e o silencio da imprensa. Percebemos que
as pessoas sempre sofreram algum tipo de pressão para ficarem calados e não lutarem
por nada.
Pentecoste, cidade que
vai completar 141 anos de emancipação política, ainda se arrasta para poder
viver a plena cidadania. Digo isso porque não é verdade que seu povo viva numa
democracia plena. Seus governantes sempre foram algozes e continuam querendo
impor a sua vontade feudal e um sistema absolutista de governar. Aqueles que
sobem ao poder só têm em mente acabar com os poucos direitos que eles não
deram, pois é fruto da Constituição Federal de 1988. Mesmo assim tentam desrespeitar a
essas leis.
O
povo de Pentecoste vive a minguar uma saúde miserável, falta de saneamento
básico, vive uma política que envergonha a todos, além de ser uma cidade onde o
servidor não vale nada. O Município de Pentecoste, representado pelos seus
governantes durante o curso da história tem negado os direito dos professores não
querendo dar o direito a um terço de planejamento, nega-se o quinquênio, licença
premio, nega-se um plano de saúde, nega um aumento digno, não tem um plano de carreira
digno, negam direitos garantidos, negam o direito de formação desses
profissionais, pois esses que estudam se formam e adquirem um diploma a duras
penas parece não valer nada para o seu crescimento profissional. Digo não vale
porque os gestores têm aversão a quem estuda se forma e trabalha honestamente e
tem competência. Para os nossos governantes aqueles que trabalham devem ser tratados como
coisa sem valor e não como gente/ser humano que tem direito a viver dignamente
com um salário que lhes garanta o mínimo de bem-estar.
Aqui
em Pentecoste as autoridades desejam transformá-lo em um mini país independente, pois leis federais não
são obedecidas. A justiça manda cumprir uma coisa e tenta-se a todo custo
descumprir. A forma usada é sempre a mesma: o terrorismo, a prepotência, o
desrespeito e a arrogância...
Sobre a causa do
salário mínimo que foi dado o parecer final pelo STJ e depois ratificado e
mandado cumprir pela Juíza local, situação que havia entrado em vigor a mando da
mesma juíza em novembro de 2013, agora volta à tona. É no mínimo estranho para
quem pensa um pouco.
Penso que isso merece
uma resposta a altura de nossa parte como servidores. Lembre-se que tudo isso
funciona como uma afronta ao trabalhador e as leis desse país. Essas são as
atitudes daqueles que pensam que podem tudo. Estes que agora fazem isso com os
servidores são os mesmos que dão o abraço e o beijo de Judas, mas não nos
esqueçamos que Judas ao trair Jesus sentiu-se tão desgraçado que procurou um
lugar para se matar. Aqueles que prejudicam ao pequeno, os que trabalham dignamente
não ficarão impunes. A própria natureza se encarregará de extirpar do meio dos
justos aqueles que tentam aniquilar os princípios da boa conduta. E se
quisermos ser mais cristãos, diria: a justiça de Deus se fará agora ou daqui a
pouco. Aqueles que traem os filhos de Deus e os filhos desta pátria sentirão
mais cedo ou mais tarde o peso de sua traição.
Mas temos no hino uma refrão que diz:
É NOSSO DEVER CANTAR
O CHÃO QUE NOS VIU NASCER
A TERRA DE NOSSA HERANÇA
E O POVO QUE NÃO SE CANSA
DE TER CORAGEM DE SER
Este povo só precisa entender uma coisa: esta terra é nossa no plural. Ela não pertence a um punhado de gente que deseja se apropriar de tudo...
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