sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

As metas do PNE 2011-2020


Da Agência Brasil
Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O projeto de lei que institui o novo Plano Nacional de Educação (PNE), que deverá vigorar nos próximos dez anos, foi entregue hoje (14) pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O documento estabelece 20 metas a serem alcançadas pelo país até 2020. O texto também detalha as estratégias necessárias para alcançar os objetivos delimitados.
Conheça as metas que compõem o Plano Nacional de Educação 2011-2020:
Meta 1: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de 4 e 5 anos, e ampliar, até 2020, a oferta de educação infantil de forma a atender a 50% da população de até 3 anos.
Meta 2: Criar mecanismos para o acompanhamento individual de cada estudante do ensino fundamental.
Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até 2020, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%, nesta faixa etária.
Meta 4: Universalizar, para a população de 4 a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino.
Meta 5: Alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os 8 anos de idade.
Meta 6: Oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de educação básica.
Meta 7: Atingir as médias nacionais para o Ideb já previstas no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE)
Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 a 24 anos de modo a alcançar mínimo de 12 anos de estudo para as populações do campo, da região de menor escolaridade no país e dos 25% mais pobres, bem como igualar a escolaridade média entre negros e não negros, com vistas à redução da desigualdade educacional.
Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e erradicar, até 2020, o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.
Meta 10: Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos na forma integrada à educação profissional nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio.
Meta 11: Duplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta.
Meta 12: Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta.
Meta 13: Elevar a qualidade da educação superior pela ampliação da atuação de mestres e doutores nas instituições de educação superior para 75%, no mínimo, do corpo docente em efetivo exercício, sendo, do total, 35% doutores. Sete estratégias.
Meta 14: Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores. Nove estratégias.
Meta 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios, que todos os professores da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.
Meta 16: Formar 50% dos professores da educação básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu, garantir a todos formação continuada em sua área de atuação.
Meta 17: Valorizar o magistério público da educação básica a fim de aproximar o rendimento médio do profissional do magistério com mais de onze anos de escolaridade do rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente.
Meta 18: Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais do magistério em todos os sistemas de ensino.
Meta 19: Garantir, mediante lei específica aprovada no âmbito dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, a nomeação comissionada de diretores de escola vinculada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à participação da comunidade escolar.
Meta 20: Ampliar progressivamente o investimento público em educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Edição: Lílian Beraldo 
LEIA AS COLOCAÇÕES DE ALGUNS INTERNAUTAS SOBRE O ASSUNTO
é só uma carta de boas intenções como o último PNE. 
Quatorze estados da federação ignoraram o último PNE, os conselhos estaduais e municipais, que são responsáveis pela elaboração dos planos regionais a partir da PNE, e a fiscalização das ações políticas e do repasse dos recursos ,  são ocupados por diretores e políticos empresários da educação privada. Eles acreditam na "mão invisível da economia" é  quem  "regulamenta o mercado e as metas", e o ensino público deve seguir esse mesmo viés .
Para reverter a "privatização velada" do ensino público, deve se rever representatividade dos conselhos, transformando-os em uma verdadeira  entidade da sociedade civil com intelectuais da área, pais , professores.Não um clubinho que aprova legislação e ações como forma de atrair mais clientes.
 JURUN
Precisamos criar também um PNEM um PNE para a matemática, pois o ensino dessa ciência é fundamental para o desenvolvimento do país. Uma educação eficiente em matemática garantirá no futuro, engenheiro, técnicos e professores mais bem qualificados e em maior número, pois por causa do "medo da matemática" a maior parte dos estudantes evita ingressar em uma profissão ou em um curso universitário que necessite de uma base sólida em conceitos lógico-matemáticos. Uma pergunta, como a URSS conseguiu se tornar uma potência tecnológica no século XX?? Qual foi o milagre?? Se alguém tiver uma resposta que não envolva a massificação do ensino básico de matemática (entre outras matérias) com qualidade, sou todo ouvidos.
VENICIOS ALBANI
NÃO VAI RESOLVER!  POR ISSO, VOU PEDIR DEMISSÃO!
São ações e metas de pouca eficácia.
Correremos o risco de, até 2020, não termos mais professores nas salas de aula!
Terminei um Curso de Formação Continuada (120 horas) na semana passada. Serão mais 10% de vantagens sobre o salário base. Como esse salário é irrisório, 10% não representa muita coisa.
O Estado (Bahia) está me oferecendo o curso de pós em Educação na minha área, numa Universidade Pública e totalmente gratuito. Um investimento de dois anos para receber 15% sobre um salário medíocre. Já decidi não aceitar.
Depois de dez anos no magistério, estou pensando em pedir demissão. Não vale a pena continuar.
Ontem, fui a uma consulta no oftalmologista. Em menos de meia hora de exames, paguei R$ 200,00.
Tenho o mesmo número de anos de estudos superiores que um médico especializado.
Na praxis pedagógica, recebo menos de R$ 10,00 por hora/aula. Ou seja, no mesmo tempo em que o citado oftalmologista recebeu R$ 200,00, eu recebo menos de R$ 5,00. Basta dividir um salário mensal de R$ 1.400,00 por 160 horas (40 semanais).

Não entrarei no mérito da complexidade e importância das atividades profissionais supracitadas.
Não basta investir na formação dos professores. É preciso pagar salários decentes.
Não basta “(…) 17.Valorizar o magistério público da educação básica a fim de aproximar o rendimento médio do profissional do magistério com mais de onze anos de escolaridade do rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente.(…)
Essa valorização só poderá vir com a equiparação total e imediata dos vencimentos dos professores com os de outros profissionais de formação equivalente.
SOUSA NETO

Na realidade é isso mesmo. Quem estuda a vida toda? Professor. Quem tenta melhorar a vida dos outros o tempo todo? O professor. Quem tenta olhar a vida desses profissionais? Ninguém. É tudo mentira que esses políticos de meia tijela dizem. O professor não é valorizado nem por ele mesmo. Do contrário, já tinha começado a estudar pra outra profissão que nem que não passasse logo de primeira com certeza passaria numa outra oportunidade. Mas ficamos pensando na melhoria do país aguardando a boa vontade desses infelizes demagogos. 
Esses dias estou meio chateado. As vezes agente pensa que fazendo o melhor terá um pouco de reconhecimento. Bobagem. Foi o que eu descobri nesses dias. Quem pouco faz melhor é tem reconhecimento. Não sou muito de ficar comentando sobre isso não mas tem horas que como ser humano, não entendo outros seres humanos não. Você pensa uma coisa e é outra. Se eu não fosse um homem de fé não conseguiria e de auto-estima elevado, na conseguiria escrever esse comentário sem um nó na garganta. Mas graças a Deus tenho uma força que brota de dentro de mim que sou capaz de me erguer quando acho que não será possível.
Aprendi uma coisa da Bíblia: Maldito o homem que confia em outro homem. A Bíblia diz isso no sentido que que os homens são falhos. Só Deus nos da de fato sem medidas e sem querer nada em troca.  
Professor Valdeni Cruz    


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