Professor Valdeni Cruz
Estes dias estive pensando sobre a realidade da educação em nosso Município. Há alguns dias atrás foram demitidos mais de 50 profissionais da educação. Todos vimos com tristeza as demissões arbitrárias, pois os mesmos não haviam recebido qualquer aviso prévio por escrito. Foram acima, foram abaixo e de repente, começa o processo de retorno aos postos de trabalho dos quais haviam sido demitidos. Achávamos nós que o motivo das demissões fosse realmente o inchaço da folha e que muitos desses profissionais temporários poderiam ser substituídos pelos efetivos. Fica a pergunta: o que é que está acontecendo realmente na educação de Pentecoste? Se demitiram não era porque estavam certos das demissões? Então porque retornar estes profissionais? E porque que não voltaram todos? Penso eu estamos perdidos sem saber o que realmente está acontecendo. Agora o que me preocupa é que enquanto não se resolve os problemas existente e ainda estão a procura de outros. É projeto pra tudo quanto é lado. Agora, o mais novo projeto que querem implantar é um Projeto do Governo do Estado, que se chama Projeto Diretor de Turma. Projeto este que deverá se iniciar com as turmas de 6º e 9º ano. Para cada turma dessas séries deverá ter um professor encarregado de acompanhar esta turma em todos os sentidos.
Este Projeto é bom na sua essência. O que não é bom é o não entendimento da realidade do Projeto. Estou falando com conhecimento de causa. Eu trabalhei três anos no Projeto na Escola Etelvina Gomes Bezerra. No Estado, os professores tem 1/3 de planejamento e são 5 aulas diárias. O professor do Estado tem 5 horas dedicadas ao projeto. No município querem implantar o projeto mas não implantaram ainda 1/3 de planejamento, os alunos só tem 4 aulas diárias e na sexta-feira só tem 2 aulas. Pergunta: que disciplina sairia do currículo? E a demanda de professores que vai precisar para assumir as aulas dos professores que estão engajados o projeto? A questão é que se comprometem com coisas com as quais não tem conhecimento. A reposta pelas quais as coisas não certo está em não terem ciências se o que estão pensando e coerente e também não pensam nas prioridades que ainda não estão acontecendo.
Ora, se estão demitindo profissionais por causa da folha de pagamento que está alta, como é que querem implantar um projeto que demanda aumento de profissionais? Me parece um pouco sem sentido. Uma coisa é certa: enquanto não houver seriedade naquilo que se quer fazer, vamos estar sempre a nos lamentar com problemas vindouros.
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