O governo federal oficializou nesta sexta-feira a desapropriação de oito propriedades rurais em seis estados do país. Os decretos, assinados pela presidente Dilma Rousseff e publicados na edição de hoje do Diário Oficial da União, declaram as áreas, que serão usadas na reforma agrária, como de interesse social.
De acordo com a publicação no Diário Oficial da União, ficam desapropriadas as fazendas Butiá, em Rio Negrinho (SC); Tropical, em Paulistânea (SP); Eldorado, em Morro do Chapéu (BA); Santa Tereza II, em Silvanópolis (TO); Baixa do Cumbe, Jurema Branca, Lagoa dos Torrões e Cajazeira Fazenda Baixa do Cumbe, Jurema Branca, nas cidades de Lagoa dos Torrões e Cajazeira (SE); Barroca Funda, em Tobias Barreto (SE); Panamá/Salina/Santa Rosa, em Panamá (GO); e Serrote da Porteira, em Sítio do Quinto (BA).
O anúncio ocorre depois de o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, afirmar, no último dia 17, que o governo irá editar 100 decretos de desapropriação até o final do ano.
Os 100 imóveis rurais somam 200 mil hectares, o equivalente a 200 mil campos de futebol, e receberão 5 mil famílias, de acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A maior parte dos beneficiários está na região Nordeste.
O anúncio, feito durante lançamento do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica - Brasil Agroecológico, foi precedido de atos em diferentes regiões do país em defesa da reforma agrária.
Trabalhadores rurais e peritos do Incra protestaram contra a paralisação da desapropriação de terras. Eles alegam que o governo não assinou nenhum decreto de desapropriação em 2013, sendo o menor índice desde 1992, quando foram publicados quatro decretos.
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