“Deus está ao nosso lado, a fé n’Ele é a força, e a oração é a expressão da fé”, afirmou o Papa no Angelus
Da Redação, com Rádio Vaticano
“A luta contra o mal é dura e longa, requer paciência e resistência”, afirmou o Papa Francisco no Angelus deste domingo, 20, data em que a Igreja celebra o Dia Mundial das Missões.
O Santo Padre destacou que essa luta deve se levada adiante todos os dias, mas os fiéis não estão sozinhos nesse combate. “Deus está ao nosso lado, a fé n’Ele é a força, e a oração é a expressão da fé”.
E ao recordar o Evangelho deste domingo, que conta a parábola da viúva que pede ajuda insistente a um juiz desonesto, para que lhe faça justiça, o Papa afirma:
“Clamar dia e noite’ a Deus! Impressiona-nos esta imagem da oração. Mas vamos nos perguntar: por que Deus quer isso? Ele já não conhece as nossas necessidades? Que sentido tem “insistir” com Deus? Esta é uma boa pergunta, que nos faz aprofundar um aspecto muito importante da fé: Deus nos convida a rezar com insistência não porque não sabe do que precisamos, ou porque não nos ouve. Pelo contrário, Ele ouve sempre e sabe tudo sobre nós, com amor”.
Em nosso dia a dia, explicou o Francisco, o Senhor está ao nosso lado. “Nós lutamos com ele ao lado, e a nossa arma é precisamente a oração, que nos faz sentir a sua presença, a sua misericórdia, a sua ajuda”.
Entretanto, a luta contra o mal é longa e difícil, exige paciência e resistência, afirmou o Papa. “Como Moisés, que tinha que levantar os braços para fazer vencer o seu povo (cf. Ex 17,8-13 )”
Jesus nos garante a vitória, destacou o Papa, mas pergunta: “O Filho do homem quando vier, encontrará fé sobre a terra?’ (Lc 18:08 ). Se você apaga a fé, desliga a oração, nós caminhamos nas trevas, nos perdemos no caminho da vida”, disse o Papa.
Francisco continuou dizendo que devemos aprender da viúva do Evangelho a rezar sempre, sem se cansar:
“Era notável esta viúva! Ela sabia lutar pelos seus filhos! E penso em tantas mulheres que lutam por sua família, que rezam, que não se cansam jamais. Uma recordação, hoje, todos nós, a essas mulheres que com o seu comportamtento nos dão um verdadeiro testemunho de fé, de coragem, um modelo de oração. Uma recordação a elas! Rezar sempre, mas não para convencer o Senhor com a força da palavras! Ele sabe melhor do que nós do que precisamos! A oração perseverante é ao invés a expressão de fé em um Deus que nos chama a lutar com ele, cada dia, cada momento, para vencer o mal com o bem”.
Qual a missão da Igreja?
Após a oração do Angelus o Papa Francisco recordou que neste domingo comemoramos o Dia Mundial das Missões. Qual é a missão da Igreja, perguntou? Difundir em todo o mundo a chama da fé, que Jesus acendeu no mundo: a fé em Deus, que é Pai, Amor, Misericórdia.
O método da missão cristã, acrescentou, não é fazer proselitismo, mas o da chama compartilhada que aquece a alma.
O Pontífice agradeceu a todos aqueles que, através da oração e da ajuda concreta apóiam o trabalho missionário, em especial, a preocupação do Bispo de Roma pela difusão do Evangelho.
“Neste dia estamos próximos a todos os missionários e missionárias, que trabalham muito sem fazer barulho, e dão a vida. Como a italiana Afra Martinelli, que trabalhou por muitos anos na Nigéria: dias atrás, foi assassinada, num assalto; todos choraram, cristãos e muçulmanos. Ela proclamou o Evangelho com a vida, com o trabalho que realizou, um centro de educação; assim espalhar a chama da fé, combateu o bom combate!”
Em seguida o Santo Padre recordou Stefano Sándor, que neste sábado foi beatificado em Budapeste. “Ele era um salesiano leigo, exemplar no serviço aos jovens, no oratório e na educação profissional. Quando o regime comunista fechou todas as obras católicas, – disse o Papa – ele enfrentou a perseguição com coragem, e foi morto aos 39 anos. Vamos nos unir à ação de graças da Família Salesiana e da Igreja húngara.
Terremoto nas Filipinas
O Papa também expressou sua proximidade às populações das Filipinas, atingidas por um terremoto ocorrido na terça-feira, 15. O tremor foi considerado o mais forte do país nos últimos 20 anos.
Francisco convidou todos os fiéis a rezarem por “aquela querida nação, que recentemente sofreu diversas calamidades”.
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