Nome oficial do PSDB à Prefeitura, tucano fez discurso contra ex-ministro Haddad e elogiou o prefeito
O ex-governador, prefeito, senador e ministro José Serra foi oficialmente lançado neste domingo candidato a prefeito de São Paulo pelo PSDB.
“O político deve servir à sociedade e não dela se servir”, afirmou Serra em discurso, ao criticar a corrupção política.
Apesar do candidato do PT, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad, estar com apenas 8% das intenções de voto, o tucano, com 30% nas pesquisas, usou seu tempo na convenção tucana para criticá-lo. Acusou o programa federal que previa 6,4 mil creches no país de ter entregue apenas 210, “nenhuma em São Paulo”.
Serra elogiou o prefeito Gilberto Kassab (PSD), cujo partido faz parte da aliança com o PSDB, ao citar que a cidade contava com 60 mil vagas em creche em 2005. “Hoje, são mais de 205 mil”, disse ele.
Em outra crítica, desta vez à ex-prefeita Marta Suplicy (PT), Serra apontou que, no final de 2004, 80% dos alunos estavam em escolas com três turnos diários. “Essa proporção caiu hoje para 3%”, afirmou ele, ao frisar que o tempo na escola foi de quatro para cinco horas diárias.
O candidato do PSDB prometeu melhorar o funcionamento dos ônibus, citando os corredores exclusivos, um dos pontos em que Kassab é criticado por mau desempenho.
Serra quer fazer uma parceria com o governo federal, para reverter a situação de que a União arrecada R$ 143 bilhões por ano na cidade, mas devolve apenas R$ 2 bilhões. “É tarefa para um prefeito independente”, disse.
Vice provável é Andrea Matarazzo, do PSDB
A convenção do PSDB, ontem, não serviu para resolver o problema do candidato a vice-prefeito. Os rivais PSD e DEM querem indicar o nome, mas é mais provável que o nomeado seja um amigo do candidato José Serra, o ex-ministro e secretário municipal Andrea Matarazzo (PSDB).
A convenção do PSDB, ontem, não serviu para resolver o problema do candidato a vice-prefeito. Os rivais PSD e DEM querem indicar o nome, mas é mais provável que o nomeado seja um amigo do candidato José Serra, o ex-ministro e secretário municipal Andrea Matarazzo (PSDB).
O outro problema, o da divisão de candidatos a vereador dentro da coligação, parece estar equacionado. PSDB ficará com 20 a 25 candidatos, enquanto PSD, DEM e PR terão de dez a 15. O PV, o quarto partido da aliança, terá chapa própria.
Durante a convenção, num ginásio da Zona Sul de São Paulo, Serra ficou o tempo todo ao lado do governador Geraldo Alckmin. “São Paulo não é terra de mandonismo, nem de candidato de bolso de colete”, discursou Alckmin, em uma crítica à escolha de Fernando Haddad feita por Lula em detrimento a Marta Suplicy. A candidatura de Gabriel Chalita (PMDB) não foi nem indiretamente mencionada.
O momento de tensão ficou por conta da entrada do prefeito Gilberto Kassab no ginásio, ladeado pelo senador Aloísio Nunes Ferreira (PSDB-SP). Houve algumas vaias. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não apareceu. Neste domingo fez quatro anos da morte da mulher dele, Ruth Cardoso. Também não apareceram José Aníbal e Ricardo Trípoli, derrotados por Serra em prévia.
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