quarta-feira, 6 de julho de 2011

Nascimento não resiste a denúncias e deixa ministério

BRASÍLIA (Reuters) - Alfredo Nascimento não resistiu às denúncias envolvendo o Ministério dos Transportes e deixou o cargo nesta quarta-feira, tornando-se o segundo ministro a deixar o governo em pouco mais de seis meses de mandato da presidente Dilma Rousseff.
Nota do Ministério dos Transportes afirma que Nascimento pediu demissão em "caráter irrevogável".
"Nascimento também decidiu encaminhar requerimento à Procuradoria-Geral da República pedindo a abertura de investigação e autorizando a quebra dos seus sigilos bancário e fiscal", diz a nota.
Nascimento virou alvo depois que reportagem da revista Veja desta semana apontou que dois assessores diretos do ministro, o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o diretor-presidente da Valec, participariam de um esquema de propinas em obras federais do ministério.
De acordo com a denúncia, o secretário-geral do PR, deputado Valdemar Costa Neto (SP), seria o responsável pelo esquema. Nesta quarta, Nascimento teve de se defender de mais uma denúncia, desta vez sobre o patrimônio de seu filho Gustavo Morais Pereira, que teria crescido milhares de vezes em dois anos, segundo publicou o jornal O Globo.
Eleito senador pelo Amazonas em 2006, o agora ex-ministro retoma sua cadeira no Senado Federal no lugar do suplente João Pedro (PT-AM).
Antes de assumir o Ministério dos Transportes no governo Dilma, Nascimento já comandara a pasta nos dois mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em todas as vezes que deixou o cargo anteriormente --para concorrer ao Senado em 2006 e ao governo do Amazonas no ano passado-- Nascimento deu lugar ao secretário-executivo da pasta Paulo Sérgio Passos, um técnico de carreira do ministério filiado ao PR que toca, no dia-a-dia, a parte operacional da pasta. Passos é um dos nomes cotados para assumir o ministério.
(Reportagem de Hugo Bachega e Leonardo Goy)

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