segunda-feira, 30 de julho de 2012

Supremo prepara esquema especial para o julgamento do mensalão

R7
Na próxima quinta-feira (2), o STF (Supremo Tribunal Federal) inicia o julgamento histórico do chamado "mensalão". Sete anos depois de vir à tona o suposto esquema de corrupção que envolve deputados, empresários e a alta cúpula do PT (Partido dos Trabalhadores), os brasileiros estão ansiosos para saber se haverá punição para os acusados de desviar dinheiro público em prol de projeto político.

Os ministros do STF sabem da repercussão do caso na sociedade e, por isso, pediram a organização de um esquema especial para as sessões do julgamento, que devem ocorrer pelo menos durante todo o mês de agosto.

Dentro do plenário, mais de 60% das cadeiras estão reservadas para os 38 réus e seus advogados. Cada um dos indiciados tem direito a levar três representantes para acompanhar as sessões. Portanto, dos 243 lugares, 152 estão designados para os envolvidos diretamente no processo.

População vai poder acompanhar
As 91 cadeiras restantes vão ser dividas entre a imprensa e a população que quiser acompanhar as sessões. Como não vai ter lugar pra todo mundo, a organização do STF vai providenciar cadeiras extras no plenário e fazer um sorteio para determinar quantos jornalistas vão poder fazer a cobertura do julgamento do lado de dentro.

Quem não conseguir entrar vai poder acompanhar as sessões por telões que serão instalados do lado de fora do STF.

O último julgamento que teve uma estrutura semelhante foi o da demarcação de terras da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em 2009. A análise do casamento homoafetivo em 2011 e a conclusão do julgamento da legalidade do Ficha Limpa, no início deste ano, também tiveram grande repercussão no STF.

Sessões de cinco horas
Estão marcadas sessões em 17 dos 23 dias úteis do mês de agosto. Todas devem começar às 14h.

Os ministros do STF selaram acordo para não prejudicar as sessões de outros tribunais — uma vez que três ministros do STF também são membros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O termo estabelece que as sessões sejam encerradas sempre às 19h.
Assim, os ministros Dias Toffoli, Marco Aurélio Mello e Cármen Lúcia conseguem sair do julgamento do mensalão e chegar a tempo nas sessões do TSE, que começarão às 20h e não às 19h, como de costume.

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