Investigação da PF
concluiu que representante de entidade responsável pelo pré-teste
distribuiu caderno de questões um reunião com colégios
O procurador da
República no Ceará Oscar Costa Filho, responsável pelo processo sobre o
vazamento das questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), afirmou nesta
sexta-feira que funcionários de outras 30 escolas, além do Colégio Christus, de
Fortaleza, tiveram acesso a pré-testes realizados para compor o exame 2011.
De acordo com as regras
do Enem, os pre-teste são realizados em algumas escolas do país para que seja
feita a avaliação das possíveis questões da prova nacional. Após os alunos
responderem o teste, porém, todos os cadernos com as questões devem ser
recolhidos. Nenhum desses cadernos deve ficar com diretores, funcionários ou
alunos - justamente para que não haja vazamento.
A Procuradoria, porém,
afirma que, de acordo com investigações da Polícia Federal, Evelina Eccel
Seara, uma das pessoas acusadas de envolvimento no vazamento de 2011, repassou
os cadernos de provas a coordenadores de outras 30 escolas.
Seara, que trabalhava
como representante da Cesgranrio – fundação contratada pelo Inep para aplicar o
pré-teste, de onde vazaram as questões do exame – organizou uma reunião em uma
instituição de ensino onde estavam presentes funcionários de diversas escolas.
De acordo com o MP, os cadernos foram distribuídos nesta ocasião.
"Sabemos que os
coordenadores desses outros colégios tiveram acesso indevido às provas do
pré-teste", explicou Costa Filho. "Resta saber se esses coordenadores
repassaram as questões aos estudantes e se os cadernos eram os mesmos aplicados
no pré-teste do Colégio Christus".
A Cesgranrio afirmou
que, por ora, não vai se pronunciar a respeito. "Só estamos acompanhando
as notícias pela imprensa", diz comunicado da fundação. "Não temos
nenhum comunicado oficial da Justiça ou do Ministério Público Federal."
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