terça-feira, 3 de julho de 2012

GREVE DOS PROFESSORES DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS



Senado
Ângela Portela manifesta preocupação com greve dos professores universitários


Em discurso nesta segunda-feira (2), a senadora Ângela Portela (PT-RR) se disse muito preocupada com a greve dos professores universitários e dos profissionais técnico-administrativos dos institutos federais, que vai completar dois meses. Em sua opinião, o pleito pela reestruturação da carreira é justo, mas a greve precisa ser resolvida o mais brevemente possível.

– Nenhuma nação consegue crescer se a educação e seus trabalhadores não encarados como prioridade – disse.

Na semana passada, o índice de adesão das instituições à mobilização nacional de professores das instituições federais de ensino já chegava a 95%, com 56 das 59 universidades federais paradas, informou Ângela Portela.

Também em greve, os servidores técnico-administrativos estão apoiando os professores. Assim, 34 dos 38 institutos federais de ciência e tecnologia em 22 estados estão com seu corpo técnico parado.

Os professores universitários pleiteiam carreira única, com incorporação de gratificações, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas (R$ 2.329,65) e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho. Já os técnicos querem aumento de 22,8% no piso salarial, atualmente em R$ 1.034, e a correção de pendências.

– Considero esse cenário por demais preocupante. Notadamente, por observá-lo a partir dos avanços que a área de educação, especialmente a do ensino superior, obteve nos últimos dez anos – declarou.

Ângela Portela citou avanços recentes da educação federal, como a criação, de 2003 a 2009, de 110 novos campi universitários. Destacou também a ampliação do acesso ao ensino superior, a concessão de bolsas pelo Prouni e a promoção de intercâmbio de alunos com instituições estrangeiras.

Para ela, porém, esses avanços começam a se perder com a segunda grande greve dos professores universitários nos últimos cinco anos. Alunos relatam perdas de oportunidades de emprego, de residência médica e de participação em programas de intercâmbio.

– Já está passando da hora de governo e grevistas construírem um entendimento – declarou.

No pronunciamento, Ângela Portela também parabenizou os bombeiros pela comemoração de seu dia, nesta segunda-feira.

– Hoje é o dia de um trabalhador que, na sua lida diária, está, em geral, pondo sua vida em risco para salvar a vida de outras pessoas. 

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