terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Valores Humanos: Do nascimento da Filosofia à Sociedade de Consumo.


                                 

Desde os primórdios, o homem busca um significado para existência humana. Em um primeiro momento essa explicação baseava-se na mitologia. O mito buscava narrar algo sobre a origem das coisas. A mitologia se tornava, então, algo incontestável e inquestionável. Como então o mito narrava a origem do mundo e tudo que nele existia?
Logo depois surgia, na Grécia uma forma de explicação mais racional para o surgimento das coisas, a filosofia. Surgindo ilustres filósofos, como Hecateu de Mileto, Sócrates, Aristóteles, entre outros.
Surge, então, a grande questão: a filosofia nasceu realizando uma transformação gradual sobre os mitos gregos ou nasceu por uma ruptura radical com os mitos? O que sabemos è que a filosofia passou ser a essência da razão e da capacidade humana em representar o mundo e a vida concreta nela inserida. A filosofia procurava auxiliar o ser humano na tarefa de pensar, representar, julgar, decidir, agir com criticidade. Como dizia Sêneca nas cartas a Lucílio “A filosofia ensina a agir, não a falar”.
Compreende-se que falar é uma forma de ação humana, um modo de dizer o que se vê o que se pensa. Assim, segundo Jostein Gaarder, filosofo norueguês, a filosofia está ligada às atitudes humanas. Com isso, poderíamos pensar na Declaração Universal dos Direitos Humanos, poderíamos pensar e refletir sobre uma declaração em que os homens repensassem em seus deveres como cidadão. Como Kant sugeriu, estabelecer a união planetária entre os povos.
Na reflexão dos valores humanos, em um mundo globalizado, a urgência de saber conviver com as diferenças e a prática do respeito e a convivilidade civilizada são valores que deveriam consubstanciar os deveres humanos que cita Gaarder, esses valores são importantes para problemas que são recorentes no mundo: o preconceito e a miséria. O que é freqüente acontecer é que sempre querem que sejamos tolerantes com coisas intoleráveis. Certas tolerâncias que querem nos fazer praticar são intoleráveis.
Como exemplo na esteira da miséria, segundo estatísticas, seis milhões de crianças morrem atacadas por doenças facilmente curáveis, tais como diarréia, malária e pneumonia. 114 milhões de crianças não recebem educação escolar,o mais chocante: 800 milhões de pessoas adormecem com fome.E esses fatos devem ser toleráveis? Isso é desigualdade e a injustiça não se devem tolerar. A cada três minutos e seis segundos uma pessoa morre de fome, se pode ter alguma tolerância com isso?
Este estado de coisas macabras que acontecem no mundo é reflexo do consumismo, acarretados pela pratica do capitalismo em que quanto mais se ganha, mais se quer gastar.
Essa pratica do capitalismo acarreta grandes desigualdades sociais, como afirma Marx.
Será que devemos ser tolerantes com esse modelo econômico e com essa desigualdade social? Enquanto a economia for empregada na produção de desigualdades, enquanto o uso do poder for feito para sacramentar privilégios e desrespeitar valores e  enquanto a cultura for utilizada para embrutecer e cegar, será difícil pensarmos em valores humanos. Se o conceito de valores humanos não acrescenta ao menos o humanismo, como poderemos, por meio desses deveres, resolver os desatinos existentes?
Algo que podemos é fazer com que as pessoas voltem os olhos para o mundo e pensem de uma forma critica no que esta acontecendo ao seu redor. Dessa forma, se pode utilizar a filosofia  para repensar questões que afetam nosso mundo. Pois como afirmava Descartes, “ Penso logo existo”, e se penso logo existo, posso fazer algo para melhorar o mundo, basta as pessoas terem a consciência critica,filosófica e até mesmo histórica, do nos rodeia.
E como afirma Albert Einstein, “O homem erudito é um descobridor de fatos que já existem-mas o homem sábio é um criador de valores que não existem e que faz existir”.

Fonte: http://hstparasempre.blogspot.com.br

Referências Bibliográficas
Livros
GRYLBER, Antônio. Filosofia na era moderna.Editora Ática, São Paulo, 2006.
FERDINANDES, Pedro de Souza. O mundo filosofico. Editora Melster, Rio de Janeiro, 2005.
Sites:
http://www.mundodafilosofia.com.br/   
http://www.mundoeducacao.com.br/

http://www.mundodosfilosofos.com.br/

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