segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Senado dos EUA vota acordo que evita o calote

O governo está ameaçado de ter dificuldades para honrar parte da dívida

AGÊNCIA BRASIL 01/08/2011 10h36
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O Congresso dos Estados Unidos vota hoje (1º) um acordo preliminar entre republicanos e democratas que determina cortes nos gastos governamentais e a elevação do teto da dívida pública americana, atualmente em US$ 14,3 trilhões. O governo está ameaçado de ter dificuldades para honrar parte da dívida.
O acordo, anunciado pelo presidente norte-americano, Barak Obama, ontem (31) à noite, pretende encerrar meses de disputas entre os dois principais partidos e tirar o país da rota do que poderia ser um calote sem precedentes.
Segundo Obama, o acordo permitirá "evitar o default [suspensão de pagamentos] e encerrar a crise que Washington impôs ao resto dos Estados Unidos".
O pacote deve passar sem dificuldades pelo Senado, mas deve enfrentar resistências na Câmara de Representantes pois os republicanos, que são oposição, disseram-se insatisfeitos com o que foi negociado ontem.
O acordo preliminar eleva o teto da dívida, atualmente em US$ 14,3 trilhões, em cerca de US$ 2 trilhões, permitindo que o governo tome novos empréstimos e continue financiando sua dívida até, pelo menos, 2013.
Uma das principais exigências dos democratas é que o novo prazo para revisão do teto não caia no ano eleitoral de 2012. A contrapartida exigida pelos republicanos prevê cortes no déficit público que podem chegar a US$ 2,4 trilhões ao longo da próxima década.
Segundo as negociações, esses cortes seriam feitos em duas etapas e poderiam exigir a criação de um comitê no Congresso que seria responsável por propor as áreas de onde sairiam os recursos. Em um primeiro momento, os cortes para os próximos dez anos ficariam em torno de US$ 900 bilhões. O volume adicional de cortes ainda precisa ser determinado.
O acordo afasta o risco de suspensão imediata de pagamentos da dívida, mas não descarta que a avaliação dos títulos da dívida pública americana seja revista para baixo do atual patamar de nota máxima. O mercado aguarda que as três principais agências de risco se pronunciem sobre o conteúdo do que foi negociado.

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