A avaliação positiva do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) na Região Metropolitana de Campinas (RMC), num porcentual mais elevado do que o do governo do Estado, administrado pelo tucano Geraldo Alckmin, conforme pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Unidade de Pesquisa (UP), indica que a petista poderá ter influência nas eleições municipais do ano que vem. A avaliação é do presidente do UP, Sidney Kuntz, especialista em marketing político e analista de pesquisas eleitorais e administrativas.
De acordo com Kuntz, a mostra, realizada em 19 municípios da Região Metropolitana de Campinas, para o "Jornal Todo Dia", é um indicativo do peso político que a presidente terá nas eleições do ano que vem. "Isso porque a despeito da herança que a presidente Dilma recebeu do governo Lula, inclusive a pecha de afilhada política, a população vem identificando o seu governo com vida própria e sabe que os problemas que ela vem enfrentando, no tocante às denúncias envolvendo alguns ministros, são fatos remanescentes do governo anterior. Isso é muito significativo."
A sondagem aponta que a administração da presidente é avaliada como "ótima" ou "boa" por 51,8%, como "regular" por 28,8% e como "ruim" ou "péssima" por 16,5% dos entrevistados, sendo que 2,9% não souberam responder. A gestão do governador de São Paulo, por sua vez, é considerada "ótima" ou "boa" por 49,7%, "regular" por 33,1% e "ruim" ou "péssima" por 11,%, sendo que 5,6% não souberam responder. O levantamento foi promovido entre os meses de outubro e novembro, com mais de 7 mil entrevistados e tem margem de erro de 1,1 ponto porcentual, para mais ou para menos.
Kuntz destaca que a presidente Dilma Rousseff teve no Estado de São Paulo, nas eleições 2010, 45% dos votos. E hoje, tem de aprovação 51,8% na Região Metropolitana de Campinas. No entender do analista, essa avaliação é um indicativo que a força política de Dilma não pode ser desconsiderada pelos adversários, sobretudo pelos tucanos. "Até seis meses atrás, falava-se apenas na influência de Lula em alavancar as candidaturas do PT e aliados nas eleições 2012. Mas, a presidente vem demonstrando que pode também ocupar este cenário, pois se situa no meio termo entre o conservadorismo e o populismo", emendou.
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