'Foi muito bom. Ele está bem', disse mulher do contraventor em Goiânia.
Procuradora diz que perito constatou que Cachoeira 'não tem perturbação .
Iara Lemos, Mariana Oliveira e Versanna CarvalhoDo G1, em Goiânia
A mulher do bicheiro Carlinhos Cachoeira, Andressa Mendonça, obteve autorização do juiz Alderico Rocha, da 11ª Vara da Justiça Federal em Goiânia, para um encontro de cinco minutos com o marido em uma sala do prédio. O encontro ocorreu após o fim da primeira parte da audiência com testemunhas do processo da Operação Monte Carlo nesta terça-feira (24).
Na saída, Andressa disse ao G1 que o marido está melhor. Na segunda, ela havia informado que ele está em tratamento psiquiátrico. "Foi um encontro de cinco minutos. Foi muito bom. Ele está bem. Bem melhor agora", falou. Ela disse que ainda "é cedo" para dar uma opinião sobre as audiências na Justiça Federal de Goiânia.
A procuradora do Ministério Público Federal Léa Batista disse aos jornalistas que, em razão das informações de que Cachoeira estaria com problemas psiquiátricos, o juiz Alderico Rocha determinou uma perícia para averiguar se Cachoeira tinha condições de acompanhar os depoimentos.
"O juiz determinou que o perito fizesse avaliação do Cachoeira ontem (segunda) e concluiu que ele não tem nenhuma perturbação mental e que pode participar da audiência. Ele pode ficar calado, se assim ele quiser", disse a procuradora.
Depoimentos
O depoimento do policial federal Fábio Alvarez começou às 10h e durou cerca de três horas e meia. Após a conclusão da fala, o juiz do caso, Alderico Rocha, interrompeu a sessão de depoimentos de testemunhas por uma hora para almoço.
O juiz ouve nesta quarta policiais federais que participaram das interceptações telefônicas da Operação Monte Carlo, na qual o bicheiroCarlinhos Cachoeira foi preso. Há ainda previsão do depoimento de testemunhas indicadas pelos réus. Nesta quinta (25) será a vez do interrogatório dos acusados na ação, entre eles Cachoeira.
Em seu depoimento, o policial Fábio Alvarez disse que o agente da Polícia Federal Wilton Tapajós Macedo, assassinado na semana passada em um cemitério, havia sido abordado por policiais militares enquanto fazia uma diligência durante a Operação Monte Carlo. Alvarez afirmou no depoimento que policiais eram pagos, alguns mensalmente, pelo grupo de Cachoeira.
Tapajós Macedo foi assassinado na terça passada (17) quando visitava o túmulo dos pais, em Brasília. A Polícia Federal abriu uma investigação para apurar quem matou o agente.
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