Por AE
São Paulo - A partir desta segunda-feira as operadoras TIM, em 19 Estados, Oi, em cinco, e Claro, em três - incluindo São Paulo -, estão impedidas pela Agência Nacional de Telecomunicações de vender novas linhas celulares. A decisão foi motivada, de acordo com a agência, pelo alto índice de reclamações contra os serviços das empresas, e as vendas só devem ser retomadas após a aprovação de um plano de melhoria na qualidade do serviço.
No domingo, véspera da proibição, não houve corrida para adquirir chips. O consumidor que foi às lojas durante o fim de semana manifestou apoio à decisão do governo, mas ainda duvida da eficácia da punição da Anatel. "Demorou para o governo tomar essa decisão. Acho que, depois dessa suspensão, pode melhorar por um tempo, mas depois volta tudo", disse o policial civil Ailton Rodrigues Gaia que ontem à tarde foi à loja da Claro, no Center Norte, em São Paulo, acompanhando a mulher Fernanda, interessada em trocar o chip. Sempre tenho problemas com a empresa, contou Fernanda, cliente da operadora há dois anos e meio. Eles são muito bons na pré-venda, mas o pós-venda é ruim.
Para os consumidores, como Carlos Marques, que foi ontem a uma loja da TIM no shopping Tacaruna, em Olinda (PE), para resolver um problema relativo à sua conta, a decisão da Anatel veio tarde. Se a agência tivesse colocado os pingos nos is quando o serviço começou a ficar problemático, a coisa não chegaria a esse ponto.
Sem divulgar números, a assessoria da TIM em Pernambuco confirmou não ter havido alteração nas vendas nas lojas, depois do anúncio da Anatel. Os funcionários é que revelaram preocupação com a proibição das vendas. Não sabemos o que vai acontecer, mas aguardamos uma reunião da empresa sobre o assunto, disse um consultor de venda.
A maior loja da Oi no Rio Grande do Sul, no shopping Iguatemi, contabilizava no domingo redução superior a 70% no seu fluxo diário. Acostumado a ter dentro da loja até 400 clientes durante um dia, o coordenador Diego Lima Vasconcelos contabilizou cerca de cem pessoas que entraram na loja.
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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