terça-feira, 10 de julho de 2012

Candidatos a prefeito podem gastar R$ 59 mi


O valor máximo previsto pelos próprios postulantes é quinze vezes maior que a soma de seus patrimônios

Os candidatos a prefeito de Fortaleza deverão injetar, juntos, oficialmente, R$ 59,7 milhões na campanha eleitoral deste ano. O montante é quinze vezes maior que todo o patrimônio dos dez postulantes à Prefeitura da Capital, cujos bens declarados à Justiça Eleitoral somam R$ 3,9 milhões. Disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), esses dados se referem ao limite de gastos de campanha e ao patrimônio pessoal, tendo sido apontados pelos próprios postulantes na ocasião do pedido para o registro de suas candidaturas.

O PSDB fixou o maior valor para os gastos de campanha em Fortaleza neste ano. O partido poderá investir até R$ 17 milhões para tentar eleger Marcos Cals a prefeito da Capital. O candidato, por sua vez, declarou que seu patrimônio pessoal corresponde a R$ 898.749,00. A quantia é referente aos seguintes bens: um apartamento em Fortaleza, três terrenos, uma sala empresarial, a construção de seis armazéns, duas linhas telefônicas, quotas em firmas, um carro e dinheiro em conta.

O segundo candidato com maior limite de gastos é Roberto Cláudio (PSB), que conta com o apoio do governador Cid Gomes. Representando a coligação formada por PRB, PP, PTB, PMDB, PSL, PSDC, PHS, PMN, PTC, PSB, PRP, PSD e PT do B, Roberto Cláudio estima investir até R$ 14 milhões na sua campanha eleitoral. Por outro lado, o seu patrimônio inclui bens que somam R$ 585.568,46. Isso porque o candidato a prefeito declarou que possui um carro, um apartamento e saldo financeiro nas suas contas bancárias.

Em seguida, com a terceira maior previsão de gastos na corrida eleitoral, está o candidato do PT, Elmano de Freitas. Ele representa a coligação formada por PT, PTN, PSC, PR, PTC, PV e PTdoB, sendo apoiado pela prefeita Luizianne Lins. Conforme os dados enviados à Justiça Eleitoral, R$ 11,5 milhões poderão ser gastos na campanha de Elmano, que, por sua vez, possui R$ 73.580 em bens que envolvem terrenos, um carro e dinheiro em poupança e conta bancária.

Cara

A quarta campanha mais cara, em termos de limite financeiro, é a de Heitor Férrer (PDT): são até R$ 7 milhões que podem ser gastos para promover o candidato. Heitor, por sua vez, é o postulante que declarou maior valor de bens pessoais: R$ 1.048.061 correspondentes a um apartamento, sete terrenos, parte de uma propriedade rural no município de Jaguaretama, animais, dois veículos automotores e aplicações financeiras.

Na sequência, vem a campanha de Moroni Torgan (DEM), que poderá gastar até R$ 5 milhões na disputa à Prefeitura de Fortaleza. Moroni declarou um patrimônio total de R$ 636.000,00, valor que corresponde aos seguintes bens: um apartamento, um terreno, três veículos, aplicações financeiras e saldo na conta bancária.

Já o candidato a prefeito de Fortaleza pelo PCdoB, senador Inácio Arruda, deverá ter sua campanha orçada em, no máximo, R$ 4 milhões. Inácio declarou um patrimônio pessoal que soma R$ 663.406,62. O valor é referente a dois carro, aplicações financeiras, contas bancárias e dois apartamentos.

As candidaturas de Renato Roseno, André Ramos, Francisco Gonzaga e Valdeci Cunha devem ser inferior a R$ 1 milhão.

Contas

Sem declarar patrimônio, André Ramos (PPL) poderá gastar até R$ 750 mil. Já Renato Roseno (PSOL), estima que sua campanha poderá custar até R$ 700 mil. Ele declarou possuir R$ 45,3 mil em um carro e contas bancárias.

O candidato do PRTB, Valdeci Cunha, que não declarou possuir nenhum bem, poderá gastar R$ 100 mil. A campanha mais barata é a de Gonzaga (PSTU), que declarou uma casa no valor de R$ 30 mil e estima gastar até R$ 70 mil na sua candidatura.

DIÁRIO DO NORDESTE

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