Jéssica Marçal
Da Redação, com colaboração de Kelen Galvan
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'A pregação não surgiu assim de um livro que Deus mandou escrever e distribuir. Surgiu de ouvir a Palavra de Deus', enfatiza Dom Murilo
Sagrada Escritura, Sagrada Tradição e Sagrado Magistério. Essa é a tríade que constitui a base da fé católica, a fonte para que os fiéis sejam conscientes da sua fé. Mas os católicos conhecem o significado desses pilares? Em especial neste ano em que se inicia o Ano da Fé, proclamado pelo Papa Bento XVI, os fiéis terão a oportunidade de redescobrir o verdadeiro sentido da fé que professam por Cristo e pela Igreja.
Para os católicos, a centralidade da fé está no mistério da Eucaristia, instituída pelo próprio Cristo, o que sinaliza a vontade de Deus em permanecer em união com a humanidade.
Para o membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Murilo Krieger, arcebispo de Salvador (BA) e Primaz do Brasil, uma das características da fé católica é justamente o fato da iniciativa partir de Deus, e não dos homens.
“Não somos nós que procuramos Deus, que procuramos conhecê-lo, que tentamos entrar na sua intimidade. Ao contrário: Deus é que se revela a nós. Ele é que tomou a iniciativa", explica o arcebispo.
Sendo assim, Dom Murilo diz que o que resta aos católicos é acreditar em Deus, acolher sua Palavra e colocar em prática seus ensinamentos, o que acaba constituindo o fundamento da fé católica. "É (o fundamento) ouvir o Senhor, acreditar em seus ensinamentos, colocá-los em prática com a graça e força que Ele mesmo nos dá".
Sagradas Escrituras e Tradição
As sagradas escrituras reúnem os ensinamentos que Deus têm para a humanidade. Tais ensinamentos estão presentes no livro sagrado para os católicos: a Bíblia. Mas nem tudo que Deus ensinou está unicamente em forma de escrita.
"A pregação não surgiu assim de um livro que Deus mandou escrever e distribuir. Surgiu de ouvir a Palavra de Deus. Então essa pregação apostólica, hoje nós a temos expressa, de modo especial, nos livros inspirados. Mas esta pregação deve continuar até o fim dos tempos", lembrou Dom Murilo.
O arcebispo de Salvador enfatizou que os apóstolos transmitiram aquilo que receberam a partir do convívio com Jesus e exortaram os fiéis a manterem a tradição que aprenderam, seja oralmente ou por escrito.
"Eu resumo “Tradição” com a expressão seguinte: a tradição é a fé viva daqueles que já morreram. E nós temos conhecimento desta fé. Quando se fala em tradicionalismo, é outra coisa totalmente diferente, é o apego à fórmula, a uma determinada época. Tradicionalismo é a fé morta dos que ainda vivem. Então uma pessoa tradicionalista, apegada ao passado, a um determinado momento da história, tem uma fé morta, embora esteja viva", explicou.
O Magistério da Igreja Católica
Além das Sagradas Escrituras e da Sagrada Tradição, a fé católica tem ainda um terceiro fundamento: o Magistério. “Magistério é aquele grupo da Igreja que recebe uma ação especial do Espírito Santo para que esta revelação de Deus não se perca e se mantenha sempre fiel”, explicou Dom Murilo.
Para o arcebispo, fazer o católico conhecer melhor as riquezas de sua fé é hoje uma tarefa desafiadora. Ele diz que é importante lembrar que foi a vontade de Deus que todas as gerações pudessem ter um conhecimento íntegro de suas revelações, o que nem sempre acontece.
“Temos um dom imenso, temos a Palavra de Deus, a Tradição, o Magistério, a unidade sob Pedro, temos os santos, as formas de rezar, os sacramentos, especialmente o da Eucaristia, temos mártires, temos tudo isso e às vezes não conhecemos”.
E o conhecimento da fé católica em sua profundidade vem a partir dessa tríade tão importante para a Igreja e seus fiéis. “Tanto a Sagrada Escritura, como a Sagrada Tradição como o Magistério nos permitem conhecer Deus como Ele se revelou, até o dia em que o veremos face a face e que não precisaremos mais, portanto, da Escritura, nem da Tradição e nem do Magistério porque estaremos diante de Deus contemplando mergulhados na sua misericórdia”
Ano da Fé
Se ainda não são conhecidos em sua plenitude, os pilares da fé católica podem ser melhor estudados e compreendidos durante o Ano da Fé. A proposta de Bento XVI é que esta seja, justamente, uma ocasião de redescobrimento e amadurecimento da fé dos católicos.
“O Papa já pediu que, neste Ano da Fé, nós saibamos dar lugar às Sagradas Escrituras, lembrando que Deus se revelou. Além disso, o Ano da Fé vai nos servir também para destacar o valor da Sagrada Tradição que tem sua força muito grande no Concílio Vaticano II, do qual estaremos, a partir de 11 de outubro, celebrando o cinqüentenário”.
Dom Murilo citou o Catecismo da Igreja Católica como o grande presente dado pelo Magistério da Igreja há 20 anos. Ele lembrou que o Papa pede que, em especial no Ano da Fé, o Catecismo seja mais conhecido, o que significa voltar-se para o essencial.
“Se nesse Ano da Fé nos voltarmos para o essencial, se nos colocarmos sob ação do Espírito Santo, Ele nos ajudará a penetrar nas verdades que Ele revelou à Igreja, verdade que tem como finalidade nos renovar, nos transformar”, disse.
Dom Murilo finalizou dizendo que o Ano da Fé foi uma graça que nasceu do coração de Deus e foi inspirada pelo Espírito Santo a Bento XVI. “Um dom assim temos que acolher com muita alegria e trabalhar para que as riquezas da Igreja estejam à disposição de todos”.
Para os católicos, a centralidade da fé está no mistério da Eucaristia, instituída pelo próprio Cristo, o que sinaliza a vontade de Deus em permanecer em união com a humanidade.
Para o membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Murilo Krieger, arcebispo de Salvador (BA) e Primaz do Brasil, uma das características da fé católica é justamente o fato da iniciativa partir de Deus, e não dos homens.
“Não somos nós que procuramos Deus, que procuramos conhecê-lo, que tentamos entrar na sua intimidade. Ao contrário: Deus é que se revela a nós. Ele é que tomou a iniciativa", explica o arcebispo.
Sendo assim, Dom Murilo diz que o que resta aos católicos é acreditar em Deus, acolher sua Palavra e colocar em prática seus ensinamentos, o que acaba constituindo o fundamento da fé católica. "É (o fundamento) ouvir o Senhor, acreditar em seus ensinamentos, colocá-los em prática com a graça e força que Ele mesmo nos dá".
Sagradas Escrituras e Tradição
As sagradas escrituras reúnem os ensinamentos que Deus têm para a humanidade. Tais ensinamentos estão presentes no livro sagrado para os católicos: a Bíblia. Mas nem tudo que Deus ensinou está unicamente em forma de escrita.
"A pregação não surgiu assim de um livro que Deus mandou escrever e distribuir. Surgiu de ouvir a Palavra de Deus. Então essa pregação apostólica, hoje nós a temos expressa, de modo especial, nos livros inspirados. Mas esta pregação deve continuar até o fim dos tempos", lembrou Dom Murilo.
O arcebispo de Salvador enfatizou que os apóstolos transmitiram aquilo que receberam a partir do convívio com Jesus e exortaram os fiéis a manterem a tradição que aprenderam, seja oralmente ou por escrito.
"Eu resumo “Tradição” com a expressão seguinte: a tradição é a fé viva daqueles que já morreram. E nós temos conhecimento desta fé. Quando se fala em tradicionalismo, é outra coisa totalmente diferente, é o apego à fórmula, a uma determinada época. Tradicionalismo é a fé morta dos que ainda vivem. Então uma pessoa tradicionalista, apegada ao passado, a um determinado momento da história, tem uma fé morta, embora esteja viva", explicou.
Divulgação
Para Dom Murilo, o grande presente dado pelo Magistério há 20 anos foi o Catecismo da Igreja Católica
Além das Sagradas Escrituras e da Sagrada Tradição, a fé católica tem ainda um terceiro fundamento: o Magistério. “Magistério é aquele grupo da Igreja que recebe uma ação especial do Espírito Santo para que esta revelação de Deus não se perca e se mantenha sempre fiel”, explicou Dom Murilo.
Para o arcebispo, fazer o católico conhecer melhor as riquezas de sua fé é hoje uma tarefa desafiadora. Ele diz que é importante lembrar que foi a vontade de Deus que todas as gerações pudessem ter um conhecimento íntegro de suas revelações, o que nem sempre acontece.
“Temos um dom imenso, temos a Palavra de Deus, a Tradição, o Magistério, a unidade sob Pedro, temos os santos, as formas de rezar, os sacramentos, especialmente o da Eucaristia, temos mártires, temos tudo isso e às vezes não conhecemos”.
E o conhecimento da fé católica em sua profundidade vem a partir dessa tríade tão importante para a Igreja e seus fiéis. “Tanto a Sagrada Escritura, como a Sagrada Tradição como o Magistério nos permitem conhecer Deus como Ele se revelou, até o dia em que o veremos face a face e que não precisaremos mais, portanto, da Escritura, nem da Tradição e nem do Magistério porque estaremos diante de Deus contemplando mergulhados na sua misericórdia”
Ano da Fé
Se ainda não são conhecidos em sua plenitude, os pilares da fé católica podem ser melhor estudados e compreendidos durante o Ano da Fé. A proposta de Bento XVI é que esta seja, justamente, uma ocasião de redescobrimento e amadurecimento da fé dos católicos.
“O Papa já pediu que, neste Ano da Fé, nós saibamos dar lugar às Sagradas Escrituras, lembrando que Deus se revelou. Além disso, o Ano da Fé vai nos servir também para destacar o valor da Sagrada Tradição que tem sua força muito grande no Concílio Vaticano II, do qual estaremos, a partir de 11 de outubro, celebrando o cinqüentenário”.
Dom Murilo citou o Catecismo da Igreja Católica como o grande presente dado pelo Magistério da Igreja há 20 anos. Ele lembrou que o Papa pede que, em especial no Ano da Fé, o Catecismo seja mais conhecido, o que significa voltar-se para o essencial.
“Se nesse Ano da Fé nos voltarmos para o essencial, se nos colocarmos sob ação do Espírito Santo, Ele nos ajudará a penetrar nas verdades que Ele revelou à Igreja, verdade que tem como finalidade nos renovar, nos transformar”, disse.
Dom Murilo finalizou dizendo que o Ano da Fé foi uma graça que nasceu do coração de Deus e foi inspirada pelo Espírito Santo a Bento XVI. “Um dom assim temos que acolher com muita alegria e trabalhar para que as riquezas da Igreja estejam à disposição de todos”.
Fonte: Canção Nova Notícias
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