Imagem do Google |
Porque será que é tão difícil
ser livre país que se intitula democrático? Estas perguntas vez por outra vêm a
minha mente. Hoje ela retornou. Ontem, ao participar de um encontro político, num
dos bairros de nossa cidade, pude entender isso mais uma vez. Como qualquer
pessoa, fui ao local do evento para ver, conversar... Seria tranquila minha
presença se não fosse à postura de algumas pessoas que ao visualizar minha humilde
pessoa.
Vi claramente os olhares de alguns que ao
cruzarem seu olhar com minha presença, davam a entender como se eu não fosse bem
vindo ali. Era como se dissesse: o que ele faz aqui? Ele não é de outro partido?
Veio ver a multidão? Então tai. Claro, não estou aqui para me fazer de vítima,
até porque isso não tem parte comigo, mas, quero somente fazer uma reflexão. Está
escrito em algum lugar que alguém, por assumir publicamente que torce por outro
time, tem outra religião, tem outras ideias políticas que não a de outros e que
por causa disso não possa dividir o mesmo espaço? Não seria isso uma espécie de
Bulling? Atitudes como estas geraram guerras, preconceitos e matança. Tudo começa
pela falta de tolerância, de civilidade, de educação, de respeito para com
aquele que pensa e ver as coisas de um modo diferente. Tudo começa com uma
palavra, um sorriso irônico. Para alguns, isso não vale nada. Porém, há pessoas
mais sensíveis onde atitudes como estas gerem problemas psicológicos, depressão,
sentimento de medo e de incapacidade.
No caso da política, muitas
pessoas estão se sentindo coagidas. São colocadas na parede dentro de repartições
publicas e ameaçadas a votarem no candidato ou candidata indicada. Se a pessoa
demonstra alguma reação contraria, é tida como ingrata, como digna de
penalidades. Desse modo, a pessoa passa a ser convocada para ir aos encontros
como uma espécie de demonstração de adesão ao projeto dos tais senhores feudais
de nosso tempo. A pessoa, claro, sentindo-se miúda diante do senhor (a) feudal,
obriga-se a ir para frente dos palanques gritarem a todo pulmão, para que todos
vejam e diga: olha como ela torce pelo nosso candidato. Não seria isso uma espécie
de assédio moral disfarçado? E se por acaso os senhores feudais não conseguirem
ver a pobre pessoinha aos gritos e com uma bandeira erguida, logo procurará
saber por que ela não foi. A pobre pessoa, sem muitos argumentos, dirá: eu
estava lá naquele cantinho esquerdo, ou ainda, eu estava lá atrás. Você acha
que isto é uma coisa normal?
Atitudes como estas aconteciam com frequência no
tempo dos coronéis, quando estes sabendo que os pobres eleitores tinham votado
contra, levavam açoites de capatazes e às vezes até poderiam ser mortos. Não podem
ser consideradas como os capatazes dos coronéis, as pessoas que tem esse
comportamento de intimidar o pobre eleitor?
Outro dia conversando
rapidamente com autoridade máxima governamental desse município, fui
interpelado pelo mesmo, que disse assim: você não vota na candidata tal? E eu,
olhando pra ele com sinceridade, disse: não. Eu não voto em sua candidata. Disse
isso sem prepotência ou querendo provocar raiva ou descontentamento à sua
pessoa. Com esta atitude, quis apenas mostrar que temos, de fato, a liberdade
de optarmos por nossas ideias e por aquilo que consideramos melhor. Isso não significa
dizer que eu tenha aversão a esta autoridade. Muito pelo contrário, tem meu respeito.
Para alguns, um momento
como este poderia ser usado para prejudicar a pessoa ou ainda para tirar
proveito, como alguns fazem. Agindo assim, não significa dizer que eu seja um
exemplo de perfeição, ética, moral ou coisa parecida, mas significa dizer que
temos que ter o mínimo de dignidade para com nossa própria pessoa.
Mas infelizmente, nosso
povo, aqueles que estão do lado do A, do B ou do C, com atitudes como estas e que não
respeita aos outros, são pessoas pequenas, que tentam tirar proveito em cima de
coisas pequenas. Esse tipo de pessoas tende a se decepcionarem por não
conseguirem aquilo que almejam. Nada que se consegue por meio suborno,
bajulação ou por causarem prejuízo a outros, vão muito longe em suas expectativas.
Seus planos maquiavélicos por si só se
destroem e pior, atinge a própria pessoa. Eu já vi muita gente decepcionada por
não serem correspondidos em suas expectativas.
Portanto, meus caros
amigos leitores, sejamos acima de tudo, grandes o suficiente para ver a alegria
e a felicidade do outros e não nos mordermos de inveja. Saiba de uma coisa:
aquilo que Deus determinou para alguém pode ter certeza que ela dará e ao que
tentar ter ou ser alguma coisa e não sendo nem podendo, mesmo que venha a ter,
se não for digno, ruirá por terra. Veja os exemplos e concordará comigo.
Professor Valdeni Cruz
Nenhum comentário:
Postar um comentário