Jéssica Marçal
Da Redação
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Dom Leonardo Steiner acredita em uma sociedade mais justa e fraterna a partir da valorização da política e da cidadania
Nesta sexta-feira, 7, o Brasil comemora o dia de sua independência. A data é uma oportunidade para os brasileiros, 190 anos após terem adquirido sua autonomia, poderem refletir sobre como vêm exercendo sua cidadania.
O filósofo e professor de Filosofia da Universidade de Taubaté, César Augusto Eugênio, explicou que o sentido mais completo e inicial de cidadania está vinculado a um processo de participação política, capacidade de decisão e, sobretudo, construção de oportunidade para que essas decisões aconteçam.
Hoje, ele acredita que a cidadania está diretamente ligada à capacidade de organização do indivíduo para que sejam respeitados os seus direitos mais naturais.
Porém, ao olhar para a história do Brasil, o professor diz que o povo brasileiro não teve muita oportunidade de participar da construção da sua história. "A gente entra na República sem um exercício de cidadania propriamente dito, o que é bastante contraditório. Proclama-se a República e o primeiro presidente é um general de exército, que é o Marechal Deodoro da Fonseca", disse o professor.
Ele informou que, a partir disso, foram feitos esforços para promover a participação cidadã e que esse exercício de fato se concretizou após a ditadura militar, de 1985 em diante. “Nós temos que nos acostumar e nos conscientizar da importância que é participar, criar esses espaços de acompanhamento da gestão pública”.
Para o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Leonardo Ulrich Steiner, a importância desse exercício de cidadania se justifica pelo fato de que as pessoas não são isoladas, mas pessoas de política, de relação. “Nós temos responsabilidade e, nesse sentido, na medida em que nós vamos valorizando a política e a nossa cidadania, vamos ajudando a construir uma sociedade mais justa e fraterna”.
O que é ser cidadão?
Dom Leonardo acredita que a primeira conduta de um verdadeiro cidadão é a participação ativa, levando em consideração a ética e o cuidado com o outro. "O cidadão consciente de seu papel procura se comportar de modo a contribuir para que os direitos, especialmente dos mais fracos e desamparados, sejam respeitados e exercidos e também que os deveres de todos sejam lealmente cumpridos".
O professor César prefere não adotar o termo “bom cidadão”, porque, para ele, ou uma pessoa é cidadão ou não é. “Eu não posso pensar como cidadão uma pessoa que vai destruir o bem público. A cidadania é uma conquista, não é algo dado, então não existe um ‘mau cidadão’, porque se eu não consigo entender algo que vai além de mim para o bem comum, então isso não é ser cidadão”.
Da mesma forma, o jornalista Reinaldo César acredita que não existem cidadãos ruins, mas sim a falta de formação capaz de transformar a mentalidade das pessoas para que a cidadania floresça.
“O cidadão de fato, e por direito, é aquele que tem a coragem de inserir-se como protagonista na sua história e na daqueles com os quais ele encontra em sua caminhada, é aquele que não fica resmungando e diz que tudo vai mal, é aquele que não se intimida e avança sem medo e sem receios e acredita que sua ação pode mudar a direção dos acontecimentos”.
Cidadão na prática
Se ainda há brasileiros que não exercem sua cidadania na prática, o filósofo acredita que, embora o processo seja longo, há esperança, uma vez que a cidadania está em cosntrução. Para ele, a mentalidade das pessoas tem mudado, de forma que elas estão cada vez mais se conscientizando para buscar a transformação da sociedade.
“Por ser professor, eu aposto bastante no papel da educação, mas também aposto bastante no papel da Igreja, dos meios de comunicação para a construção dessa cidadania”, afirmou César.
Já Reinaldo contou que sempre foi participativo, como pessoa cidadã e como jornalista, mesmo tendo se deparado, no dia a dia, com pessoas desanimadas e desacreditadas.
O jornalista acredita que as eleições municipais, em 7 de outubro deste ano, constituem um bom período para que cada um possa exercer o seu papel de cidadão a partir, inclusive, do acompanhamento das atividades pós-eleitorais.
"O que queremos para o nosso País? Não podemos achar que esperaremos pelos outros, a nossa parte deve ser feita agora, amanhã e depois, todos os dias", concluiu o jornalista.
O filósofo e professor de Filosofia da Universidade de Taubaté, César Augusto Eugênio, explicou que o sentido mais completo e inicial de cidadania está vinculado a um processo de participação política, capacidade de decisão e, sobretudo, construção de oportunidade para que essas decisões aconteçam.
Hoje, ele acredita que a cidadania está diretamente ligada à capacidade de organização do indivíduo para que sejam respeitados os seus direitos mais naturais.
Porém, ao olhar para a história do Brasil, o professor diz que o povo brasileiro não teve muita oportunidade de participar da construção da sua história. "A gente entra na República sem um exercício de cidadania propriamente dito, o que é bastante contraditório. Proclama-se a República e o primeiro presidente é um general de exército, que é o Marechal Deodoro da Fonseca", disse o professor.
Ele informou que, a partir disso, foram feitos esforços para promover a participação cidadã e que esse exercício de fato se concretizou após a ditadura militar, de 1985 em diante. “Nós temos que nos acostumar e nos conscientizar da importância que é participar, criar esses espaços de acompanhamento da gestão pública”.
Para o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Leonardo Ulrich Steiner, a importância desse exercício de cidadania se justifica pelo fato de que as pessoas não são isoladas, mas pessoas de política, de relação. “Nós temos responsabilidade e, nesse sentido, na medida em que nós vamos valorizando a política e a nossa cidadania, vamos ajudando a construir uma sociedade mais justa e fraterna”.
O que é ser cidadão?
Dom Leonardo acredita que a primeira conduta de um verdadeiro cidadão é a participação ativa, levando em consideração a ética e o cuidado com o outro. "O cidadão consciente de seu papel procura se comportar de modo a contribuir para que os direitos, especialmente dos mais fracos e desamparados, sejam respeitados e exercidos e também que os deveres de todos sejam lealmente cumpridos".
O professor César prefere não adotar o termo “bom cidadão”, porque, para ele, ou uma pessoa é cidadão ou não é. “Eu não posso pensar como cidadão uma pessoa que vai destruir o bem público. A cidadania é uma conquista, não é algo dado, então não existe um ‘mau cidadão’, porque se eu não consigo entender algo que vai além de mim para o bem comum, então isso não é ser cidadão”.
Luis Cláudio Barreira
"O que queremos para o nosso País? Não podemos achar que esperaremos pelos outros, a nossa parte deve ser feita", diz o jornalista Reinaldo César
Da mesma forma, o jornalista Reinaldo César acredita que não existem cidadãos ruins, mas sim a falta de formação capaz de transformar a mentalidade das pessoas para que a cidadania floresça.
“O cidadão de fato, e por direito, é aquele que tem a coragem de inserir-se como protagonista na sua história e na daqueles com os quais ele encontra em sua caminhada, é aquele que não fica resmungando e diz que tudo vai mal, é aquele que não se intimida e avança sem medo e sem receios e acredita que sua ação pode mudar a direção dos acontecimentos”.
Cidadão na prática
Se ainda há brasileiros que não exercem sua cidadania na prática, o filósofo acredita que, embora o processo seja longo, há esperança, uma vez que a cidadania está em cosntrução. Para ele, a mentalidade das pessoas tem mudado, de forma que elas estão cada vez mais se conscientizando para buscar a transformação da sociedade.
“Por ser professor, eu aposto bastante no papel da educação, mas também aposto bastante no papel da Igreja, dos meios de comunicação para a construção dessa cidadania”, afirmou César.
Já Reinaldo contou que sempre foi participativo, como pessoa cidadã e como jornalista, mesmo tendo se deparado, no dia a dia, com pessoas desanimadas e desacreditadas.
O jornalista acredita que as eleições municipais, em 7 de outubro deste ano, constituem um bom período para que cada um possa exercer o seu papel de cidadão a partir, inclusive, do acompanhamento das atividades pós-eleitorais.
"O que queremos para o nosso País? Não podemos achar que esperaremos pelos outros, a nossa parte deve ser feita agora, amanhã e depois, todos os dias", concluiu o jornalista.
Fonte: Canção Nova Notícias
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