A divisão dos tempos históricos não é exata como a divisão do tempo dos relógios |
Toda
vez que abrimos um livro de História ou começamos um assunto novo na História,
nos deparamos com a divisão dos tempos históricos. Em resumo, são cinco os
períodos que os livros e professores nos apresentam: Pré-História, Antiguidade,
Idade Média, Idade Moderna e a Idade Contemporânea. Antes de pensarmos um
pouquinho mais sobre essa divisão, vamos citar brevemente quais os fatos
centrais e características que cada um desses períodos apresenta.
A
Pré-História começa no aparecimento dos primeiros seres humanos na Terra, até
4000 anos antes de Cristo, quando temos a invenção da escrita. Nesse tempo,
observamos intensamente a relação dos homens com a natureza, a realização das
primeiras invenções, a criação de ferramentas e outros aparatos que
viabilizaram a vida humana na Terra e, mais tarde, possibilitaram o surgimento
das primeiras comunidades humanas.
Chegando
à Antiguidade, que vai de 4000 antes de Cristo até o ano de 476 depois de
Cristo, observamos a formação de uma série de civilizações. Egípcios, sumérios,
mesopotâmios, gregos e romanos são os povos estudados com maior frequência.
Apesar da enorme distância temporal em relação aos dias de hoje, podemos ver na
Antiguidade a concepção de várias práticas, valores e tecnologias que ainda têm
importância para diversos povos de agora.
Situada
entre os anos de 476 e 1453, a Idade Média compreende um período de
aproximadamente mil anos. Na parte ocidental do mundo, costumamos olhar
atentamente para a Europa Ocidental. Esse lugar foi tomado pelos valores da
religião cristã, que se torna uma das mais importantes crenças de todo o
planeta. Mesmo tendo muito poder e autoridade, a Igreja não tinha poder
absoluto nesses tempos. As artes, a literatura e a filosofia tiveram um espaço
muito rico e interessante nessa época da história.
A
Idade Moderna fica datada entre os anos de 1453 e 1789. Nesse tempo, diversas
nações europeias passam a encontrar, dominar e explorar várias regiões da
América e da África. A tecnologia desenvolvida nesse tempo permitiu reduzir
distâncias e mostrar ao homem europeu que o mundo era bem maior do que ele
imaginava. As monarquias chegaram ao seu auge e também encararam sua queda
nesse mesmo período. Com a Revolução Francesa, ocorrida em 1789, novos padrões
políticos apareceram.
A
Idade Contemporânea, que vai de 1789 até os dias de hoje, é um período
histórico bastante curto, mas ainda assim marcado por muitos acontecimentos. As
distâncias e relações humanas, em parte graças à Revolução Industrial
desenvolvida no século XVIII, se tornam ainda menores. O desenvolvimento do
sistema capitalista permite a exploração de outras parcelas do mundo e motiva
terríveis guerras. Chegando ao século XX, a grande renovação das tecnologias
permite que pessoas, nações e ideias se relacionem de uma forma nunca antes
vista.
Percebendo
essas divisões do tempo, você pôde notar que existem períodos históricos que
são mais longos e outros que são bem mais curtos. Dessa forma, vemos que a
divisão da História não obedece ao tempo cronológico, no qual um dia sempre
terá vinte quatro horas, uma hora sempre terá sessenta minutos e um minuto
possuirá sessenta segundos. Desse modo, aparece uma questão: o que determina o
início e o final dessas tais divisões que a história tem?
É
nesse momento que entra em ação os historiadores, que pensam as experiências e
transformações sofridas pelos homens ao longo do tempo. De acordo com as
transformações consideradas mais importantes e significativas, com o passar do
tempo, abre-se a possibilidade de discutir se um período histórico se encerra e
um novo se inicia. Em termos práticos, a divisão ajuda a definir quais os
eventos têm maior proximidade entre si.
Mas
é importante tomar um grande cuidado com a divisão da História. O começo e o
fim de um determinado período não significam que o mundo se transformou
completamente na passagem de um período para o outro. Muitos dos valores de uma
época se conservam em outros períodos e se mostram vivos no nosso cotidiano.
Sendo assim, as divisões são referenciais que facilitam nosso estudo do
passado, mas não ditam quando a cabeça dos homens exatamente mudou.
Por Rainer Gonçalves Sousa
Colaborador Escola Kids
Graduado em História pela Universidade Federal de Goiás -
UFG
Mestre em História pela Universidade Federal de Goiás - UFG
FONTE: http://www.escolakids.com/a-divisao-da-historia.htm
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