Aumento
do salário e programas de distribuição de renda fazem pobreza cair 36% no
Brasil, diz OIT
19/07/2012
- Estudo divulgado nesta quinta-feira (19) pela OIT (Organização Internacional
do Trabalho) com diversos indicadores socioeconômicos compilados mostra que,
entre 2003 e 2009, a pobreza no Brasil caiu 36,5%, o que significa que 27,9
milhões de pessoas saíram da condição nesse período. Segundo a OIT, são
consideradas pobres aquelas pessoas cuja renda fica abaixo de meio salário
mínimo mensal per capita.
“A
redução da pobreza entre os trabalhadores e trabalhadoras esteve diretamente
associada ao aumento real dos rendimentos do trabalho, sobretudo do salário
mínimo, à ampliação da cobertura dos programas de transferência de renda e de
previdência e assistência social – que contribuíram para o aumento do
rendimento domiciliar – e também pelo incremento da ocupação, principalmente do
emprego formal”, diz o documento da OIT.
A
OIT dedica especial atenção ao programa Bolsa Família, do governo federal.
Segundo o organismo internacional, entre 2004 e 2011, a cobertura do Bolsa
Família dobrou: passou de 6,5 milhões de famílias beneficiadas para 13,3
milhões, com o investimento de R$ 16,7 bilhões em recursos só em 2011.
De
acordo com a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), o
Bolsa Família é o maior programa de transferência de renda condicionada da
América Latina em número de beneficiários – cerca de 52 milhões de pessoas, o
correspondente a quase a metade das 113 milhões de pessoas beneficiadas na
região.
Extrema
pobreza
Apesar
da redução geral da pobreza, o Brasil ainda tem 8,5% de sua população vivendo
em condições de extrema pobreza – ou seja, com renda mensal per capita entre R$
1 e R$ 70. O total de brasileiros nessa condição é de 16,27 milhões de pessoas,
segundo estimativa elaborada pelo IBGE com base nos resultados preliminares do
Censo 2010.
O
documento mostra ainda que o Nordeste tem 9,61 milhões de pessoas extremamente
pobres, ou seja, 59,1% do total nacional.
A
incidência da extrema pobreza na região era de 18,1%, mais do que o dobro
daquela correspondente ao conjunto do país (8,5%). A segunda região com maior
incidência de extrema pobreza é a região Norte (16,8%). Por outro lado, a
incidência da extrema pobreza era menor nas regiões Sul (2,6% da população),
Sudeste (3,4%) e Centro-Oeste (4%).
Conversa
Afiada | UOL
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