sexta-feira, 20 de julho de 2012

Professores das universidades federais do Ceará rejeitam proposta




20/07/2012 - Rejeição por unanimidade em Fortaleza, no Cariri e em Sobral. Assim, professores da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) se posicionaram ontem em relação à proposta de reestruturação da carreira e respectivo aumento salarial apresentada pelo Governo Federal na última sexta-feira, 13.

Cerca de 200 docentes se reuniram ontem em assembleia geral no auditório do Centro de Ciências, no Campus do Pici e opinaram que a proposta só é boa para docentes que estão no fim da carreira, e totalmente sem futuro para aqueles que estão começando. O encontro foi transmitido por videoconferência para o Interior do Estado. A conclusão é de que a proposta não reestrutura de fato a carreira, uma vez que vários pontos necessitam de reformulação.

Um deles é o cálculo que, conforme avaliaram, reduz salários de professores da ativa e de aposentados. A assembleia também se posicionou contrária ao reajuste somente em 2015, exigindo que haja aumento real com pagamento a partir de janeiro de 2013. Na avaliação dos docentes, a criação da categoria professor associado provocou distorções que prejudicam os professores mais antigos que não ascenderam a essa classe.

Conduzindo a assembleia, o presidente da Adufc-Sindicato, Marcelino Pequeno, afirmou que, atualmente, a carreira docente é muito desestruturada e que a proposta do Governo desestrutura muito mais. Segundo ele, isso cria barreiras para a promoção de uma classe para outra e, em termos de remuneração, apenas repõe a inflação para alguns e para outros não chega sequer a isso.

Da forma como está colocada, disse Pequeno, um professor com doutorado vai ingressar na carreira na condição de auxiliar I, e, para chegar a titular, precisará de, no mínimo, 19 anos. Para ele, isso é um desestímulo. O posicionamento dos professores será apresentado segunda-feira ao Governo Federal, em Brasília. Em todo o País, 57 instituições federais de ensino superior estão em greve.

Rosa Sá | O Povo

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