Brasília, DF, 23 (AFI) - O ex-Senador, empresário e dono do Brasiliense, Luiz Estevão (foto) nem parece ter motivos para comemorar. Sua equipe faz péssima campanha na Série C do Brasileiro, correndo risco de rebaixamento, agora ele terá que desembolsar R$ 468 milhões aos cofres públicos federais por desvios de dinheiro na construção do prédio Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo.
Estevão, no entanto, pagará a vista "apenas" R$ 80 milhões. O restante será pago em 96 parcelas mensais de quatro milhões. O acordo foi feito entre a Advocacia-Geral da União (AGU) e advogados do Grupo OK, que pertence ao empresário. O dinheiro será todo repassado aos cofres do Tesouro Nacional.
Para garantiu o pagamento, a AGU manterá penhorado os 1.250 imóveis pertencentes ao Grupo OK, além do valor de R$ 2,5 milhões em alugueis recebidos pela empresa. O presidente do Brasiliense é réu em duas ações um que cobra multa pelos desviou e outra que exige a devolução total dos valores desviados na construção do prédio, que chegam a R$ 169 milhões.
A irregularidade na construção do TRT, no início dos anos 2000, entrou para a história do país. Além do ex-senador, o presidente do tribunal, Nicolau dos Santos Neto, também conhecido como Lalau também esteve envolvido. Ele foi aposentado e condenado a prisão domiciliar. Já Estevão foi cassado e chegou a ser preso duas vezes.
O empresário também foi denunciado pelo Ministério Público Federal do Distrito Federal por utilizar o Brasiliense para lavar dinheiro de atividades criminosas. Mesmo com os bens bloqueados pela investigação da construção do prédio do TRT, o presidente seguiu movimentando as contas do clube e gastando com passe de jogadores e reformas no Estádio Serejão, em Brasília.
Nenhum comentário:
Postar um comentário