Ao apostar em Fernando Haddad, ex-presidente comprou briga com Marta Suplicy e com parte do PT
Fernando Haddad foi eleito prefeito de São Paulo, mas outro personagem sai ainda mais fortalecido da eleição paulistana. Fiador do seu ex-ministro da Educação, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva bancou Haddad numa aposta arriscada.
Mesmo quando a ex-prefeita Marta Suplicy (PT-SP) aparecia com larga vantagem nas pesquisas de intenção de voto e Haddad sequer era conhecido do grande público, com 1% da preferência do eleitorado, isso ainda em 2011, Lula ignorou os números para bancar um “nome novo”, assim como já tinha feito, com sucesso, com a presidente Dilma Rousseff.
Assim como a primeira mulher eleita para comandar o país, Haddad também nunca tinha disputado uma eleição. De cargos secundários nos Executivos municipal e federal (foi subsecretário de Finanças da gestão Marta, entre 2001 e 2004, e assessor especial de do Ministério do Planejamento de 2003 a 2005), Haddad virou ministro da Educação e agora prefeito de uma das principais cidades do mundo, com um orçamento de quase R$ 40 bilhões.
Palanque/ A vitória na capital dá a Lula capilaridade para brigar pelo seu maior projeto político no momento: acabar com a hegemonia de 20 anos do PSDB no estado. O ex-presidente não esconde de ninguém que o objetivo é tirar os tucanos do Palácio dos Bandeirantes.
Para isso, um “nome novo” já está sendo preparado para a missão: Alexandre Padilha, ministro da Saúde. Lula não fala sobre o assunto, mas Padilha, inclusive, anunciou que vai mudar seu domicílio eleitoral do Pará para São Paulo ainda neste ano. Se insistir nele, Lula, mais uma vez, vai comprar brigar com petistas “ilustres”, como Aloizio Mercadante e a própria Marta, que não devem vender a vaga barato para Padilha.
Briga agora será por cargos na administração
O retorno do PT ao poder na Prefeitura depois de oito anos deve trazer de volta ao cenário político da capital nomes conhecidos da gestão da prefeita Marta Suplicy (2011-2004), mas Fernando Haddad chega também com novas companhias. A começar pelo PP do deputado federal Paulo Maluf, que integrou a chapa petista gerando muita polêmica e vai cobrar a fatura do apoio.
A coordenação política da fase de transição até a posse de Haddad, em 1 de janeiro, ficará a cargo do vereador Antonio Donato (PT). Secretário das Subprefeituras na gestão de Marta, ele respondeu pela coordenação da atual campanha petista e é apontado como o nome mais provável para ocupar a Secretaria Municipal de Governo. A pasta tem a função de coordenar política e administrativamente as ações e projetos da gestão.
Outros ex-secretários de Marta que devem ganhar importância na equipe de Haddad são os deputados federais Jilmar Tatto e Carlos Zarattini, ambos do PT. Mesmo que não venham a ocupar cargos na administração, eles terão influência sobre eventuais escolhas.
Haddad chegou a dizer na campanha que Maluf não teria participação em sua gestão, mas o discurso tem efeito mais eleitoral do que prático. O deputado deverá ter indicações em secretaria – a de Habitação é uma possibilidade – ou subprefeituras.
Cotados e parceiros:
transportes
Jilmar Tatto foi secretário de Transportes e colaborou com Haddad no programa de governo
influente
Carlos Zarattini também deve ter influência na escolha de nomes para a equipe de Haddad
amigos
Luiza Erundina abriu mão da vaga de vice, mas seu PSB ganhará mais espaço na gestão
Ex-inimigo Paulo Maluf esteve afastado da campanha, mas deverá ter aliados na equipe do prefeito
Integrados
O PC do B de Netinho de Paula integra o governo de Kassab e deve manter cargos na gestão
neoaliados
Gabriel Chalita e o PMDB apoiaram Haddad no 2 turno e podem ter espaço no governo
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