Quem vê somente o óbvio não enxerga
A vida é sempre imprevisível. Aliás, se fosse programada seria muito triste. Que bom que a vida foge de nossos programas. Ela é sempre maior que nossos planos e projetos. Nem sempre veremos os resultados do que fazemos. Nenhuma semente jamais vê a flor ou o fruto. É bom lembrar essa verdade, especialmente diante dos momentos difíceis que teremos de superar.
Um dos grandes segredos para um coração curado é aprender a enxergar a vida pelo ângulo correto. Ainda que os acontecimentos sejam difíceis, a chave para nossa felicidade está no modo como reagimos.
Do mesmo jeito que a poeira atrapalha nossa visão, e de vez em quando é preciso pingar algumas gotas de colírio para limpar os olhos e tirar o ardume, os olhos do nosso coração precisam receber muitas gotas do colírio da vida, com o qual Jesus veio nos presentear pela graça da cura nterior.
Do mesmo jeito que a poeira atrapalha nossa visão, e de vez em quando é preciso pingar algumas gotas de colírio para limpar os olhos e tirar o ardume, os olhos do nosso coração precisam receber muitas gotas do colírio da vida, com o qual Jesus veio nos presentear pela graça da cura nterior.
“[...]desvencilhemo-nos das cadeias do pecado. Corramos com perseverança ao combate proposto, com o olhar fixo no autor e consumador de nossa fé, Jesus (…) e não vos deixeis abater pelo desânimo (Hb 12,1b.3).
O desânimo que nos abate é muito mais fruto do modo como olhamos para os problemas do que dos problemas em si. Temos aqui dois grandes segredos: enxergar com os olhos do coração e mirar no alvo seguro apontado por Jesus.
Assim como um bom músico educa seu ouvido para perceber as pequenas vibrações dos acordes, precisamos educar nossos olhos e os olhos do nosso coração. Isso requer tempo e persistência. Para isso necessitamos de um bom mestre, tal como um aluno de artes plásticas necessita que seu professor lhe empreste os olhos para observar os detalhes de uma obra: cor, luz, sombra, profundidade, entre outros.
Assim como um bom músico educa seu ouvido para perceber as pequenas vibrações dos acordes, precisamos educar nossos olhos e os olhos do nosso coração. Isso requer tempo e persistência. Para isso necessitamos de um bom mestre, tal como um aluno de artes plásticas necessita que seu professor lhe empreste os olhos para observar os detalhes de uma obra: cor, luz, sombra, profundidade, entre outros.
Nosso Mestre é Jesus! Sua postura é sempre de alguém que enxerga além do óbvio. Quem vê somente o óbvio não enxerga. Jesus manda olhar para as coisas, para as pessoas e para os acontecimentos de um jeito novo. Ele tem um olhar que vai além da convenção social. Por isso, enquanto todos viam uma prostituta, Ele enxergava uma discípula. Jesus não olhava a partir dos preconceitos. Ele estava sempre desarmado e ajudava as pessoas a se desarmarem.
O Senhor não tinha medo de se aproximar das pessoas. Permitia que elas O tocassem. Sentava-se com elas. Frequentava a casa até de pessoas de má fama. E se misturava com os pecadores e marginalizados. Sua opção pelos excluídos é um ensino espetacular de cura interior. Jesus enxergava a alma da pessoa. Por isso acreditava na capacidade de mudança. Só quem vê o que está escondido é capaz de projetar algo novo. Quem não vê além do óbvio não sonha!
O colírio de vida, receitado e usado por Jesus, precisa ser empregado com muita frequência por todos aqueles que se encontram sedentos dessas gotas de cura interior.
O colírio de vida, receitado e usado por Jesus, precisa ser empregado com muita frequência por todos aqueles que se encontram sedentos dessas gotas de cura interior.
Padre Léo
Fonte: Canção Nova
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