Vinicius Gorczerski
Especial para o Diário
A proposta prevê ganhos reais de R$ 80 - a serem pagos desde 1° de outubro. Já a reposição da inflação, acumulada em 6,87% em um ano, de forma retroativa ao primeiro dia de agosto. A oferta anterior incluía aumento de R$ 50 mensais a partir de 2012.
Em compensação, o adiantamento do salário anulou o abono de R$ 500. Benefício que seria pago de forma imediata antes de ambas as partes decidirem o futuro da negociação na Justiça.
Entre os benefícios oferecidos pelos Correios, está um seguro-medicamento. A ideia é conceder descontos e reembolsos de valores gastos com remédios, além de correção de outros benefícios.
O retorno ao trabalho em todo o País, porém, ainda vai depender do aval dos trabalhadores em assembleias que serão realizadas nos 35 sindicatos às 11h de hoje.
Se 18 votarem pela oferta - o que inclui a subsede do sindicato no Grande ABC, localizado em Santo André, todos os funcionários retornam ao serviço de forma integral já na quinta-feira, estima Feitoza.
INSATISFAÇÃO
O principal motivador para o começo da paralisação, há 21 dias, era a rejeição da empresa pelos pedidos. A Fentect pedia R$ 400 de aumento linear, mais 6,87% de inflação.
Com sucessivas recusas entre categoria e classe patronal, durante o mês, o pedido foi revisto para R$ 200 em ganho real, mesmo assim negado pela estatal.
ATRASOS - A greve, que se arrasta por 16 dias úteis, deixa pelo menos 9,750 milhões de objetos em atraso para entrega. Na região, 750 mil itens por dia chegam aos seus destinos, em média. O diretor regional do Sintect, Anderson Lima de Moraes, estima que apenas 100 mil foram entregues por dia desde o início da paralisação.
No País, 136 milhões de correspondências estão paradas, o que significa atraso médio de até quatro dias. O sindicato regional tem defendido que desde o começo da onda grevista os índices de adesão chegaram a atingir 90%, mas caíram para 70% na média geral no curso do processo.
Nos centros de distribuição foram onde ocorreram os maiores empecilhos. Há 17 deles na região; sendo três de triagem, responsáveis por selecionar e direcionar às sete cidades os itens. Nesses locais, o índice de paralisação é de 80%, garante Moraes. A ECT afirma que 20% dos funcionários da empresa continuam de braços cruzados no País.
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