domingo, 12 de agosto de 2012

Dilma veta a ministros uso da máquina pública em campanha



A presidente Dilma Rousseff tem lembrado aos ministros que não podem recorrer à "agenda dois em um" para pedir votos em campanhas. A recomendação chega às vésperas da estreia do horário político e após o afastamento de uma servidora do Estado de São Paulo que usou uma circular oficial para constranger professores da rede pública a participar de reunião em patrocínio à candidatura de José Serra (PSDB). 
Uma cartilha produzida pela Advocacia-Geral da União (AGU) cita as condutas vedadas, mas Dilma decidiu reforçar a determinação em reuniões no Palácio do Planalto. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
Dilma tem anunciado que não admitirá "compromissos casados", em que auxiliares aproveitam atos no fim de semana, com viagens em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), e esticam a visita para subir em palanques. Quando isso ocorrer, o cabo eleitoral da Esplanada terá de pagar passagem e estadia do próprio bolso. 
"Nessa época de eleição, não passo nem perto de avião da FAB", contou o ministro da Previdência, Garibaldi Alves (PMDB). Dilma também proibiu os subordinados de entrarem em "bola dividida" em capitais consideradas prioritárias por aliados do porte do PMDB ou do PSB. Apesar da preocupação do governo e do PT com o julgamento do mensalão, a ordem é amenizar o impacto. 
"As pessoas querem saber dos problemas de sua cidade", afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Nos vídeos que vão ao ar a partir do dia 21, ministros dizem que "o governo do PT de Lula e Dilma pode fazer muito mais" e destacam a importância de eleger candidatos do partido "para fortalecer a ligação da cidade com o governo federal".

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