O estrago da Operação Porto Seguro vai muito além do
divulgado até agora. Obtive há pouco a informação que a Polícia Federal em
Brasília tem 122 gravações de conversas entre Rosemary Noronha e o
ex-presidente Lula somente nos últimos 6 meses. Tem assunto para qualquer
gosto.
Rosemary como já se sabe e foi amplamente divulgado é intima
do poder petista. Foi assessora durante 12 anos de José Dirceu e a partir de
2003 passou a trabalhar no Planaltinho, como é chamado o gabinete da
Presidência da República em São Paulo, como secretária de Lula.
A ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) foi alertada em
outubro deste ano que haveria uma investigação sobre Rosemary e outras
autoridades do governo federal. No informe de classe A1A, a ABIN informou ao
Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República que Rosemary
enviava documentos para apartamentos em Interlagos e na região dos Jardins, em
São Paulo. Segundo o relatório da ABIN esses documentos se destinavam a Lula e
José Dirceu.
Dilma cobrou do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo se
havia alguma investigação desse nível na Polícia Federal. Foi lhe respondido
que não, mas que poderia haver alguma coisa na área do MP Federal. Há 15 dias,
a presidente Dilma soube que o caso era gravíssimo e poderia estourar a qualquer
momento. De fato estourou e suas consequências são muito maiores do que aquelas
divulgadas até agora.
A Polícia Federal que escondeu até mesmo do ministro José
Eduardo Cardozo a Operação Porto Seguro já deixou os grampos e o material
apreendido com informações altamente comprometedoras gravadas em um sofisticado
sistema de tecnologia com a preocupação de que o material apurado possa ser
destruído.
Nas gravações, Rosemary chama Lula de "Tio" e ele
a trata por "Rosa". Há muitos outros detalhes que vão transformar
esse escândalo num problema extremamente incômodo até mesmo do ponto de vista
pessoal para o ex-presidente Lula.
Para se ter idéia da influência de Rosemary com a cúpula do
governo, durante a gestão Lula ela participou 17 viagens presidenciais entre
2005 e 2010. Ficou tão íntima do poder que chegou a integrar o ESCAV (Escalão
Avançado), equipe que preparava a chegada de Lula aos países que seriam
visitados.
Daqui a pouco mais detalhes sobre essa bomba que pode
balançar o "coração" do Brasil.
Fonte: Blog do Garotinho
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