quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Brasil precisa vencer crack para ser país desenvolvido, afirma Dilma



Durante o lançamento de mais um plano de combate ao crack pelo governo federal, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (7) que o combate à droga e a seus efeitos são uma condição tão importante para o Brasil ser um país desenvolvido quanto o crescimento da economia. Ela disse ainda que essa vitória não depende apenas do poder público e que é um “compromisso de todos”.

O Palácio do Planalto lançou um plano anticrack que terá investimento de R$ 4 bilhões até 2014, entre ações dos ministérios da Saúde e da Justiça. Além de busca ativa de viciados e ampliação do número de leitos disponíveis, Dilma buscou reforçar a repressão ao tráfico e ao contrabando.

“Sem nenhuma vacilação vamos combater esse processo que instaura violência no país. Isso é fundamental para que possamos nos orgulhar de sermos um país desenvolvido. Temos de garantir que essa filosofia 'drogas não e vida sim' seja um compromisso de cada um de nós”, afirmou a presidente. “Não achamos que temos todas as respostas nem que esse seja um caso fácil de lidar. Mas precisamos.”

Dilma disse ainda que o plano é uma demonstração de que o Brasil “vai ter uma política sistemática, ampla, moderna, corajosa e criativa de enfrentamento das drogas”. “Um país que provou que é possível crescer distribuindo renda, que tirou 40 milhões de pessoas da pobreza extrema, um país que voltou a ser capaz de dirigir seus próprios rumos ao pagar o FMI e assumir sua soberania... esse país também pode ter políticas desse tipo”, afirmou.

Na área da saúde, as principais medidas são a criação de consultórios de rua, centros de atendimento 24h e enfermarias especializadas para tratar de viciados em abstinência ou em intoxicação grave. O governo aumentou em 2.462 as vagas de internação, para 3.562. O valor gasto por paciente subirá de R$ 57 para R$ 200.

O governo prometeu criar pelo menos 300 consultórios de rua e ampliar os horários de funcionamento de centros especializados. Além de condições médicas, os viciados terão mais políticas para reinserção social, como 430 vagas em abrigos provisórios especializados.

Na frente da repressão, o governo fortalecerá sua política de policiamento de fronteiras e de inteligência. O Palácio do Planalto enviará ao Congresso, como parte do plano, um projeto de lei para mudar o Código de Processo Penal para acelerar a destruição de drogas apreendidas pela polícia, assim como o leilão de bens usados no tráfico.

Texto produzido pelo UOL notícias

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