Segundo a informação divulgada na segunda-feira 21 pela Folha de São Paulo, a rede Canção Nova de rádio e televisão retirou do ar programas até então conduzidos por lideranças que atuam no campo da política devido a reações negativas ao programa Justiça e Paz, conduzido pelo líder do PT em São Paulo, Edinho Silva.
A nota deste 21 de novembro da Folha afirmava que a Canção Nova, “emissora de rádio e TV ligada ao movimento católico Renovação Carismática, resolveu tirar do ar os programas comandados pelos deputados federais Gabriel Chalita (PMDB-SP) e Eros Biondini (PTB-MG), pelos estaduais Edinho Silva (PT-SP), Paulo Barbosa (PSDB-SP) e Myriam Rios (PDT-RJ), e pela primeira-dama paulista, Lu Alckmin”.
Segundo a Folha a razão teria sido “as reações negativas de fiéis e lideranças da igreja à recente incorporação de Edinho, presidente do diretório estadual petista, ao quadro de apresentadores da Canção Nova”.
Segundo a Folha o programa “Justiça e Paz” foi ao ar no dia 03, 10 e 17 de novembro e a sua intenção era tratar de doutrina social da Igreja “segundo” o catecismo da Igreja Católica. O programa era conduzido por Edinho Silva, líder do PT no estado de São Paulo e conhecido pelo seu vínculo à teologia da libertação, junto do bispo de Jales, Dom Luiz Demetrio Valentini, outro conhecido nome desta proposta teológica condenada pelo beato João Paulo II e Bento XVI por buscar introduzir na doutrina social da Igreja elementos do marxismo.
Ademais, Edinho Silva participou ativamente no período eleitoral de 2010 do movimento de censura ao documento da CNBB Sul 1 que alertava os brasileiros para o comprometimento do PT com a legalização do aborto no Brasil.
Em comunicação oficial a assessoria de imprensa da Canção Nova emitiu uma nota afirmando que “o Conselho Deliberativo da Fundação João Paulo II, reunido nesta sexta -feira, 18, aprovou a reformulação de sua grade de programação referente aos programas da Rádio e TV Canção Nova: “Histórias de Solidariedade”, “Justiça e Paz”, “Lições de Vida”, “Mais Brasil”, “Papo Aberto” e “Porta a Porta””.
“A Fundação João Paulo II agradece a dedicação e o empenho de seus apresentadores. Reitera seu respeito às suas atuações públicas, engajadas na construção de uma sociedade melhor, e reafirma seu compromisso na formação de “homens novos para um mundo novo”, conclui a nota de imprensa.
Em entrevista ao portal Araraquara.com (do interior de São Paulo), o próprio Edinho Silva fala da sua saída da Canção Nova:
“Penso que ocorreu uma reação dos setores mais conservadores da Igreja. Setores que têm dificuldade em entender a importância dos trabalhos sociais desenvolvidos pelas Pastorais”, afirmou.
“Penso que ocorreu uma reação dos setores mais conservadores da Igreja. Setores que têm dificuldade em entender a importância dos trabalhos sociais desenvolvidos pelas Pastorais”, afirmou.
As reações negativas dos católicos mencionadas por Edinho puderam ser vistas de maneira especial no twitter onde foi criada a campanha #CançãoNovaSemPT e #EdinhoForadaCN, pedindo especificamente a retirada do programa Justiça e Paz e a saída do deputado Silva assim como o movimento #ForadaCNChalita, pedindo a saída do deputado federal Gabriel Chalita do PMDB, que fez campanha para a senadora Martha Suplicy (PT-SP), conhecida defensora do aborto e dos “direitos” dos movimentos feminista e LGBT.
Fonte: ACI Digital
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