domingo, 14 de outubro de 2012

Este é o Brasil que eu conheço. E o seu qual é?




Professor Valdeni Cruz
Formado em Pedagogia
Estudante de Teologia e História
Radialista e Sindicalista



Há algum tempo atrás deu nos noticiários que o Brasil subiu da 83ª para a 84ª posição no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Como todos sabem, o IDH mede a qualidade vida de um país. O país que ficou na lista como o melhor em seu IDH foi à Noruega.
O Brasil, por sua vez, subiu uma posição no ranking. Um tanto quanto modesto. Graças a Deus, porém, não caímos. Já diz o ditado: pior seria se pior fosse.
Ao analisarmos esta pesquisa, precisamos observar se essas informações de fato fazem sentido para a nossa realidade. Há bem pouco tempo atrás era comum vermos nas pequenas cidades, principalmente nas áreas mais periféricas e nas zonas rurais de nosso país, diga-se de passagem, na Região Nordeste, conhecida como a mais pobre, situações calamitosas. Seja pelas moradias precárias, sejam pelo grande número de filhos por família, imagens de pessoas esquálidas e marcadas pela miséria degradante e entre outras no mesmo contexto.  Dentro desta realidade era comum e infelizmente ainda o vemos, durante a época das eleições, candidatos empolgados e gritando a toda força, dando soluções para esses problemas do mundo cão em que vivem os pobres desvalidos. Entretanto, são eles os charlatões que se aproveitam da ignorância e das necessidades dos desvalidos deste Brasil de meu Deus, que quase sempre ficou jogado a própria sorte. Afinal, para quem nada tem qualquer coisa e melhor do que nada. E, quase nada para quem tem tudo e quer mais um pouco, é nada. Eis a situação em que durante décadas e porque não dizer, séculos viveu e anda continua vivendo boa parte dos brasileiros de nosso país. Estamos falando da realidade da maioria dos que fazem esta NAÇÃO, que no caso é formada pelas camadas dos mais pobres.
Quando falamos do Brasil demonstramos amor, sentimento, paixão... Mas não podemos ser ingênuos e acharmos que tudo está as mil maravilhas. Temos que entender que muitos ainda choram e sofrem porque estão a mercê dos favores que deveriam ser dados por direito a nós povo brasileiro. O povo mais simples continua sofrendo de todas as formas: saúde precária, má educação, analfabetismo, salário de fome, menores abandonados que por serem esquecidos pelo poder público se tornarão os futuros bandidos de amanhã. Há desrespeito de toda ordem para com este o povo, com o pobre, com aquele que luta para ser honesto e ganhar seu sustento dignamente. Por outro lado, sabemos que o Brasil é um país rico. Rico em todos os sentidos. Ficamos estupefatos, entretanto, quando problemas como estes que foram citados anteriormente, poderiam ser quase que extintos se não fosse os milhões de reais desviados todos os dias para as contas pessoais desses desgraçados que nós o chamamos de classe política. Sem sombra de dúvidas teríamos um país melhor pra se viver e consequentemente mais rico e mais organizado.
Se tivermos coragem de continuar pensando, com certeza sentiremos grande indignação com tanto descaramento de muitos desses nossos políticos. Ficamos tristes porque sabemos que se vivêssemos num país de pessoas descentes e comprometidas com o progresso do Brasil teríamos outra cara, outra historia pra contar que não a tragédia que vivenciamos todos os dias. Mas é tudo ao contrario, pois aqueles que nós escolhemos para nos representar nos envergonham sendo cúmplices da safadeza e imoralidade do qual são acometidos grande parte deles.
Os milhões que são desviados é dinheiro da creche de nossos filhos, do atendimento de qualidade nos hospitais, da melhoria da merenda escolar, saneamento básico, moradias populares. Sem falar dos outros milhões que são desviados dos programas sociais que poderiam dar qualidade de vida a quem precisa e assim dar uma resposta positiva a essa gente que muitas vezes só assiste os desmandos sem nada poder fazer.
Os milhões que deixam de ser invertidos na educação é um dos fatores importantes, visto que a educação é primordial para o crescimento de uma nação. A educação é que permite a liberdade do homem. Promove a sua libertação, propicia desenvolvimento pessoal, intelectual e social. Mas isso é perigoso. Povo livre pra que. As autoridades em todos os tempos querem que o povo continue na ignorância, pois assim é mais fácil manobrá-los. Para que educar esse povo? Vão querer quebrar as correntes, deixar as amarras, sair do terreno (curral) e não mais sentirão falta das migalhas que jogam para esses que durante anos foram tratados como bichos dentro dos currais da ignorância.
A miséria brasileira rende votos
Isso é visível nos programas que se oferecem. As chamadas bolsas. Como a ideia de que quem não tem nada qualquer coisa serve, ainda valem muito, nossos governos seguem a risca este pretexto. Ou seja, a compra de consciências acontece coletivamente. Afinal, quem vai querer perder a bolsa? Qualquer outro que se colocar abertamente contra estas bolsas estará automaticamente desqualificado por aqueles que cercados de toda sorte de necessidades não tem outra expectativa, pois esta capacidade de ver além, não existe. Receber as coisas de graça, para quem não entende o processo de liberdade, é melhor do que trabalhar e ser livre de corpo e de alma.
Aqui está o atraso do Brasil. Ainda vai demorar muito tempo para entendermos esta dura realidade na qual vivemos. É como um vício. Muitas vezes se morrem gerações até que se tome consciência da gravidade de tal vicio. Na política do Brasil é assim. A praga é como parasita que se junta (gruda) ao corpo e daí pra sair só com muita insistência. É preciso um antídoto forte. Porém, muito dos indivíduos não está pronto para as reações do antídoto. Do mesmo modo o Brasil. Este não está preparado para um antídoto contra a corrupção, visto que muita gente estaria cheio de parasitas e prontos para morte, já que não resistiria a antídoto dado a eles contra o mal do qual estão acometidos.
Estes são brasileiros
Podemos nos referir aqui aos caciques da política brasileira. Aqueles que já estão no reinado há tempos que qualquer reação brusca contra estes seria um risco. Mas digo que esse risco é a melhor coisa que poderíamos correr. Já estamos correndo risco toda hora. Que risco mais temeroso poderíamos correr? O palácio do planalto está cercado pelos políticos maquiavélicos, ladrões do dinheiro público, gente corrupta no sentido mais forte da palavra. Estes são considerados os parasitas e o câncer da política. Estão acostumados com o sangue (dinheiro público) gerado pelos cofres públicos para beneficiar a si e a seus comparsas. Seria difícil viver honestamente. Portanto, estão pouco preocupados em mudar alguma coisa. A comodidade e o reinado os tornam os senhores feudais de nossos tempos.
Moralização é o que nosso país precisa.  Vergonha de todos. Daqueles que comandam e de nós que somos corruptores de nossa própria consciência. Se estamos vendo tanta criminalidade, o avanço das drogas, o aumento das favelas e insegurança por toda parte, uma coisa é certa: deve-se a trajetória vivida pelo Brasil durante séculos que é marcada por esta realidade macabra de descaso e desrespeito.
Isso também tem em nossa cidade
Vivemos num país democrático, mas de uma democracia capenga e fajuta, onde a mesma só funciona para alguns. Democracia que funciona para os que têm os que podem. Os artigos da Constituição Federal Brasileira são os melhores do mundo. Porem, o cumprimento não se dá mesma forma que é expressa.
Vivemos num país onde a felicidade é para poucos. Somente um número pequeno de pessoas pode dizer que vive bem. A grande maioria vive largada a própria sorte, aguardando que venham novos dias, que surjam novas esperanças e que Deus de novo se lembre deles.
E assim caminha nosso povo: sem rumo e sem direção.
Mas viva o Brasil. Pelo menos posso me dar o direito de escrever este humilde artigo e lançar num sit. para quem quiser ver e ler e, ainda poderá discordar o quanto quiser, bem como aprofundar o tema. Menos mal.

Artigo Escrito pelo Professor Valdeni Cruz
          

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