Formado em Pedagogia
Estudante de Teologia e História
Radialista e Sindicalista
Há algum tempo atrás deu nos noticiários que o Brasil subiu da 83ª para
a 84ª posição no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Como todos sabem, o
IDH mede a qualidade vida de um país. O país que ficou na lista como o melhor
em seu IDH foi à Noruega.
O Brasil, por sua vez, subiu uma posição no ranking. Um tanto quanto
modesto. Graças a Deus, porém, não caímos. Já diz o ditado: pior seria se pior
fosse.
Ao analisarmos esta pesquisa, precisamos observar se essas informações
de fato fazem sentido para a nossa realidade. Há bem pouco tempo atrás era
comum vermos nas pequenas cidades, principalmente nas áreas mais periféricas e
nas zonas rurais de nosso país, diga-se de passagem, na Região Nordeste,
conhecida como a mais pobre, situações calamitosas. Seja pelas moradias
precárias, sejam pelo grande número de filhos por família, imagens de pessoas
esquálidas e marcadas pela miséria degradante e entre outras no mesmo
contexto. Dentro desta realidade era
comum e infelizmente ainda o vemos, durante a época das eleições, candidatos
empolgados e gritando a toda força, dando soluções para esses problemas do
mundo cão em que vivem os pobres desvalidos. Entretanto, são eles os charlatões
que se aproveitam da ignorância e das necessidades dos desvalidos deste Brasil
de meu Deus, que quase sempre ficou jogado a própria sorte. Afinal, para quem
nada tem qualquer coisa e melhor do que nada. E, quase nada para quem tem tudo
e quer mais um pouco, é nada. Eis a situação em que durante décadas e porque
não dizer, séculos viveu e anda continua vivendo boa parte dos brasileiros de
nosso país. Estamos falando da realidade da maioria dos que fazem esta NAÇÃO,
que no caso é formada pelas camadas dos mais pobres.
Quando falamos do Brasil demonstramos amor, sentimento, paixão... Mas
não podemos ser ingênuos e acharmos que tudo está as mil maravilhas. Temos que
entender que muitos ainda choram e sofrem porque estão a mercê dos favores que
deveriam ser dados por direito a nós povo brasileiro. O povo mais simples
continua sofrendo de todas as formas: saúde precária, má educação,
analfabetismo, salário de fome, menores abandonados que por serem esquecidos
pelo poder público se tornarão os futuros bandidos de amanhã. Há desrespeito de
toda ordem para com este o povo, com o pobre, com aquele que luta para ser
honesto e ganhar seu sustento dignamente. Por outro lado, sabemos que o Brasil
é um país rico. Rico em todos os sentidos. Ficamos estupefatos, entretanto,
quando problemas como estes que foram citados anteriormente, poderiam ser quase
que extintos se não fosse os milhões de reais desviados todos os dias para as
contas pessoais desses desgraçados que nós o chamamos de classe política. Sem
sombra de dúvidas teríamos um país melhor pra se viver e consequentemente mais
rico e mais organizado.
Se tivermos coragem de continuar pensando, com certeza sentiremos
grande indignação com tanto descaramento de muitos desses nossos políticos.
Ficamos tristes porque sabemos que se vivêssemos num país de pessoas descentes
e comprometidas com o progresso do Brasil teríamos outra cara, outra historia
pra contar que não a tragédia que vivenciamos todos os dias. Mas é tudo ao
contrario, pois aqueles que nós escolhemos para nos representar nos envergonham
sendo cúmplices da safadeza e imoralidade do qual são acometidos grande parte
deles.
Os milhões que são desviados é dinheiro da creche de nossos filhos, do
atendimento de qualidade nos hospitais, da melhoria da merenda escolar,
saneamento básico, moradias populares. Sem falar dos outros milhões que são
desviados dos programas sociais que poderiam dar qualidade de vida a quem
precisa e assim dar uma resposta positiva a essa gente que muitas vezes só
assiste os desmandos sem nada poder fazer.
Os milhões que deixam de ser invertidos na educação é um dos fatores
importantes, visto que a educação é primordial para o crescimento de uma nação.
A educação é que permite a liberdade do homem. Promove a sua libertação,
propicia desenvolvimento pessoal, intelectual e social. Mas isso é perigoso.
Povo livre pra que. As autoridades em todos os tempos querem que o povo continue
na ignorância, pois assim é mais fácil manobrá-los. Para que educar esse povo?
Vão querer quebrar as correntes, deixar as amarras, sair do terreno (curral) e
não mais sentirão falta das migalhas que jogam para esses que durante anos
foram tratados como bichos dentro dos currais da ignorância.
A miséria brasileira rende votos |
Isso é visível nos programas que se oferecem. As chamadas bolsas. Como
a ideia de que quem não tem nada qualquer coisa serve, ainda valem muito,
nossos governos seguem a risca este pretexto. Ou seja, a compra de consciências
acontece coletivamente. Afinal, quem vai querer perder a bolsa? Qualquer outro
que se colocar abertamente contra estas bolsas estará automaticamente
desqualificado por aqueles que cercados de toda sorte de necessidades não tem
outra expectativa, pois esta capacidade de ver além, não existe. Receber as
coisas de graça, para quem não entende o processo de liberdade, é melhor do que
trabalhar e ser livre de corpo e de alma.
Aqui está o atraso do Brasil. Ainda vai demorar muito tempo para
entendermos esta dura realidade na qual vivemos. É como um vício. Muitas vezes
se morrem gerações até que se tome consciência da gravidade de tal vicio. Na
política do Brasil é assim. A praga é como parasita que se junta (gruda) ao
corpo e daí pra sair só com muita insistência. É preciso um antídoto forte.
Porém, muito dos indivíduos não está pronto para as reações do antídoto. Do
mesmo modo o Brasil. Este não está preparado para um antídoto contra a
corrupção, visto que muita gente estaria cheio de parasitas e prontos para
morte, já que não resistiria a antídoto dado a eles contra o mal do qual estão acometidos.
Estes são brasileiros |
Podemos nos referir aqui aos caciques da política brasileira. Aqueles
que já estão no reinado há tempos que qualquer reação brusca contra estes seria
um risco. Mas digo que esse risco é a melhor coisa que poderíamos correr. Já
estamos correndo risco toda hora. Que risco mais temeroso poderíamos correr? O
palácio do planalto está cercado pelos políticos maquiavélicos, ladrões do
dinheiro público, gente corrupta no sentido mais forte da palavra. Estes são
considerados os parasitas e o câncer da política. Estão acostumados com o sangue
(dinheiro público) gerado pelos cofres públicos para beneficiar a si e a seus
comparsas. Seria difícil viver honestamente. Portanto, estão pouco preocupados
em mudar alguma coisa. A comodidade e o reinado os tornam os senhores feudais
de nossos tempos.
Moralização é o que nosso país precisa.
Vergonha de todos. Daqueles que comandam e de nós que somos corruptores
de nossa própria consciência. Se estamos vendo tanta criminalidade, o avanço
das drogas, o aumento das favelas e insegurança por toda parte, uma coisa é
certa: deve-se a trajetória vivida pelo Brasil durante séculos que é marcada
por esta realidade macabra de descaso e desrespeito.
Isso também tem em nossa cidade |
Vivemos num país democrático, mas de uma democracia capenga e fajuta,
onde a mesma só funciona para alguns. Democracia que funciona para os que têm
os que podem. Os artigos da Constituição Federal Brasileira são os melhores do
mundo. Porem, o cumprimento não se dá mesma forma que é expressa.
Vivemos num país onde a felicidade é para poucos. Somente um número pequeno de pessoas pode
dizer que vive bem. A grande maioria vive largada a própria sorte, aguardando
que venham novos dias, que surjam novas esperanças e que Deus de novo se lembre
deles.
E assim caminha nosso povo: sem rumo e sem direção.
Mas viva o Brasil. Pelo menos posso me dar o direito de escrever este
humilde artigo e lançar num sit. para quem quiser ver e ler e, ainda poderá
discordar o quanto quiser, bem como aprofundar o tema. Menos mal.
Artigo Escrito pelo Professor Valdeni Cruz
Nenhum comentário:
Postar um comentário