domingo, 14 de outubro de 2012

Negócios DESEMPENHO EM AGOSTO Economia do CE tem melhor nível em 32 meses, diz BC


DESEMPENHO EM AGOSTO

Em agosto deste ano, a economia do Estado avançou 2,94% em comparação a igual mês de 2011

O desempenho alcançado pelo Estado no oitavo mês do ano pode ter sido influenciado pela possibilidade de encerramento do IPI reduzido para automóveis, que deveria ter acabado no dia 31 de agosto FOTO: WALESKA SANTIAGO

Depois de desacelerar em abril e de permanecer estável em maio e junho, a atividade econômica do Ceará voltou a acelerar em julho e em agosto, atingindo, neste último mês, 153,27 pontos no Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), nos dados com ajuste sazonal. O indicador funciona como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). Conforme os dados do Banco Central, o resultado, em pontos, registrado pelo Ceará no oitavo mês deste ano é o melhor dos últimos 32 meses, ficando 2,94% acima do anotado em agosto de 2011 e 7,04% a mais que em igual mês de 2010. Com relação a julho deste ano, o avanço foi de 0,35%.

De acordo com o economista Alex Araújo, esse resultado pode estar muito relacionado à possibilidade de encerramento do Imposto Sobre produtos Industrializados (IPI) para automóveis, em agosto último.

"O índice reflete a retomada do crescimento da economia local. Passamos o ano sofrendo com a queda da produção industrial no Estado, mas a economia voltou a acrescer neste segundo semestre, puxada pelos setores de comércio e serviços. Em agosto, acredito que o resultado tenha sido influenciado pela venda de automóveis, que pode ter afetado a economia como um todo, mas muito concentrado neste segmento", destaca.

O IPI reduzido para automóveis foi anunciado pelo governo federal em maio deste ano e deveria valer até o dia 31 de agosto, mas foi prorrogado por mais dois meses, devendo ser encerrado no dia 31 deste mês.

Perspectiva

Conforme Alex Araújo, a expectativa para os próximos meses é que a atividade econômica do Ceará fique ainda mais aquecida, com a proximidade dos festejos de fim do ano. "A expectativa para outubro, por exemplo, é muito maior, principalmente para o comércio. Quanto mais dependente for a economia regional do setor terciário, mas forte vai ser esse efeito. Hoje, a economia do Ceará está migrando cada vez mais para o setor terciário, que engloba as atividades de comércio e serviços", afirma.

Com relação à produção industrial, o economista destaca que este setor no Estado é mais voltado para a exportação e, por isso, tem sido mais afetado pela crise econômica mundial. Por outro lado, o segmento voltado para o consumo interno tem conseguido bons resultados.

"A nossa indústria é muito focada em produtos de exportação, como calçados e até alimentos. Em função da crise internacional, perdemos muito espaço. Mas aquela indústria destinada ao mercado local vem conseguindo caminhar melhor. Contudo, em função do próprio tamanho do mercado, esse setor não consegue ter uma atividade maior", analisa Araújo.

Nordeste

Na região Nordeste, o nível da atividade econômica cresceu mais lentamente em agosto, alcançando 149,90 pontos no IBC-Br, ante 149,50 pontos anotados no mês anterior, o que representa um avanço de 0,26%. O resultado alcançado em pontos, contudo, também é o melhor dos últimos 32 meses. Na comparação com agosto do ano passado, a expansão é de 3,43%. Já em relação a agosto de 2010, o incremento é 7,98%.

Nacional

No País, o avanço da atividade econômica em agosto foi de 0,98%, ante o mês imediatamente anterior. Conforme o Banco Central, este foi o maior crescimento mensal do índice desde março de 2011, quando o IBC-Br avançou 1,22%. O resultado obtido pelo País em agosto (143,91 pontos) também representa o quinto mês consecutivo de crescimento. Em julho, o índice atingiu 142,52 pontos.

Entre janeiro e agosto deste ano, a economia brasileira avançou 1,29%, na comparação com igual período de 2011, sem considerar os ajustes sazonais. Mesmo com resultados positivos, a economia demorou para reagir neste ano, apesar da adoção de medidas como a redução do IPI para automóveis e itens da linha branca, as desonerações da folha de pagamento e a redução das taxas de juros.


















Diário do Nordeste 

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