SP, estado mais rico do país, concentra o maior número de crianças e
jovens fora das salas de aula
REDAÇÃO
O atraso escolar, causado principalmente pelo ingresso tardio no
colégio, pela repetência e pelo abandono, é um problema que persiste no país e,
segundo a ONG Todos Pela Educação, pode fazer com que o Brasil não atinja as
metas de conclusão dos ensinos fundamental e médio, até 2022.
A conclusão, que faz parte do relatório "De Olho nas Metas
2011", divulgado nesta terça-feira, não é a única que preocupa educadores.
Segundo a entidade, 3,8 milhões de crianças e jovens de 4 a 17 anos ainda estão
fora da escola. Baseado no censo de 2010, o estudo mostra que este número
representa 8,5% da população nesta faixa etária. São Paulo é o estado com mais
crianças e jovens a incluir no sistema de ensino: 607 mil. Na sequência estão
Minas Gerais (363.981) e Bahia (277.690).
Uma das metas traçadas pelo Todos Pela Educação estabelece que, até
2022, 98% de crianças e jovens de 4 a 17 anos deverão estar na escola. Com este
foco em mente, já foram estabelecidas metas intermediárias que, em 2010, não
foram cumpridas por nenhuma das unidades da federação. De acordo com o
relatório, o principal desafio dos estados está relacionado com a inclusão no
sistema escolar das crianças na pré-escola e dos jovens no ensino médio.
O levantamento mostra ainda que apenas 56,1% dos alunos que fizeram a
Prova ABC (avaliação brasileira do final do ciclo de alfabetização), realizada
em 2011, atingiram o conhecimento esperado em leitura, 53,3% em escrita e 42,8%
em matemática.
Além da baixa aprovação, há diferença entre o aprendizado de meninos e
meninas no início da vida escolar. Em escrita, a proporção de meninas com nível
igual ou superior ao esperado foi 16,4 pontos percentuais maior que a dos
meninos. A diferença em leitura foi de 9,4 pontos percentuais, favorável às
meninas. Em matemática, não houve diferença estatística.
Nenhum comentário:
Postar um comentário