A
educação é a prática mais humana considerando-a em profundidade e amplitude de
sua influencia na existência dos homens.
Entretanto,
como vem ocorrendo as mudanças na área da educação?
A
escola que temos hoje nasceu com a hierarquização e a desigualdade econômica
gerada por aqueles que se apoderaram do excedente produzido pela comunidade
produtiva. A história da educação, desde então, constitui-se num prolongamento
da historia das desigualdades econômicas. A educação primitiva era única, igual
para todos; com a divisão social do trabalho aparece também a desigualdade das
educações: uma para os exploradores e outra para os explorados; uma para os
ricos e outra para os pobres.
A
Grécia e Roma também tinham suas preferências educacionais, ensinava apenas a
alguns poucos a governar. Porque se ensinassem todos a governar, talvez
apontasse um caminho para a democracia. Entre iguais pode existir diálogo.
A
educação renascentista também não ficou para trás, atentou-se para a formação
do homem burguês. O que justifica a educação não ter chegado às massas
populares. Caracterizou-se pelo elitismo, aristocracia e individualismo
liberal.
No
período do iluminismo, a educação não era exatamente a mesma para todos, pois
admitia-se a desigualdade natural entre os homens.
O
iluminismo na educação representou o fundamento da formação burguesa, que até
hoje insiste predominantemente na transmissão de conteúdos e na formação social
individualista; via a necessidade de oferecer apenas a instrução como formação
em resposta a necessidade do trabalho.
O
tempo passa pela historia da educação sem que haja muitas evoluções até que, a
escola nova propõe uma educação que fosse instigadora da mudança social e, ao
mesmo tempo se transformasse porque sociedade estava em mudança.
Piaget,
um dos intelectuais da Escola Nova propõe uma ensino pautado na experimentação,
na aprendizagem a partir da manipulação do concreto. O professor, segundo o
estudioso deve respeitar as etapas do desenvolvimento da criança. Suas teorias
epistemológicas influenciaram outros pesquisadores, como a psicóloga Emilia
Ferreiro, cujo pensamento é muito difundido hoje nas universidades e escolas.
O
educador Paulo Freire, herdeiro de muitas conquistas da Escola Nova denuncia a
visão conservadora dessa concepção e observa que a escola podia servir tanto
para a educação como pratica da dominação quanto como pratica da educação para
a libertação.
A
educação na concepção critica da realidade tem como um dos seus expoentes
Michal Apple, que no seu livro “Educação e poder” retomou a critica da escola
num outro nível.
Como
a maioria dos pensadores críticos, reafirmou a teoria da reprodução cultural e
social e introduziu elementos novos para superar o “reprodutivismo”. Entre
esses elementos ele chamou a atenção para o importante papel que as escolas tem
nas produções do conhecimento. Influenciado pelas obras de Giroux, introduziu
elementos de contradição, resistência e oposição onde antes ele apenas via a
reprodução, imposição, passividade.
A
década de 80 foi uma época de crises e perplexidades. Constata-se um rápido
esgotamento do modelo teórico-critico, em função de seu distanciamento da
pratica. Na verdade, não faltam teorias, mas elas não dão conta do grave
problema educacional latino-americano. Por isso, muitos educadores, valorizando
o vivido em sala de aula, os pequenos projetos e novas categorias pedagógicas
como alegria, a decisão, a escola, o vinculo, a escuta, os pequenos gestos que
fazem a educação um ato singular. É nisto que eles encontram esperança da crise
educacional.
A
educação do Terceiro Mundo, é segundo Paulo Freire, uma educação política,
visando mais a ação entre os homens e não a especulação. É o que define como
“pedagogia do oprimido” e seu amigo filosofo Dussel chama de “pedagogia da
libertação”.
As
reformas chegam ao Brasil realizadas por intelectuais na década de 20, o que
impulsionou debates educacionais, superando gradativamente a educação jesuítica
tradicional, conservadora, que dominava o pensamento pedagógico brasileiro
desde os primórdios.
A
educação contemporânea é marcada pela dialética. O poder que inerentemente esta
imbuído nela é uma faca de dois gumes, tanto pode estar a serviço da classe que
domina, perpassando, sendo canal e instrumento de ideologias; como pode ser
instrumento de libertação.
E
é confiante nessa possibilidade que não podemos deixar de lutar. E para isso
nos armarmos com a nossa maior arma, o conhecimento. Pois, a educação é o que
de menos material existe, mas o mais decisivo no futuro de um povo. E é por
isso que ela é utilizada desrespeitosamente pelos que pretendem manipular e até
vender o país como peças dos grandes consórcios estrangeiros.
Revisão
de Literatura:
GADOTTI,
M. História das idéias pedagógicas. São Paulo: Ed. Ática, 2001.
Fonte:http://pt.shvoong.com/books/2031921-hist%C3%B3ria-das-id%C3%A9ias-pedag%C3%B3gicas-hist%C3%B3ria/#ixzz2Ez7qpCc9
Nenhum comentário:
Postar um comentário