quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO MUNDO



A educação é a prática mais humana considerando-a em profundidade e amplitude de sua influencia na existência dos homens.
Entretanto, como vem ocorrendo as mudanças na área da educação?
A escola que temos hoje nasceu com a hierarquização e a desigualdade econômica gerada por aqueles que se apoderaram do excedente produzido pela comunidade produtiva. A história da educação, desde então, constitui-se num prolongamento da historia das desigualdades econômicas. A educação primitiva era única, igual para todos; com a divisão social do trabalho aparece também a desigualdade das educações: uma para os exploradores e outra para os explorados; uma para os ricos e outra para os pobres.
A Grécia e Roma também tinham suas preferências educacionais, ensinava apenas a alguns poucos a governar. Porque se ensinassem todos a governar, talvez apontasse um caminho para a democracia. Entre iguais pode existir diálogo.
A educação renascentista também não ficou para trás, atentou-se para a formação do homem burguês. O que justifica a educação não ter chegado às massas populares. Caracterizou-se pelo elitismo, aristocracia e individualismo liberal.
No período do iluminismo, a educação não era exatamente a mesma para todos, pois admitia-se a desigualdade natural entre os homens.
O iluminismo na educação representou o fundamento da formação burguesa, que até hoje insiste predominantemente na transmissão de conteúdos e na formação social individualista; via a necessidade de oferecer apenas a instrução como formação em resposta a necessidade do trabalho.
O tempo passa pela historia da educação sem que haja muitas evoluções até que, a escola nova propõe uma educação que fosse instigadora da mudança social e, ao mesmo tempo se transformasse porque sociedade estava em mudança.
Piaget, um dos intelectuais da Escola Nova propõe uma ensino pautado na experimentação, na aprendizagem a partir da manipulação do concreto. O professor, segundo o estudioso deve respeitar as etapas do desenvolvimento da criança. Suas teorias epistemológicas influenciaram outros pesquisadores, como a psicóloga Emilia Ferreiro, cujo pensamento é muito difundido hoje nas universidades e escolas.
O educador Paulo Freire, herdeiro de muitas conquistas da Escola Nova denuncia a visão conservadora dessa concepção e observa que a escola podia servir tanto para a educação como pratica da dominação quanto como pratica da educação para a libertação.
A educação na concepção critica da realidade tem como um dos seus expoentes Michal Apple, que no seu livro “Educação e poder” retomou a critica da escola num outro nível.
Como a maioria dos pensadores críticos, reafirmou a teoria da reprodução cultural e social e introduziu elementos novos para superar o “reprodutivismo”. Entre esses elementos ele chamou a atenção para o importante papel que as escolas tem nas produções do conhecimento. Influenciado pelas obras de Giroux, introduziu elementos de contradição, resistência e oposição onde antes ele apenas via a reprodução, imposição, passividade.
A década de 80 foi uma época de crises e perplexidades. Constata-se um rápido esgotamento do modelo teórico-critico, em função de seu distanciamento da pratica. Na verdade, não faltam teorias, mas elas não dão conta do grave problema educacional latino-americano. Por isso, muitos educadores, valorizando o vivido em sala de aula, os pequenos projetos e novas categorias pedagógicas como alegria, a decisão, a escola, o vinculo, a escuta, os pequenos gestos que fazem a educação um ato singular. É nisto que eles encontram esperança da crise educacional.
A educação do Terceiro Mundo, é segundo Paulo Freire, uma educação política, visando mais a ação entre os homens e não a especulação. É o que define como “pedagogia do oprimido” e seu amigo filosofo Dussel chama de “pedagogia da libertação”.
As reformas chegam ao Brasil realizadas por intelectuais na década de 20, o que impulsionou debates educacionais, superando gradativamente a educação jesuítica tradicional, conservadora, que dominava o pensamento pedagógico brasileiro desde os primórdios.
A educação contemporânea é marcada pela dialética. O poder que inerentemente esta imbuído nela é uma faca de dois gumes, tanto pode estar a serviço da classe que domina, perpassando, sendo canal e instrumento de ideologias; como pode ser instrumento de libertação.
E é confiante nessa possibilidade que não podemos deixar de lutar. E para isso nos armarmos com a nossa maior arma, o conhecimento. Pois, a educação é o que de menos material existe, mas o mais decisivo no futuro de um povo. E é por isso que ela é utilizada desrespeitosamente pelos que pretendem manipular e até vender o país como peças dos grandes consórcios estrangeiros.

Revisão de Literatura:
GADOTTI, M. História das idéias pedagógicas. São Paulo: Ed. Ática, 2001.

Fonte:http://pt.shvoong.com/books/2031921-hist%C3%B3ria-das-id%C3%A9ias-pedag%C3%B3gicas-hist%C3%B3ria/#ixzz2Ez7qpCc9


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